ECONOMIA II – EVOLUÇÃO DO PENSAMENTO ECONÔMICO :

OS TRÊS GRANDES ECONOMISTAS.

AGORA QUE JÁ SABEMOS ALGUMA COISA SOBRE O CAPITALISMO, TALVEZ POSSAMOS

ENTENDER PORQUE A ECONOMIA TEM ESTE FOCO PARA EXPLICAR COMO PODE ESTAR
COESA A FUNCIONAR, UMA SOCIEDADE UNIDA PELO MERCADO, EM VEZ DE PELA
TRADIÇÃO E COMANDO, E MOVIDA POR UMA INCONTROLÁVEL TECNOLOGIA EM VEZ DE
PELA INÉRCIA.

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A MELHOR MANEIRA DE APRENDER O PROPÓSITO DA ECONOMIA É
EXAMINAR A OBRA DE TRÊS GRANDES ECONOMISTAS: ADAM SMITH, KARL
MARX E JOHN MAYNARD KEYNES, CADA UM DELES CONTRIBUINDO PARA
O ENTENDIMENTO DA ECONOMIA, OU COMO ESTA DEVERIA SE
COMPORTAR, DIANTE DA ÉPOCA EM QUE VIVERAM.

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• ADAM SMITH – ESCOCÊS SÉCULO XVIII. - (1.723-1.790).

A FAMA VEM DE SUA OBRA PRIMA, “A RIQUEZA DAS NAÇÕES”, PUBLICADA EM 1.776.
NESTA OBRA ELE DEFINE OS PRÉ-REQUISITOS PARA:

• O LIBERALISMO ECONÔMICO E A PROSPERIDADE DAS NAÇÕES, TENDO POR BASE:

1. O COMBATE AOS MONOPÓLIOS, PÚBLICOS OU PRIVADOS;

2. A NÃO INTERVENÇÃO DO ESTADO NA ECONOMIA E SUA LIMITAÇÃO ÀS FUNÇÕES PÚBLICAS DE

MANUTENÇÃO DA ORDEM, DA PROPRIEDADE PRIVADA E DA JUSTIÇA;

3. A LIBERDADE NA NEGOCIAÇÃO DO CONTRATO DE TRABALHO ENTRE PATRÕES E EMPREGADOS;

4. E O LIVRE COMÉRCIO ENTRE OS POVOS.

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ESTA OBRA COMEÇA TRATANDO DE UMA QUESTÃO INTERESSANTE:

OS AGENTES DO MERCADO: “OS HOMENS”.

SEGUNDO ADAM SMITH,

OS HOMENS SÃO MOVIDOS PELO DESEJO DE GANHAR DINHEIRO PARA SI
MESMO PARA MELHORAR SUA CONDIÇÃO .

O CARÁTER OTIMISTA DE ADAM SMITH CONFIAVA NO EGOÍSMO INERENTE DOS

HOMENS E NA HARMONIA NATURAL DE SEUS INTERESSES:

“TODO INDIVÍDUO SE ESFORÇA EM SEU PRÓPRIO BENEFÍCIO,

PARA ENCONTRAR O EMPREGO MAIS VANTAJOSO PARA SEU CAPITAL,
QUALQUER QUE SEJA ELE, O QUE CONDUZ,
NATURALMENTE O MAIS VANTAJOSO PARA A SOCIEDADE COMO UM TODO”

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5
PARA ADAM SMITH DEUS IMPLANTOU NO HOMEM CERTOS INSTINTOS,
ENTRE OS QUAIS:

•TROCAR, COMERCIALIZAR, NEGOCIAR;

•TENDÊNCIA DE GANHAR MAIS DINHEIRO, POUPAR, O QUE LEVA O

HOMEM A PRODUZIR O QUE A SOCIEDADE PRECISA E A ENRIQUECER
EM COMUNIDADE.

ADAM SMITH AFIRMAVA: “OS HOMENS SÃO NATURALMENTE ASSIM”,

EM OUTRAS PALAVRAS:

“ NEGOCIANTES e EGOÍSTAS”.

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 ENTÃO QUESTIONA-SE:

•COMO É QUE UMA SOCIEDADE DE MERCADO EVITA QUE INDIVÍDUOS MOVIDOS PELO
PRÓPRIO INTERESSE E EM BUSCA DE LUCROS NÃO ATAQUEM SEUS SEMELHANTES?

•COMO PODE UMA ORGANIZAÇÃO SOCIALMENTE FUNCIONAR SURGIR DE UMA MOTIVAÇÃO

TÃO PERIGOSAMENTE NÃO-SOCIAL COMO A MELHORIA DE SI MESMO?

A RESPOSTA APRESENTA-NOS UM MECANISMO CENTRAL DE UM SISTEMA

DE MERCADO:

A CONCORRÊNCIA.

CADA PESSOA EM BUSCA DE MELHORAR A SI MESMA,

SEM PENSAR NAS DEMAIS,
DEPARA-SE COM UMA LEGIÃO DE OUTRAS PESSOAS COM MOTIVAÇÕES SEMELHANTES.

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• COMO RESULTADO, CADA AGENTE DE MERCADO, AO COMPRAR E
VENDER, É FORÇADO A EQUIPARAR SEUS PREÇOS AOS
OFERECIDOS PELA CONCORRÊNCIA.

• NO TIPO DE CONCORRÊNCIA PRESUMIDO POR SMITH, UM

VENDEDOR QUE COBRE MAIS DO QUE OS OUTROS NÃO
CONSEGUIRÁ ENCONTRAR COMPRADORES.

• UM INDIVÍDUO QUE PEÇA MAIS DO QUE O SALÁRIO NORMAL, NÃO

CONSEGUIRÁ ENCONTRAR TRABALHO.

