H2-Aula 05 e 06

HISTÓRIA DA ARQUITETURA E DAS
ARTES II
História da Arquitetura e das Artes II

Professora: Arquiteta Luciana Veiga Souto
Aula 05 e 06
Arquitetura Renascentista
Filippo Brunelleschi:
Arquiteto renascentista, pintor, escultor, construtor, além de dominar
conhecimentos de matemática, geometria, grande conhecedor da poesia de Dante e
precursor da perspectiva linear. Iniciou a carreira como escultor, foi para Roma
juntamente com Donatello (escultor) estudar as construções antigas de Roma, por
isso as características de sua obra é a harmonia nas proporções sempre buscando a
racionalização do desenho arquitetônico. O que Brunelleschi tinha em mente era a
criação de um novo processo de construção, em que as formas da arquitetura
clássica fossem livremente usadas para criar novos modos de harmonia e beleza e,
o mais surpreendente, é ele ter conseguido concretizar o programa. Era líder de um
grande grupo de artistas fiorentinos que seguiram seus pensamentos renascentistas.
Trabalhos mais importantes:

1. Cúpula da Catedral de Florença - Igreja Santa Maria del Fiore
2. Hospital do Inocentes
3. Capela Pazzi

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Arquitetura
Renascentista
Filippo Brunelleschi
1. Cúpula da Catedral de Florença

- Igreja Santa Maria del Fiore.
Obra interrompida em 1302 com a

morte do arquiteto Arnolfo di
Cambio, Brunelleschi ganhou o
concurso para o término da Cúpula
no ano de 1418.
Baseada em estudos da cúpula do
Panteão Romano, possui formato
octogonal, parece que foi
construída junto com a nave.

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Arquitetura
Renascentista
2. Hospital do Inocentes
Inicialmente um hospital para crianças e
depois com o abandono destas no local
acabou se tornando um orfanato.
Construída em Florença e iniciada em
1419.
Baseado na arquitetura da Roma Antiga e
na Gótica, construída com a lógica
proporcional. A altura das colunas, por
exemplo, não é arbitrária; se traça uma
linha horizontal ao longo do alto das
colunas, cria-se um quadrado com a altura
da coluna e da distância de uma coluna à
seguinte.

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Arquitetura
Renascentista
3. Capela Pazzi
Construída para o banqueiro Andrea
Pazzi em Florença, iniciada em 1441 e
concluída em 1460. Considerada um
obra prima renascentista pela harmonia
e regularidade como consequência de
uma geometria perfeita. Pormenores
como a moldura da porta, com seu
frontão clássico, revelam como
Brunelleschi estudou cuidadosamente
as antigas ruínas e edifícios como o
Panteão.

Aula 05 e 06
Leon Battista Alberti:
Arquiteto, teórico da arte, humanista, pintor, escultor, filósofo e músico. Em suas

obras personificou o homem universal, escreveu o tratado de re edficatoria, autor da
frase: “Uma obra está completa quando nada pode ser acrescentado, retirado ou
alterado, a não ser para pior”. Acreditava que a Igreja deveria ser projetada com
proporção divina o que somente a planta central poderia possibilitar.

1. Fachada de Santa Maria Novella
2. Palacio Rucellai
3. Basilica de Sant’Andrea

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Arquitetura
Renascentista
Leon Battista Alberti
1. Fachada de Santa Maria

Novella
Alberti projetou a parte superior

da fachada incrustada
em mármore preto e branco,
trouxe os ideais de arquitetura
humanista, proporção e
detalhamento de inspiração
clássica para o projeto, e
também criou harmonia com a já
existente parte medieval da
fachada.

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Arquitetura
Renascentista
2. Palacio Rucellai
Construído entre 1446 e 1451,

com estilo e sobriedade nos
moldes do tratado De Re
Aedificatoria.
Fachada: colmeado de pietra
forte uniforme e plana, lesenas
(relevo vertical) toscanas e
coríntias, janelas rodeadas por
arcos, na parte superior uma
cornija.

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Arquitetura
Renascentista
3. Basilica de Sant’Andrea
Costruída em Mantua no ano de

1472 dentro de um terreno de
um mosteiro Beneditino.
A fachada é de estilo clássico
sobre o modelo de um arco
triunfal romano de pilastras
coríntias colossais.

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Andrea Palladio:
Arquiteto Italiano humanista de Pádua membro da Academia de Florença.

Estudou as ruínas romanas na busca do entendimento das proporções, escreveu I
Quattro Libri dell’Architettura .

1. A Villa Palladiana
2. A Basilica de San Giorgio Maggiore

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Arquitetura
Renascentista
Andrea Palladio
1. A Villa Palladiana
Conjunto de obras na região do Villa Capra (Rottonda) em Vicenza Italia

Vêneto.
Ao todo 23 Villas.
A Villa Rotonda (Villa Capri)

situada em Vicenza Italia é
integrante do patrimônio histórico
da humanidade.

