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Universidade Presbiteriana Mackenzie

Curso administração
Mercado câmbio - Exportação

Professor: Marcos Antonio de Andrade


Mercado de Câmbio Brasileiro

Tipos de Operações de Câmbio

• Operações comerciais – aquelas relacionadas à exportação ou importação de


bens e serviços.

• Operações financeiras - transferências “do” ou “para” o exterior, sem que


haja contrapartida em mercadorias ou serviços. Exemplo: empréstimos,
financiamentos, investimentos, juros, lucros, aluguéis, etc.

• Operações interbancárias - são operações realizadas entre os bancos, para


ajuste na posição de câmbio ou para especulação. Eventualmente os bancos
realizam operações com o Banco Central, relativas a leilões de compra ou
venda de moedas estrangeiras.
Contrato de Câmbio

 O contrato de câmbio é um instrumento particular, bilateral, no qual


uma das partes vendedor se compromete a entregar certa quantidade de
moeda estrangeira, sob determinadas condições (taxa de câmbio, prazo,
forma de entrega, prazo para liquidação, etc.) ao comprador, que recebe
em contrapartida o equivalente em moeda nacional;
 Importante observar que o mercado de câmbio no Brasil, estabelece
“uso forçado” da moeda nacional em operações comerciais e
financeiras;
 O contrato tem por objeto formalizar a compra e venda de moeda
estrangeira (entra de saída de divisas), com obrigatoriedade de registro
no SISBACEN.
Contrato de Câmbio
 As operações devem ser registradas, pelos agentes financeiros autorizados a
operar em câmbio, em terminais interligados com o Sistema de
Informações Banco Central – SISBACEN; de acordo com a natureza da
operação e disposições e circulares normativas do Banco Central do Brasil;
 Na celebração das operações de câmbio, as partes intervenientes declaram
ter pleno conhecimento das normas cambiais vigentes, Regulamento de
Mercado de Câmbio e Capitais Internacionais – RMCCI. ( circulares 3689,

3690 e 3691 de Dezembro 2013).


Contrato de Câmbio
• Liquidação:
• É caracterizado quando partes cumprem o descritivo da natureza da
operação pactuada em contrato. Evidenciam os documentos pertinentes que
comprovam o registro da operação, e efetuam a liquidação do contrato,
mediante entrega recíproca ou não, das moedas objeto de troca.
• No caso de contrato futuro, deve ser acertando eventuais juros ou despesas
pertinentes à operação contratada;
• Importante observar que a liquidação da moeda não desobriga uma das partes
a comprovar a natureza da operação, bem como, evidenciar dos documentos
necessários.
Contrato de Câmbio
PRAZOS PARA LIQUIDAÇÃO DOS CONTRATOS DE CÂMBIO

• Mesmo dia (D0) - Liquidação Imediata

– Compra ou venda em espécie ou traveller´s cheques


– câmbio simplificado;

• Até 2 dias úteis - PRONTAS (SPOT) – OPERAÇÃO SEM RISCO FINANCEIRO

• Mais de 2 dias úteis – FUTURAS prazo de até 360 dias (COM RISCO FINANCEIRO)

• - A TERMO (somente interbancário)


FORMA DE ENTREGA DA MOEDA ESTRANGEIRA
• Espécie e Traveller´s Cheques - CÂMBIO IMEDIATO (manual)
• Demais Instrumentos - CÂMBIO SACADO
( Saques; Ordens de Pagamento; Cartas de Crédito; Cheques )
Arbitragem
Arbitragem consiste na compra/venda de determinada moeda estrangeira
“CONVERSÍVEL” (ou seja troca de um ativo por outro). Exemplo:
• Importador brasileiro compra uma máquina de um fornecedor na Suécia,
negocia operação na moeda Coroa Sueca (SEK), com prazo de pagamentos a
180 dias. Mas ele precisa que sua dívida seja paga em dólares americanos
(USD);
• Antes do vencimento, esse importador procura um banco que venda Coras, e
solicita uma arbitragem (troca) do Risco. Ou seja, pede ao banco que sua dívida
no vencimento seja convertida para o equivalente em dólares americanos
(USD).
• No vencimento o Importado efetua o pagamento em dólares e o banco fica
responsável em pagar o fornecedor o valor da operação negociado em Coroa
Arbitragem
• Considera-se arbitragem operação que consiste na remessa de moedas de uma
praça para outra, com objetivo de proteção contra “oscilações” de preço em
diversos mercados.
• Por exemplo: Paridade Dólar/Coroa Sueca em NY - USD 1,00 = SEK 8,3210 (spot)

