Formação

Eloisa Castro
 Sobre a formação

•O que exijo é que não possa exercer a

psicanálise
alguém que não tenha conquistado,
por meio de uma determinada preparação,
o direito a uma tal atividade (Freud).
Formação do analista?

•Contínua
•Ensino regular formal, universitário?
•Transmissão
•Cartel, seminários, jornadas...
•Análise leiga (não médicos)
 Tripé
• Formação teórica, análise pessoal e supervisão
clínica
• Base é a análise pessoal
• [...] só quando eles experimentaram de fato no
próprio corpo – ou melhor: na própria alma – os
processos postulados pela análise, eles terão
adquirido as convicções que os guiarão mais tarde
enquanto analistas (Freud, [1926] 2017, p. 223)
Entrelaçamento ético

• Para sustentar sua posição e conduzir o

tratamento, é preciso que o analista esteja
livre da ação do recalque, sob pena de se
angustiar e operar com essa angústia,
querendo tamponá-la, ficando
impossibilitado de ouvir o recalcado de seu
paciente
 Transmissão
• Se tonar um modelo? (Já que passou pelo processo)

• a transmissão da psicanálise não é da ordem da

razão nem do aprendizado

• Não passa apenas por escutar, ler, decorar teorias,

fazer provas
 Autorização

• O analista não é autorizado por ninguém, ele se

autoriza por si mesmo. [...] Não existe o Outro da
autorização.
• A partir de que, então, o analisante se autoriza
analista?
• Ele se autoriza a partir de seu trabalho analítico, do
 Processo
• Há uma diferença relevante entre ler como
estudante, que deve dar conta do que
aprendeu, e ler como analista em
formação, que interpreta os textos a partir
da sua singular experiência de análise
Esta Foto de Autor Desconhecido está licenciado em
CC BY-SA (Calligaris, 2008, p. 57).
• “[...] na psicanálise, tem existido desde o
 Supervisão

• A supervisão é um lugar de elaboração de

saber do analista: antes, durante e depois
de cada encontro com o supervisor.

• “[...] recolocar em ação a vigência do

discurso psicanalítico”. Isso se dá na
 Supervisão

• Remeter o analista em formação à sua

própria análise, quando alguma questão
pessoal dele está interferindo em sua
escuta analítica; e

• Remeter o analista ao estudo teórico,

Tipos de análise???

• Análise didática e análise pessoal.

• Escolas/cursos/pós...
 Referências
• Freud, S (1976). Linhas de progresso na terapia psicanalítica. In S. Freud, Edição
standard brasileira das obras psicológicas completas de Sigmund Freud. Trad. J.
Salomão. Vol. 17, p. 201-211. Rio de Janeiro: Imago. (Trabalho original publicado em
1919[1918].)
• Freud, S. (2010). Uma dificuldade da psicanálise (Sigmund Freud Obras Completas,
Paulo César de Souza, Trad., Vol. 14). São Paulo: Companhia das Letras.
(Originalmente publicado em 1917).
• Freud, S. (2010). Caminhos da terapia psicanalítica (Sigmund Freud Obras Completas,
Paulo César de Souza, Trad., Vol. 14). São Paulo: Companhia das Letras.
(Originalmente publicado em 1919).      
 Referências
• Freud, S. (2010). Deve-se ensinar a psicanálise nas universidades? (Sigmund Freud Obras
Completas, Paulo César de Souza, Trad., Vol. 14). São Paulo: Companhia das Letras.
(Originalmente publicado em 1919).
• Freud, S. (2010b). Recomendações ao médico que pratica a psicanálise (Sigmund Freud Obras
Completas, Paulo César de Souza, Trad., Vol. 10). São Paulo: Companhia das Letras.
(Originalmente publicado em 1912).
• Kehl, Maria Rita. Sobre ética e psicanálise. Introdução: Por que articular ética e psicanálise. P. 7 a 38.

• Lacan, J. (1958/1998). A direção do tratamento e os princípios do seu poder. Escritos. Rio de

Janeiro: Jorge Zahar..
• Caligaris, C, Cartas a um jovem terapeuta: reflexões para psicoterapeutas, aspirantes e curiosos..
Rio de Janeiro: Campus; 2004. 
 Complementação

• Por que a supervisão? Rômulo Ferreira

(EPB)
• Disponível em:
https://www.youtube.com/watch?v=q5sYb5
BWCdM