• UM EMPREGADOR QUE TENTA PAGAR MENOS QUE A

CONCORRÊNCIA NÃO ENCONTRARÁ EMPREGADOS PARA AS SUAS
VAGAS.

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9
DESSE MODO, O MECANISMO DE MERCADO IMPÕE UMA DISCIPLINA AOS SEUS
PARTICIPANTES:

OS COMPRADORES PRECISAM CONCORRER COM OUTROS COMPRADORES E,

PORTANTO, NÃO CONSEGUEM UNIR-SE CONTRA OS VENDEDORES.

OS VENDEDORES PRECISAM COMPETIR COM OUTROS VENDEDORES, E ASSIM

NÃO PODEM IMPOR A SUA VONTADE AOS COMPRADORES.

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 MAS O MERCADO TEM UMA SEGUNDA FUNÇÃO,
MUITO IMPORTANTE,
QUE É O DE PRODUZIR O QUE A SOCIEDADE NECESSITA NA QUANTIDADE ADEQUADA.

“O QUE E QUANTO PRODUZIR”

ADAM SMITH MOSTRA QUE O MERCADO CONDUZ À PRODUÇÃO DOS BENS

QUE A SOCIEDADE QUER, NA QUANTIDADE QUE ELA QUER,
SEM QUE NINGUÉM JAMAIS EMITA QUALQUER ORDEM A RESPEITO.

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SUPONHA-SE QUE OS CONSUMIDORES QUEIRAM MAIS POTES E MENOS PANELAS
QUE AS QUE ESTÃO SENDO PRODUZIDAS.

O PÚBLICO COMPRA TODO O ESTOQUE EXISTENTE DE POTES, CUJO PREÇO

AUMENTA POR ISSO. AUMENTA A PROCURA, E SEM AUMENTAR A OFERTA, ENTÃO
AUMENTA O PREÇO.

AO CONTRÁRIO, O RAMO DAS PANELAS VAI ESTAR FRACO, OS FABRICANTES DE

PANELA TENTAM LIVRAR-SE DE SEUS ESTOQUES E O PREÇO DAS PENELAS CAI.

NESTE MOMENTO, ENTRA EM CENA UMA FORÇA RESTAURADORA DO MERCADO.

QUANDO OS PREÇOS DOS POTES SOBEM, SOBEM TAMBÉM OS LUCROS DO RAMO DE

POTES, QUANDO CAEM OS PREÇOS DAS PANELAS, O INVERSO ACONTECE COM OS
LUCROS DOS FABRICANTES DE PANELAS.

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 MAIS UMA VEZ, O IMPULSO DE MELHORIA DE SI MESMO
COMEÇA A FUNCIONAR.

OS EMPREGADORES DO RAMO FAVORECIDO DE POTES VÃO PROCURAR

EXPANDIR-SE, EMPREGANDO MAIS FATORES DE PRODUÇÃO:

•MAIS TRABALHADORES, MAIS ESPAÇO, E MAIS BENS DE CAPITAL.

OS EMPREGADORES DO SETOR DESFAVORECIDO DE PANELAS

REDUZEM O USO DESTES FATORES DE PRODUÇÃO,
DESPEDINDO TRABALHADORES, DESISTINDO DE ALUGAR ESPAÇO,
DIMINUINDO OS INVESTIMENTOS DE CAPITAL.

COM ISSO, A PRODUÇÃO DE POTES AUMENTA,

E A PRODUÇÃO DE PANELAS DIMINUI.

É ISSO QUE O MERCADO QUERIA, DESDE O COMEÇO.

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 AS PRESSÕES DO MERCADO DIRIGEM AS ATIVIDADES EGOÍSTAS DOS INDIVÍDUOS,
COMO SE EXISTISSE UMA MÃO INVISÍVEL,
PARA OS CAMINHOS SOCIALMENTE RESPONSÁVEIS.

DESSE MODO, O FUNCIONAMENTO DO SISTEMA COMPETITIVO TRANSMUTA O

COMPORTAMENTO DE AUTO-INTERESSE EM RESULTADOS SOCIALMENTE ÚTEIS.

A MÃO INVISÍVEL – DESCREVE TODO O PROCESSO DESTA FORÇA RESTAURADORA DO

MERCADO,
QUE MANTÉM A SOCIEDADE NOS TRILHOS,
GARANTINDO QUE ELA PRODUZA OS BENS E SERVIÇOS DE QUE PRECISA.

SMITH MOSTROU TAMBÉM QUE ESSE SISTEMA DE MERCADO É AUTO-REGULADOR.

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 A CONSEQUÊNCIA MAIS ATRAENTE DO MERCADO
É QUE ELE É SEU PRÓPRIO GUARDIÃO.

SE OS PREÇOS, LUCROS OU SALÁRIOS DE ALGUÉM SÃO DESVIADOS DOS NÍVEIS

ESTABELECIDOS PARA TODOS, A FORÇA DA COMPETIÇÃO PODE FORÇÁ-LOS A VOLTAR
PARA O QUE ERAM.

ASSIM, CRIA-SE UM CURIOSO PARADOXO:

“O MERCADO, QUE É O ÁPICE DA LIBERDADE ECONÔMICA,

ACABA SENDO O MAIS RIGOROSO DOS CAPATAZES ECONÔMICOS.”

SEMPRE SE PODE APELAR A UM REI PARA OBTER UMA ISENÇÃO ESPECIAL,

MAS NÃO HÁ COMO APELAR AO MERCADO”.

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COMO O MERCADO É SEU PRÓPRIO REGULADOR, SMITH OPUNHA-SE À INTERVENÇÃO
DO GOVERNO, QUE ATRAPALHARIA O DESDOBRAMENTO DO AUTO-INTERESSE E DA
COMPETIÇÃO.