Paridade dólar/Coria Sueca em NY (FUTURO 180 dias) USD 1,00 = SEK 8,3350

Se considerarmos que o valor da máquina é de SEK 416.750,00 com vencimento 180


dias. Esse mesmo banco pode acessar o mercado e COMPRAR esse valor para
vencimento em 180 dias, e converter o valor da dívida em Coroa Sueca para o
equivalente a USD 50.000,00 que deverá ser pago pelo importador no dia do
vencimento. O banco fica responsável em pagar o valor em Coroa Sueca para
fornecedor.
Taxas de Juros Internacionais
LIBOR - London Interbank Offered Rate
É a mais famosa, e mais utilizada taxa de juros do mercado internacional,
praticada na maioria das operações de empréstimos e financiamentos realizados
em moedas estrangeiras.

Euro Libor - empréstimos interbancários* Fonte Jornal Valor Economico – Maio 2021

1 mês 0,1014% aa 07/05

3 meses 0,1620% aa 07/05

6 meses 0,2050% aa 07/05

1 ano 0,2850% aa 07/05


Taxas referenciais no mercado norte-americano
Taxas de Juros Internacionais
PRIME - Prescribed Right to Income and Maximum Equity

Taxa de juros cobrada pelos bancos norte-americanos, dos clientes com as


melhores avaliações de crédito.
Poderia ser considerada então, como a menor taxa de juros praticada pelos
bancos norte-americanos, em operações de empréstimo ou financiamento com
seus clientes de menor risco.

Prime Rate 3,25% a.a.


Câmbio Exportação
Câmbio Pronto
 Liquidação em até 48 horas (moeda + documentos)

Câmbio Futuro
 Financiamento Pré Embarque – Antigo ACC ( Adiantamento
sobre Contrato de Câmbio )
 Financiamento Pós Embarque – Antigo ACE ( Adiantamento
sobre Cambiais Entregues )
 Câmbio Travado de Exportação
Câmbio Exportação
Financiamento Pré Embarque - ACC (Adiantamento Sobre Contrato de Câmbio) –
Operação de crédito, em que o banco antecipa recursos por meio de compra
antecipada de moeda estrangeira, e faz adiantamento, total ou parcialmente, do
equivalente em moeda nacional (Reais), ao exportador. Ocorre, antes do embarque
das mercadorias para o exterior. (também conhecido com financiamento a
produção);

Nesta modalidade, a responsabilidade do importador, só deve ser caracterizada


após efetivo embarque de mercadoria e comprovação de entrega dos documentos
ao comprador ou banco intermediário. Caracterizado como evento futuro e incerto.

A antecipação desses recursos é proporcionar apoio financeiro, ao exportador, para


produção de mercadorias. Portanto, se não houver embarque a operação deve ser
“CANCELADA”, com pagamento de multa, juros e compulsório. Devido a não
realização da Exportação.
Câmbio Exportação
Financiamento Pós Embarque - ACE ( Adiantamento Sobre Cambiais Entregues )
Operação de crédito, em que banco adianta, total ou parcialmente, o valor do equivalente
em Reais, ao exportador. O adiantamento ocorre, posteriormente ao ‘EMBARQUE” das
mercadorias e contra entrega dos documentos ao banco Intermediário ou direto ao
importador.