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Arquitetura
Renascentista
Andrea Palladio
1. A BasÍlica de San Giorgio Maggiore

Construída em Veneza o edifício faz parte
do Mosteiro de San Giorgio Maggiore
ambos construídos por Palladio.
A solução inventada por Palladio para esta
fachada é fantasiosa e é uma contribuição
original para a resolução de um dos
problemas mais sentidos pelos arquitectos
renascentistas, que era o de encontrar o
modo de dotar um aspecto inspirado no
templo clássico a um edifício tripartido como
a igreja cristã de três naves.

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Pintura Renascentista
A pintura do Renascimento confirma as três conquistas que os artistas do
último período gótico já haviam alcançado: a perspectiva, o uso do claro-escuro e
o realismo.
Predominava na época a tendência de uma interpretação científica do mundo. O
resultado disso nas artes plásticas, e sobretudo na pintura, são os estudos da
perspectiva segundo os princípios da Matemática e da Geometria. O uso da
perspectiva conduziu a outro recurso, o claro-escuro, que consiste em pintar algumas
áreas iluminadas e outras na sombra. Esse jogo de contrastes reforça a sugestão de
volume dos corpos. A combinação da perspectiva e do claro-escuro contribuiu para o
maior realismo das pinturas.
Outra característica da arte do Renascimento, em especial da pintura, foi o
surgimento de artistas com um estilo pessoal, diferente dos demais, pois buscavam o
ideal de liberdade e, consequentemente, o individualismo.
É, portanto, a partir dessa época que começa a existir o artista como o
conceituamos atualmente: um criador individual e autônomo, que expressa em suas
obras os seus sentimentos e suas idéias, sem submissão a nenhum poder que não a
sua própria capacidade de criação.

Aula 05 e 06
Os recursos da pintura renascentista e a atitude convincentemente humana
das figuras retratadas nos mostram que a concepção que o homem do século XV faz
de si mesmo, do mundo e de Deus se alterou em relação ao passado. O artista do
Renascimento não vê mais o homem como um simples observador do mundo que
expressa a grandeza de Deus, mas como a expressão mais grandiosa do próprio
Deus. E o mundo é pensado como uma realidade a ser compreendida
cientificamente, e não apenas admirada.

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Masaccio – Tommaso di ser Giovanni
(1401 – 1428):
Do período Quatrocentto da Renascença Italiana, nasceu
em Arezzo, Toscana. Foi o primeiro pintor do século XV a
conceber a pintura como imitação fiel do real, como a
reprodução das coisas tal como elas são.
Era considerado um gênio e causou espanto às
comunidades artísticas da época quando, com apenas 24 anos
de idade, pintou a “Santíssima Trindade”, Um um grande
afresco da igreja de Santa Maria Novelle, em Florença, o
afresco era de tamanho realismo em provocara uma
verdadeira revolução na pintura. Essa revolução não consistiu
apenas no estratagema técnico da pintura em perspectiva,
embora isso, por si só, deva ter sido deveras espantoso
enquanto foi novidade. Podemos imaginar a perplexidade
dos florentinos quando esse mural foi exposto e parecia ter
feito um buraco na parede onde se podia observar a cena.

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FRA ANGELICO – Giovanne de Fiesole (1387-1455):
Pintor Italiano, beatificado pela igreja católica. Foi
considerado o primeiro herdeiro de Masaccio, por causa
do seu interesse pela realidade humana. Mas sua
formação cristã e conventual fez com que suas obras
manifestassem uma tendência religiosa na arte do
Renascimento. Sua pintura, embora siga os princípios
renascentistas da perspectiva e da correspondência entre
luz e sombra, está impregnada de um sentido místico.
Em sua obra Anunciação, pintada entre 1433 e 1434,
notamos que ainda persiste a intenção religiosa. No
entanto, a perspectiva e o realismo já são bastante
evidentes. As figuras ganham volume e feições mais
humanas, a anunciação do anjo a Maria é ambientada
numa construção cujas linhas geométricas parecem
abrigar a serenidade com que Nossa Senhora ouve a
mensagem divina.

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Pintura
Renascentista
PAOLLO UCCELLO (1397-1475):
Pintor Italiano, do período Quatrocentto,
procura compreender o mundo segundo os
conhecimentos científicos do seu tempo e, em
suas obras, tenta recriar a realidade segundo
princípios matemáticos. Mas, por outro lado, sua
imaginação corteja as fantasias medievais, o
mundo lendário de um período que já estava se
constituindo num passado superado. Outro
aspecto importante de sua pintura é a
representação do momento em que um
movimento está sendo contido (ele capta a
intenção do movimento).
Essa característica de Uccello pode ser
observada no quadro “São Jorge e o Dragão”.

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Pintura
Renascentista
DOMENICO VENEZIANO
(1410-1461):
Pintor Italiano, do início do
Renascimento, Influenciou Andrea
Mantegna e foi o professor de Piero della
Francesca. Seu trabalho se caracteriza
pelo uso da perspectiva e da cor. Sua obra-
prima é ”Madona e o Menino com os
Santos” é o primeiro painel com o estilo
Sacra Conversazione, a Madona aparece
no interior de um enquadramento
arquitetônico, ladeadas pelos Santos que
podem conversar com ela, com o
expectador e entre si.

