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SISTEMA NERVOSO

Aula 2

@levibor
BULBO

O bulbo é contínuo com a parte superior da


medula espinal; ele forma a parte inferior do
tronco encefálico.
A substância branca do bulbo contém todos
os tratos sensitivos e motores que se
projetam entre a medula espinal e outras
partes do encéfalo.
Parte da substância branca forma
protrusões na parte anterior do bulbo. Estas
protrusões, chamadas de pirâmides, são
formadas pelos tratos corticoespinais que
passam do telencéfalo (cérebro) para a
medula espinal.
Os tratos corticospinais são responsáveis
@levibor
BULBO

Logo acima da junção do bulbo com a


medula espinal, 90% dos axônios da
pirâmide esquerda cruzam para o
lado direito, e 90% dos axônios da
pirâmide direita cruzam para o lado
esquerdo.
Este cruzamento é conhecido como
decussação das pirâmides e explica
por que cada lado do encéfalo é
responsável pelos movimentos
voluntários do lado oposto do corpo.

@levibor
BULBO

O bulbo também apresenta diversos núcleos. (agrupamento de corpos


celulares neuronais no SNC.)
Seguindo pelo centro do tronco encefálico, há um agrupamento de
pequenos núcleos que constituem a formação reticular.
Os núcleos da formação reticular compõem três colunas em cada lado, que
se estendem por todo o comprimento do tronco encefálico: os núcleos da
rafe adjacente à linha média, que são ladeados pelo grupo nuclear mediano
e depois pelo grupo nuclear lateral (coluna medial e coluna lateral)

@levibor
BULBO

Alguns destes núcleos controlam


funções vitais, como o centro
cardiovascular e a área respiratória
rítmica.
Os núcleos bulbares também
controlam os reflexos de vômito, da
deglutição, do espirro, da tosse e do
soluço.
Os núcleos associados a tato,
pressão, vibração e propriocepção
consciente estão localizados na
região posterior do bulbo: são os
núcleos grácil e cuneiforme.
As olivas são núcleos envolvidos com @levibor
BULBO

O bulbo também apresenta núcleos que compõem as vias sensitivas


responsáveis pela gustação, pela audição e pelo equilíbrio.
O núcleo gustativo faz parte da via gustativa, que se estende da língua até o
encéfalo; ela recebe aferências dos calículos gustatórios da língua.
Os núcleos cocleares pertencem à via auditiva, que se estende da orelha
interna até o encéfalo; eles recebem aferências da cóclea, situada na orelha
interna.
Os núcleos vestibulares do bulbo e da ponte fazem parte das vias do equilíbrio,
que se estendem da orelha interna para o encéfalo; eles recebem informações
sensitivas de proprioceptores do aparelho vestibular da orelha interna.

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PONTE

Assim como o bulbo, a ponte é formada


por núcleos e tratos. Como diz o próprio
nome, a ponte liga partes do encéfalo
entre si. Estas conexões são possíveis
graças a feixes de axônios

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LIQUIDO CEREBROESPINHAL

O líquor ou líquido cerebroespinhal é um fluido aquoso e


incolor que ocupa o espaço subaracnóideo e as cavidades
ventriculares.
O líquido cefalorraquidiano, está presente nos ventrículos
cerebrais, nas cisternas ao redor do encéfalo e no espaço
subaracnoide, ao redor tanto do encéfalo e da medula
espinal.

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FUNÇÃO

PROTEÇÃO: O cérebro simplesmente flutua no líquido.


PRINCÍPIO DE PASCAL – AMORTECEDOR: Qualquer pressão ou choque que se
exerça em um ponto deste coxim líquido, em virtude do princípio de Pascal irá
se distribuir igualmente a todos os pontos.
PRINCÍPIO DE ARQUIMEDES: Em virtude da disposição do espaço
subaracnóideo, que envolve todo o sistema nervoso central, este fica
totalmente submerso em líquido e, de acordo com o princípio de Arquimedes,
torna-se muito mais leve e, de 1.500 gramas passa ao peso equivalente a 50
gramas flutuando no liquor, o que reduz o risco de traumatismos do encéfalo
resultantes do contato com os ossos do crânio.
GOLPE E CONTRAGOLPE: podem também ser causados pela rápida aceleração
ou desaceleração isoladas na ausência de impacto físico devido a golpe na
cabeça. Nesses casos, o cérebro pode ricochetear, na parede do crânio,
causando contusão de contragolpe. Pensa-se que lesões como essa ocorrem na
“síndrome do bebê sacudido” ou, por vezes, em acidentes de automóveis.

