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Profª Ma Priscila Andrade da Costa

Neuroanatomofisiologia Fisioterapeuta
Unidade 2 – SISTEMA NERVOSO CENTRAL
2.1 IDENTIFICAÇÃO DAS ESTRUTURAS E FUNÇÕES DA MEDULA ESPINHAL

2.2 RECONHECIMENTO DAS ESTRUTURAS E FUNÇÕES ENCEFÁLICAS

2.3 LOCALIZAÇÃO DOS ENVOLTÓRIOS E DA VASCULARIZAÇÃO DO SISTEMA


NERVOSO CENTRAL
Unidade 2
2.1 IDENTIFICAÇÃO DAS ESTRUTURAS E FUNÇÕES DA MEDULA ESPINHAL

• O termo medula quer dizer miolo, ou seja, o que está dentro.

• Trata-se de uma massa cilíndrica, composta por tecido nervoso e


que se localiza dentro do canal vertebral.

• Em sua porção superior, há a continuação do bulbo, que está


localizado a nível do forame magno do osso occipital.

• Sua porção inferior no indivíduo adulto se localiza entre a primeira


e a segunda vértebras lombares.

• Em sua porção final, a medula afunila-se formando o cone medular,


que continua com um filamento meníngeo delgado, chamado de
filamento terminal. Trata-se de um prolongamento da pia-máter,
um dos envoltórios do Sistema Nervoso Central.
Unidade 2
2.1 IDENTIFICAÇÃO DAS ESTRUTURAS E FUNÇÕES DA MEDULA ESPINHAL

Forma e estrutura geral

• Apresenta forma aproximadamente cilíndrica, sendo ligeiramente


achatada no sentido anteroposterior e seu calibre não é uniforme.
Isso porque apresenta duas dilatações denominadas
intumescência cervical e lombar, situadas respectivamente em
nível cervical e lombar, como os nomes sugerem. Estas
correspondem às áreas que fazem conexões com a medula, as
grossas raízes nervosas que formam os plexos braquial e lombo-
sacro destinados à inervação dos membros superiores e inferiores,
respectivamente.
Unidade 2
2.1 IDENTIFICAÇÃO DAS ESTRUTURAS E FUNÇÕES DA MEDULA ESPINHAL

Forma e estrutura geral


Posterior
• Em um corte transversal de qualquer porção da medula, é possível
observar a substância cinzenta disposta centralmente, assumindo a
forma aproximada da letra H e a substância branca localizada
perifericamente.

• Onde a substância cinzenta é formada, principalmente, por corpos


celulares e a branca é constituída por fibras mielinizadas, que
sobem e descem a medula, as quais constituem os vários tratos de
fibras.
Anterior
Unidade 2
2.1 IDENTIFICAÇÃO DAS ESTRUTURAS E FUNÇÕES DA MEDULA ESPINHAL

Forma e estrutura geral


Unidade 2
2.1 IDENTIFICAÇÃO DAS ESTRUTURAS E FUNÇÕES DA MEDULA ESPINHAL

Forma e estrutura geral

• De modo funcional, podemos dizer de maneira simplista que, na coluna Posterior


cinzenta posterior, estão presentes os corpos celulares que “recebem”
informações da periferia por meio do Sistema Nervoso Periférico.

• Os axônios desses corpos celulares assumem um “caminho”


ascendente, dirigindo-se pelos funículos para as “estações terminais”,
localizadas em estruturas superiores, como o encéfalo. Sendo assim, a
coluna cinzenta posterior pode ser considerada como a “porção
sensitiva” dessa região.
Anterior
• Já na coluna cinzenta anterior, estão situados os corpos celulares que
emitem impulsos para “fora” da medula, em um “caminho”
descendente destinado aos músculos estriados, podendo ser
considerada, portanto, a porção “motora” da substância cinzenta
medular.
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2.1 IDENTIFICAÇÃO DAS ESTRUTURAS E FUNÇÕES DA MEDULA ESPINHAL

Forma e estrutura geral

• Podemos fazer uma analogia até aqui sobre a medula espinhal e um fio condutor capaz de
“transportar” energia elétrica nos dois sentidos:
Unidade 2
2.1 IDENTIFICAÇÃO DAS ESTRUTURAS E FUNÇÕES DA MEDULA ESPINHAL

Conexões com os nervos espinhais

• Pequenos filamentos nervosos, conhecidos como


filamentos radiculares, fazem conexão com a
medula espinhal a nível dos sulcos lateral anterior e
posterior.

