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Economia

Industrial e da
Regulação
Introdução

Diogo Lourenço
2020/2021

IMP.GE.193.0
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1. Introdução

1. Introdução
1.1. Definição de Economia Industrial
1.2. Exemplos
1.3. Questões Centrais da Economia Industrial
1.4. O Papel das Políticas Governamentais
1.5. Paradigma da Economia Industrial

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1.1. Definição de Economia Industrial

• O que é a Economia Industrial? (Participação)


• O conceito remete para a palavra “indústria”, que associamos ao sector
secundário.
• Poderíamos então pensar que esta unidade curricular estudaria o
sector secundário.
• No entanto, a palavra “indústria” é polissémica.
• Em particular, no inglês, “industry” significa também qualquer atividade
económica de grande escala – qualquer mercado (ex. Construction
Industry).
• É neste sentido que a palavra deve ser interpretada em Economia
Industrial.

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1.1. Definição de Economia Industrial

• Algumas das questões que vamos trabalhar na Unidade Curricular:


• Como comparar diferentes mercados, do ponto de vista da sua
concentração?
• Como antever as reações das empresas quando têm poder de
mercado?
• Qual o comportamento de um monopolista, na presença de potenciais
entrantes no mercado?
• Valerá a pena a uma empresa tentar fundir-se com outra?
• Como será o comportamento das empresas quando produzem
produtos que são apenas parcialmente substitutos?
• Etc… etc…

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1.1. Definição de Economia Industrial

• A Economia Industrial é um ramo da Economia ligado à Microeconomia.


• Explora as formas mais diversas do estudo de mercado, para além da
concorrência perfeita e do monopólio – estudadas em Microeconomia.
• Bases, sobretudo de AMM, são necessárias para a unidade curricular.

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1.1. Definição de Economia Industrial

• A Economia Industrial também se preocupa com a intervenção estatal –


Regulação dos mercados.
• Poder de mercado por parte de uma empresa pode inibir a inovação, a
concorrência etc., e não ser o óptimo para a sociedade.
• A compreensão dos fenómenos de mercado ajudam a regulação.

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1.2. Exemplos

1) Indústria Farmacêutica

• 1º problema: Definição do Mercado


• Existe Poder de Mercado?
• Existe Abuso do Poder de Mercado?

• Argumentos da Indústria Farmacêutica:


• I&D
• Posição dominante temporária
• Eficiência Dinâmica

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1.2. Exemplos

• 2º problema: Políticas Governamentais


• (Eficiência Estática vs Eficiência Dinâmica)
• Direito de Patente
• Aprovação de Novos Medicamentos
• Tratamento legal dado aos genéricos

• 3º problema: Publicidade
• O rácio publicidade/receitas excede muitas vezes os 20%, por vezes
superior às despesas com I&D!
• Categoria de profissionais dedicados a publicitar os produtos
farmacêuticos.

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1.2. Exemplos

2) Transporte Aéreo

• Desde 1946 (Acordo das Bermudas) - acordos Bilaterais:


• Apenas companhias aéreas nacionais;
• Divisão equitativa das quotas de mercado (nº de voos);
• Tarifas comuns.

• EUA (1979): liberalizaram o mercado interno do Transporte aéreo (“open skies


policy”)
• Permissão a qualquer companhia aérea de estabelecer ligações aéreas
dentro dos EUA

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1.2. Exemplos

• Consequências:
• Aumento significativo do nº de companhias de aviação (muitas
pequenas empresas regionais)
• As grandes companhias aumentaram o nº de ligações oferecidas
• Redução de Preços

• No entanto, a partir de meados dos anos 80 - 2º “choque”, mas de sentido


inverso:
• Processo de Consolidação
• Falências
• Fusões e Aquisições
• Elevadas Taxas de Desemprego

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1.2. Exemplos

Situação na Europa

• Década de 80:
• Tarifas cerca de 50% superiores às dos EUA (ineficiência)

• Início da década de 90:


• Início do processo de liberalização do mercado europeu do transporte
aéreo com remoção progressiva das medidas restritivas do Acordo das
Bermudas
• Impacto elevado (elevada elasticidade preço da procura)

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1.3. Questões centrais da Economia Industrial

a) Existe Poder de Mercado?

b) Quais as Consequências do Poder de Mercado?

c) Que pode o Estado fazer para evitar as consequências negativas do Poder de


Mercado?