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FUNÇÃO

ESTABILIDADE QUÍMICA VENTRICULAR: Por meio da troca de componentes


químicos com os espaços intersticiais, permanecendo estável a
composição química do liquor, mesmo quando ocorrem grandes alterações
na composição química do plasma.
EXCREÇÃO: liberação de produtos tóxicos do metabolismo das células do
tecido nervoso que passam aos espaços intersticiais de onde são lançados
no liquor e deste para o sangue. Pesquisas recentes mostraram que o volume dos
espaços intersticiais aumenta 60% durante o sono facilitando a eliminação de metabólitos tóxicos
acumulados durante a vigília.
COMUNICAÇÃO DO SNC: Por exemplo, hormônios produzidos no hipotálamo
são liberados no sangue, mas também no liquor podendo agir sobre regiões
distantes do sistema ventricular.

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FORMAÇÃO E COMPOSIÇÃO DO LCS

A maior parte do LCS é produzida pelos plexos corióideos (2/3) (redes de capilares
localizadas nas paredes dos ventrículos) + Células ependimárias, ligadas entre si por
junções oclusivas, recobrem os capilares dos plexos corióideos. Substâncias
selecionadas (principalmente água) do plasma sanguíneo, são secretadas pelas células
ependimárias para produzir o líquido cerebrospinal. (1/3)
Pequena quantidade vem do cérebro pelos espaços perivasculares que circundam os
vasos sanguíneos cerebrais.
O LCS contém pequenas quantidades de glicose, proteínas, ácido láctico, ureia, cátions
(Na+ , K+ , Ca2+ e Mg2+) e ânions (Cl– e HCO3– ); ele também contém alguns leucócitos.
BARREIRA HEMATOLIQUORICA - Devido às junções oclusivas entre as células
ependimárias, as substâncias que entram no LCS pelos capilares corióideos não passam
entre estas células; em vez disso, elas devem passar pelas células ependimárias.
Ao contrário da barreira hematencefálica, formada principalmente por junções oclusivas
das células endoteliais dos capilares encefálicos, a barreira hematoliquórica é composta
pelas junções oclusivas das células ependimárias.

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TRANSPORTE

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CIRCULAÇÃO DO LCS

A circulação do liquor é extremamente lenta e são


ainda discutidos os fatores que a determinam.
A produção do liquor em uma extremidade e a sua
absorção em outra já são suficientes para causar
sua movimentação.
Outro fator é a pulsação das artérias intracranianas
que, a cada sístole, aumenta a pressão.
O líquido cerebrospinal flui dos ventrículos para
dentro do espaço subaracnóideo, entre a pia-máter
e a aracnoide.

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O líquido, secretado nos ventrículos laterais, passa primeiro
para o terceiro ventrículo; então, depois da adição de
quantidades mínimas de líquido, do terceiro ventrículo ele flui
para baixo, seguindo o aqueduto de Sylvius para o quarto
ventrículo, onde uma pequena quantidade de líquido é
acrescentada.
Finalmente, o líquido sai do quarto ventrículo por três pequenas
aberturas, os dois forames laterais de Luschka e o forame
medial de Magendie, adentrando a cisterna magna, o espaço
liquórico que fica por trás do bulbo e embaixo do cerebelo.
@levibor
@levibor
CIRCULAÇÃO DO LCS

Quase todo o líquido cefalorraquidiano então flui da


cisterna magna para cima pelo espaço subaracnoide que
fica ao redor do cérebro. A partir daí, o líquido entra e
passa por múltiplas vilosidades aracnoides que se
projetam para o grande seio venoso sagital e outros seios
venosos do prosencéfalo.
Dessa forma, qualquer líquido em excesso é drenado para
o sangue venoso pelos poros dessas vilosidades. O líquido
cerebrospinal alcança as cisternas basais e espaço
subaracnóideo espinal e cortical.
Inicialmente, a movimentação do líquor na região
subaracnóide ocorre de em sentido ascendente, na medida
que as granulações estão localizadas.
Por outro lado, na medula espinal, o líquido cerebrospinal
apresenta um trajeto descendente em direção à região @levibor
ABSORÇÃO OU REABSORÇÃO DO LCS

O líquido cerebrospinal flui ao redor do


tecido neural e, por fim, é absorvido de
volta para o sangue por vilosidades
especializadas na membrana aracnoide,
dentro do crânio
O LCS é absorvido pelas vilosidades
aracnoides, passando para os seios
venosos cerebrais (no SNC não existem
vasos linfáticos).