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PIERO DELLA FRANCESCA
(1410-1492):
Pintor Italiano, do período Quatrocentto, para
Piero, a pintura não tem por função representar
um acontecimento. As cenas que suas obras
mostram como se fossem suporte para a
apresentação de uma composição geométrica.
Na “Ressurreição de Jesus”, por exemplo, o
grupo de figuras humanas ali representadas
compõe uma pirâmide, cujo ponto mais elevado é
a cabeça de Cristo e cuja base são os soldados
que dormem sentados no chão próximo ao
túmulo. Suas principais características é a
imobilidade e a leveza geométrica. Também
conhecido pela pintura sobre a conversão de
Constantino ao catoliscismo.

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SANDRO BOCCICELLI
(Alessandro di Mariano di Vanni Filipepi)
(1445-1510):
Pintor florentino, foi considerado o artista que
melhor expressou, através do desenho, um ritmo
suave e gracioso para as figuras pintadas. Os temas
de seus quadros - quer tirados da Antiguidade grega,
quer tirados da tradição cristã - foram escolhidos
segundo a possibilidade que lhe proporcionavam de
expressar seu ideal de beleza. Para ele, a beleza
estava associada ao ideal cristão da graça divina. Por
isso, as figuras humanas de seus quadros são belas
porque manifestam a graça divina, e, ao mesmo
tempo, melancólicas porque supõem que perderam
esse dom de Deus. Sua criação mais famosa,
“Nascimento de Vênus”, retoma um tema da
Antiguidade pagã, mas Botticelli transforma Vênus, a
deusa do amor, no símbolo da pureza e da verdade.
Aula 05 e 06
SANDRO BOCCICELLI
Mas é na obra “A Primavera” que podemos
compreender melhor as características de Botticelli.
Essa pintura foi feita para decorar uma parede da casa
de um dos membros da família Médici, de Florença. O
assunto é a representação do mundo pagão. Ao
centro está a deusa Vênus; acima de sua cabeça,
Cupido dispara suas setas que despertam o
sentimento do amor. À esquerda de Vênus estão
Flora, a Primavera-uma jovem com um ramo de flor na
boca e Zéfiro, o vento oeste, na mitologia grega. À
direita de Vênus estão as três Graças e Mercúrio, o
mensageiro dos deuses. Aparentemente, as figuras
não têm muita relação entre si, mas o observador as
percebe corno um conjunto. O que as une é o ritmo
suave do desenho e a sugestiva paisagem em tons
escuros que favorecem a impressão de relevo das
figuras claras em primeiro plano.
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Pintura
Renascentista
PIERO DI COSIMO
(Piero di Lorenzo di Piero d
´Antonio)
(1462-1522):
Pintor Italiano, da escola
Florentina do Renascimento, sua
característica principal, é ao invés de
espiritualizar os deuses pagãos, ele
os faz descer a terra como seres de
carne e osso, como pode ser visto em
sua pintura “A descoberta do Mel”.

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ANDREA MANTEGNA
(1431-1506):
Foi um pintor e gravador
do Renascimento na Itália. Foi o primeiro grande
artista da Itália setentrional. Trabalhou primeiro
na famosa cidade universitária de Pádua e
depois na corte dos Duques de Mântua, ambas
no Norte da Itália. Numa igreja paduana,
Mantegna pintou uma série de murais
ilustrando a lenda de S. Tiago. A igreja foi
danificada por bombardeios durante a II
Guerra Mundial, e a maior parte dessas
pinturas de Mantegna foi destruída. É uma
triste e irrecuperável perda, pois esses murais
pertenciam indubitavelmente às maiores obras
de arte de todos os tempos.

Aula 05 e 06
Pintura
Renascentista
GIOVANNI BELLINI
(1430-1516):
Também chamado em sua terra natal
de Giambellino, foi um pintor
do Renascimento. O mais famoso de uma
família de pintores de mesmo sobrenome, era
cunhado e amigo de Mantegna, e
teve Tiziano entre seus aprendizes. É
considerado como renovador da pintura da
escola veneziana, movendo-a para um estilo
mais sensual e policromático. Pelo uso de cores
claras de lenta secagem, criou sombras
detalhadas, profundidade e ricos coloridos.
Suas fluentes e coloridas paisagens tiveram um
grande efeito no seu tempo. Sua melhor
pintura foi “São Francisco em êxtase”.
Aula 05 e 06
Bibliografia
GOMBRICH, Ernest Hans. A História da arte. 16 ed. Rio de Janeiro: LTC. 2000.
PROENÇA, Maria das Graças Vieira. História da Arte.
JANSON H. W., JASON, Anthony F. Iniciação à História da Arte.
ATLAS HISTÓRICO
História da Arquitetura e das Artes III

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