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1.3. Questões Centrais da Economia Industrial

• Uma questão essencial para a Economia Industrial é saber se as empresas


detêm poder de mercado.
• O que é o poder de mercado? (Participação)
• O poder de mercado é a capacidade de afectar (lucrativamente) o
preço de um determinado mercado através do controlo da oferta e da
procura.
• Qual então o poder de mercado quando a estrutura de mercado é de
concorrência perfeita? E de Monopólio? (Participação)

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1.3. Questões Centrais da Economia Industrial

• 1 – Existe poder de mercado?


• Quanto maior o poder de mercado, tipicamente menor será a eficiência.
• Pelo primeiro teorema fundamental da economia do bem-estar,
não existindo poder de mercado (entre outras condições), o
equilíbrio atingido é eficiente.

• Assim, torna-se importante medir o poder de mercado existente numa


determinada indústria.

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1.3. Questões Centrais da Economia Industrial

• Uma forma simples de medir o poder de mercado global é através da metodologia


de Harberger.
• Esta baseia-se simplesmente na análise do triângulo de ineficiência de um
determinado mercado.
• Ficamos com uma medida absoluta do poder de mercado para um determinado
mercado.
• Quanto maior o triângulo de ineficiência, maior o poder de mercado global das
empresas.
• Exemplo: Num mercado com a procura inversa de P = 100 – Q; Custo marginal
de produção = 20, qual o valor do triângulo de ineficiência?
a) Em monopólio
b) Em concorrência perfeita

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1.3. Questões Centrais da Economia Industrial

• Outra forma de medir o poder de mercado é através do índice de Lerner.


• Este índice mede o poder de mercado de cada empresa ou setor.
• Funciona bem em monopólio – global = individual e quando existem custos
marginais positivos.
• 𝛼=(𝑃−𝐶𝑚𝑔)/𝑃
• Mostra quanto é que a empresa consegue marcar o seu preço acima do custo
marginal.
• Quanto maior o índice de Lerner, maior o poder de mercado da empresa. Este
varia entre 0 e 1.

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1.3. Questões Centrais da Economia Industrial

• Como sabemos, em concorrência perfeita, Preço=Custo Marginal, pelo que o


poder de mercado de cada empresa é zero.
• O índice de Lerner pode ser também calculado com base na elasticidade-preço
da procura individual da empresa.
• 𝛼=1/|𝜀|
• Onde 𝜀 é a elasticidade individual da empresa no ponto de equilíbrio.
• (Participação) – Por que motivo o poder de mercado duma empresa em
concorrência perfeita é igual a zero?

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1.3. Questões Centrais da Economia Industrial

• Metodologia de Hall:

• Estimar diretamente o valor do custo marginal e comparar com o preço


praticado.

• Atenção: O estudo deve ser feito por setor da Atividade Económica e não para a
Economia do país como um todo!

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1.3. Questões Centrais da Economia Industrial

• 2 – Quais as consequências da existência de Poder de Mercado?


• Segundo a análise de Harberger, temos três consequências
importantes.
• Transferência de recursos para outras áreas da economia – Área A
• Transferência de excedente do consumidor para o produtor – Área B
• Perda de excedente – Ineficiência – Área C
• Todas estas áreas aumentam com o poder de mercado existente.