PORTANTO, O LAISSEZ-FAIRE TORNOU-SE A SUA FILOSOFIA FUNDAMENTAL, ASSIM

COMO É A FILOSOFIA FUNDAMENTAL DOS ECONOMISTAS DE ORIENTAÇÃO
CONSERVADORA HOJE EM DIA.

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O COMPROMISSO DE SMITH COM A MÃO INVISÍVEL, NÃO FEZ DELE UM CONSERVADOR CONVENCIONAL.
ELE É CAUTELOSO A RESPEITO DA INTERVENÇÃO GOVERNAMENTAL, NÃO FRONTALMENTE CONTRA ELA.

ALÉM DISSO, SMITH DESCREVE EM SUA OBRA OS MODOS “MESQUINHOS E VORAZES” DAS CLASSES
INDUSTRIAIS, E É SOLIDÁRIO COM MUITOS TRABALHADORES, O QUE NÃO ERA UMA POSIÇÃO MUITO
POPULAR NOS DIAS DELE.

SMITH VIU QUE O SISTEMA DE “LIBERDADE NATURAL”, O SISTEMA DE MERCADO ENTREGUE A SI MESMO,
CRESCERIA, E A RIQUEZA DE UMA NAÇÃO ASSIM CRESCERIA DE FORMA EQUILIBRADA, PRESSUPONDO A

“HARMONIA DE INTERESSES ENTRE AS CLASSES SOCIAIS E A ORDEM NATURAL E PROVIDENCIAL”

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 O QUE TRARIA O CRESCIMENTO ECONÔMICO PARA ADAM SMITH?

TAL COMO ANTES, A FORÇA MOTIVADORA ERA:

O IMPULSO DE MELHORIA DE SI MESMO, A SEDE DE LUCROS, A VONTADE DE GANHAR
DINHEIRO.

A RESPOSTA DE SMITH ERA O AUMENTO DA PRODUTIVIDADE: AUMENTAR A PRODUÇÃO

DA FORÇA DE TRABALHO. E O CAMINHO PARA O AUMENTO DA PRODUTIVIDADE ERA BEM
CLARO:

• APERFEIÇOAR A DIVISÃO DO TRABALHO.

COMO APERFEIÇOAR A DIVISÃO DO TRABALHO?

• ADAM SMITH ENFATIZA QUE A CHAVE É A ORGANIZAÇÃO.

ALÉM DISSO, A DIVISÃO DO TRABALHO, E PORTANTO A PRODUTIVIDADE, AUMENTA

QUANDO AS TAREFAS DA PRODUÇÃO PODEM SER ASSUMIDAS, OU AUXILIADAS E
ASSISTIDAS, PELA CAPACIDADE INSTALADA DO MAQUINÁRIO.

COM ISSO, O SISTEMA DE MERCADO TORNA-SE UMA IMENSA FORÇA DE ACUMULAÇÃO

DE CAPITAL, PRINCIPALMENTE NA FORMA DE MAQUINÁRIO E EQUIPAMENTO.

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CLARO QUE ADAM SMITH ESCREVEU SOBRE UM MUNDO HÁ MUITO DESAPARECIDO.

NO QUAL UMA FÁBRICA DE DEZ FUNCIONÁRIOS, EMBORA PEQUENA, AINDA ERA

SIGNIFICATIVA O BASTANTE PARA MERECER SER MENCIONADA, NO QUAL
REMANESCENTES DE RESTRIÇÕES MERCANTILISTAS, E ATÉ FEUDAIS, DETERMINAVAM
QUANTOS APRENDIZES UM EMPREGADOR PODIA CONTRATAR EM MUITOS OFÍCIOS.

UM MUNDO NO QUAL OS SINDICATOS ERAM EM GRANDE PARTE ILEGAIS, E ACIMA DE

TUDO, ONDE A GRANDE MAIORIA DAS PESSOAS ERA MUITO POBRE.

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20
ADAM SMITH ANALISOU A DISTRIBUIÇÃO DE RENDA AO DISCUTIR
OS TRÊS COMPONENTES DO “PREÇO NATURAL:

SALÁRIOS, LUCROS E RENDAS DA TERRA.

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MESMO ASSIM, SMITH ENXERGOU DOIS ATRIBUTOS ESSENCIAIS NO
SISTEMA ECONÔMICO QUE AINDA NÃO NASCERA COMPLETAMENTE
NAQUELE TEMPO:

•UMA SOCIEDADE DE INDIVÍDUOS QUE COMPETEM ENTRE SI EM BUSCA DE

LUCROS QUE PODE ASSEGURAR A SUA PRÓPRIA GERAÇÃO
POR MEIO DO MECANISMO DE MERCADO AUTO-REGULADOR;

•UMA SOCIEDADE ASSIM TENDE A ACUMULAR CAPITAL E,

AO FAZER ISSO, MELHORA SUA PRODUTIVIDADE
E AUMENTA SUA RIQUEZA.

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KARL MARX – ALEMÃO SÉCULO XIX- (1.818 – 1.883)

KARL MARX FOI UM PENSADOR ECONÔMICO, TALVEZ O MAIS NOTÁVEL

ANALISTA DA DINÂMICA DO SISTEMA CAPITALISTA DE TODOS OS TEMPOS.

COM A MENTE E O CORAÇÃO ENGAJADOS NO ESFORÇO PARA DERRUBAR ESTE SISTEMA,

QUE ELE PASSOU TODA A SUA VIDA ESTUDANDO.