Nesta modalidade o risco do financiamento é compartilhado entre exportador e


importador. Isto porque a responsabilidade do pagamento é do importador, mas o
financiamento é concedido ao Exportador. (muito similar ao desconto de duplicatas);

Caso haja “INADIMPLENCIA”, do importador, o exportador deve comprovar início de


ação de execução de pagamento no exterior e negociar prorrogação do contrato junto ao
banco financiador. Deve ser negociado a devolução do adiantamento até o efetiva
conclusão da “AÇÃO JUDICIAL”. Caso o prazo ultrapasse a 360 dias a operação deve
ser lançada em Posição Especial, até sua efetiva conclusão. Neste casos não existe
previsão para pagamentos de MULTAS, JUROS e COMPULSÓRIO.
Câmbio Exportação

Observação:

As operações de Pré e Pós embarque têm como objetivo principal permitir ao


exportador acesso a recursos para financiar a produção/comercialização de
mercadorias destinadas ao mercado externo. Esses recursos são utilizados,
primordialmente, para aquisição de matérias-primas, aquisição de bens de capital,
contratação de mão-de-obra, etc.

Se o exportador solicitar esses financiamentos e não destinar os recursos para


produção e comercialização com o exterior, e não comprovar por meio de registro no
SISCOMEX, sua efetiva liquidação ele estará sujeito a “PAGAMENTO DE MULTAS”
e “SUSPENSÃO” de sua atividade exportadora.
Câmbio Exportação

Prazo do Financiamento:
• Financiamento Pré Embarque (ACC) – Antecipação máxima permitida, em
relação à data embarque das mercadorias, é de 360 (trezentos e sessenta) dias;

• Financiamento Pós Embarque (ACE) – até 360 dias após a data de embarque,
mas limitado ao prazo de pagamento pelo importador, definido no registro de
exportação (DUE).

Desta forma, o prazo máximo de financiamento a exportações brasileiras, por


meio das operações de ACC/ACE, de acordo com a legislação vigente, é de 720 dias.

OBSERVAÇÃO: Apesar dos prazos acima os limites de financiamento são concedidos


a “CRITÉRIO” dos Agentes Financeiros de acordo com “POLÍTICA DE
CREDITO” e avaliação de KYC “Know yor Custmer”.
Câmbio Exportação
Os adiantamentos de câmbio constituem antecipação parcial ou total do
equivalente em moeda estrangeira comprada a termo, por meio de bancos
autorizados. Sendo obrigatório aplicação dos recursos no e utilização pelos
exportadores dirigida para o fim precípuo (principal, essencial) de apoio
financeiro à exportação.

360 dias 360 dias

Contratação Pré Embarque Embarque Pós Embarque Liquidação

Pré Embarque / Pós Embarque

Celebrado o contrato de câmbio, o adiantamento pode ser concedido a


qualquer tempo, a critério das partes.
Câmbio Exportação
Características:
• Os financiamento de Pré e Pós Embarque têm seus custos, conhecidos como
deságio, definidos, na maioria das operações, a partir das taxas de juros com base
na taxa de juros da LIBOR praticadas no mercado internacional.
• Os recursos utilizados para financiar as operações de ACC/ACE são captados no
exterior por meio de linhas de crédito junto aos bancos internacionais.
•O Funding para as operações, são denominadas de Pre-Export Finance (PEF) e
Bankers Acceptance, cujas principais características são:
•Baixo custo, se comparados com os preços praticados no mercado brasileiro;
• Não incidência de I.R sobre a remessa de juros;
• Não incidência de IOF e Compulsório comum em operações financeiras.
Câmbio Exportação
Prorrogação de Contrato de Câmbio

A prorrogação dos documentos de embarque, deve ocorrer em 20 dias corridos do


vencimento do referido prazo. O novo vencimento somado ao período já decorrido
não pode ultrapassar 360 dias data da contratação do câmbio.

Para mercadoria embarcada, por consenso das partes e esgotadas as possibilidades


de negociação com o credor externo, a prorrogação deve ocorrer dentro de 30 dias
corridos do vencimento.

O novo vencimento não pode exceder 360 dias, contados do embarque. Não há
obrigatoriedade de cobrança de juros.
Câmbio Exportação

 Pagamento Antecipado – caracterizado quando os recursos são


adiantados pelo próprio Importador e/ou Agente Financeiro, desde de
que o prazo não ultrapasse a 360 dias;