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1.3. Questões Centrais da Economia Industrial

• No entanto, a análise da variação de bem-estar promovida por Harberger tem


muitas limitações e pormenores a ter em conta.
• Não devemos considerar apenas os valores do triângulo...
• O que há de relevante para realçar? (Participação)
• 1º - Efeitos Sociais.
• A transferência que existe entre o Excedente de consumidor e o
Excedente do produtor (área B) pode ser dos mais pobres para os mais
ricos, o que corresponderia a problemas adicionais do ponto de vista da
equidade.
• Além disso, os bens não têm todos a mesma importância relativa.

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1.3. Questões Centrais da Economia Industrial

• 2º - Custos de monopólio – Poder de mercado


• Associado ao monopólio está uma série de custos que nem sempre
são eficientes para a economia – associados à manutenção deste
privilégio. Que exemplos? (Participação)
• Gastos em publicidade exagerada
• Gastos em capacidade exagerada (muitas marcas, muitos
estabelecimentos)
• Uma parte da área B poderá estar destinada a estes custos.
• 3º - Eficiência produtiva – Monopólio Natural
• Há por vezes mercado que são considerados monopólios naturais, i.e.,
em que o monopólio é um mal menor.
• Devido à existência de grandes custos fixos – e consequentemente, de
economias de escala – pode ser eficiente a existência de apenas uma
empresa.

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1.3. Questões Centrais da Economia Industrial

• Que exemplos de mercados com poder natural? (Participação)


• Caminhos-de-ferro
• Empresas de água e eletricidade
• Indústria farmacêutica.
• Podemos imaginar a ineficiência resultante da existência de um número elevado
destas empresas…
• Na presença de custos fixos (que existem sempre, com menor ou maior escala)
temos um trade-off entre o triângulo de ineficiência e os custos fixos.
• No nosso exemplo, basta introduzir um custo fixo para entrar no mercado de 1000
u.m. para provar como a solução de monopólio acaba por ser a mais eficiente.

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1.3. Questões Centrais da Economia Industrial

• 4º – Eficiência Dinâmica
• A análise efectuada não considera a eficiência dinâmica – ou seja – o
que poderá acontecer nos períodos seguintes.
• Há questões importantes, como as inovações tecnológicas, que devem
ser tomadas em conta.
• Há desvantagens para a eficiência dinâmica provenientes da
concorrência perfeita, já que para investir é necessária uma
determinada dimensão, que as empresas em concorrência perfeita não
obtêm.
• A existência de poder de mercado pode ser também favorável como
forma das empresas obterem incentivos para inovar.

• 5 º - Ineficiência X
• Em certas circunstâncias, as barreiras à entrada protegem a empresa
da concorrência potencial.
• Há menos pressão para a eficiência.
• “The best of all monopoly profits is the quiet life.” (J. Hicks)

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1.4. O Papel das Políticas Governamentais

• 3 – Que pode o Estado fazer para remediar situações de ineficiência?


(Participação)
• Os instrumentos de intervenção do Estado dividem-se em
• Política de Concorrência.
• Política Industrial.

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1.4. O Papel das Políticas Governamentais

• Política da Concorrência
• Regulada pela Lei 19/2012, de 8 de Maio – Promoção e defesa da
concorrência. – Lei 66/2013 de 27 de Dezembro – Práticas restritivas
de Comércio.
• Define legalmente as medidas a tomar em caso de:
• Abuso de poder de mercado por parte de algumas empresas.
• (http://www.dinheirovivo.pt/Empresas/interior.aspx?
content_id=4681539)
• Existência de fusões/aquisições que possam danificar a
concorrência existente no mercado.
• (http://www.publico.pt/economia/noticia/sem-surpresas-
concorrencia-aprova-fusao-zonoptimus-1604035)

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1.4. O Papel das Políticas Governamentais

• Fiscalizações de acordos entre empresas, ou a existência de


conluio.
• http://www.concorrencia.pt/vPT/Noticias_Eventos/
Comunicados/Paginas/Comunicado_AdC_200510.aspx

• Visto que qualquer uma destas actividades pode reduzir a concorrência de forma
leal, o Estado está autorizado a intervir desta forma, em nome da eficiência.

