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AFRICANAS EM LÍNGUA
PORTUGUESA
• ASPECTOS GERAIS
Imprensa
• Introdução da tipografia nas colónias: Cabo-verde (1842), Angola (1845),
Moçambique (1854), São Tomé e Príncipe (1857) e Guiné Bissau (1879).
• Primeiros órgão de comunicação: Boletim Oficial (legislação, noticiário oficial e
religiosos e textos literários).
• Com excepção de Angola, a imprensa foi menos importante do que se poderia
supor, devido à repressão.
• Moçambique: A historia da imprensa não oficial foi geralmente de oposição aos
governos, da colónia e de Lisboa.
• O Progresso teve apenas um número;
• Quatro jornais fundados por Carvalho e Silva foram encerrados pela censura.
• Os mais célebres jornais, pelo papel de consciencialização da
moçambicanidade: O Africano (1909-1918), O Brado Africano (1918) e o
Itinerário (1919).
• Guiné Bissau: o primeiro jornal (privado), Eco da Guiné, apareceu
somente em 1920.
• Em Cabo-Verde e São Tomé: a imprensa contribuiu decisivamente para o
incentivo à criação literária, no quadro da limitação insular.
• Angola:
• Depois da criação do Boletim Oficial, surge:
• A Aurora (1855) recreativo e literário;
• A Civilização da África Portuguesa (1866), dirigido por Urbano de Castro e
Alfredo Mântua, pugnava pela efectiva abolição da Escravatura.
• De 1860-1890 surge cerca de meia centena de títulos artesanais e episódicos,
mas importante no fomento da actividade intelectual e literária. Destacam-se:
• - Jorna de Luanda (1878), de Alfredo Troni: marca a transição jornalismo de
cariz colonial para o proto-nacionalista;
• - O Futuro de Angola
• - O Pharol do Povo
• Contribuíram para a elevação cultural e promoção das línguas e culturas locais.
• O primeiro jornal de africano chamava-se Eho de Angola (1881) e inaugurou
duas décadas de intensa de actividade jornalística, que ficou conhecida como
período da imprensa livre, terminando com a fundação de A Província de
Angola (1923).
• No inicio do seculo XX, algumas publicações literárias marcaram o
desejo de emancipação dos filhos do país. Destaque:
• - Voz d’Angola Clamando no Deserto: Coletânea de artigos não
assinados contra um artigo colonialista.
• - Luz e Crença, revista cujo segundo numero saiu um ano depois.
•
• 5º Período – Consolidação (1975 - Actualidade)
• 1. Divulgação de textos que tinham ficados nas gavetas ou se
encontravam dispersos.
• 2. textos de exaltação patriótica, do culto dos heróis da luta de
libertação nacional, de temas doutrinários, militante ou
empenhado no tempo da independência.
• Publicação de Raiz de Orvalho, de Mia Couto, da revista
Charrua (a partir de 1984, 8 números) abrem novas
perspectivas fora da literatura empenhada permitindo-lhe
caminhos até aí impensáveis, como a livre criação da palavra,
temas tabus como da convivência de raças e mistura de cultura.
• Noémia de Sousa: A voz efémera que permanece
• Nasceu em 20 de setembro de 1926 em Maputo.
• Autora do caderno policopiado Sangue negro, com 43
poemas. Publicados aos pucos em revistas como O Brado
Africano, Itinerário, Vértice e Mensagem (CEI)
• Impacto sobre a poesia angolano, indiciando as vias que esta
havia de seguir (valorização da herança negra e revolta
contra a dominação colonial).
• Situa-se na intersecção o Neo-realismo e a Negritude
francófona.
• Influências:
• Situação colonial com elevada discriminação racial;
• Conhecimento das línguas francesa e inglesa;
• Contacto com Black Renaissance norte-americano e
indigenismo haitiano e negrismo cubano.
• Resultado em termos discursivos:
• Negritude intuitiva
• Estrutura (organização) do caderno:
• Nossa voz; Biografia; Munhuana 1951; Livro de João;
Sangue Negro:
• Poemas representativos da africanidade e moçambicanidade,
e mais divulgados da autora:
• «Nossa voz», «Se me quiseres conhecer», «Deixa passar o
meu povo», «Magaíça», «Negra», «Um dia», «Poema para
Rui de Noronha», «Godido», «A Billie Holliday», «Sangue
Negro»
• NOSSA VOZ
Ao J. Craveirinha
• Se me quiseres conhecer,
• estuda com olhos bem de ver
• esse pedaço de pau preto
• que um desconhecido irmão maconde
• de mãos inspiradas
• talhou e trabalhou
• em terras distantes lá do Norte.