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25
MARX PREOCUPAVA-SE COM AS CONSEQUÊNCIAS SOCIAIS DA INDUSTRIALIZAÇÃO EM SUA ÉPOCA,
ESPECIALMENTE O BAIXO PADRÃO DE VIDA DA CRESCENTE CLASSE TRABALHADORA:

• EMPILHADA EM FAVELAS HUMANAS, SEM AS MAIS ELEMENTARES CONDIÇÕES SANITÁRIAS;

• A LONGA JORNADA DE TRABALHO;

• OS REDUZIDOS SALÁRIOS;

• MUDANÇA DO JEITO DE TRABALHAR, PASSANDO DE ARTESÃO PARA OPERÁRIO, PERDENDO

ASSIM A IDENTIDADE DE TANTOS ANOS DA MANEIRA DE TRABALHAR E SE ORGANIZAR;

• A AUSÊNCIA DE LEGISLAÇÃO TRABALHISTA E PREVIDENCIÁRIA, ETC...

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SE O FLORESCIMENTO INDUSTRIAL FOSSE JULGADO EM TERMOS:

•DO CRESCIMENTO DA PRODUÇÃO,

•DO AUMENTO DO VOLUME DO COMÉRCIO INTERNACIONAL,
•OU DA ACUMULAÇÃO DO CAPITAL PRODUTIVO,
•ENTÃO O SUCESSO ERA INEGÁVEL,

MAS O LADO SOCIAL !!!!!!!!!!!!!!!!!!

ESSE CONTRASTE EVIDENCIAVA PARA MARX QUE O SISTEMA DE DISTRIBUIÇÃO DE

RENDA NÃO ESTAVA FUNCIONANDO BEM NA ECONOMIA CAPITALISTA EM
EXPANSÃO.

SUA VISÃO DO CAPITALISMO ERA TOTALMENTE DIFERENTE DE ADAM SMITH.

ENQUANTO ADAM SMITH ACREDITAVA QUE DEPOIS DE CERTO TEMPO, UMA

SOCIEDADE DE LIBERDADE PERFEITA ACUMULARIA TODO O CAPITAL NECESSÁRIO, O
QUE PODERIA ACONTECER DEPOIS, ELE NADA DISSE.

MARX FEZ O DIAGNÓSTICO DAS DESORDENS E DA FUTURA DERROCADA DO

CAPITALISMO.

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 AS DIFERENÇAS ENTRE OS DOIS ESTÃO ENRAIZADAS NAS MANEIRAS
FUNDAMENTALMENTE OPOSTAS COMO CADA UM VIA A HISTÓRIA.

DO PONTO DE VISTA DE ADAM SMITH,

A HISTÓRIA ERA UMA SUCESSÃO DE ESTÁGIOS PELA QUAL A HUMANIDADE VIAJAVA:

ERGUENDO-SE DA SOCIEDADE INICIAL E GROSSEIRA DE CAÇADORES E PESCADORES
PARA O ESTÁGIO FINAL DA SOCIEDADE COMERCIAL.

DO PONTO DE VISTA DE KARL MARX,

VIA A HISTÓRIA COMO UMA LUTA CONTÍNUA ENTRE AS CLASSES SOCIAIS: COM AS
CLASSES DOMINANTES DISPUTANDO COM CLASSES DOMINADAS EM TODAS AS ÉPOCAS.

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ALÉM DISSO, ADAM SMITH ACREDITAVA QUE A SOCIEDADE COMERCIAL
GERARIA UMA SOLUÇÃO HARMONIOSA E MUTUAMENTE ACEITÁVEL PARA O
PROBLEMA DO INTERESSE INDIVIDUAL COM UM ARRANJO SOCIAL QUE DURARIA
PARA SEMPRE, OU PELO MENOS, MUITO TEMPO.

JÁ MARX VIA TENSÃO E ANTAGONISMO COMO O RESULTADO DA LUTA DE

CLASSES.
O ARRANJO SOCIAL DA SOCIEDADE CAPITALISTA COMO ALGUMA COISA MENOS
PERMANENTE.

NA VERDADE, A LUTA DE CLASSES,

EXPRESSA NA DISPUTA POR SALÁRIOS E LUCROS,
SERIA A PRINCIPAL FORÇA DE MUDANÇA DO CAPITALISMO
E A CAUSA FINAL DE SUA DERROCADA.

GRANDE PARTE DO INTERESSE PELA OBRA DE MARX CONCENTRA-SE NESSA

PERSPECTIVA E NESSE PROPÓSITO REVOLUCIONÁRIO.

MARX TAMBÉM VIA NO MERCADO UMA FORÇA PODEROSA DE ACUMULAÇÃO DE

CAPITAL E RIQUEZA.
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DESSE PONTO DE VISTA CARREGADO DE CONFLITOS, ELE DESCREVE EM SUA OBRA:

“O CAPITAL”

O PROCESSO DE UM MODO BEM DIFERENTE DE ADAM SMITH.

COMO JÁ VIMOS, A CONCEPÇÃO DE ADAM SMITH DO PROCESSO DE CRESCIMENTO

ECONÔMICO SUBLINHAVA A SUA NATUREZA AUTO-REGULADORA E A
CONCORRÊNCIA, SENDO SEU AVANÇO COM EQUILÍBRIO E SEM SOBRESSALTOS.

A CONCEPÇÃO DE MARX É EXATAMENTE O CONTRÁRIO, PARA ELE O CRESCIMENTO

É UM PROCESSO CHEIO DE ARMADILHAS, NO QUAL AS CRISES E OS PROBLEMAS
ESTÃO A ESPREITA EM CADA ESQUINA.

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MARX PARTE DE UMA VISÃO DO PROCESSO DE ACUMULAÇÃO MUITO PARECIDA COM A DE UM HOMEM
DE NEGÓCIOS.

