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Alexandre fortes

Antônio Luigi Negro


Prof. Jair Santana
A década de 90 (segundo Fábio
Fransini) :
Marca uma espécie de “descoberta” da história da
historiografia pelos historiadores brasileiros;
Houve um crescimento nos trabalhos dedicados a
escrita da história, bem como uma ampliação dos
espaços institucionais de debate: nos departamentos
de história das universidades, nos grupos de estudo e
na ANPUH.
Fernando Novais, disse que:
O exercício da análise historiográfica é o ‘exame’ de
consciência do historiador.
A reflexão historiográfica, vem promovendo a
reavaliação de um certo cânone, e permite manter
também a diversidade, o dinamismo e a vitalidade da
produção historiográfica brasileira do novecentos.
A História da Historiografia:
Tem uma função afirmativa e uma função crítica.
O estudo da historiografia nos permite perceber que
todo historiador sofre pressões ideológicas, políticas,
institucionais, comete erros e tem preconceitos.
No Brasil republicano:
O processo de formação da classe operária e a
trajetória da cidadania estão ligados na experiência
histórica e na produção acadêmica.
No plano histórico, tanto o Estado Novo (1937),
quanto o golpe de 1964, que derrubou o herdeiro de
Vargas (Goulart), foram resultados das disputas em
curso.
Os processos de retorno ao Estado
de direito (pós -45) e pós-1978).
Estão vinculados a ondas de greves e de ampla
militância sindical:
“... Superando o Estado Novo (1937-1945), os
trabalhadores não apenas recuperaram a ousadia de
dizer o que pensavam e o que queriam como também
requisitaram o direito de participar da riqueza gerada
com a sua força”,p.51 In:Trabalhadores, sindicatos e
política (1945-1964).
Em relação a questão da
cidadania,em 1945:
• “Para muitos intelectuais ou políticos, dirigentes
empresariais e do governo, a figura do trabalhador
cidadão não era para ser encontrada no
migrante”,p.49.
• O trabalhador de origem rural era visto com as
mesmas carências atribuídas ao trabalhador escravo.
• O trabalhador nacional era representado com traços
de debilidade, conformismo e ação histórica inepta.
Greves em 1978
A produção acadêmica foi marcada
pela derrota de 1964 e a
historiografia:
do trabalho refletiu essa marca: pois à classe
trabalhadora foram atribuídos a impotência e o
fracasso no papel de fiador da democracia;
Assim, as debilidades da cidadania e do operariado,
andam lado a lado no imaginário que aborda a
oscilação entre democracia e autoritarismo.
A Crítica Historiográfica dos anos
80:
No fim da década de 70 e início da déc. de 80, a
crítica às teses da “passividade” e “acomodação”
do operariado brasileiro ganharam impulso a
partir das greves do ABC e em São Paulo. Essas
greves se difundiram por diferentes categorias,
rurais ou urbanas.
O revisionismo da historiografia propagou a
ruptura do “novo sindicalismo” com as tradições
do sindicalismo comunista e trabalhista.
No Brasil, o Novo Sindicalismo:
Emergiu definindo sua identidade a partir da defesa
da autonomia dos movmentos sociais diante do
Estado, patrões e partidos políticos(p.135);

As comissões de fábrica eram a grande alavanca de


ruptura com o corporativismo da estrutura sindical

A defesa da autonomia opôs o novo sindicalismo à


estratégia de abertura do PCB, que defendia uma frente
ampla, com partidos de centro, e pregava a frenagem dos
movimentos sociais(p.185).

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