 Pré-Pagamento – quando os recursos são adiantados por um


Financiador no exterior, com prazo superior a 360 dias, necessidade de
emissão de Registro de Operação Financeira – ROF;
 Destinado a empresas que desejam financiar, suas exportações na fase
pré-embarque. Para realizar esse tipo de operação costuma-se vincular
contratos “assinados” com previsão de venda ao exterior.
Operações de Câmbio Importação
Pagamento Antecipado :
 Definição: Contratação e Liquidação do contrato de câmbio
previamente ao embarque da mercadoria no exterior;
 Na contratação do câmbio, o importador deve apresentar:
• Fatura Proforma ou Contrato Mercantil de Compra e Venda
• Dados da origem dos recursos e responsável pelo adiantamento;
• Previsão para embarque e documentos que possam comprovar processo
produtivo e/ou cronograma de safra.
Garantias Internacionais
• Conceito:

- Documentos emitidos por ordem e conta de um cliente (Pessoa Física ou


Jurídica) a favor de um terceiro no exterior;

- Por meio de uma garantia, se estabelece um compromisso, por meio de


garantia bancária (agente financeiro) para cumprir obrigações do afiançado,
caso este deixe de honrá-las
Garantias Internacionais
 Podem os Bancos emitir garantias em moeda estrangeira, obedecidos os
critérios de limites operacionais e preservação da legislação brasileira.
Obedecer as regras cambiais vigentes

 Os Bancos devem ter, sob sua responsabilidade, dossiê que demonstre a


comprovação da natureza da operação, Contratos firmados entre empresas
no Brasil e no Exterior, Instrumento de Contra Garantia, etc...

 A cláusula de “On first demand” que representa o pagamento por parte do


tomador sem questionamentos e mediante apresentação.
Garantias Internacionais
Garantias mais utilizadas:
• Essas garantias são instrumentos específicos emitidos com objetivo de garantir o
cumprimento do pagamento de faturas ou obrigações contratuais.
• Geralmente classificadas como “Standby”, desde que não assumam nenhuma
semelhança com as garantias condicionais do tipo “Carta de crédito”. “Uma L/C
apresenta texto específico, vinculado a uma operação de comércio”;
• Em caso de concorrência internacional, as garantias emitidas faz com que os
interessados não desistam durante as etapas da concorrência;
• As mais comuns são:
• “Bid Bond”: Deve ser emitida durante a fase de concorrência ou licitação;
• “Performance Bond”: com objetivo de garantir fornecimento de bens e
serviços ou cumprimento de obrigações contratuais;
• “Advanced Payment Bond”: emissão de garantia de pagamento antecipado
para o cumprimento de um contrato mercantil.
Garantias Internacionais
• Definição:
Garantia de Pagamento para Importações:
Requerida na maioria das vezes antes do embarque da mercadoria para garantir
pagamento ou financiamento de importação de curto e longo prazo
• Bid Bond:
Requerida em fase de licitação com objetivo de cobrir eventuais perdas causadas
pelos participante que, após vencer uma licitação internacional, por algum
movito, venha a recusar assinar o contrato
• Performance Bond:
Requerida ao término da licitação, tem por objeto ressarcir eventuais perdas
causadas pelo fornecedor por falta de cumprimento dos termos firmados no
contrato de fornecimento
Garantias Internacionais
• Advance Payment Guarantee:
Requerida após a contratação do fornecimento, com o objetivo de reembolsar o
importador do valor pago antecipadamente

• Standby Letter of Credit:


Tem aplicação ampla, sendo utilizada em transações comerciais ou financeiras
(empréstimos)

• Contra-Garantia:
Emitida em favor de um “agente financeiro” no exterior para emissão de garantia
local. Muito semelhante à um “AVAL”, geralmente são de prazo indeterminado e
deve ser solicitado baixa 30 dias antes do seu vencimento.
Garantias Internacionais