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EMBRIOGÊNESE

As primeiras indicações do desenvolvimento do sistema nervoso


aparecem durante a terceira semana, já que a placa neural e o sulco
neural se desenvolvem no aspecto posterior do embrião trilaminar.
A neurulação (formação da placa neural e do tubo neural) começa
durante a quarta semana (22-23 dias) na região do quarto ao sexto
pares de somitos. Nesse estágio, os dois terços craniais da placa e
do tubo neural até o quarto par de somitos representam o futuro
encéfalo, e o terço caudal da placa e do tubo representa a futura
medula espinhal.
A crista neural dá origem às células que formam a maior parte de
SNP e SNA
O tubo neural se diferencia no SNC

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DESENVOLVIMENTO DAS MENINGES

As meninges se desenvolvem das células da


crista neural e do mesênquima entre o 20° e o
35° dias. As células migram para circundar o
tubo neural (primórdio do encéfalo e da medula
espinhal).
A camada externa dessas membranas se
espessa para formar a dura-máter, e a camada
interna, a pia-aracnoide, é composta pela pia-
máter e aracnoidemáter (leptomeninges).
Os espaços preenchidos por líquido aparecem
nas leptomeninges que em breve coalescem
para formar o espaço subaracnoide.

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MENINGES

O SNC está contido e protegido na caixa craniana e no canal vertebral, envolvido por
membranas de tecido conjuntivo chamadas de meninges.
São formadas por três camadas, que, do exterior para o interior, são as seguintes: dura-
máter, aracnoide e pia-máter
A dura-máter é a meninge mais externa, constituída por tecido conjuntivo denso aderido ao
periósteo dos ossos da caixa craniana. A dura-máter, que envolve a medula espinal, é
separada do periósteo das vértebras, formando-se entre os dois o espaço peridural, o qual
contém veias de parede muito delgada, tecido conjuntivo frouxo e tecido adiposo.
Em todo SNC, a superfície da dura-máter em contato com a aracnoide constitui um local de
fácil clivagem, onde, muitas vezes, em situações patológicas, pode acumular-se sangue
externamente à aracnoide, constituindo o chamado espaço subdural, que não existe em
condições normais
A superfície interna da dura-máter no cérebro e a superfície externa da dura-máter do canal
vertebral são revestidas por um epitélio simples pavimentoso de origem mesenquimatosa

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MENINGES

A aracnoide apresenta duas partes: uma em contato com a dura-máter e sob a forma
de membrana, e outra constituída por traves que ligam a aracnoide à pia-máter.
As cavidades entre as traves conjuntivas formam o espaço subaracnóideo, que contém
líquido cefalorraquidiano (LCR), e comunica-se com os ventrículos cerebrais, mas não
tem comunicação com o espaço subdural. O espaço subaracnóideo, cheio de líquido,
constitui um colchão hidráulico que protege o SNC contra traumatismos.
A aracnoide é formada por tecido conjuntivo sem vasos sanguíneos, e suas superfícies
são todas revestidas pelo mesmo tipo de epitélio que reveste a dura-máter: simples
pavimentoso e de origem mesenquimatosa
Em certos locais, a aracnoide forma expansões que perfuram a duramáter - as
vilosidades da aracnoide, cuja função é transferir LCR para o sangue. Assim, o líquido
atravessa a parede da vilosidade e a do seio venoso até chegar ao sangue.

