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O tecido do SNC é muito delicado. Por esse motivo, apresenta um elaborado sistema de
proteção que consiste de quatro estruturas: crânio, meninges, líquido cerebrospinal
(liquor) e barreira hematoencefálica. As meninges e o líquido cerebrespinhal, estruturas
que envolvem o SNC são de extrema importância para a defesa do nosso corpo.
MENINGES:
Dura-máter:
É a meninge mais superficial, espessa
e resistente, formada por tecido
conjuntivo denso muito rico em fibras
colágenas, contendo nervos e vasos.
FOLHETOS DA DURA-MÁTER
Fonte: NETTER, Frank H.. Atlas de Anatomia Humana. 2ed. Porto Alegre: Artmed,
2000.
A dura-máter, ao contrário das outras meninges, é ricamente inervada. Como o encéfalo
não possui terminações nervosas sensitivas, toda ou qualquer sensibilidade intracraniana
se localiza na dura-máter, que é responsável pela maioria das dores de cabeça.
Cavidades da dura-máter:
Em determinada área, os dois folhetos da dura-máter do encéfalo separam-se
delimitando cavidades. Uma delas é o cavo trigeminal, que contém o gânglio
trigeminal. Outras cavidades são revestidas de endotélio e contém sangue, constituído
os seios da dura-máter, que se dispõem principalmente ao longo da inserção das
pregas da dura-máter. Os seios da dura-máter foram estudados no sistema
cardiovascular junto com o sistema venoso.
Aracnoide:
Cisternas Subaracnoideas:
a aracnoide justapõe-se à dura-máter e ambas acompanham apenas
grosseiramente o encéfalo e a sua superfície. A pia-máter adere intimamente a
esta superfície que acompanha os giros, os sulcos e depressões. Deste modo, a
distância entre as duas membranas, ou seja, a profundidade do espaço
subaracnoideo é muito variável, sendo muito pequena nos giros e grande nas
áreas onde parte do encéfalo se afasta da parede craniana. Forma-se assim nestas
áreas, dilatações do espaço subaracnoídeo contém uma grande quantidade de
liquor. As cisternas mais importantes são as seguintes:
em alguns pontos da aracnoide, formam-se pequenos tufos que penetram no interior dos
seios da dura-máter, constituindo as granulações aracnoideas, mais abundantes no seio
sagital superior. As granulações aracnoideas levam pequenos prolongamentos do espaço
subaracnoideo, verdadeiros divertículos deste espaço, nos quais o liquor está separado
do sangue apenas pelo endotélio do seio e uma delgada camada de aracnoide. São
estruturas admiravelmente adaptadas à absorção do líquor, que neste ponto, vai para o
sangue.
Pia-máter:
LIQUOR:
Sabe-se hoje em dia que o liquor é produzido nos plexos corioides dos ventrículos e
também que uma pequena porção é produzida a partir do epêndima das paredes
ventriculares e dos vasos da leptomeninge. Existem plexos corioides nos ventrículos,
como já vimos anteriormente, e os ventrículos laterais contribuem com maior
contingente liquórico, que passa ao III ventrículo através dos forames interventriculares
e daí para o IV ventrículo através do aqueduto cerebral.
Através das aberturas medianas e laterais do IV ventrículo, o liquor passa para o espaço
subaracnoideo, sendo reabsorvido principalmente pelas granulações aracnoideas que se
projetam para o interior da dura-máter. Como essas granulações predominam no eixo
sagital superior, a circulação do liquor se faz de baixo para cima, devendo atravessar o
espaço entre a incisura da tenda e o mesencéfalo. No espaço subaracnoideo da medula,
o liquor desce em direção caudal, mas apenas uma parte volta, pois reabsorção liquórica
ocorre nas pequenas granulações aracnoideas existentes nos prolongamentos da dura-
máter que acompanham as raízes dos nervos espinhais.
A circulação do liquor é extremamente lenta e são ainda discutidos os fatores que a
determinam. Sem dúvida, a produção do liquor em uma extremidade e a sua absorção
em outra já são o suficiente para causar sua movimentação. Um outro fator é a pulsação
das artérias intracranianas, que, cada sístole, aumenta a pressão liquórica, possivelmente
contribuindo para empurrar o liquor através das granulações aracnoideas.