• Comfort Letters:
- Conceito de Carta de conforto emitida por empresa controladora, utilizada como
declaração de relação societária entre empresa signatária e empresa que demanda
crédio no Brasil;
- Seu conteúdo, objetiva afirmar que o emitente tem conhecimento de das
operações de crédito realizadas até o momento. Não é instrumento para garantia
de concessão de crédito, utilizado com “carta de referência”;
- Deve ser consularizada e notarizada, seu curso deve ser por meio de agente
financeiro. Conter declaração de poderes, estar de acordo com os estatutos
societários do emissor, e respeitar as leis internas do País de emissão.
Pré Pagamento de Exportação
Características:
 Permite ao exportador a obter recursos, compatíveis aos praticados nos
mercados internacionais;
 Taxa de Juros livremente pactuada (inserida no contrato mercantil e vinculado
ao ROF (Registro de Operação Financeira) – normalmente atrelada à LIBOR;
 Não incidência de I.R e IOF sobre a remessa de juros;
 Na impossibilidade do exportador, não embarcar as mercadorias, esse tipo de
operação pode ser transformado em Investimento Direto de Capital ou
Empréstimo Externo. (Operações simbólicas);
 Possibilidade de devolução ao exterior, de saldo residual de até 5% do valor da
operação.
Pré – Pagamento de Exportação

6 – US$ Banco
Importador
no
Embarque Exterior
Comercial

Performance
1- Contrato

Exportação
3- Garantia
4 – Pré Pagamento (US$)
5-

2 - Contrato Banco
Exportador no
de garantia
performance
Brasil
NCE - Nota de Crédito a Exportação
CCE – Cédula de Crédito a Exportação

 A Nota de Crédito à Exportação (NCE) e Cédula de Crédito a Exportação


(CCE), estão fundamentados na Lei 6.313 de 16/12/1975 e Decreto Lei n.º
413 de 09/01/1969. Estes instrumentos permitem o financiamento à
exportação ou à produção de bens para exportação, bem como, atividades
de apoio fundamentais a exportação;

 A NCE e CCE possuem características idênticas, com exceção de que a


CCE possui garantia real. A aplicação dos recursos financiados esta
vinculado as atividades descritas anteriormente, na forma constante de um
orçamento previamente elaborado pela empresa;

 O orçamento deverá ser acompanhado, quanto ao seu cumprimento, pela


instituição financeira.
NCE - Nota de Crédito a Exportação
CCE – Cédula de Crédito a Exportação

 O Empréstimo / Financiamento realizado em moeda nacional, com prazo


definido entre as partes (banco/empresa), tem como base de correção os
índices financeiros fixados pelo Conselho Monetário Nacional (Exemplo: CDI,
Selic e CDB pré ou pós fixado e variação cambial), calculados sempre sobre o
saldo devedor do título;

 Até o final e/ou liquidação do Financiamento o tomador deve apresentar ao


banco cópias de documentos de exportação (Conhecimento de Transporte,
Registro de Exportação e/ou Solicitação de Despacho Averbado), que
comprove negociação com o exterior ou vínculo da produção com despesas
operacionais relacionadas à liberação do crédito. Não existe a necessidade de
comprovar o pagamento do crédito no exterior;
NCE - Nota de Crédito a Exportação
CCE – Cédula de Crédito a Exportação
 Vantagens:
 Não incide Imposto sobre Operações Financeiras - IOF, mediante a
comprovação da performance de exportação, ou seja, cumprir orçamento
inicialmente apresentado de forma satisfatória;
 Financiamento de Capital de Giro em Reais, vinculado a uma atividade
exportadora, que pode ser disponibilizado para exportadores e
fornecedores da cadeira produtiva destinada a exportação;

 Prazos e volumes utilizados de acordo com as necessidades específicas de


cada cliente (não existe prazo máximo).
NCE - Nota de Crédito a Exportação
CCE – Cédula de Crédito a Exportação
Potenciais tomadores de NCE do agronegócio?
Que tipo de empresa pode fornecer ‘lastro’?
• pela natureza do tomador (análise do contrato/estatuto social e do código de
atividade junto à Receita Federal)
• pela finalidade dos recursos tomados (análise do orçamento NCE)
Lei 11.076/2004, “art. 23. (...)
Parágrafo único. Os títulos de crédito de que trata este artigo são vinculados a
direitos creditórios originários de negócios realizados entre produtores rurais, ou suas
cooperativas, e terceiros, inclusive financiamentos ou empréstimos, relacionados com
a produção, comercialização, beneficiamento ou industrialização de produtos ou
insumos agropecuários ou de máquinas e implementos utilizados na atividade
agropecuária.”
NCE - Nota de Crédito a Exportação
CCE – Cédula de Crédito a Exportação
Câmbio Exportação
 Compra e Venda de Performance de Exportação
O produtor de mercadorias já negociadas no mercado internacional, pode vender
suas mercadorias, sob registro de contrato de venda para outras empresas
tomadoras de recursos, sem capacidade de comprovar exportação;
Por questões de rentabilidade, liquidez, situações de mercado ou por possuir
excedentes de produção, algumas empresas lançam mão deste mecanismo com o
objetivo de otimizar seus resultados.
O produtor neste caso, não cede o crédito ou aluga contrato, mas sim repassa por
meio de um contrato de venda de mercadorias, celebrado com o exterior.
O preço de aquisição de uma performance varia de acordo com a oferta e procura.
Operações de Câmbio Importação
Futuro