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MENINGES

A pia-máter é muito vascularizada e aderente ao tecido nervoso, embora não fique em


contato direto com células ou fibras nervosas.
Entre a pia-máter e os elementos nervosos, situam-se prolongamentos dos astrócitos,
que, formando uma camada muito delgada, unem-se firmemente à face interna da pia-
máter.
A superfície externa da pia-máter é revestida por células achatadas, originadas do
mesênquima embrionário. Os vasos sanguíneos penetram o tecido nervoso por meio
de túneis revestidos por pia-máter, os espaços perivasculares.
A pia máter deixa de existir antes que os vasos mais calibrosos se transformem em
capilares. Os capilares do SNC são totalmente envolvidos pelos prolongamentos dos
astrócitos.
A dura-máter é a mais espessa, razão pela qual é também chamada paquimeninge. As
outras duas constituem a leptomeninge

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MEDULA

Substância cinzenta: tecido nervoso constituído de neuróglia, corpos de neurônios


e fibras predominantemente amielínicas;
Substância branca: tecido nervoso formado de neuróglia e fibras
predominantemente mielínicas;
Córtex: substância cinzenta que se dispõe em uma camada fina na superfície do
cérebro e do cerebelo;
Trato: feixe de fibras nervosas com aproximadamente a mesma origem, mesma
função e mesmo destino

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MEDULA

Cranialmente, a medula limita-se com o bulbo, aproximadamente ao nível do forame magno do


osso occipital. O limite caudal da medula tem importância clínica e, no adulto, situa-se
geralmente na 2ª vértebra lombar (L2).
A medula termina afilando-se para formar um cone, o cone medular. que continua com um
delgado filamento meníngeo, o filamento terminal.
Seu calibre não é uniforme, pois apresenta duas dilatações denominadas intumescência cervical
e intumescência lombar. situadas nos níveis cervical e lombar, respectivamente. Estas
intumescências correspondem às áreas em que fazem conexão com a medula as grossas raízes
nervosas que formam os plexos braquial e lombossacral. destinadas à inervação dos membros
superiores e inferiores, respectivamente.
A medula espinal é composta pelos segmentos cervical, torácico, lombar e sacral, nomeados de
acordo com a porção da coluna vertebral onde os nervos entram e saem. A medula espinal dá
origem a 31 pares de nervos espinais.

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MEDULA

Os nervos que suprem os membros inferiores e outras estruturas


na porção inferior do corpo surgem das regiões lombar e sacral.
Eles deixam a intumescência lombossacral e o cone medular,
descem pelo canal vertebral, e saem através dos forames
intervertebrais e sacrais da segunda vértebra lombar até a quinta
vértebra sacral.
Como consequência da diferença de ritmos de crescimento entre
coluna e medula, há um afastamento dos segmentos medulares
das vértebras correspondentes.
Assim, no adulto, as vértebras T11 e T12 não estão relacionadas
com os segmentos medulares de mesmo nome, mas sim com
segmentos lombares.
O fato é de grande importância clínica para diagnóstico,
prognóstico e tratamento das lesões vértebromedulares. Assim,
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FORMA E ESTRUTURA

Um corte transverso da medula espinal mostra a


substância branca envolvendo a parte interna, formada
pela substância cinzenta.
A substância branca é composta basicamente por
feixes de axônios mielinizados. Dois sulcos na
substância branca da medula espinal a dividem em
dois lados – direito e esquerdo
A superfície da medula apresenta os seguintes sulcos
longitudinais, que a percorrem em toda a extensão:
Sulco mediano posterior; Fissura mediana anterior;
Sulco lateral anterior e Sulco lateral posterior.
Nos sulcos lateral anterior e lateral posterior fazem
conexão, respectivamente, as raízes ventrais e dorsais
dos nervos espinhais.

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MEDULA

Na medula, a substância cinzenta localiza-


se por dentro da branca e apresenta a
forma de uma borboleta ou de um H.
Nela distinguimos, de cada lado, três
colunas que aparecem nos cortes como
cornos e que são as colunas anterior,
posterior e lateral.
A coluna lateral, entretanto, só aparece na
medula torácica e parte da medula
lombar. No centro da substância cinzenta
localiza-se o canal central da medula (ou
canal do epêndima), resquício da luz do
tubo neural do embrião.