• Algumas destas actividades serão estudadas de forma teórica na unidade


curricular.

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1.4. O Papel das Políticas Governamentais

• Política Industrial
• O Estado poderá também intervir nos mercados de forma directa,
apoiando a inovação e a competitividade de forma activa, e não
proibitiva.
• Apoio governamental a determinadas empresas e sectores
• Subsídios, facilidades de impostos, apoios à contratação.
• Incentivos à inovação
• Subsídios à inovação e à investigação e desenvolvimento.

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1.5. O Paradigma da Economia Industrial

• Como ponto de partida para a análise de um determinado mercado em Economia


Industrial, utiliza-se frequentemente o paradigma SCP.
• Paradigma SCP – Structure-Conduct-Performance
• Apareceu por volta da década de 30.
• A ideia base é caracterizar cada indústria pela sua Estrutura, pela Conduta das
suas empresas e pelos Resultados que se verificam.

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1.5. O Paradigma da Economia Industrial

• O que é cada um destes componentes?


• Estrutura – Conjunto de características relativamente estáveis do
mercado que afetam o comportamento das empresas que dele fazem
parte:
• Ex. Número de compradores e vendedores
• Barreiras à entrada
• Natureza do produto ou do serviço
• Grau de informação dos compradores e vendedores
• Mobilidade dos agentes do mercado e do bem.

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1.5. O Paradigma da Economia Industrial

• Conduta do mercado:
• Ações, decisões e políticas das empresas quando interagem no
mercado
• Ex. Gastos em I&D e Publicidade
• Política de Preços
• Políticas de “conluio”.

• Resultados:
• Resultados da existência do mercado
• Ex. Lucros
• Cresimento
• Qualidade e quantidade dos produtos vendidos
• Quotas de mercado
• Índices de análise do mercado.

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1.5. O Paradigma da Economia Industrial

• Estes 3 elementos estão naturalmente ligados entre si através de relações de


interdependência (Nova Economia Industrial).

• Para além destas relações, outros choques externos – exógenos ao mercado


provocam mudanças.

• Exemplo: Legislação favorável a determinado produto.

• Intervenção da Autoridade da Concorrência ou da ASAE.

• Através de um caso prático, podemos tentar identificar as 3 componentes deste


paradigma.

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1.5. O Paradigma da Economia Industrial

• Retirado do Diário de Notícias, 10/08/2012


• “O governo determinou que as corretoras tenham uma dimensão
mínima como condição para a passagem a sociedades financeiras de
corretagem.
• Como resultado desta alteração legislativa, tem-se verificado uma
autêntica “guerra de preços” entre as corretoras com vista à obtenção
de quotas de mercado, chegando mesmo a praticar taxas zero de
corretagem.
• Esta mudança na conduta tem naturalmente um efeito negativo na
rentabilidade das empresas. É neste quadro que se encara já como
inevitável a ruptura financeira de algumas das 18 sociedades que
atuam no mercado, naturalmente selectivo (…). A grande solução
apontada para as corretoras passa pela sua fusão como única forma de
sobreviver.”

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1.5. O Paradigma da Economia Industrial

• Estrutura
• O governo determinou que as corretoras tenham uma dimensão
mínima como condição para a passagem a sociedades financeiras de
corretagem.
• Como resultado desta alteração legislativa, tem-se verificado uma
autêntica “guerra de preços” entre as corretoras com vista à obtenção
de quotas de mercado, chegando mesmo a praticar taxas zero de
corretagem.
• Esta mudança na conduta tem naturalmente um efeito negativo na
rentabilidade das empresas. É neste quadro que se encara já como
inevitável a ruptura financeira de algumas das 18 sociedades que
actuam no mercado, naturalmente selectivo (…). A grande solução
apontada para as corretoras passa pela sua fusão como única forma de
conseguirem sobreviver.