O PROBLEMA É COMO FAZER UMA DETERMINADA SOMA DE CAPITAL – DINHEIRO QUE ESTÁ EM UM
BANCO OU INVESTIDO EM UMA EMPRESA, GERAR LUCRO.

NAS PALAVRAS DE MARX, COMO É QUE D (UMA SOMA DE DINHEIRO)

SE TORNA D’, UMA SOMA MAIOR?

1° ESTÁGIO:

COM A SOMA DE UM CAPITAL, COMPRA-SE MATÉRIA PRIMA E FORÇA DE TRABALHO.

NESTE ESTÁGIO, PODE HAVER DIFICULDADE PARA SE COMPRAR A MATÉRIA PRIMA OU A

FORÇA DE TRABALHO PELO PREÇO CERTO.

•CASO OS SALÁRIOS ESTEJAM ALTOS, OU A MATÉRIA PRIMA NÃO SEJA ENCONTRADA COM
FACILIDADE, NÃO SE PRODUZ NADA E O CAPITAL FICA INERTE.

•CASO TUDO CORRA BEM, VAMOS PARA O SEGUNDO ESTÁGIO.

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2° ESTÁGIO:

NESTE ESTÁGIO OCORRE A TRANSFORMAÇÃO DA MATÉRIA PRIMA QUE AGREGADA A MÃO DE OBRA,
TRANSFORMANDO-SE NO PRODUTO ACABADO.

NESTE ESTÁGIO PODEM OCORRER PROBLEMAS COM GREVES OU OUTROS DIVERSOS.

É AQUI NO CHÃO DA FÁBRICA QUE MARX VÊ O GÊNESE DO LUCRO.

•O LUCRO ESTÁ NA CAPACIDADE DO EMPRESÁRIO PAGAR PELA MÃO DE OBRA MENOS DO QUE O VALOR
REAL QUE OS TRABALHADORES ACRESCENTARÃO A MERCADORIA QUE PRODUZEM.

•DESSE MODO, O LUCRO, QUE É A DIFERENÇA D’ – D, ESTÁ NO TRABALHO MAL REMUNERADO.

•ESSA TEORIA DA “MAIS VALIA” COMO FONTE DE LUCRO É A ANÁLISE QUE MARX FEZ DO CAPITALISMO.

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•CASO O PRODUTO FIQUE PRONTO, SEGUIMOS PARA O 3 ESTÁGIO.

3° ESTÁGIO:

NESTE ESTÁGIO HÁ NECESSIDADE DE TRANSFORMAR O PRODUTO EM DINHEIRO, COM A VENDA DOS

MESMOS, E ESTES SÃO OS PROBLEMAS QUE PODERÃO OCORRER:

•PALPITES ERRADOS QUANTO A ACEITAÇÃO DO PRODUTO PELO PÚBLICO CONSUMIDOR;

•DESACORDO ENTRE A OFERTA E A PROCURA;
•PODER DE COMPRA DA SOCIEDADE; ETC.....

SE TUDO CORRER BEM, AS MERCADORIAS SERÃO VENDIDAS E TRANSFORMANDO FINALMENTE:

D EM D’. FATO QUE FARÁ O EMPRESÁRIO NOVAMENTE COMEÇAR ESTA CORRENTE.

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O RACIOCÍNIO DE KARL MARX IMPLICA OUTROS DOIS PROGNÓSTICOS PARA O SISTEMA:

•O TAMANHO DAS EMPRESAS CRESCE DE FORMA DESEQUILIBRADA EM CONSEQUÊNCIA DAS CRISES

RECORRENTES QUE SACODEM O SISTEMA. “A CADA CRISE, AS PEQUENAS EMPRESAS VÃO À FALÊNCIA E SEUS
ATIVOS SÃO COMPRADOS PELAS EMPRESAS SOBREVIVENTES”.
A TENDÊNCIA DAS GRANDES EMPRESAS É, PORTANTO, UMA PARTE INTEGRANTE DO CAPITALISMO.

•MARX ESPERAVA UMA INTENSIFICAÇÃO NA LUTA DE CLASSES COMO RESULTADO DA PROLETARIZAÇÃO DA

FORÇA DE TRABALHO. CASA VEZ MAIS PEQUENOS NEGOCIANTES E ARTESÃOS INDEPENDENTES SÃO FORÇADOS A
FECHAR DURANTE O CRESCIMENTO REPLETO DE CRISES.

DESSE MODO, A ESTRUTURA SOCIAL É REDUZIDA A DUAS CLASSES, UM PEQUENO GRUPO DE MAGNATAS
CAPITALISTAS E UMA GRANDE MASSA DE TRABALHADORES PROLETARIZADOS, OU SEJA, SEM PROPRIEDADES.
POR FIM A SITUAÇÃO ACABA REVELANDO-SE IMPOSSÍVEL DE SER SUSTENTADA.

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O Dia do Trabalho.
A história do Dia do Trabalho surgiu em Chicago, nos Estados Unidos, em 1º de maio de
1886, quando muitos trabalhadores foram às ruas para protestar contra jornada
exaustiva diária, que podia chegar até 17 horas. Homens e mulheres lutavam por uma
carga horária de 8 horas e melhores condições de trabalho. No mesmo dia, todos os
trabalhadores americanos realizaram uma greve geral no país. As manifestações ficaram
conhecidas como a Revolta de Haymarket.
Nos dias seguintes, os trabalhadores continuaram reivindicando e os policiais
começaram a entrar em conflito com os grupos. Quanto mais as forças armadas
repreendiam, mais os manifestantes continuavam e a importância da data ficava
marcada.
Em consequência dos protestos realizados, a França decretou 1º de maio como feriado
nacional, e reduziu a jornada de trabalho para 8 horas, em 23 de abril de 1919. Logo
após, diversos países passaram a tomar a mesma medida.
As primeiras manifestações trabalhistas no Brasil ocorreram em 1891, nas principais
cidades da época, Rio de Janeiro e São Paulo.