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MEDULA

Os cornos posteriores contêm corpos celulares e axônios de interneurônios, bem


como axônios de neurônios sensitivos. Lembre-se de que os corpos celulares dos
neurônios sensitivos estão localizados no gânglio sensitivo do nervo espinal.
Nos cornos anteriores encontram-se núcleos motores somáticos, os quais são
agrupamentos de corpos celulares de neurônios motores somáticos que geram os
impulsos nervosos necessários para a contração dos músculos esqueléticos.
Entre os cornos posteriores e os anteriores estão os cornos laterais, os quais são
encontrados apenas nos segmentos torácico e lombar alto da medula espinal. Os
cornos laterais contêm neurônios motores autônomos, agrupamentos de corpos
celulares de neurônios motores autônomos que regulam a atividade dos músculos
cardíacos, dos músculos lisos e das glândulas

@levibor
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MEDULA

Na substância cinzenta da medula


espinal e do encéfalo, agrupamentos de
corpos celulares neuronais constituem
grupos funcionais conhecidos como
núcleos. Os núcleos sensitivos recebem
aferências (influxo) de receptores por
meio de neurônios sensitivos, e os
núcleos motores originam eferências
para tecidos efetores por meio de
neurônios motores.

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SUBSTÂNCIA BRANCA

A substância branca formada por fibras, a maior parte delas mielínicas, que sobem e descem
na medula e podem ser agrupadas de cada lado em três funículos ou cordões:
Os cornos anteriores e posteriores dividem a substância branca de cada lado em três grandes
áreas chamadas de funículos. Cada funículo, por sua vez, apresenta diferentes feixes de
axônios com uma origem ou destino comuns que transmitem informações semelhantes. Estes
feixes, que podem se estender por grandes distâncias para cima ou para baixo na medula
espinal, são conhecidos como tratos.
Funículo anterior: situado entre a fissura mediana anterior e o sulco lateral anterior;
Funículo lateral: situado entre os sulcos lateral anterior e lateral posterior;
Funículo posterior: entre o sulco lateral posterior e o sulco mediano posterior, este último
ligado à substância cinzenta pelo septo mediano posterior.
Na parte cervical da medula, o funículo posterior é dividido pelo sulco intermédio posterior em
fascículo grácil e fascículo cuneiforme @levibor
MEDULA

TRATOS X NERVOS

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VIAS ASCENDENTES

Nervos são cordões esbranquiçados constituídos por feixes de fibras


nervosas, reforçadas por tecido conjuntivo, que unem o sistema
nervoso central aos órgãos periféricos.
A função dos nervos é conduzir, através de suas fibras, impulsos
nervosos do sistema nervoso central para a periferia (impulsos
eferentes) e da periferia para o sistema nervoso central (impulsos
aferentes)
Os nervos são quase totalmente desprovidos de sensibilidade. Se um
nervo é estimulado ao longo de seu trajeto, a sensação geralmente
dolorosa é sentida não no ponto estimulado, mas no território
sensitivo que ele inerva.

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EXTRA

Os diversos segmentos da medula espinal variam em tamanho, formato,


quantidades relativas de substância cinzenta e substância branca, e distribuição
e formato da substância cinzenta. Por exemplo, a quantidade de substância
cinzenta é maior nos segmentos cervical e lombar porque estes segmentos são
responsáveis pelas inervações sensitiva e motora dos membros. Portanto, a
quantidade de substância branca diminui do segmento cervical para o segmento
sacral da medula espinal.
À medida que a medula espinal sobe do segmento sacral para o segmento
cervical, mais axônios ascendentes se juntam à substância branca para formar
mais tratos sensitivos;
À medida que a medula espinal desce do segmento cervical para o segmento
sacral, os tratos motores diminuem sua espessura, pois mais axônios
descendentes deixam estes tratos para realizar sinapse com neurônios da
substância cinzenta.
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NERVOS ESPINAIS

Os nervos espinais são vias de comunicação entre a medula


espinal e regiões específicas do corpo.
A medula espinal parece ser segmentada, pois os 31 pares
de nervos espinais se originam, em intervalos regulares, dos
forames intervertebrais. De fato, considera-se que cada par
de nervos espinais surge de um segmento espinal.
Existem 8 pares de nervos cervicais (C1-C8), 12 pares de
nervos torácicos (T1–T12), 5 pares de nervos lombares (L1–
L5), 5 pares de nervos sacrais (S1–S5) e 1 par de nervos
coccígeos.

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NERVOS ESPINAIS

O primeiro par de nervos espinais cervicais emerge da medula


espinal entre o occipital e o atlas (primeira vértebra cervical, ou C I).
Os nervos C1–C7 emergem do canal vertebral acima de suas
vértebras correspondentes. O nervo espinal C8 sai do canal
vertebral entre as vértebras C7 e T1
Os nervos T1–L5 emergem do canal vertebral abaixo de suas
vértebras correspondentes.
As raízes dos nervos sacrais (S1–S5) e coccígeos (Co1) entram no
canal sacral, a parte do canal vertebral localizada no sacro
. Na sequência, os nervos S1–S4 saem do canal sacral através dos
quatro pares de forames sacrais anterior e posterior, e os nervos S5
e Co1, através do hiato sacral.