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1.5. O Paradigma da Economia Industrial

• Conduta
• O governo determinou que as corretoras tenham uma dimensão
mínima como condição para a passagem a sociedades financeiras de
corretagem.
• Como resultado desta alteração legislativa, tem-se verificado uma
autêntica “guerra de preços” entre as corretoras com vista à
obtenção de quotas de mercado, chegando mesmo a praticar taxas
zero de corretagem.
• Esta mudança na conduta tem naturalmente um efeito negativo na
rentabilidade das empresas. É neste quadro que se encara já como
inevitável a ruptura financeira de algumas das 18 sociedades que
atuam no mercado, naturalmente selectivo (…). A grande solução
apontada para as corretoras passa pela sua fusão como única forma
de conseguirem sobreviver.

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1.5. O Paradigma da Economia Industrial

• Resultados
• O governo determinou que as corretoras tenham uma dimensão
mínima como condição para a passagem a sociedades financeiras de
corretagem.
• Como resultado desta alteração legislativa, tem-se verificado uma
autêntica “guerra de preços” entre as corretoras com vista à obtenção
de quotas de mercado, chegando mesmo a praticar taxas zero de
corretagem.
• Esta mudança na conduta tem naturalmente um efeito negativo na
rentabilidade das empresas. É neste quadro que se encara já como
inevitável a ruptura financeira de algumas das 18 sociedades que
atuam no mercado, naturalmente selectivo (…). A grande solução
apontada para as corretoras passa pela sua fusão como única forma de
conseguirem sobreviver.

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1.5. O Paradigma da Economia Industrial

• E porque não identificar os factores exógenos?


• O governo determinou que as corretoras tenham uma dimensão
mínima como condição para a passagem a sociedades financeiras de
corretagem.
• Como resultado desta alteração legislativa, tem-se verificado uma
autêntica “guerra de preços” entre as corretoras com vista à obtenção
de quotas de mercado, chegando mesmo a praticar taxas zero de
corretagem.
• Esta mudança na conduta tem naturalmente um efeito negativo na
rentabilidade das empresas. É neste quadro que se encara já como
inevitável a ruptura financeira de algumas das 18 sociedades que
atuam no mercado, naturalmente selectivo (…). A grande solução
apontada para as corretoras passa pela sua fusão como única forma de
conseguirem sobreviver.

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1.5. O Paradigma da Economia Industrial

• Outro exemplo:

“A Companhia Aveirense de Componentes e a Renault contam com a ajuda do


Estado para a expansão da capacidade produtiva da empresa nacional, e
consequente aumento do emprego na região. O Conselho de Ministros aprovou um
projeto de investimento entre o Estado Português, a Renault SA, a Renault Nissan
Portugal e a Companhia Aveirense de Componentes para a Indústria Automóvel,
tendo em vista a expansão e modernização da unidade fabril desta última. A empresa
pode assim consolidar-se no mercado dos componentes mecânicos e desenvolver
novos produtos, quer para a Renault quer para a Nissan. O investimento total ronda
os 87 milhões de euros. No ano de cruzeiro o valor de vendas acumulado deverá
chegar aos 270,6 milhões de euros, estima-se, e serão criados 251 postos de
trabalho, além da manutenção dos 736 existentes.”

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1.5. O Paradigma da Economia Industrial

• Exercício: uma estrutura implica sempre condutas semelhantes? Condutas


semelhantes implicam sempre desempenhos semelhantes?

• Caso do monopólio, da concorrência perfeita, do monopólio natural (vide acima).

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1.5. O Paradigma da Economia Industrial

• Ao longo da UC vamos aprofundar a forma de olhar para as diferentes estruturas,


condutas e resultados que se podem verificar num determinado mercado.

• Começamos pela análise de uma modalidade da estrutura –


concentração – e verificamos de que forma é que esta influi na
conduta e nos resultados. (Capítulo 2)
• Depois, focamo-nos na conduta através do estudo do comportamento
das empresas quando são colocadas em diversas estruturas relevantes
para a análise económica, e analisamos os respectivos resultados
(Capítulo 3 e 4).

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