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MENINGES E LCR

ALVARO MOREIRA RIVELLI


Especialização em Neurologia pelo HMTJ – Juiz de Fora
Especialização em Medicina Intensiva pela Suprema – Juiz de Fora
Professor de Neuroanatomia - Unifagoc
Preceptor de Urgência e Emergência - Unifagoc
Mestrando em Urgência e Emergência
Membro da Sociedade Brasileira de Cefaléia
OBJETIVOS DA AULA

 Entender a organização das meninges


 Entender o conceito de espaço subaracnóide
 Conhecer as cavidades liquóricas do SNC
 Entender a dinâmica do lcr
Envoltórios do SNC

 Meninges
• Dura-Máter
• Aracnóide
• Pia-Máter
DURA - MÁTER
 É a meninge mais superficial, espessa e
resistente, formada por tecido conjuntivo
muito rico em fibras colágenas, contendo
nervos e vasos.
 É formada por dois folhetos: um externo e
um interno.
No encéfalo, a principal artéria que irriga a dura-máter é a artéria meníngea média, ramo
da artéria maxilar.
PREGAS DA DURA MATER
 Foice do Cérebro: é um septo vertical mediano em forma de foice que ocupa a
fissura longitudinal do cérebro, separando os dois hemisférios.
  Tenda do Cerebelo: projeta-se para diante como um septo transversal entre
os lobos occipitais e o cerebelo. A tenda do cerebelo separa a fossa posterior
da fossa média do crânio, dividindo a cavidade craniana em um
compartimento superior, ou supratentorial, e outro inferior, ou infratentorial. A
borda anterior livre da tenda do cerebelo, denominada incisura da tenda,
ajusta-se ao mesencéfalo.
  Foice do Cerebelo: pequeno septo vertical mediano, situado abaixo da tenda
do cerebelo entre os dois hemisférios cerebelares.
  Diafragma da Sela: pequena lâmina horizontal que fecha superiormente a
sela túrcica, deixando apenas um orifício de passagem para a haste hipofisára.
CAVIDADES DA DURA MÁTER
 Cavidades da dura-máter: em determinada área, os
dois folhetos da dura-máter do encéfalo separam-se
delimitando cavidades. Uma delas é o cavo
trigeminal, que contém o gânglio trigeminal. Outras
cavidades são revestidas de endotélio e contém
sangue, constituído os seios da dura-máter, que se
dispõem principalmente ao longo da inserção das
pregas da dura-máter.
 No canal vertebral (ao redor da medula espinal), a dura-máter tem
apenas um folheto, que corresponde a continuação do folheto meníngeo
da dura-máter craniana.
ARACNÓIDE
 A aracnóide separa-se da pia-máter pelo espaço
subaracnóideo que contem líquor, havendo grande
comunicação entre os espaços subaracnóideos do
encéfalo e da medula. Pertence também à
aracnóide, as delicadas trabéculas que atravessam o
espaço para ligar à pia-máter, e que são
denominados de trabéculas aracnóides.
CISTERNAS SUBARACNOIDEAS
 São dilatações do espaço subaracnóideo, as
cisternas subaracnóideas, que contém uma
grande quantidade de líquor.
CISTERNA MAGNA
 ocupa o espaço entre a face inferior do cerebelo e a face dorsal
do bulbo e do tecto do III ventrículo.
CISTERNA PONTINA
 situada ventralmente a ponte.
CISTERNA INTERPEDUNCULAR
 localizada na fossa interpeduncular.
CISTERNA SUPERIOR
 situada dorsalmente ao tecto mesencefálico,
entre o cerebelo e o esplênio do corpo caloso.
CISTERNA QUIASMÁTICA
 situada diante o quiasma óptico
GRANULAÇÕES
• Digitações da aracnóide para o interior dos seios durais, levando o
prolongamento do espaço subaracnóideo
• Absorção do líquor para o sangue
PIA - MÁTER

 Aderida ao tecido nervoso, acompanhando


suas elevações e depressões.
 Dá forma e resistência ao tecido nervoso.
 Acompanha vasos (espaços perivasculares).
MENINGES E ANEXOS
Baehr, Frotcher. Duus Diagnóstico topográfico em neurologia, Editora EGK, 2008
LÍQUOR
 Líquor, LCR, LCE
 Fluido aquoso, incolor
 Ocupa espaço subaracnóideo
e sistema ventricular
 Proteção mecânica do SNC
 Proteção biológica
 Formação: plexos coróides
e epêndima
 Circulação lenta
 Renovação a cada 8 horas
 Volume total: 100-150 cm3
 Pressão: 5-20 cm H2O (lombar)
CIRCULAÇÃO LIQUÓRICA
CORREÇÕES CLÍNICAS
PUNÇÕES LIQUÓRICAS
 Recolher amostras de LCR
• meningites
• hemorragias subaracnóideas
 Injetar contrastes radiológicos
 Injetar antibióticos e quimioterápicos
 Anestesia regional (raquianestesia)
 Hidrocefalia
• Comunicante
Aumento na produção ou deficiência na absorção
• Não-comunicante
Obstrução no trajeto do líquor

 Hipertensão intracraniana
 Hematomas extradurais
Ruptura de uma artéria meníngea
Acúmulo de sangue entre a dura-máter e os ossos do crânio

 Hematomas subdurais
Ruptura de uma veia cerebral
Acúmulo de sangue entre a aracnóide e a dura-máter

 Hemorragia subaracnóidea
REVISÃO
SUBDURAL
EPIDURAL
HSA
INTRAPARENQUIMATOSA
CASO CLÍNICO
 G.A.S., 79 anos, morador de Piraúba, deu entrada na Emergencia do HSI,
comatoso, Escala de Glasgow 4, acompanhado de sua irmã, que relatou que o
paciente era previamente hígido, porém há 5 dias teve queda da própria altura e
não procurou atendimento.

 O paciente foi intubado, imediatamente e encaminhado para a TC. Após exame a


neurocirurgia foi contactada.
ESCALA DE GLASGOW

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