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NERVOS ESPINAIS

Um nervo espinal típico tem duas conexões com a


medula: uma raiz posterior e uma raiz anterior. Estas
raízes se unem para formar um nervo espinal no forame
intervertebral.
Como a raiz posterior contêm axônios sensitivos e a raiz
anterior apresenta axônios motores, o nervo espinal é
classificado como um nervo misto.

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REVESTIMENTO DOS NERVOS
ESPINAIS

Axônios dentro de um nervo, mielinizados ou não, são envolvidos pelo


endoneuro, a camada mais profunda.
O endoneuro é uma malha de fibras de colágeno, fibroblastos e macrófagos.
Vários axônios com seu endoneuro se agrupam em feixes chamados de
fascículos, cada qual envolvido pelo perineuro, a camada média
O perineuro é uma camada mais espessa de tecido conjuntivo. Ele é
composto por até 15 camadas de fibroblastos em uma rede de fibras de
colágeno.
A camada externa, que cobre todo o nervo, é conhecida como epineuro. Ele
é formado por fibroblastos e fibras colágenas grossas. Projeções do
epineuro também preenchem os espaços entre os fascículos.
A dura-máter das meninges espinais se funde com o epineuro no momento
em que o nervo passa pelo forame intervertebral.

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DERMÁTOMOS

A pele de todo o corpo é inervada por neurônios sensitivos


somáticos que levam impulsos nervosos para a medula
espinal e para o encéfalo. Cada nervo espinal contém
neurônios sensitivos que suprem um segmento específico do
corpo..
Dermátomo é uma área cutânea que fornece aferência
(influxo) sensitiva para o SNC por meio das raízes
posteriores de um dos pares de nervos espinais ou do nervo
trigêmeo (V).
A inervação em dermátomos contíguos por vezes se
sobrepõe. O reconhecimento de quais segmentos medulares
estão relacionados com cada dermátomo possibilita a
localização de lesões na medula espinal.
Se a pele de uma região específica for estimulada, mas a
sensação não for percebida, os nervos daquele dermátomo
provavelmente estão lesados. Cuidado! Em regiões onde
ocorre sobreposição considerável, existe pouca perda de
sensibilidade se um dos nervos responsáveis pelo
dermátomo for danificado.

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FISIOLOGIA DA MEDULA

A medula espinal tem duas funções principais na manutenção da


homeostasia: propagação do impulso nervoso e integração de
informações. Os tratos de substância branca são vias rápidas para
propagação dos impulsos nervosos. As aferências sensitivas trafegam
por estas vias em direção ao encéfalo, e as eferências motoras são
enviadas pelo encéfalo, por essas vias, para os músculos esqueléticos e
outros tecidos efetores. A substância cinzenta recebe e integra as
aferências e eferências
Os impulsos nervosos provenientes dos receptores sensitivos se
propagam na medula espinal até o encéfalo por meio das seguintes vias
principais em cada lado da medula: o trato espinotalâmico e os tratos
do funículo posterior .

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FISIOLOGIA DA MEDULA

O trato espinotalâmico transmite impulsos nervosos relacionados com dor, calor,


frio, prurido, cócegas, pressão profunda e tato grosseiro.
O funículo posterior é formada por dois tratos: o fascículo grácil e o fascículo
cuneiforme.
Os tratos do funículo posterior conduzem impulsos nervosos associados a tato
discriminativo, pressão leve, vibração e propriocepção consciente (a percepção
consciente das posições e movimentos dos músculos, tendões e articulações)
Os sistemas sensitivos mantêm o SNC informado sobre mudanças nos ambientes
externo e interno. As informações sensitivas são integradas (processadas) por
interneurônios na medula espinal e no encéfalo. Respostas a estas decisões
integrativas são executadas por meio de atividades motoras – contrações
musculares e secreções glandulares.