• No ato da contratação, com liquidação futura, o importador compra a moeda


estrangeira junto ao Agente Financeiro, realiza pagamento com base na taxa
de câmbio do dia, com isso, se protege da desvalorizações da moeda
nacional.

• Classificado como “Hedge” básico das operações de importação.

• O prazo máximo admitido entre a contratação e a liquidação das operações é


de 360 dias, limitado à data de vencimento da obrigação no exterior.

• Neste tipo de operação geralmente o importador pode receber “premio” pela


antecipação do câmbio.
Operações de Câmbio Importação
Futuro
• Com caixa - Banco debita os reais do importador no dia da contratação de
câmbio e assume a responsabilidade de remeter os dólares no vencimento da
obrigação.
• Com esses Reais, o banco, normalmente vai ao interbancário, comprar dólar
pronto, e manter a moeda estrangeira aplicada, em sua conta no exterior.
• Existe a possibilidade de comprar dólar futuro para o mesmo prazo,
classificado como interbancário futuro, mas precisa ter tomador para o mesmo
prazo.
• O banco também tem como opção, deixar em posição e assumir o risco da
variação cambial.
Operações de Câmbio Importação
Futuro
 Sem caixa - o banco não debita os reais do importador no dia da contratação de
câmbio e assume a responsabilidade de remeter os dólares no vencimento da
obrigação.

 O banco tem as mesmas alternativas do câmbio futuro com caixa, a única

diferença, é que sem os Reais do importador, o banco utiliza Reais da sua


Tesouraria.

 Dessa forma, será cobrado do importador, a expectativa de custo de correção da


taxa do Certificado de Depósito Interbancário - CDI pelo período da operação.
Operações de Câmbio Importação
Financiamento de Importação
 BUYERS CREDIT - operação financeira onde uma instituição financeira paga, à
vista, o fornecedor estrangeiro e financia o importador por um período
previamente negociado.

Modalidades:

 Financiamento de Importação Direto: financiamento concedido por um


banco no exterior, diretamente ao importador brasileiro.

 Financiamento de Importação Repasse: financiamento concedido por um


banco brasileiro a um importador brasileiro, lastreado em linha de crédito
obtida junto a banco no exterior.
Capital de Giro - “Working Capital”
 Conceito

 Capital de Giro em Moeda estrangeira para subsidiária de empresa brasileira


no exterior. Com garantia de empresa brasileira no Brasil;

 Documentação
- Definição e aprovação de Garantias;
- Contrato de Empréstimo;
- Nota Promissória;
- Instruções para pedido de Desembolso;
- Documentos Constitutivos da empresa ‘offshore’;
- Opinião Legal.
Capital de Giro “Working Capital”

Estrutura

(3) empréstimo US$


Agência Externa Empresa Offshore

(1) Contrato de Empréstimo


Nota Promissória

Exterior

(2) garantia Brasil

Empresa Brasileira
(Controlador)
Empréstimo - Lei 4131
 Conceito

 Empréstimo concedido por Agências ou Subsidiárias externas de bancos com


agência física no Brasil, diretamente a clientes brasileiro, para operações de
Capital de Giro em geral.

