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História – 8º Ano do Ensino Fundamental

3º Trimestre

Segunda Revolução Industrial – Novas


tecnologias – A industrialização acelera
Novas tecnologias

A Rev. Industrial deu origem a uma nova sociedade,


fundamentada no trabalho assalariado, nas fábricas
e livre concorrência. As cidades cresceram, a
burguesia se fortaleceu, e surgiu uma nova classe, o
proletariado.
As primeiras indústrias
dependiam da queima do
carvão e do vapor para
movimentar suas máquinas,
e o ferro era a principal
matéria prima.
Em meados do séc. XIX foram desenvolvidas novas
tecnologias, que permitiram a criação de novos
equipamentos mais modernos e potentes.

Foram desenvolvidas
técnicas para a produção
do aço (ferro + carbono),
que devido às suas
características, fez com
que esse material passasse
a ser amplamente
empregado.
A eletricidade também provocou transformações
profundas nas sociedades, proporcionando o
invento de novos meios de comunicação, como o
telégrafo e o telefone, além de meios de transporte,
como o bonde elétrico.
O petróleo também foi
descoberto, e rapidamente foi
utilizado pela indústria como
combustível; motores à
combustão permitiram a
invenção dos primeiros
automóveis.
Também foram criadas embarcações com motores
à combustão, tornando mais rápido o comércio e
deslocamento de pessoas, parecia que as distâncias
se encurtavam.

Todas essas mudanças


transformaram a produção
industrial; e todas essas
transformações ficaram conhecidas
como a Segunda Revolução
Industrial.
A industrialização acelera

A 2ª Rev. Industrial promoveu o avanço na


industrialização em todo o mundo, muitos países
tinham uma economia já industrializada.
As indústrias se tornaram
organizações poderosas e
influentes, indústrias
maiores compravam as
menores, e formavam
conglomerados controlados
por um grupo.
Holding – uma empresa controla outra por ter mais
ações; Truste: união de algumas empresas para
tentar eliminar a concorrência e dominar o
mercado; Cartel: acordo entre empresas para
tabelar o preço e dificultar a concorrência.
Os conglomerados
passaram a dominar o
mercado, influenciando
não somente os
consumidores, mas
também a política e os
governos.
O crescimento da produção levou ao aumento da
busca por matéria-prima e mercado consumidor.
Países europeus voltaram suas atenções para a
África e Ásia, devido à população e seus recursos
naturais.
Países como Inglaterra e
França dominaram
grandes regiões nestes
continentes, forma de
dominação conhecida
como imperialismo ou
neocolonialismo.
História – 8º Ano do Ensino Fundamental

3º Trimestre

A sociedade se transforma – Os Estados se


fortalecem – As cidades crescem – A difícil
realidade dos trabalhadores
A sociedade se transforma

A 2º Rev. Industrial promoveu mudanças sociais


através da industrialização, como o fortalecimento
das burguesias nacionais.

A venda de produtos
industrializados em todo o
mundo enriqueceu a burguesia,
dando origem a um sistema
bancário complexo, que promovia
a expansão da indústria.
Nesse contexto os burgueses ganharam cada vez
mais força política, conquistando uma
participação ativa nos governos.

Europa e Estados Unidos


foram as regiões mais
afetadas pela
industrialização desse
período.
Os Estados se fortalecem

As indústrias fortaleceram os países, que


investiram as riquezas geradas na ampliação dos
exércitos e das marinhas, a partir de 1850 houve
uma corrida armamentista.

Armas cada vez mais letais


foram desenvolvidas, e a
indústria produzia cada vez
mais, esse cenário aumentou a
tensão entre as nações – “paz
armada”.
As cidades crescem

Houve expressivo crescimento urbano, a população


rural se deslocou para as cidades. A população
urbana se tornou maior, e os pobres se
estabeleceram nas áreas distantes dos centros
urbanos, nas periferias ou subúrbios.
Era um período de
crescimento econômico e
otimismo, acreditava-se que
o progresso tornaria possível
a superação dos problemas
sociais.
A difícil realidade dos trabalhadores

A 2º Rev. Industrial acentuou as desigualdades


sociais. As transformações beneficiavam a
burguesia, mas não os trabalhadores.
O crescimento industrial fez
com que a maior parte da
população urbana dependesse
justamente das indústrias,
tornando-se operários. Mas não
havia salários dignos nem leis
trabalhistas.
Era comum os trabalhadores terem dificuldades
para pagar suas contas e dívidas, e por isso viviam
em locais com pouca estrutura e falta de higiene,
ambiente que favorecia a disseminação de doenças.

Nesse contexto as ideias


socialistas e anarquistas
se espalhavam muito
rápido entre a população.
As ideias socialistas e anarquistas, que existiam
desde a 1º Rev. Industrial, se tornaram a principal
forma de criticar o mundo industrial. Nas fábricas
eram distribuídos jornais que falavam sobre as
péssimas condições de vida e trabalho.

Influenciados por essas ideias,


muitos se organizaram e
lutaram por melhores
condições, foram formados
sindicatos e os primeiros
partidos de trabalhadores.
História – 8º Ano do Ensino Fundamental

3º Trimestre

Lutas operárias - Comuna de Paris


Lutas operárias

No início, não havia leis e regulamentação


trabalhista. Os donos das fábricas estabeleciam as
regras: baixos salários, longas jornadas, trabalho
infantil. As fábricas eram locais insalubres, sem
segurança.
As condições de trabalho levaram
muitos operários europeus a
migrarem para outros países,
vindo principalmente para o
continente americano, inclusive o
Brasil.
A classe operária, organizada em sindicatos e
associações, exigiu mudanças. Assim surgiram
movimentos operários em todos os locais onde a
industrialização já havia chegado.

A principal estratégia de protesto


era a greve, que paralisava a
produção. Isso ajudou na
regulamentação do trabalho,
mas a repressão policial também
era comum.
Os trabalhadores reivindicavam o direito ao voto
para escolher seus representantes, assim poderiam
votar em candidatos que lutariam pela
regulamentação do trabalho, além de defender
melhores condições de vida.
Greves, passeatas e protestos
obtiveram conquistas,
lentamente foram criadas
leis trabalhistas, inclusive
obrigando a melhorar as
condições dos espaços de
trabalho.
Comuna de Paris

Muitos trabalhadores defendiam mudanças


radicais, ideia que culminou na organização de
movimentos revolucionários. Um desses exemplos
é a Comuna de Paris, de 1871.

Entre 1870-1871, França e Prússia


travaram guerra, que culminou
com a vitória da Prússia. A
monarquia francesa caiu, e foi
substituída por uma república.
A burguesia se organizou para assumir o governo,
mas os trabalhadores se organizaram num governo
revolucionário, que conseguiu assumir o poder de
Paris. A burguesia foi obrigada a fugir da cidade, e se
refugiou em Versalhes.

Paris foi controlada por


movimentos socialistas e
anarquistas, que
organizaram um governo
igualitário.
A Comuna que conquistou Paris não obteve apoio de
outras regiões. Então o governo republicano
organizou uma ofensiva para derrotar os
revolucionários. Em 1871 Paris foi invadida, os
confrontos resultaram em milhares de mortes.

O governo recuperou o
controle de Paris, mas os ideais
do movimento não acabaram,
pois tornaram-se símbolos de
luta, desta que foi a 1º
experiência revolucionária
trabalhista.

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