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REFLEXOS E ARCOS REFLEXOS

Reflexo é uma sequência de ações automática, rápida e


involuntária que ocorre em resposta a um determinado
estímulo. Alguns reflexos são naturais, como quando você
tira a mão de uma superfície quente mesmo antes de ter
a percepção consciente que ela de fato está quente.
Outros reflexos são aprendidos ou adquiridos

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REFLEXOS E ARCOS REFLEXOS

Quando a integração ocorre na substância cinzenta da


medula espinal, o reflexo é chamado de reflexo espinal.
Um exemplo é o conhecido reflexo patelar.
Se, por outro lado, a integração acontece no tronco
encefálico, o reflexo então é chamado de reflexo
craniano. Um exemplo é a movimentação de seus olhos
enquanto você lê esta frase.

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REFLEXOS E ARCOS REFLEXOS

A via seguida pelos impulsos nervosos que produzem um reflexo é conhecida como
arco reflexo (circuito reflexo). Um arco reflexo inclui os cinco componentes funcionais
a seguir:

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REFLEXOS E ARCOS REFLEXOS

Como os reflexos são de modo geral previsíveis, eles


fornecem informações úteis sobre a saúde do sistema
nervoso e podem ajudar muito no diagnóstico de doenças.
Lesões ou doenças em qualquer parte do arco reflexo
podem causar a ausência de reflexos ou sua exacerbação

@levibor
REFLEXOS E ARCOS REFLEXOS

Todas as vias sensoriais possuem certos elementos em comum. Elas começam com
um estímulo, na forma de energia física, que atua em um receptor sensorial. O
receptor é um transdutor, o qual converte o estímulo em um sinal intracelular, que
normalmente é uma mudança no potencial de membrana.
Se o estímulo produz uma mudança que atinge o limiar, são gerados potenciais de
ação que são transmitidos de um neurônio sensorial até o sistema nervoso central
(SNC), onde os sinais de entrada são integrados.
Os receptores do sistema sensorial variam amplamente em complexidade, desde
terminações ramificadas de um neurônio sensorial único até células complexas
extremamente organizadas, como os fotorreceptores.

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RECEPTORES

O termo receptor sensorial refere-se à estrutura neuronal ou epitelial capaz de


transformar estímulos físicos ou químicos em atividade bioelétrica (transdução de
sinais) para ser interpretada no sistema nervoso central.
Distinguem-se dois grandes grupos: os receptores especiais e os receptores gerais.
Os receptores especiais são mais complexos, relacionando-se com um neuroepitélio
(retina, órgão de Coni etc.) e fazem parte dos chamados órgãos especiais do sentido:
visão, audição e equilíbrio, gustação e olfação, todos localizados na cabeça.
Os receptores gerais ocorrem em todo o corpo, fazem parte do sistema sensorial
somático. que responde a diferentes estímulos, tais como tato, temperatura, dor e
postura corporal ou propriocepção.

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CLASSIFICAÇÃO FISIOLÓGICA DOS
RECEPTORES
Usando-se como critério os estímulos mais adequados para ativar os vários
receptores, estes podem ser classificados como:
Quimiorreceptores;
Osmorreceptores;
Termorreceptores;
Nociceptores;
Mecanorreceptores;
Outra maneira de classificar os receptores leva em conta a sua localização. Com
base nesse critério, distinguem-se três categorias de receptores:
Exteroceptores.;
Proprioceptores;
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RECEPTORES

Há quatro modalidades somatossensoriais: tato, propriocepção,


temperatura e nocicepção, que inclui dor e prurido.
A localização da sinapse entre os neurônios primário e secundário varia
de acordo com o tipo de receptor.
Os neurônios associados aos receptores da nocicepção, temperatura e
tato grosseiro fazem sinapse com seus neurônios secundários assim que
entram na medula espinal. Contudo, a maior parte dos neurônios do tato
discriminativo,* da vibração e da propriocepção possuem axônios muito
longos, os quais se projetam para cima, da medula espinal até o bulbo.