• Esses filamentos se unem para formar as raízes


ventral e dorsal dos nervos espinhais, que se unem
e dão origem aos nervos espinhais. Sendo assim,
essas porções correspondentes da medula onde há
a entrada e a saída do nervo são chamadas de
segmentos medulares.
Unidade 2
2.1 IDENTIFICAÇÃO DAS ESTRUTURAS E FUNÇÕES DA MEDULA ESPINHAL

Conexões com os nervos espinhais

• Existem 31 pares de nervos espinhais, que


correspondem a: 8 cervicais, 12 torácicos, 5
lombares, 5 sacrais e, geralmente, 1 coccígeo.

• Um fato importante para o qual devemos


chamar atenção é que existem 8 pares de
nervos cervicais, mas somente 7 vértebras.
Isso ocorre porque o primeiro par cervical
emerge acima da primeira vértebra cervical
(entre ela e o osso occipital), já o oitavo par
emerge abaixo da sétima vértebra,
ocorrendo o mesmo processo com todos os
nervos espinhais abaixo, emergindo sempre
abaixo da vértebra correspondente.
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2.1 IDENTIFICAÇÃO DAS ESTRUTURAS E FUNÇÕES DA MEDULA ESPINHAL

Conexões com os nervos espinhais

• A medula não ocupa todo o canal vertebral


no indivíduo adulto, pois, conforme já
mencionado, seu limite inferior é a nível da
segunda vértebra lombar. Portanto, abaixo
desse nível, estão presentes apenas meninges
e raízes nervosas dos últimos nervos
espinhais, que, em conjunto, são chamadas de
cauda equina.
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2.2 RECONHECIMENTO DAS ESTRUTURAS E FUNÇÕES ENCEFÁLICAS

Tronco encefálico
• Esta importante estrutura interpõe-se entre a
medula e o diencéfalo, sendo constituído por
corpos de neurônios, agrupados em fibras
nervosas e núcleos. Esses núcleos, em sua
maioria, recebem ou enviam fibras que
compõem os nervos encefálicos, os quais são
compostos por doze pares, sendo que dez deles
fazem conexão no tronco encefálico.
• Além desses núcleos, o tronco encefálico contém
uma matriz complexa e heterogênea de
neurônios, chamada de formação reticular. Essa
matriz apresenta como principal função a
ativação do córtex cerebral, ou seja, atua
controlando o nível de consciência, além de
apresentar como função a percepção da dor e a
regulação dos sistemas cardiovascular e
respiratório.
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FUNÇÕES ENCEFÁLICAS

Tronco encefálico
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2.2 RECONHECIMENTO DAS ESTRUTURAS E FUNÇÕES ENCEFÁLICAS

Tronco encefálico

• O bulbo, que apresenta o seu limite caudal


correspondendo a nível do forame magno do
osso occipital, e o limite cranial é o sulco bulbo-
pontino, que corresponde à margem inferior da
ponte. Os centros respiratórios, vasomotor e do
vômito estão localizados também no bulbo.

• A ponte está interposta entre o bulbo e o


mesencéfalo, e apresenta numerosos feixes de
fibras que convergem de cada lado para formar
um volumoso feixe, conhecido como pedúnculo
cerebelar médio. Este representa bastante
importância por se tratar da maior “porta de
entrada” para o cerebelo, responsável pela
condução de importantes informações vindas da
medula espinhal, apresentando íntima relação
com o movimento humano.
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Tronco encefálico
• O mesencéfalo está localizado entre a ponte
e o cérebro. Por ele, passa um estreito canal, o
aqueduto cerebral, que une o III ao IV
ventrículo.
• Em uma secção transversal do mesencéfalo, é
possível observar uma região escura, a
substância negra, que apresenta essa
coloração por ser formada por neurônios que
contêm melanina. Essa região apresenta
importante relevância, pois habitam neurônios
produtores de um importante
neurotransmissor, a dopamina. Em indivíduos
com doença de Parkinson, esses neurônios se
degeneram, levando a uma série de alterações
nesses indivíduos, principalmente,
relacionados a distúrbios de movimento.
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Cerebelo

• Essa estrutura muito importante para o


movimento humano se assemelha ao
hemisfério cerebral e, não à toa, é conhecido
como pequeno cérebro.