 Documentação
- Registro no Banco Central (“ROF”);
- Contrato de Colocação/Emissão Privada;
- Contrato de Agente Fiscal e Pagamento;
- Nota Promissória;
- Opinião e Parecer das Áreas jurídicas.
Empréstimo - Lei
Estrutura 4131
Agência no Exterior
(2) Empréstimo por meio da
Lei 4131

Exterior

Brasil

Empresa Brasileira Banco Agencia no


(1) garantias Brasil
“Forfaiting”

É Possível definir “Forfaiting Importação” como compra de


Direitos de Crédito de exportação ou de Mercadorias de
Curto, Médio Prazo (para operações com prazo de
pagamento de até 360 dias) sem direito de regresso ao
vendedor em caso de não Pagamento.
“Forfaiting”

Produto Aplicável com:

 Notas promissórias, emitidas pelo importador em favor do


exportador;
 Letras a prazo, sacadas pelo exportador contra o Importador e
aceitas pelo mesmo;

 Recebíveis, originados por cobrança a prazo ou contra garantido


por terceiros;
Classificação de Risco nas Operações de
Crédito

• Resolução 2.682 (BACEN)


• Observação.: Para consulta de resoluções do
BACEN, acessar o seguinte site:

www.bcb.gov.br - Normativos e Audiências Públicas


Resolução 2682 do Banco Central

Dispõe sobre os critérios de classificação das


operações de crédito a serem adotados pelas
instituições financeiras (Rating) e regras para
constituição de provisões para créditos de liquidação
duvidosa
Níveis de Classificação das operações de crédito

Nível AA: Excelente


Nível A: Ótimo
Nível B: Boa
Nível C: Aceitável
Nível D: Regular
Nível E: Deficiente
Nível F: Ruim
Nível G: Crítica
Nível H: Péssima
Critérios para realizar classificação de Risco

Em relação ao devedor e seus garantidores:

• situação econômico-financeira
• grau de endividamento
• capacidade de geração de recursos
• fluxo de caixa
• administração e qualidade dos controles
• pontualidade e atrasos nos pagamentos
• contingências
• setor de atividade econômica
• limite de crédito
Classificação das operações de crédito
“Provisionamento”
Conceito “AA” - Excelente
Empresa/grupo econômico direta ou indiretamente controlado por
grupo multinacional de primeira linha, com classificação de Rating
máxima no exterior ou cliente controlado por grupo nacional também
de primeira linha, ambos com tradição e/ou posição de liderança no
mercado.
Sem Risco, não exigindo provisão, pois não existe qualquer dúvida
quanto ao recebimento do crédito concedido.
É possível conceder crédito sem restrições, até o limite de
diversificação de risco da Organização.
Conceito “A” - Ótimo

Empresa/grupo econômico controlado por grupo multinacional de


expressão com classificação de Rating externo boa, ou grupo nacional de
porte, ambos atuando em mercados com perspectivas positivas e potencial
de expansão.
Risco mínimo, exigindo provisão de 0,5%, pois não existe dúvida quanto
ao recebimento do crédito concedido.
É possível conceder crédito desde que respeitando as condições e o porte
dos negócios do tomador.
Conceito “B” - Boa

Empresa/grupo econômico que, independentemente do porte e/ou origem


do capital, possui boa situação econômico-financeira e balanços
consistentes em seus números no País.
Risco muito baixo, exigindo provisão de 1%, pois não existe dúvida
quanto ao recebimento do crédito concedido.
É possível até estudar a concessão de novos créditos dependendo da
garantia proposta.
Conceito “C” - Aceitável

Empresa/grupo econômico com situação econômico-financeira regular.


Seu desempenho, entretanto, revela-se sensível às variações conjunturais
da economia, merecendo acompanhamento.
Risco aceitável, exigindo provisão de 3%, sendo que o volume de
crédito concedido deverá ser compatível com o porte do cliente e as
operações preferencialmente revestidas com garantias de boa liquidez e
suficiência de cobertura.
Eventual concessão de crédito só é possível mediante estudo caso a
caso.
Conceito “D” - Regular

Empresa/grupo econômico com situação econômico-financeira


declinante ou sem dados contábeis adequados e com desabonos.
Risco alto, exigindo provisão de 10%; admite-se somente a realização
de novas operações visando melhorar a qualidade e/ou suficiência
das garantias existentes.
Caso contrário, o risco deve ser reduzido, pois o cliente
pode inclusive já possuir atrasos de até 90 dias nas operações em
aberto.
Efeitos de Risco de Crédito com vínculo de
Garantia

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