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Profª Ma Priscila Andrade da Costa

Neuroanatomofisiologia Fisioterapeuta
Unidade 2 – SISTEMA NERVOSO CENTRAL
2.1 IDENTIFICAÇÃO DAS ESTRUTURAS E FUNÇÕES DA MEDULA ESPINHAL

2.2 RECONHECIMENTO DAS ESTRUTURAS E FUNÇÕES ENCEFÁLICAS

2.3 LOCALIZAÇÃO DOS ENVOLTÓRIOS E DA VASCULARIZAÇÃO DO SISTEMA


NERVOSO CENTRAL
Unidade 2
2.3 LOCALIZAÇÃO DOS ENVOLTÓRIOS E DA VASCULARIZAÇÃO DO SISTEMA NERVOSO
CENTRAL

Meninges e líquor

• Algumas membranas conjuntivas envolvem o Sistema Nervoso Central, denominadas


meninges, que são divididas em três: dura-máter, a membrana localizada mais
externamente e mais espessa, aracnoide e pia-máter, localizada mais internamente.

• Também é importante ressaltar que há três espaços ou cavidades entre as meninges, que
são: espaço epidural (entre a dura-máter e a calota craniana e entre a dura-máter e o
periósteo do canal vertebral a nível da medula), espaço subdural (entre a dura-máter e a
aracnoide) e espaço subaracnóideo; os três espaços são interpostos por líquor e evitam o
colabamento dessas membranas.
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Meninges e líquor
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Meninges e líquor

• Devemos chamar a atenção para a meninge mais superficial, espessa e resistente, que é a
dura-máter, formada por tecido conjuntivo rico em fibras colágenas, contendo vasos e
nervos.

• Seu folheto mais externo a nível do crânio se adere intimamente à tábua óssea,
comportando-se como periósteo desses ossos. Sua principal vascularização se dá pela
artéria meníngea média, fato esse que faz com que, após lesões traumáticas nessa região,
possa ocorrer o acúmulo de sangue, com consequente formação de hematomas que se
expandem rapidamente, podendo ser fatais.
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Meninges e líquor

• Já a aracnoide é uma membrana com característica serosa,


delgada e transparente, justaposta à dura-máter. Esta apresenta
delicadas trabéculas que se ligam à membrana mais interna, a
pia-máter, e são conhecidas como trabéculas aracnoides, as
quais lembram teias de aranha, por isso o nome aracnoide.

No espaço subaracnóideo há algumas dilatações, chamadas de


cisternas, compostas por grande quantidade de líquor, sendo a
maior e mais importante a cisterna Magna, que ocupa o espaço
entre a face inferior do cerebelo e a face dorsal do bulbo e do
teto do III ventrículo, ligando-se ao IV ventrículo através da
abertura mediana. A cisterna Magna é muitas vezes usada para a
obtenção de líquor por meio de punções.
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Meninges e líquor

Não podemos deixar de chamar a


atenção para as granulações
aracnoides.
Meninges Estas levam pequenos
e líquor
prolongamentos do espaço
subaracnóideo, nos quais o líquor está
separado do sangue apenas por um
endotélio e uma fina camada de
aracnoide. É, portanto, uma
importante estrutura adaptada à
absorção do líquor, que, ao chegar a
esse ponto, é absorvido para o
sangue.
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Meninges e líquor

• A membrana mais interna das meninges é a pia-máter, aderida à superfície encefálica e


medular, na qual seus relevos e depressões acompanham até o fundo dos sulcos cerebrais.
Ela é responsável por oferecer resistência aos tecidos nervosos, pois apresentam uma
consistência muito “mole”. Além disso, a pia-máter acompanha os vasos que penetram no
tecido nervoso a partir do espaço subaracnóideo, formando a parede externa dos espaços
perivasculares.
Como mencionado acima, o líquor, também conhecido como
líquido cefalorraquidiano, é um fluido aquoso que ocupa o
espaço subaracnóideo e as cavidades ventriculares (ventrículos
lateral direito e esquerdo ou I e II ventrículo, III e IV ventrículo),
apresentando como principal função a proteção mecânica do
Sistema Nervoso Central, formando um coxim líquido entre
essas estruturas nervosas e as estruturas ósseas.
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Líquor
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Líquor

• Além dessa função de proteção mecânica, o líquor contribui para proteção biológica desse
sistema contra agentes infecciosos, atuando como defesa dessas estruturas.
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Líquor
• Tais conhecimentos são de grande importância para a
compreensão de vários tipos de condições clínicas, como
por exemplo:
• Hidrocefalia
• É quando ocorre interferência na produção, circulação e
absorção do líquor, caracterizado por seu aumento de
quantidade e pressão. Nesse momento, ocorre a dilatação
dos ventrículos e a compressão das estruturas nervosas,
podendo gerar graves consequências. Quando isso ocorre
durante a vida fetal devido a anomalias congênitas no
sistema ventricular, há dilatação da cabeça da criança, pois
os ossos do crânio ainda não estão “fechados”, gerando
acomodação das estruturas nervosas.
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Líquor
• Tais conhecimentos são de grande importância para a compreensão de
vários tipos de condições clínicas, como por exemplo:
Hipertensão intracraniana
• Esse caso pode ser fatal se não houver rápido acompanhamento e
intervenção. Isso porque nossa calota craniana apresenta uma cavidade
totalmente fechada e inextensível, a qual não permite a expansão de seu
conteúdo. Sendo assim, o aumento do volume de qualquer componente
dentro dessa calota, tais como líquor, sangue ou massa tumoral, pode
gerar aumento interno da pressão e comprimir todas as estruturas ali
presentes. Dessa forma, resultando em hérnias cerebrais que podem
causar a protrusão do tecido nervoso a nível do forame magno,
comprimindo estruturas importantes (bulbo, por exemplo, onde habita
o centro cardiorrespiratório), levando o indivíduo a óbito.
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Vascularização do Sistema Nervoso Central