•
• Ah, essa sou eu: • pelos chicotes da
• órbitas vazias no desespero escravatura...
de possuir vida, • Torturada e magnífica,
• boca rasgada em feridas de • altiva e mística,
angústia, • África da cabeça aos pés,
• mãos enormes, espalmadas, • - ah, essa sou eu
• erguendo-se em jeito de
quem implora e ameaça,
• corpo tatuado de feridas
visíveis e invisíveis
• Se quiseres compreender-me dentro...
• vem debruçar-te sobre minha •
alma de África, • E nada mais perguntes,
• nos gemidos dos negros no cais • se é que me queres conhecer...
• nos batuques frenéticos dos • Que não sou mais que um
muchopes búzio de carne,
• na rebeldia dos machanganas • onde a revolta de África
• na estranha melancolia se congelou
evolando • seu grito inchado de esperança.
• duma canção nativa, noite
• DEIXA PASSAR O MEU POVO
• Noite morna de Moçambique
• e sons longínquos de marimbas chegam até mim
• _ certos e constantes _
• vindos não sei eu donde.
• Em minha casa de madeira e zinco,
• abro o rádio
• *
• e deixo-me embalar...
• Mas vozes da América remexem-me a alma e os nervos.
• E Robeson e Marian cantam para mim
• spirituals negros de Harlém.
• “Let my people go”
• _ oh deixa passar o meu povo,
• deixa passar o meu povo! _
• dizem.
• E eu abro os olhos e já não posso dormir.
• Dentro de mim soam-me Anderson e Paul
• e não são doces vozes de embalo.
• “Let my people go”!
• Nervosamente,
• eu sento-me à mesa e escrevo...
• Dentro de mim,
• deixa passar o meu povo,
• “oh let my people go...”
• E já não sou mais que instrumento
• do meu sangue em turbilhão
• com Marian me ajudando
• com sua voz profunda _ minha irmã!
• Escrevo...
• Na minha mesa, vultos familiares se vêm debruçar.
• Minha Mãe de mãos rudes e rosto cansado
• e revoltas, dores, humilhações,
• tatuando de negro o virgem papel branco.
• E Paulo, que não conheço,
• mas é do mesmo sangue e da mesma seiva amada de
Moçambique,
• e misérias, janelas gradeadas, adeuses de magaíças,
• algodoais, o meu inesquecível companheiro branco
• E Zé _ meu irmão _ e Saúl,
• e tu, Amigo de doce olhar azul,
• pegando na minha mão e me obrigando a escrever
• com o fel que me vem da revolta.
• Todos se vêm debruçar sobre o meu ombro,
• enquanto escrevo, noite adiante,
• com Marian e Robeson vigiando pelo olho luminoso do rádio
• _ “ let my people go,
• oh let my people go!”
• E enquanto me vierem do Harlém
• vozes de lamentação
• e meus vultos familiares me visitarem
• em longas noites de insônia,
• não poderei deixar-me embalar pela música fútil
• das valsas de Strauss.
• Escreverei, escreverei,
• com Robeson e Marian gritando comigo:
• Let my people go,
• OH DEIXA PASSAR O MEU POVO!
• NEGRA
• Gentes estranhas com seus olhos cheios doutros mundos
quiseram cantar teus encantos
para elas só de mistérios profundos,
de delírios e feitiçarias...
Teus encantos profundos de Africa.
E ainda bem.
Ainda bem que nos deixaram a nós,
do mesmo sangue, mesmos nervos, carne, alma,
sofrimento,
a glória única e sentida de te cantar
com emoção verdadeira e radical,
a glória comovida de te cantar, toda amassada,
moldada, vazada nesta sílaba imensa e luminosa: MÃE
• A poesia de José Craveirinha
• J. Craveirinha nasceu no bairro da Mafalala em Maputo em 28 de
Maio de 1922.
• Trabalhou como jornalista, passando pelo Notícia, O Brado Africano,
A Tribuna, Notícia da Beira, O Jornal e Voz de Moçambique.
• Prémio Camões (1991) e outros.
• Primeiro presidente da Associação dos Escritores Moçambicanos
(AEMO).
• Poeta nacional moçambicano.
• Obras:
• Chigubo (1964), ed. CEI, Xigubo (1980).
• Cantico a un dio de catrame (1966).
• Karingana ua Karingana (1974), 2ª ed. (1982);
• Cela 1 (1980).
• Maria (1988)
• Temas:
• Dominação colonial,
• identidade nacional,
• lirismo amoroso ou irónico.
Elementos e recursos típicos:
Estrofes de grande dimensão; Dramatização; poder
declamatório; exclamação; interjeição; frases dialogais;
estrutura enumerativa; contínua; repetição; redundância;
paralelismo; anáfora múltiplas; intensidade panagírica; modos
verbais imperativos e exortativos; tom polémico e agressivo;
verbos ser, ter, dizer na 1ª pessoa do indicativo.