• Também possui uma “capa” de substância


cinzenta, o córtex cerebelar, e formações
nucleares mergulhadas na substância branca,
assim como o nosso cérebro.

• Repousa sobre a fossa cerebelar do osso


occipital e está separado do lobo occipital do
cérebro por um septo da dura-máter
(meninge), conhecida como tenda do
cerebelo.
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Cerebelo

• Vale chamar a atenção para esse aspecto


anatômico relacionado ao local onde se situa,
por ser praticamente inextensível, o que
significa dizer que, se um indivíduo apresentar
um processo expansivo nessa região, mesmo
que seja pequeno, poderá provocar
rapidamente um aumento da pressão
intracraniana devido à sua relação próxima
com o IV ventrículo.

• Síndrome de Arnold-Chiari
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2.2 RECONHECIMENTO DAS ESTRUTURAS E FUNÇÕES ENCEFÁLICAS
Cerebelo

A síndrome de Arnold-Chiari, também conhecida como malformação de Arnold-


Chiari.

Ela ocorre devido a uma anomalia anatômica no sistema nervoso central, em


que nos casos mais brandos uma porção do cerebelo se insinua pelo forame
magno ou até em casos mais graves nos quais inclusive porções do cérebro
acabam herniando pelo forame.

Essa alteração pode ser congênita, ou seja, desde o nascimento, ou adquirida,


em que surge ao longo da vida. Devido a isso uma séria de sintomas podem
ocorrer:

– Cefaléia e dores no pescoço intensas

– Perdas súbitas de consciência

– Visão dupla ou borrada

– Fraqueza e comprometimento da sensibilidade dos membros superiores e


inferiores

– Engasgos e soluços

– Alteração da da coordenação motora

– Tontura, vertigens e desequilíbrio


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2.2 RECONHECIMENTO DAS ESTRUTURAS E FUNÇÕES ENCEFÁLICAS

Cerebelo

• Entre suas funções, estão a manutenção do


equilíbrio e da postura, o controle do tônus
muscular e dos movimentos voluntários, além
de muita relação com a coordenação e
aprendizagem motora, exercendo, portanto,
função essencialmente motora. Esse órgão
nos prepara para condições antecipatórias e
reativas do nosso dia a dia e para uma
situação de instabilidade. A principal diferença
do cérebro, a nível fisiológico, é que ele
funciona sempre em nível inconsciente e
involuntário, ou seja, nossa vontade não
perpassa pela ação cerebelar.
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Cerebelo

• Como podemos perceber, milhões de fibras chegam ao cerebelo trazendo informações das mais
diversas áreas do sistema nervoso (sistema vestibular, medula espinhal e córtex cerebral). Então,
ocorre o processamento dessas informações por meio de uma “maquinaria celular” que envolve
o córtex cerebelar e seus núcleos, para que então ocorra as correções e ajustes de ordem
motora.

Em última análise, podemos dizer que o cerebelo é capaz de prever


deturpações motoras por meio de informações que recebe, analisando-as,
processando-as e as convertendo em impulsos capazes de “corrigir” todas
as nossas atividades motoras.
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Diencéfalo

• O diencéfalo e o telencéfalo formam juntos o cérebro, ocupando cerca de 80% da cavidade


craniana. O telencéfalo constitui os hemisférios cerebrais, encobrindo quase que totalmente o
diencéfalo, o qual permanece em posição ímpar e mediana, compreendendo: epitálamo, tálamo,
subtálamo e hipotálamo.

• Tálamo:

• Com aparência ovoide, o tálamo está localizado na porção lateral do III ventrículo e sua divisão é
representada em núcleos que, em sua maioria, se dedicam a funções sensitivas. Além disso,
reúne funções que envolvem controle somático, visceral e o sistema emocional. O tálamo é
considerado como uma zona intermediaria de informação, que recebe e redistribui impulsos da
região inferior do encéfalo para a medula e vice-versa.
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Diencéfalo

• Tálamo:

• Os núcleos talâmicos são responsáveis por todo


um espectro de funções do corpo, como a
transmissão de sinais sensitivos e motores, e a
regulação da consciência, do sono e do estado
de alerta.
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Diencéfalo

• Epitálamo:

• O epitálamo contém formações endócrinas e não endócrinas.