• A atividade funcional das células nervosas exige para seu metabolismo A ausência da circulação
um suprimento contínuo e elevado de glicose e oxigênio, cerebral por mais de 7
principalmente, no encéfalo, que depende de um processo de oxidação
segundos leva o indivíduo à
de carboidratos e não pode, nem temporariamente, ser sustentado por
perda da consciência e,
metabolismo anaeróbio.
após cerca de 5 minutos,
• Alguns processos patológicos podem influenciar na vascularização do começam a aparecer lesões
Sistema Nervoso Central, acometendo os vasos sanguíneos, como irreversíveis. Isso pode
tromboses, embolias e hemorragias, que vêm ocorrendo com frequência acontecer, por exemplo,
cada vez maior. Dessa forma, interrompem a circulação de determinadas como consequência de
áreas encefálicas, causando lesões nos tecidos nervosos, que podem paradas cardíacas.
gerar alterações motoras, sensoriais ou psíquicas, que serão de acordo
com a área e com a artéria lesada.
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Vascularização do Sistema Nervoso Central

• O fluxo sanguíneo do SNC é muito elevado, sendo superado apenas pelo rim e coração.

• Sobre a vascularização arterial encefálica, essa estrutura é irrigada pelas artérias carótidas internas e
vertebrais, originárias no pescoço. Na base do crânio, essas artérias formam um polígono
anastomótico, conhecido como Polígono de Willis, de onde emergem as principais artérias para a
vascularização cerebral.
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Vascularização do Sistema Nervoso Central


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CENTRAL

Vascularização do Sistema Nervoso Central


• É importante conhecermos os territórios de irrigação das artérias cerebrais para compreendermos um
quadro sintomatológico característico das síndromes das artérias cerebrais. Esses são comuns nos
casos de obstrução dessas artérias ou de seus ramos mais calibrosos, como o que ocorre nos acidentes
vasculares encefálicos (AVE).
• Sobre a vascularização venosa do encéfalo, de uma maneira geral, as veias não acompanham as
artérias, sendo maiores e mais calibrosas, ao passo que sua parede é muito fina e praticamente
desprovida de musculatura. Sua ação se faz, principalmente, sob a ação de três forças: aspiração da
cavidade torácica, força da gravidade e pulsação das artérias.
• As veias do cérebro drenam o sangue para os seios da dura-máter, de onde o sangue converge para as
veias jugulares internas.
• O leito venoso é muito maior que o arterial, sendo a circulação venosa muito mais lenta, o que confere
baixa pressão e pouca variação.
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Vascularização do Sistema

Nervoso Central
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Vascularização do Sistema Nervoso Central

• As veias do cérebro dispõem-se em dois sistemas:


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CENTRAL

Vascularização da medula espinhal

• A medula espinhal é irrigada por ramos de três artérias importantes: subclávia, aorta e ilíaca
interna, e, essencialmente, por meio de dois sistemas, um vertical e um horizontal.
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Vascularização da medula espinhal


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Vascularização da medula espinhal

• Já o sistema horizontal é formado pelas artérias radiculares, também ramos das artérias vertebrais,
e se dividem em um ramo anterior e posterior, os quais penetram na medula com as raízes dos
nervos espinhais. Contudo, apenas algumas artérias contribuem de fato para a vascularização da
medula, sendo sua distribuição anterior: medula cervical e dorsal entre 1 e 2, e medula lombo-
sacral entre 1 e 3 artérias. Em sua distribuição posterior, podem existir entre 10 e 20 artérias.

• Além do sistema arterial, também há a vascularização venosa, com a presença de plexos venosos
localizados dentro e fora do canal vertebral.
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Vascularização da

medula espinhal
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2.3 LOCALIZAÇÃO DOS ENVOLTÓRIOS E DA VASCULARIZAÇÃO DO SISTEMA NERVOSO
CENTRAL
ATIVIDADE:

Apresentem as pesquisas da aula passada:


Valendo mínimo 0,5
• Estruturas e funções do SNC ponto e máximo1,0
ponto
• Área de Broca, Homúnculo de Penfield, Área de Wernicke.

ATIVIDADE 2:

Pesquisem sobre:

• Hipertensão intracraniana;

• Hidrocefalia;

• AVE isquêmico;

• AVE hemorrágico.

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