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A Belle Époque & A classe operária.

PROFESSOR: ALEXANDRE FREIRE


Belle Époque

A Segunda Revoluçã o Industrial causou impacto


també m na vida social e na mentalidade, no modo de
pensar, das pessoas da é poca. Para muitos, havia uma
sensaçã o de infinitude da capacidade criativa humana, o
que trazia a convicçã o de que esses seres inventivos,
urbanos e industriais construiriam um mundo cada vez
melhor.
 Por isso, o período compreendido entre a segunda
metade do sé culo XIX e os primeiros anos do sé culo XX ficou
conhecido como Belle Époque (“bela é poca”, traduzido do
francê s).
Mudanças na vida durante o período.

No período foram inventados o metrô (1863), o


bonde elétrico (1874), a locomotiva elétrica (1879) e
o automóvel (1886).
Até 1890, vários cientistas já haviam identificado os
agentes de diversas doenças (tuberculose, cólera,
febre tifóide e tétano, entre outras) e vinham
desenvolvendo vacinas para combatê-las. Esses
novos tratamentos contribuíram para reduzir o
elevado número de mortes provocadas por elas.
A Classe operária

Surgido com a Revolução Industrial da


segunda metade do século XVIII, o proletariado,
ou classe operária, era formado por mineradores,
ferroviários, portuários, trabalhadores industriais,
etc. Era a classe mais numerosa da Europa e a que
mais sofria com as desigualdades sociais
decorrentes da Revolução Industrial.
 Diante da exploração, os trabalhadores passaram a se organizar
em associações de classe e a lutar por melhores condições de vida
e de trabalho. Na França, essa luta levou a uma intensa
participação política da classe trabalhadora, que se expressou na
quantidade de votos em grupos socialistas, e nas tentativas de
insurreições, como ocorreu em 1848 e em 1871, com a Comuna
de Paris. No restante da Europa, a mobilização do proletariado
culminou na criação da Associação Internacional de
Trabalhadores (AIT), que reunia representantes da classe
provenientes de diversos países do mundo.
No início do surgimento do proletariado, os
operários eram, em sua maioria, camponeses que
haviam abandonado a zona rural e se mudado para
as cidades em busca de melhores condições de vida
(emprego, fartura de alimentos, moradias melhores,
entre outras). Uma vez nas cidades, porém, tinham
de se submeter ao estafante trabalho das fábricas e
às péssimas condições sanitárias das moradias
operárias.
Como resultado da Internacional de Trabalhadores,
ainda em 1864 o governo francês reconheceu o direito de
greve. Três anos depois, permitiu que os trabalhadores
formassem cooperativas de trabalho. Na Inglaterra, em
1875, o governo reconheceu o direito dos operários de se
organizarem em sindicatos. Na Alemanha, a partir de 1880,
foram aprovadas leis que garanti- riam a proteção social dos
trabalhadores, como os seguros contra acidentes e doenças
profissionais, aposentadoria, etc.
O dia do trabalho

No final do século XIX, a classe operária também se


organizava nos Estados Unidos. No dia 1º de maio de
1886, os trabalhadores iniciaram uma greve que
reivindicava “oito horas de trabalho, oito horas de
descanso e oito horas para fazer o que der vontade”. Mais
de 350 mil pessoas paralisaram suas atividades em todo
o país. Os protestos se estenderam durante os dias
seguintes, e no dia 4º de maio houve um confronto entre
os trabalhadores e a polícia que deixou doze pessoas
mortas e um grande número de feridos. Oito líderes
anarquistas foram presos e quatro deles, enforcados.
Em homenagem a essas pessoas, o dia 1o de maio
passou a ser lembrado todos os anos, no mundo
inteiro, como um marco da luta dos trabalhadores.
No Brasil, em 1º de maio de 1890 ocorreram
manifestações operárias em diversos pontos do país
e, em 1925, a data foi transformada em feriado
nacional.

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