• Localiza-se póstero-inferiormente ao tálamo e consiste na glândula


pineal, estria medular e trígono da habênula. Sabemos que a função
da glândula pineal é controlar o ciclo de sono-vigília (ritmo O ciclo circadiano é o ciclo de 1 dia ao
circadiano), secretando a hormona do sono, a melatonina. As qual estamos expostos. Durante o dia,
conexões da glândula pineal com o sistema visual fornecem a luz, e durante a noite, a ausência
informações sobre a hora do dia com base na quantidade de luz que dela, influenciam o nosso “relógio
existe. biológico”, ditando como nosso
organismo se comporta no ao longo
• A escuridão provoca a secreção de melatonina. das 24 horas que tem o dia na Terra.

• O componente não endócrino do epitálamo pertence ao sistema


límbico, relacionado com a regulação do comportamento emocional.
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Diencéfalo

• Subtálamo:

• Este compreende a zona de transição entre o diencéfalo e o


mesencéfalo, localizado logo abaixo do tálamo, por isso, recebe
este nome.

• Seu elemento mais importante é o núcleo subtalâmico,


considerado um núcleo motor, que apresenta íntima relação com
os circuitos que controlam o controle motor, particularmente,
com os núcleos da base que discutiremos no próximo tópico.
Lesões nessa estrutura cursam com distúrbios de movimento
involuntários, como as hipercinesias, caracterizadas por
movimentos anormais nas extremidades.
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Diencéfalo

• Hipotálamo:

• Ínfero-anteriormente ao tálamo, encontramos o hipotálamo.

• É uma parte do diencéfalo que mantém funções endócrinas


e autonômicas. Por controlar muitos mecanismos
importantes relacionados com a sobrevivência, como a
ingestão de alimentos e líquidos, o sono, o metabolismo e a
temperatura corporal, o hipotálamo permite um estado de
equilíbrio fisiológico (homeostase corporal).

• O hipotálamo controla os mecanismos de sobrevivência


através de vias especiais chamadas de eixos hipotalâmicos.
Os eixos se projetam do hipotálamo para a glândula hipófise
e da glândula hipófise para os órgãos-alvo. Existem três
eixos principais:
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Diencéfalo

• Hipotálamo:

• O eixo hipotalâmico-hipofisário-suprarrenal medeia a resposta ao estresse.

• O eixo hipotalâmico-hipofisário-tireóideo regula a intensidade do metabolismo.

• O eixo hipotalâmico-hipofisário-gonadal regula a reprodução.

É de notar que todos os eixos passam pela glândula pituitária (hipófise). Isso ocorre porque o
hipotálamo e a hipófise estão intrinsecamente ligados. Os axônios hipotalâmicos ligam o
hipotálamo à neuro-hipófise, enquanto uma coleção de vasos sanguíneos chamada sistema porta
hipofisário liga o hipotálamo à adeno-hipófise.
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Nucleos da base

• Os núcleos da base, ou gânglios da base, são um


grupo de núcleos interconectados de substância
cinzenta encontrados profundamente na substância
branca do telencéfalo, diencéfalo e mesencéfalo.
Eles formam o sistema motor extrapiramidal e
ajudam a afinar a função motora.

• Os núcleos da base são constituídos por cinco


pares de núcleos: núcleo caudado, putâmen, globo
pálido, substância negra e núcleo subtalâmico.
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Telencéfalo

• Essa estrutura compreende os dois hemisférios


cerebrais, direito e esquerdo, separados (não
completamente) pela fissura longitudinal, cujo
assoalho é formado por uma larga faixa de fibras
comissurais, o corpo caloso, principal meio de
união entre os hemisférios.