Características gerais:
Neo-realismo; narratividade; adjectivação luxuriante; ironia;
elementos surrealizantes; Negritude; moçambicanidade.
• “Manifesto”
• Oh!
•
Meus belos e curtos cabelos crespos
e meus olhos negros como insurrectas
grandes luas de pasmo na noite mais bela
das mais belas noites inesquecíveis das terras do Zambeze.
• Como pássaros desconfiados
incorruptos voando com estrelas nas asas meus olhos
enormes de pesadelos e fantasmas estranhos motorizados
e minhas maravilhosas mãos escuras raízes do cosmos
nostálgicas de novos ritos de iniciação
dura da velha rota das canoas das tribos
e belas como carvões de micaias
na noite das quizumbas.
• E a minha boca de lábios túmidos
cheios da bela virilidade ímpia de negro
mordendo a nudez lúbrica de um pão
ao som da orgia dos insectos urbanos
apodrecendo na manhã nova
cantando a cega-rega inútil das cigarras obesas.
• Oh! E meus belos dentes brancos de marfim espoliado
puros brilhando na minha negra reencarnada face altiva
e no ventre maternal dos campos da nossa indisfrutada colheita
de milho
o cálido encantamento selvagem da minha pele tropical.
• Ah! E meu
corpo flexível como o relâmpago fatal da flecha de caça
e meus ombros lisos de negro da Guiné
e meus músculos tensos e brunidos ao sol das colheitas e da carga
e na capulana austral de um céu intangível
os búzios de gente soprando os velhos sons cabalísticos de
África.
• Hino à minha terra
• O sangue dos nomes
• é o sangue dos homens.
• Suga-o tu também se és capaz
• tu que não nos amas.
• Amanhece
• sobre as cidades do futuro.
• E uma saudade cresce no nome das coisas
• e digo Metengobalame e Macomia
• e é Metengobalame a cálida palavra
• que os negros inventaram
• e não outra coisa Macomia.
• E grito Inhamússua, Mutamba, Massangulo!!!
• E torno a gritar Inhamússua, Mutamba, Massangulo!!!
• E outros nomes da minha terra
• afluem doces e altivos na memória filial
• e na exacta pronúncia desnudo-lhes a beleza.
• Chulamáti! Manhoca! Chinhambanine!
• Morrumbala, Namaponda e Namarroi
• e o vento a agitar sensualmente as folhas dos canhoeiros
• eu grito Angoche, Marrupa, Michafutene e Zóbuè
• e apanho as sementes do cutlho e a raíz da txumbula
• e mergulho as mãos na terra fresca de Zitundo.
• Oh, as belas terras do meu áfrico País
• e os belos animais astutos
• ágeis e fortes dos matos do meu País
• e os belos rios e os belos lagos e os belos peixes
• e as belas aves dos céus do meu país
• e todos os nomes que eu amo belos na língua ronga
• macua, suaíli, changana,
• xitsua e bitonga
• dos negros de Camunguine, Zavala, Meponda, Chissibuca
• Zongoene, Ribáuè e Mossuril.
• – Quissimajulo! Quissimajulo! – gritamos
• nossas bocas autenticadas no hausto da terra.
• – Aruángua! – Responde a voz dos ventos na cúpula das micaias.
• Ao tantã do tambor
• o leopardo traiçoeiro fugiu.
• E na noite de assombrações
• brilham alucinados de vermelho
• os olhos dos homens e brilha ainda
• mais o fio azul do aço das catanas.
• Dum-dum!
• Tantã!
• E negro Maiela
• músculos tensos na azagaia rubra
• salta o fogo da fogueira amarela
• e dança as danças do tempo da guerra
• das velhas tribos da margem do rio.
• E a noite desflorada
• abre o sexo ao orgasmo do tambor
• e a planície arde todas as luas cheias
• no feitiço viril da insuperstição das catanas.
• Tantã!
• E os negros dançam ao ritmo da Lua Nova
• rangem os dentes na volúpia do xigubo
• e provam o aço ardente das catanas ferozes
• na carne sangrenta da micaia grande.
• E as vozes rasgam o silêncio da terra
• enquanto os pés batem
• enquanto os tambores batem
• e enquanto a planície vibra os ecos milenários
• aqui outra vez os homens desta terra
• dançam as danças do tempo da guerra
• das velhas tribos juntas na margem do rio.
• GRITO NEGRO
• Eu sou carvão!
E tu arrancas-me brutalmente do chão
e fazes-me tua mina, patrão.
Eu sou carvão!
E tu acendes-me, patrão,
para te servir eternamente como força motriz
mas eternamente não, patrão.
Eu sou carvão
e tenho que arder sim;
queimar tudo com a força da minha combustão.
• Eu sou carvão;
tenho que arder na exploração
arder até às cinzas da maldição
arder vivo como alcatrão, meu irmão,
até não ser mais a tua mina, patrão.