Barreira hematencefálica
A parada da circulação cerebral por mais de sete segundos leva o indivíduo a perda da
consciência. Após cerca de cinco minutos começam aparecer lesões que são
irreversíveis, pois, como se sabe, as células nervosas não se regeneram.
O fluxo sanguíneo cerebral é muito elevado, sendo superado apenas pelo do rim e do
coração. Calcula-se que em um minuto circula pelo encéfalo uma quantidade de sangue
aproximadamente igual ao seu próprio peso.
Vascularização Arterial do Encéfalo
Polígono de Willis:
Fonte: NETTER, Frank H.. Atlas de Anatomia Humana. 2ed. Porto Alegre: Artmed,
2000.
As artérias carótidas internas originam, em cada lado, uma artéria cerebral média e uma
artéria cerebral anterior.
As artérias cerebrais anteriores se comunicam através de um ramo entre elas que é a
artéria comunicante anterior.
Fonte: NETTER, Frank H.. Atlas de Anatomia Humana. 2ed. Porto Alegre: Artmed, 2000.
As veias jugulares externa e interna são as duas principais veias que drenam o sangue da
cabeça e do pescoço. As veias jugulares externas são mais superficiais e drenam, para as
veias subclávias, o sangue da região posterior do pescoço e da cabeça. As veias
jugulares internas profundas drenam a porção anterior da cabeça, face e pescoço. Elas
são responsáveis pela drenagem de maior parte do sangue dos vários seios venosos do
crânio. As veias jugulares internas de cada lado do pescoço juntam-se com as veias
subclávias para formar as veias braquiocefálicas, que transportam o sangue para a veia
cava superior.
As veias do cérebro dispõem-se em dois sistemas: sistema venoso superficial e sistema
venoso profundo. Embora anatomicamente distintos, os dois sistemas são unidos por
numerosas anastomoses.
Fonte: NETTER, Frank H.. Atlas de Anatomia Humana. 2ed. Porto Alegre: Artmed,
2000.
Estes tipos de reflexos ocorrem em nível medular, portanto para que eles ocorram é necessário
que uma informação sensitiva (dor, temperatura ou propriocepção) chegue à coluna posterior
da medula espinal, gerando uma resposta motora (movimento) que sai através da coluna
anterior da medula espinal em direção aos músculos. Em termos práticos, se você encostar em
uma chapa quente, essa informação sensitiva chegará à medula e rapidamente os músculos
da região se contraem para retirar a mão da chapa quente e protege-la de queimaduras. Isto é
chamado de arco reflexo simples e abaixo veremos os três principais tipos de arcos reflexos.
O reflexo de estiramento ocorre em nível muscular e pra que ele ocorra é importante
salientarmos uma estrutura enrolada profundamente nas fibras musculares da região central do
músculo. Esta estrutura chama-se fuso muscular ou fuso neuromuscular e é muito sensível
ao estiramento (alongamento) das fibras musculares.
Quando ocorre alongamento da fibra muscular, o fuso envia sinais sensitivos à medula espinal
e a resposta é uma contração deste mesmo músculo para evitar a ruptura de suas fibras,
gerando uma resposta protetora. Desta mesma forma o fuso muscular também age para a
manutenção do tônus muscular e de nossa postura, adaptando o grau de contração das fibras
musculares de acordo com as necessidades daquele momento. O teste clássico do martelinho
no tendão patelar é para testar os reflexos do fuso muscular do quadríceps e sua velocidade de
reação à percussão. Porém temos reflexos em vários outros tendões além deste.
2. Reflexo Tendíneo
O reflexo tendíneo ocorre também em nível muscular, só que desta vez depende de uma
estrutura localizada na junção músculo-tendínea, chamada Órgão Tendinoso de Golgi (ou
OTG). O OTG é sensível às forças de tensão dos músculos, portanto quando estamos
segurando um peso muito maior do que nossos músculos suportam, o OTG emite um estímulo
sensitivo à medula espinal e como resposta o músculo relaxa e soltamos o peso. Isso é
importante para proteger os músculos de ruptura dos tendões e/ou das fibras musculares por
cargas excessivas.
3. Reflexo de Retirada (ou Reflexo de Flexão)
Rogério Gozzi