• Em cada hemisfério, existem sulcos na superfície


que delimitam os giros cerebrais. Os sulcos mais
importantes são: sulco lateral (separa o lobo
temporal dos lobos frontal e parietal) e o sulco
central (separa os lobos frontal e parietal)
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Telencéfalo

• Os sulcos cerebrais ajudam a delimitar os lobos


cerebrais que recebem sua denominação de acordo
com os ossos do crânio, com os quais se
relacionam, sendo eles: frontal, parietal, temporal,
occipital e ínsula.
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Telencéfalo

• Lobo frontal:

• No lobo frontal são identificados três sulcos


principais: pré-central, frontal superior e frontal
inferior. Entre o sulco central e o sulco pré-central
está o giro pré-central, que representa a principal
área motora do cérebro, conhecida como área
motora primária. Esta realiza conexões com outras
estruturas, como tálamo, cerebelo e núcleos da
base, e é de onde se origina grande parte das fibras
do trato córtico-espinhal, as quais levam os
impulsos nervosos necessários para a contração
muscular.
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Telencéfalo

• Lobo frontal:

• No giro frontal médio, e não à toa situado ao lado do


giro pré-central, localiza-se a área motora secundária
responsável pelo planejamento, programação e
sequência dos movimentos, preparando nosso corpo,
especialmente os membros para a realização de
movimentos mais delicados.

• A porção mais inferior do lobo frontal é responsável pelo


centro cortical da expressão da linguagem, tanto de
maneira falada, quanto de maneira escrita.

• Já em sua porção mais superior, localiza-se a área


relacionada à atenção e ao comportamento, que Leitura complementar:
envolve, principalmente, condutas sociais e aspectos Área de Broca – afasia
relacionados à personalidade. de Broca
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Telencéfalo

• Lobo parietal:

• Apresenta dois sulcos principais, o pós-central e o


intraparietal.

• Esta é considerada a área sensitiva primária,


responsável pela captação da informação sensitiva
relacionada à temperatura, à dor, à pressão, ao tato e à
propriocepção consciente.

Leitura complementar:
Homúnculo de Penfield
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Telencéfalo

• Lobo temporal:

• O lobo temporal apresenta dois sulcos principais, o sulco


temporal superior e inferior. Entre os sulcos lateral e
temporal superior está o giro temporal superior, onde se
localiza a área de Wernicke, que, assim como a área de
Broca, localizada no lobo frontal, também se relaciona
com a fala e escrita, porém é responsável pela
compreensão dessas informações.

• Ainda no giro temporal superior do lobo temporal,


destacamos as áreas responsáveis por captar os
impulsos auditivos (área auditiva primária) e interpretá-
los (área auditiva secundária).

• Já os giros temporal médio e inferior estão relacionados Leitura complementar:


à aprendizagem e à memória. Área de Wernicke – afasia de
Wernicke
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Telencéfalo

• Lobo occipital:

• O lobo localizado em posição mais posterior e que ocupa


uma porção relativamente pequena é o lobo occipital, o
qual apresenta pequenos giros e sulcos. Apresenta dois
sulcos importantes: sulco calcarino e sulco parieto-
occipital.

• Nos lábios do sulco calcarino, localiza-se o centro cortical


da visão, aonde chegam os impulsos visuais (área primária
da visão), que, em caso de lesão, podem gerar amaurose
(cegueira) ou ambliopia (diminuição da acuidade visual).
Nessa região, também chegam impulsos visuais para
serem interpretados (área secundária da visão) e, caso
haja lesão, geram as agnosias visuais (falta de
reconhecimento de objetos cotidianos através do olhar).
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Telencéfalo

• Lobo da ínsula:

• Está localizado mais profundamente, podendo


ser observado após o afastamento dos lábios
do sulco lateral, apresentando alguns sulcos e
giros. Esse lobo está envolvido com funções
emocionais, fortemente relacionadas ao
sistema límbico, e está envolvido na
modulação das funções viscerais, hormonais e
autonômicas.
Unidade 2
2.2 RECONHECIMENTO DAS ESTRUTURAS E FUNÇÕES ENCEFÁLICAS

ATIVIDADE:

Descreva de forma sucinta as estruturas do SNC e suas correspondentes funções.


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Telencéfalo
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Telencéfalo
Unidade 1
1.4 ENTENDIMENTO DA ORGANIZAÇÃO E DA DIVISÃO DO SISTEMA NERVOSO

Próxima aula no laboratório de anatomia


Tragam um atlas de anatomia, jaleco e usem sapato fechado.

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