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36
JOHN MAYNARD KEYNES - INGLÊS – SÉCULO XX - (1.883 – 1.946).

SUA IDÉIA RADICAL QUE OS GOVERNOS DEVEM GASTAR O DINHEIRO QUE NÃO TÊM,
PODE TER SALVADO O CAPITALISMO,
PRINCIPALMENTE QUANDO 1 EM CADA 4 TRABALHADORES ESTÃO DESEMPREGADOS.

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TODOS ESTES GRANDES ECONOMISTAS FORAM PRODUTOS DE SUAS ÉPOCAS:

•ADAM SMITH É O SANTO PADROEIRO DA ECONOMIA, UMA FIGURA DE ENORME ESTATURA

INTELECTUAL, FOI PORTA VOZ DO CAPITALISMO NASCENTE.

•KARL MARX FOI O PROFETA INTELECTUAL DO CAPITALISMO COMO UM SISTEMA AUTODESTRUTIVO,

PORTA-VOZ DAS VÍTIMAS DO PERÍODO NEGRO DA INDÚSTRIA.

•JOHN MAYNARD KEYNES FOI O ENGENHEIRO DO CAPITALISMO REFORMADO, FOI PRODUTO DE UMA
ÉPOCA POSTERIOR, A DA GRANDE DEPRESSÃO.

KEYNES, EMBORA TOTALMENTE CONTRÁRIO A MARX,

É O PAI DA IDÉIA DE UMA “ECONOMIA MISTA” NA QUAL O GOVERNO TEM UM PAPEL FUNDAMENTAL.

QUAL O MOTIVO: - A DEPRESSÃO ATINGIU OS ESTADOS UNIDOS COMO UM FURACÃO.

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A CRISE DE 1.929, QUE TEVE COMO PRINCIPAL FATOR:

• A SUPERPRODUÇÃO AGRÍCOLA, INDUSTRIAL E A ESPECULAÇÃO FINANCEIRA.

OS AMERICANOS ACREDITAVAM TER ENCONTRADO A SOLUÇÃO PARA O PROBLEMA DA POBREZA

COM A CRIAÇÃO DE UM MODELO DE SOCIEDADE BASEADA NO CONSUMO.

O EXECEDENTE DE CAPITAL AMERICANO NÃO FINANCIAVA APENAS O DESENVOLVIMENTO INTERNO,

JÁ QUE EMPRÉSTIMOS EXTERNOS ERAM CONCEDIDOS PARA A RECONSTRUÇÃO DOS PAÍSES
EUROPEUS NO PÓS-GUERRA.

JUNTO COM O CAPITAL, EXPORTAVA-SE TAMBÉM A IDÉIA DE UMA SOCIEDADE IDEAL, EXPRESSA PELO
SLOGAM:
“THE AMERICAN WAY OF LIFE”.

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MAS, QUANDO CERTAS REGRAS DO CAPITALISMO NÃO SÃO CONSIDERADAS, AS CRISES SE INSTALAM.

EM 1.929, A PRODUÇÃO ACIMA DA CAPACIDADE DE ABSORÇÃO DO MERCADO DESENCADEOU A SUPERPRODUÇÃO,

QUE, SOMADA À ESPECULAÇÃO NA BOLSA, LEVOU OS EUA À CRISE, DANDO INÍCIO A UM PROCESSO RECESSIVO QUE
ACABOU COM AS LINHAS DE CRÉDITO E ESTENDEU A CRISE AOS PAÍSES QUE TINHAM SUAS ECONOMIAS VINCULADAS AO
CAPITAL AMERICANO.

• UM QUARTO, OU SEJA, 25,0% DA FORÇA DE TRABALHO PERDEU O EMPREGO (1 EM CADA 4)

• MAIS DE UM MILHÃO DE FAMÍLIAS TIVERAM SEUS IMÓVEIS HIPOTECADOS DEVOLVIDOS AOS SEUS
FINANCIADORES, E PERDERAM SUAS CASAS.

• NOVE MILHÕES DE CONTAS DE POUPANÇA FORAM PELO RALO ABAIXO QUANDO OS BANCOS FECHARAM.

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CONTRA ESSA TERRÍVEL REALIDADE DE DESEMPREGO E PERDA DE RENDA, A PROFISSÃO ECONOMISTA,
ASSIM COMO O MUNDO DOS NEGÓCIOS E OS CONSELHEIROS DO GOVERNO, NÃO TINHA NADA A
OFERECER.

TODOS ESTAVAM PERPLEXOS.

FOI NESSE AMBIENTE QUE SURGIU O LIVRO DE KEYNES; “TEORIA GERAL DO EMPREGO, DOS JUROS E DA
MOEDA”, COM UMA MENSAGEM CENTRAL SIMPLES DE APRENDER:

“O NÍVEL GERAL DE ATIVIDADE ECONÔMICA EM UM SISTEMA CAPITALISTA ERA DETERMINADO

PELA DISPOSIÇÃO DE SEUS EMPRESÁRIOS A FAZER INVESTIMENTOS DE CAPITAL”.

41
DE TEMPOS EM TEMPOS, ESSA DISPOSIÇÃO É BLOQUEADA POR CONSIDERAÇÕES QUE
TORNAVAM A ACUMULAÇÃO DE CAPITAL DIFÍCIL OU IMPOSSÍVEL:

• NO MODELO DE SMITH, VIMOS A POSSIBILIDADE DOS PREÇOS SUBIREM COM

DEMASIADA RAPIDEZ,

• A TEORIA DE MARX ASSINALAVA AS DIFICULDADES DE TODAS AS ETAPAS DO

PROCESSO.