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RECEPTORES SENSÍVEIS AO TATO

Os receptores táteis estão entre os receptores mais comuns do corpo. Eles respondem
a muitas formas de contato físico, como estiramento, pressão sustentada, vibração
(baixa frequência) ou toque leve, vibração (alta frequência) e textura.
Eles são encontrados tanto na pele como em regiões mais profundas do corpo.
Os receptores táteis da pele possuem muitas formas. Alguns são terminações nervosas
livres, como os que respondem a estímulos nocivos. Outros são mais complexos.
Os corpúsculos de Pacini, que respondem à vibração (alta frequência), são um dos
maiores receptores do corpo, e muito do que se conhece dos receptores
somatossensoriais vem de estudos dessas estruturas.
Os corpúsculos de Pacini são receptores fásicos de adaptação rápida, e esta
propriedade permite que eles respondam a um estímulo tátil, mas logo o ignore. Por
exemplo, você sente sua camisa assim que a coloca, mas logo os receptores do tato se
adaptam.

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RECEPTORES DE TEMPERATURA

Os receptores de temperatura são terminações nervosas livres que


terminam nas camadas subcutâneas da pele. Os receptores para o frio
são primariamente sensíveis a temperaturas mais baixas do que a do
corpo.
Os receptores para o calor são estimulados por temperaturas na faixa que
se estende desde a temperatura normal do corpo (37 °C) a até
aproximadamente 45 °C. Acima dessa temperatura, os receptores de dor
são ativados, gerando uma sensação de calor doloroso.

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NOCICEPTORES

Os nociceptores são neurônios com terminações nervosas livres, os quais respondem a


vários estímulos nocivos intensos (químico, mecânico ou térmico) que causam ou têm
potencial para causar dano tecidual.
Os nociceptores são encontrados na pele, nas articulações, nos músculos, nos ossos e em
vários órgãos interno.
A ativação da via nociceptiva inicia respostas adaptativas protetoras. Os sinais aferentes
dos nociceptores são levados ao SNC por dois tipos de fibras sensoriais primárias:
fibras(A-delta) e fibras C
A sensação mais comum transmitida por essas vias é percebida como dor, mas quando a
histamina ou algum outro estímulo ativa um subgrupo de fibras C, percebe se a sensação
chamada de prurido (coceira)
Os reflexos nociceptivos protetores iniciam com a ativação de terminações nervosas
livres. Os canais iônicos respondem a estímulos químicos, mecânicos e térmicos dando
origem a potenciais graduados, os quais disparam potenciais de ação se o estímulo for
suficientemente intenso. @levibor
PROPRIOCEPTORES

A sensibilidade proprioceptiva também é chamada propriocepção. A


propriocepção permite que o indivíduo reconheça quais partes do corpo
pertencem a si. A sinestesia é a percepção dos movimentos corporais.
As sensações proprioceptivas surgem em receptores chamados de
proprioceptores. Como os proprioceptores se adaptam lentamente e apenas
um pouco, o encéfalo recebe continuamente impulsos nervosos
relacionados com a posição das diferentes partes do corpo e faz ajustes
para garantir a coordenação.
Existem três tipos de proprioceptores: os fusos musculares dentro dos
músculos esqueléticos, os órgãos tendíneos dentro dos tendões e os
receptores cinestésicos articulares dentro das cápsulas das articulações
sinoviais.

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RECEPTORES SOMATOSSENSORIAIS

Os receptores somatossensoriais de toque e de posição têm especial relação


com o controle postural. A maioria desses receptores é mecanoreceptora
porque responde às distorções físicas como alongamento e flexão.
Os receptores proprioceptivos servem para duas funções: identificar a
posição do corpo para auxiliar na identificação de coisas ao nosso redor e
guiar os movimentos.
Assim, os músculos esqueléticos têm dois mecanorreceptores
proprioceptivos: os fusos musculares e os órgãos tendinosos de Golgi.
Os fusos musculares informam sobre a intensidade de alongamento e a taxa
de alongamento dos músculos.
Os órgãos tendinosos de Golgi informam sobre o nível de força gerado pelo
músculo em um tendão.

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Os impulsos nervosos provenientes dos receptores sensitivos se propagam na medula es


pinal até o encéfalo por meio
das seguintes vias principais em cada lado da medula: o trato espinotalâmico e os trat
os do funículo posterior
O trato
espinotalâmico transmite impulsos nervosos relacionados com dor, calor, frio, prurido, có
cegas, pressão profunda e tato grosseiro.
O funículo posterior é formada por dois tratos: o fascículo grácil e o fascículo cuneifor
me. Os tratos do
funículo posterior conduzem impulsos nervosos associados a tato discriminativo, pressão
leve, vibração e propriocepção
consciente (a percepção consciente das posições e movimentos dos músculos, tendões
e articulações).
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