• Constituintes da oração e organização sintática - subordinadas

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Constituintes da oração e organização sintática - subordinadas

1)Aspectos gerais
.Já vimos que, do morfema ao texto, temos sempre uma relaçã o de
unidade de nível linguístico inferior, compondo outra unidade de
nível superior:
morfema-> palavra->sintagma->oração (período)->texto
(SAUTCHUK, 2004, p. 113).
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• As oraçõ es se estruturam com base em seus constituintes

imediatos – os sintagmas – formando períodos simples.
• Uma ú nica oraçã o pode constituir um ú nico período – o período
simples .
• Ou um conjunto de oraçõ es pode organizar-se entre si de maneira
mais ou menos dependente, contraindo-se entre elas relaçõ es de
dependência sintática ou constituindo unidades apenas
semanticamente dependentes.
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.Exemplo de oraçã o que constitui conjunto semanticamente

independente:
Nos sábados armavam-se barracas, fervilhavam matutos.
(...) Os dados chocalhavam, as pedras estalavam nos tabuleiros de
gamão.”
(Graciliano Ramos)
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• Exemplo de oraçã o que constitui conjunto semanticamente

dependente:
• Meu pai desprezou o conselho do caboclo e o resultado foi uma
praga de abóboras.
• (Graciliano Ramos)
• Nesse exemplo, a segunda oraçã o depende semanticamente da
primeira, pois constitui a consequência de uma açã o.
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• Existem dois processo bá sicos de articulaçã o das oraçõ es em um

período composto: a coordenação e a subordinação.

• Há períodos em que só ocorre um ou outro desses processos e há

outros períodos em que ocorrem os dois tipos.
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• Sautchuk (2004) explica que a coordenaçã o, que pode ocorrer por

justaposiçã o, sem conjunçã o, ou por meio de conjunçõ es
coordenativas, pressupõ e um paralelismo de funções e valores
sintá ticos idênticos entre elas.
• No exemplo: Presumo
enquanto morei ali
que o júri não funcionou
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• Nesse exemplo, notamos uma dependência sintá tica entre a

primeira oraçã o “presumo” e a ú ltima “que o jú ri nã o funcionou”.
Isso se configura como uma relaçã o de subordinação.

• A subordinação significa nã o apenas tornar uma oração

sintaticamente dependente de outra, mas eleger qual ou quais
delas concentrarã o a ideia principal do período.
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2) Tipos de orações
a)Orações subordinadas substantivas, adjetivas e adverbiais
.As oraçõ es subordinadas sã o assim denominadas por exibirem
entre si dependência sintá tica (além de semâ ntica).
.Podem exercer funçõ es sintá ticas peculiares ao tipo de sintagma
que estã o representando no período composto.
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• Logo, oraçõ es substantivas equivalem a um sintagma nominal;

adjetivas, a um sintagma adjetival; as adverbiais a um
sintagma adverbial.
• Uma oraçã o substantiva, como o nome indica, tem natureza
morfoló gica substantiva e pode desempenhar as mesmas funçõ es
sintá ticas que um sintagma nominal desempenharia.
• Exemplo: É pouco provável que eles sobrevivam.
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• Sautchuk (2004) propõ e que usemos um sistema prático de

análise sintática para identificaçã o dos constituintes de uma
oraçã o.
• Segundo a autora, devemos fazer perguntas ao verbo nuclear da
oraçã o principal para obtermos a funçã o sintá tica dos
constituintes da oraçã o com mais clareza.
• Assim, perguntamos - O que é pouco provável?
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• E a resposta ´será : “a sobrevivência deles “ = Ela

• Entã o teríamos: Ela é pouco provável.
• Portanto, a oraçã o subordinada é substantiva e tem funçã o de
sujeito, sendo assim oração subordinada substantiva subjetiva.
• Todas as outras cinco modalidades de oraçõ es subordinadas
substantivas (objetiva direta; objetiva indireta; predicativa;
apositiva; completiva nominal)
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• Oraçã o subordinada objetiva indireta- também encontrada pelo

sistema prá tico proposto por Sautchuk (2004):
• Exemplo: Todos precisam de que alguém os console