• ENTRETANTO TODOS OS ECONOMISTAS ANTERIORES ACHAVAM QUE A FALHA EM

ACUMULAR CAPITAL SERIA UM EMPECILHO TEMPORÁRIO, QUE SE CURARIA POR SI
MESMO.

• AS SOLUÇÕES:

• NO ESQUEMA DE SMITH COM A PRODUTIVIDADE,

• JÁ MARX COM OS EMPRESÁRIOS SOBREVIVENTES E ÁVIDOS POR NOVOS NEGÓCIOS.

42
PARA KEYNES, O DIAGNÓSTICO ERA MAIS GRAVE.

ELE DEMONSTROU QUE UM SISTEMA DE MERCADO PODIA CHEGAR A

UMA POSIÇÃO DE “EQUILÍBRIO DE SUBEMPREGO” – UMA ESPÉCIE DE
EQUILÍBRIO COM ESTAGNAÇÃO – A DESPEITO DA PRESENÇA DE
TRABALHADORES DESEMPREGADOS E EQUIPAMENTOS INDUSTRIAIS
SEM USO (CAPACIDADE INSTALADA NÃO UTILIZADA).

O APORTE REVOLUCIONÁRIO DA TEORIA DE KEYNES FOI MOSTRAR

QUE NÃO HAVIA NO SISTEMA DE MERCADO UMA PROPRIEDADE
AUTOCORRETORA PARA MANTER O CAPITALISMO EM CRESCIMENTO.

E A ÚNICA FONTE POSSÍVEL PARA ESTIMULAR A ECONOMIA

NESTE ESTÁGIO ERA O GOVERNO.

43
•A VISÃO DO MERCADO DE ADAM SMITH LEVOU A FILOSOFIA DO LAISSEZ-FAIRE, TENDO A MÃO INVISÍVEL CONDUZINDO
AO CRESCIMENTO NATURAL.

•MARX ENFATIZOU A INSTABILIDADE E A CRISE DO SISTEMA A CADA ESTÁGIO.

•KEYNES, PROPOS UMA FILOSOFIA TÃO AFASTADA DA DE MARX QUANTO DA DE SMITH, COM A INTERVENÇÃO DO
GOVERNO: “ A ECONOMIA MISTA”.

44
SOMENTE PARA FECHAR ESTE ASSUNTO SOBRE A GRANDE CRISE DO LIBERALISMO
ECONÔMICO, MENCIONO O FATO DE QUE ESTA CRISE TEVE COMO CONSEQUÊNCIAS À
EXPANSÃO E AO FORTALECIMENTO DAS IDÉIAS DITATORIAIS QUE ESTAVAM SE
DESENVOLVENDO NA EUROPA, NO PERÍODO ENTREGUERRAS:

•CONSOLIDAÇÃO DO FACISMO NA ITÁLIA;

•FAVORECIMENTO À ASCENSÃO DO NAZISMO NA ALEMANHA.

E NOS DIAS ATUAIS, VEMOS OS PARTIDOS DE EXTEMA DIREITA SE FORTALECEREM NA

EUROPA, DESTACANDO-SE ENTRE OUTROS, A GRÉCIA, A FRANÇA, EM FUNÇÃO DO ALTO
NÍVEL DE DESEMPREGO.

45
 Artigo publicado na Folha de São Paulo.

•Crise de 1929 atingiu economia e mudou a ordem política no Brasil

46
A Crise de 1929 atingiu em cheio a economia do Brasil, muito dependente
das exportações de um único produto, o café.

Mas, mais do que gerar dificuldades econômicas, o crash provocou uma

mudança no foco de poder no país, acabando com um pacto político
interno que já durava mais de trinta anos.

Entre os anos de 1894 e 1930, o presidente da República foi eleito pelos

paulistas barões do café num mandato, e no outro pelos pecuaristas
mineiros.

Era a chamada política do café com leite, viabilizada pela hegemonia da

oligarquia cafeeira paulista na época e que garantiu a formação de uma
economia agrícola praticamente mono exportadora no país.

47
Em 1929, a quebra nos mercados acionários do mundo provocou
uma forte queda nos preços internacionais das commodities.

"O Brasil era fortemente dependente das exportações de café, e

tinha uma enorme dívida externa, que precisava ser financiada
com essas vendas", segundo o professor de História Econômica
da FEA-USP, Renato Colistete.

Além da queda nos preços, a crise provocou uma diminuição na

renda e no consumo no mundo todo, prejudicando ainda mais as
vendas de café.

•As exportações de café, que chegaram a US$ 445 milhões em

1929, caíram para US$ 180 milhões em 1930 – queda de 60%.

•Já a cotação da saca de café no mercado internacional, caiu

quase 90% em um ano.

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A Grande Fogueira – Socialização dos Prejuízos.

QUEIMA DO CAFÉ NO PORTO DE SANTOS.

Na tentativa de conter a queda, o governo federal comprou grande parte dos estoques dos produtores,
e queimou 80 milhões de sacas do produto (Socialização dos Prejuízos).

"A ideia era queimar para diminuir a oferta e aumentar o preço internacional, porque o Brasil era o maior
país exportador", segundo Marcos Fernandes, da FGV-SP.

"A crise arruinou a oligarquia cafeeira, que já sofria pressões e contestações dos diferentes grupos
urbanos e das oligarquias dissidentes de outros Estados, que almejavam o controle político do Brasil",
explica Wagner Pinheiro Pereira, doutor em História pela USP.

