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● A Revolução Industrial, que teve como epicentro a Inglaterra, sinalizou que a longa
transição do feudalismo para o capitalismo chegava ao fim. O motor da atividade
econômica passou a ser a indústria, e não mais o comércio, enquanto o mundo se
tornaria, aos poucos, cada vez mais urbano e menos rural, em um processo que se
acelerou no século XX.
● Em contraste com o feudalismo, no capitalismo generalizou-se o chamado trabalho
livre. De um lado, os meios de produção, como a terra e os instrumentos de trabalho,
foram paulatinamente expropriados dos trabalhadores. A força de trabalho se
converteu em mercadoria, vendida em troca de salário. De outro lado, o trabalhador
ganhou uma mobilidade desconhecida no mundo feudal: no capitalismo, ele tornou-
se “livre” para escolher para quem venderia sua força de trabalho.
● Em lugar das oficinas artesanais, passou a predominar a grande indústria, na qual as
máquinas determinavam a velocidade com que o trabalho precisava ser feito,
enquanto os patrões decidiam a quantidade de horas trabalhadas.
● No início da era industrial, não havia leis regulamentando os dias nem as horas de
trabalho. Também não havia salário mínimo, restrições ao trabalho infantil,
indenização em caso de acidentes de trabalho ou previsão de aposentadoria na
velhice. Em resumo, não havia direitos trabalhistas
● Em 1811 e 1812, com a ação de Ned Ludd, que teria quebrado a marteladas os
teares da fábrica onde trabalhava, nascia o movimento ludista, assim chamado em
homenagem ao lendário líder.
● A repressão das autoridades foi tão violenta que provocou reações até nos setores
mais abastados da sociedade. Em 1812, George Byron, poeta e membro da Câmara
dos Lordes, fez um longo discurso no Parlamento em apoio aos ludistas. Leia um
trecho desse discurso.
As trade unions e as primeiras conquistas
● Com as lutas operárias, iniciava-se também a orga- nização dos trabalhadores contra
a exploração de sua força de trabalho. As primeiras associações de operários foram
criadas no século XVIII, antes mesmo da Revolu- ção Industrial, por trabalhadores do
sistema artesanal . Eram associações de tecelões, sapateiros, marceneiros e
alfaiates. Reprimidas pelos patrões, essas associações foram finalmente proibidas
em 1799.
● A Revolução Industrial, porém, daria um novo impulso às organizações operárias. A
concentração de um grande volume de trabalhadores nas fábricas criou entre eles
uma identidade coletiva, o sentido de pertencimento a um grupo social e a confiança
em seu poder de mobilização que fortaleceu a sua luta por direitos. A primeira
conquista dos trabalhadores ocorreu em 1825, com a revogação da lei de 1799 e a
criação das primeiras trade unions, ou sindicatos, com a tarefa de organizar os
trabalhadores para a conquista de direitos.
● A conquista seguinte foi a aprovação, em 1833, dos Atos de Fábrica, lei que
regulamentou o trabalho infantil nas indústrias. O ato proibiu o trabalho de crianças
menores de 9 anos (exceto nas fábricas de seda), limitou o tempo de trabalho das
crianças entre 9 e 13 anos a 48 horas semanais e o trabalho de jovens entre 14 e 18
anos a 69 horas por semana, proibiu o trabalho noturno para menores de 18 anos e
instituiu a frequência escolar obrigatória de duas horas por dia para os menores de
14 anos. Três anos depois da nova lei, os operários condenados na Inglaterra por
participação nas revoltas foram anistiados e começaram a retornar ao país.
O movimento cartista
● O movimento ganhou força no ano seguinte, com a coleta de milhares de
assinaturas nas fábricas, oficinas e reuniões de trabalhadores para uma série de
petições nacionais encaminhadas ao Parlamento.
● A iniciativa deu origem à Carta do Povo, petição encaminhada ao Parlamento, em
1838, contendo as seguintes reivindicações:
• Sufrágio universal masculino (até então, o voto tinha como base a renda do indivíduo).
• Voto secreto por meio de cédulas.
• Eleições anuais.
• Participação de representantes da classe operária no Parlamento.
• Remuneração para os parlamentares.
As lutas operárias
● O movimento ambientalista organizado surgiu nos anos 1960 nos Estados Unidos e
no norte da Europa, motivado pelas numerosas denúncias de agressões contra o
meio ambiente e pela luta pacifista e antinuclear. Os recorrentes casos de desastres
ambientais e o aumento da poluição evidenciavam que o modelo de desenvolvimento
imposto pelo capitalismo gerava efeitos danosos aos seres vivos e ao meio
ambiente, colocando toda a humanidade em risco.
● O movimento ambientalista é composto de uma grande diversidade de grupos que se
dedicam à defesa do meio ambiente. Sua organização ocorre de forma
descentralizada e por meio da criação de redes, o que faz com que ele consiga
abarcar diversos segmentos sociais e agir em diferentes frentes.
● Desde o início da década de 1970, acompanhando uma tendência internacional, a
causa ambiental já mobilizava segmentos da sociedade civil brasileira. Entretanto, foi
a partir da redemocratização, na década de 1980, que ele ganhou força e se
expandiu, atuando energicamente frente ao Estado no sentido de denunciar e cobrar
medidas e ações voltadas para a resolução dos problemas ambientais que assolam
o país.
● O uso de argumentos estatísticos é cada vez mais comum não só na
ciência, mas em diversas outras áreas de atuação humana, como a política, a
economia, a educação e a saúde. Muitas vezes, as decisões sobre programas a ser
implementados são tomadas de acor- do com a interpretação ou a manipulação de
dados estatísticos. Disso decorre a importância da análise dos argumentos
estatísticos.
● O argumento estatístico é indutivo, portanto, não tem a pretensão de ter uma
conclusão necessariamente lógica, isto é, absoluta, que não pode ser diferente. Ele
visa apresentar evidências suficientes para que a conclusão seja provável.
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