Todos precisam do consolo de alguém

Todos precisam disso

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• As oraçõ es substantivas sã o introduzidas pelas conjunçõ es

integrantes que (quando o verbo indica certeza) e se (quando o
verbo expressa incerteza).
• Vejamos a diferença:
a) Vi que ele estava deprimido.
b) Nã o vi se ele estava deprimido.
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• Orações subordinadas adjetivas (explicativas ou restritivas)

• Sã o representadas por um sintagma adjetival.
• Sã o sempre introduzidas por um pronome relativo (que, o/a qual;
cujo/as; onde; quanto/a).

• OBS: Os pronomes relativos exercem sempre funçã o sintá tica, pois

equivalem a um termo antecedente.
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• Exemplo: A) Perdi o livro que havia chegado pelo correio.

Perdi o livro
O livro havia chegado pelo correio

que= sujeito na segunda oraçã o

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• B) Perdi o livro que você havia mandado

Perdi o livro
Você havia mandado o livro

que= objeto direto na segunda oraçã o

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• C) Este é o livro de que eu necessito

Este é o livro
Eu necessito do livro

que= objeto indireto na segunda oraçã o

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• Oração subordinada adverbial

Equivale a um sintagma de natureza e funçã o sintá tica adverbiais.
Importante:
Como um adjunto adverbial, as oraçõ es subordinadas adverbiais
indicam circunstâ ncia em relaçã o à oraçã o principal.
Toda circunstâ ncia se liga a um fato.
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• Exemplos:
• A) à noite, os pá ssaros cantam. -> À noite= sintagma adverbial

• Quando anoitece, os pá ssaros cantam.

• Quando anoitece = oraçã o adverbial temporal
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• B) Como se fossem tenores, os pá ssaros cantam para se

distraírem.
• Como se fossem tenores : oração adverbial comparativa
• os pá ssaros cantam= oração principal
• para se distraírem= oração adverbial final
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• Sautchuk (2004) ainda alerta:

• O importante nã o é classificar os tipos de oraçã o, mas saber
expressar por meio delas as ideias que temos em mente. Para
organizarmos nossas ideias por escrito, precisamos saber que tipo
de conjunçã o ou operadores ló gicos dispõ e a língua para que
possamos nos expressar.
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• A este respeito, vejamos os efeitos de clareza que as diferentes

construçõ es produzem:
a) “É aconselhável que se conheçam as normas a fim de que se
esclareçam as dú vidas, antes que haja críticas gerais”.

b) “É aconselhável conhecer as normas a fim de que se esclareçam

as dú vidas, antes de haver críticas gerais”.
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• Observaçã o:
• 1)A oraçã o “conhecer as normas” funciona como sujeito da
anterior e classifica-se, portanto, como subordinada substantiva
subjetiva reduzida de infinitivo.
• 2)A oraçã o “antes de haver críticas gerais” tem as mesmas
características de um advérbio circunstancial e é classificada
como subordinada adverbial temporal reduzida de infinitivo.
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• 3) Oraçõ es reduzidas de gerú ndio e particípio, por sua vez, podem

funcionar como adjetivas ou como adverbiais, dependendo
também de seu comportamento morfossintá tico no período.
(SAUTCHUK, 2004, p. 129).
Exemplos:
a) Surgiram no horizonte raios iluminando a noite
=que iluminava a noite -> oração subordinada adjetiva
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• As ruas estavam cheias de manifestantes, levados ao desespero

pela falta de empregos.
=que foram levados ao desespero -> oração subordinada
adjetiva
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• Referências
SAUTCHUK, Inez. Prá tica de morfossintaxe: como e por que
aprender aná lise(morfo)sintá tica. Barueri (SP): Manole, 2004