49
Poder

O que aconteceu, então, foi que o foco do poder no país foi deslocado para o gaúcho Getúlio Vargas, que
se tornou presidente da República após a Revolução de 1930.

"Do ponto de vista político, a crise foi importante porque desviou o foco do poder para Getúlio Vargas e
para um projeto de industrialização“.

O novo presidente, porém, sabia que, mesmo com o fim da oligarquia paulista, o café não podia ser
deixado de lado. Assumiu, então, uma nova política de defesa da cafeicultura, na tentativa de equilibrar
os preços e evitar a superprodução.

"Não podemos esquecer que Getúlio Vargas era o pai dos pobres e a mãe dos ricos"

Ele tratou de não romper tão radicalmente com a oligarquia agrícola, e o café continuou sendo importante
no Brasil.

Isso começa a mudar mesmo a partir de Juscelino Kubitschek e, principalmente, a partir de 1964.“

A Grande Depressão, porém, dificultou os esforços do governo para ajudar o café e "somente no final da
década de 1930 o café começou a recuperar os bons preços nos mercados internacionais“.

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 RUBRICA/ECONOMISTA: ADAM SMITH
PERÍODO SÉCULO XVIII
MOMENTO HISTÓRICO CAPITALISMO NASCENTE
REVOLUÇÃO INDUSTRIAL E FRANCESA.
A RIQUEZA DAS NAÇÕES
LIVRO
SISTEMA DE MERCADO, LIBERALISMO ECONÔMICO
E A PROSPERIDADE DAS NAÇÕES.
CONTEÚDO DA OBRA
LITERÁRIA
FIM DO MONOPÓLIO,
NÃO INTERVENÇÃO DO ESTADO, (LIBERALISMO
ECONÔMICO)
TESE DEFENDIDA CONTRATO DE TRABALHO NEGOCIADO ENTRE
PATRÕES E EMPREGADOS,
E O LIVRE COMÉRCIO ENTRE OS POVOS
SUCESSÃO DE ESTÁGIOS,
PASSANDO DE CAÇADORES/PESCADORES
COMO VÊ A HISTÓRIA DA A UMA SOCIEDADE COMERCIAL,
HUMANIDADE COM SOLUÇÃO HAMONIOSA ENTRE AS CLASSES
SOCIAIS.
PELA CONCORRÊNCIA E AUTO REGULAÇÃO
(MÃO INVISÍVEL)
AJUSTE DO SISTEMA QUANDO AUMENTA A PROCURA DE UM PRODUTO,
EMPREGADORES EMPREGAM + FATORES DE
PRODUÇÃO. O CONTRÁRIO É VERADEIRO.
IMPULSO DE MELHORIA DE SI MESMO,
+ SEDE DE LUCRO + A DIVISÃO DO TRABALHO
(PRODUTIVIDADE) E EFICIÊNCIA.
O QUE LEVARIA AO “AS EMPRESAS COM A DIVISÃO DO TRABALHO
CRESCIMENTO ECONÔMICO NECESSITAM DE ADMINISTRAÇÃO”
KARL MARX
SÉCULO XIX
PERÍODO NEGRO DA INDÚSTRIA
O CAPITAL
CRÍTICA AO SISTEMA CAPITALISTA, E AS
CONSEQUÊNCIAS SOCIAIS DA
INDUSTRIALIZAÇÃO.
A CENTRALIZAÇÃO DOS MEIOS DE
PRODUÇÃO E A SOCIALIZAÇÃO DO
TRABALHO, FICAM INCOMPATÍVEIS
COM O CAPITALISMO, LEVANDO A SUA
RUÍNA, COM O FIM DA PROPRIEDADE
PRIVADA.
EXPLORAÇÃO DA MÃO DE OBRA –
FONTE DO LUCRO DO CAPITALISTA–
“ TEORIA DA MAIS VALIA”.
O SISTEMA É AUTODESTRUVIVO ,
E DAS LUTAS DE CLASSES.
NÃO HÁ CRESCIMENTO ECONÔMICO,
POIS, AS GRANDES EMPRESAS
COMPRARIAM AS PEQUENAS A CADA
CRISE, E INTENSIFICAÇÃO DA LUTA DE
CLASSES, RESULTANDO EM MAGNATAS
X PROLETÁRIOS.
JOHN MAYNARD KEYNES
SÉCULO XX
CRISE DO CAPITALISMO.
A GRANDE DEPRESSÃO.
TEORIA GERAL DO EMPREGO, DOS
JUROS E DA MOÉDA.
O NÍVEL GERAL DA ATIVIDADE
ECONÔMICA ERA DETERMINADO PELA
DISPOSIÇÃO DE INVESTIMENTOS
EMPRESÁRIOS.
EM MOMENTOS DE CRISE, OS
GOVERNOS DEVEM GASTAR O
DINHEIRO QUE NÃO TÊM,
PRINCIPALMENTE QUANDO 25% DOS
TRABALHADORES ESTÃO
DESEMPREGADOS.
NÃO HÁ NO SISTEMA DE MERCADO
UMA CAPACIDADE AUTOCORRETORA
PARA MANTER O CAPITALISMO EM
CRESCIMENTO.
COM INTERVENÇÃO DO ESTADO, EM
ÉPOCAS DE CRISE ESTÁ É A ÚNICA
FONTE POSSÍVEL PARA ESTIMULAR A
ECONOMIA.
ECONOMIA MISTA, NA QUAL OS
GOVERNOS TÊM UM PAPEL
FUNDAMENTAL.
UM PAPEL ANTI-CÍCLICO, INVESTIR
QUANDO NECESSÁRIO E NÃO ATUAR
QUANDO A ECONOMIA CAMINHA SÓ.
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