Eu sou carvão.
Tenho que arder
Queimar tudo com o fogo da minha combustão.
Sim!
Eu sou o teu carvão, patrão.
• Narrativa Moçambicana da década de 60 e a poesia da FRELIMO
• Arranque decisivo da literatura moçambicana como instituição e sistema
literário regular. Marcas:
• A) Produção de textos de um nacionalismo pan-africanista de herança
de tendência neo-realista, negritudinista: José Craverinha, Orlando
Mendes, Rui Nogar, Luís Bernardo Honwana;
• B) Produção de textos de herança fundamentalmente lusófona e
anglófona, tendo como padrão estético as grandes obras da literatura
universal, desde a antiguidade: Rui Knopfli, Eugénio Lisboa, João
Pedro Grabado Dias, Maria de Lourdes Cortez;
• C) Produção de texto e sua publicação, foram de Portugal e das
Colônias, de temática guerrilheira, quase só de poesia.
• Nós matamos o cão tinhoso (1964)
• Estabeleceu um novo paradigma para o texto narrativo moçambicano.
• Os contos revelam as forças produtivas em jogo, as relações sociais, a
organização do Estado Colonial, através dos seus tentáculos
autoritário e administrativo, as instituições do seu aparelho ideológico
e aspectos da consciência social e de classe a que as personagens dão
corpo.
• No conto “Dina”, encontramos os temas da rudeza do
trabalho rural, do sofrimento do trabalhador sujeito a uma
disciplina desumana, da arrogância do branco em relação ao
negro, da impotência perante o opressor, da prostituição
como forma de sobrevivência, da incompreensão e da
alienação, os quais realçam as configurações mais salientes
de um espaço social violentado.
• Os demais contos mostram também situações concretas de
exploração, humilhação e racismo, comportando, assim, uma
perspectiva crítica e desmistificadora, típica da chamada
literatura comprometida.
• Semelhante problemática ocupa a atenção do enunciador do conto
“PAPÁ, COBRA E EU”, no qual está retratado o quotidiano de uma
família africana, com destaque para as tensões, como a relacionada à
língua utilizada e à humilhação à qual os negros têm de se sujeitar
perante o explorador branco.
• A humilhação baseada na cor da pele é tematizada também em “AS
MÃOS DOS PRETOS”, cujo protagonista, aborda a impotência dos
negros perante os argumentos aparentemente inabaláveis dos colonos
sobre a segregação racial.
• O último conto, “NHINGUITIMO”, evolui para a revolta, entendida
como meio de romper com a colonização, e faz uma crítica ao
comodismo dos negros assimilados, em favor da esperança na
construção de uma sociedade diferente.
• Portagem, de Orlando Mendes - considerado o primeiro
romance moçambicano. protagonista: João Xilim
• A acção decorre em vários espaços, tanto rurais como
urbanos, para mostrar a inadaptação do protagonista, o
mulato João Xilim, que, oscilando entre os valores dos
contextos europeu e moçambicano, termina por
reencontrar-se no seu destino de africano. Ao longo do seu
percurso existencial, a personagem central é confrontada
com situações que tematizam a marginalização de João
Xilim, tanto no plano profissional, como no plano afectivo.
• Da condição de emigrado nas minas da África do Sul até à de
ajudante numa oficina gráfica, o protagonista exerce empregos
precários (marinheiro, capataz, tipógrafo e pescador), passando
pela actividade de contrabandista e pela situação de recluso
devido a uma tentativa de homicídio. Todos os acontecimentos
apontam para a subalternidade dos negros e dos mulatos numa
sociedade conotada pela exploração, pela assimilação e pelo
racismo. O universo das personagens com as quais o protagonista
convive ou que enfrenta é outra marca da condição de
inferioridade à qual está condenado o africano.
• NAMPIALI • verde carmim azul e violeta
• • enchem os nossos olhos
• Verde carmim azul e violeta •
• e nós • É já o por do sol
• marchando no planalto •
• • Vamos marchando
• Em baixo • e as vozes vão cantando
• o vale •
• e as machambas de Nachinhoco • “somos soldados
• • da FRELIMOOO...”
• Mais longe •
• nas encostas do Nampiali
• as árvores
• Verde carmim azul e violeta • “Decididos
• e nós • Nós lutaremos...”
• marchando no planalto • Nós
• seguindo sempre para além • marchando no planalto
• • seguindo para além
• verde carmim azul e violeta •
• Aqui os portugueses foram esmagados • e sempre nos nossos olhos
• Aqui os portugueses não voltarão • as cores suaves e doces
• Agora nascem os campos de produção • de verde carmim azul e violeta
• • na paisagem quente
• Nós • da terra livre de Moçambique.
• marchando no planalto • Marcelino dos Santos
• seguindo sempre para a frente
• e as vozes cantando