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ÓLEO DE COZINHA:

CUIDADOS E
DESCARTE CORRETO
O óleo de cozinha é uma
Os óleos e gorduras são
gordura vegetal, animal
substâncias insolúveis
ou sintética usada na
em água (hidrofóbicas),
fritura, panificação e
de origem animal ou
outros tipos de culinária.
Também é usado na
O que se vegetal, formados pré-
dominantemente por
Conceito: preparação de alimentos
e aromatizantes que não
entende por ésteres de
envolvem calor, como óleo? triacilgliceróis, produtos
resultantes da
molhos para salada e
esterificação entre o
molhos para pão, e pode
glicerol e ácidos graxos
ser chamado de óleo
(30).
comestível.
O óleo de cozinha, e de forma mais
Qual a classificação do abrangente, os OGRs são
considerados resíduos Classe II B pela
óleo de cozinha? NBR 10.004/04, sendo seu código
nessa norma o A099 (ABNT, 2004).

O óleo vegetal, que dá origem aos


óleos de cozinha, pode ser obtido de
várias plantas ou sementes, como o
Qual e a composição do buriti, mamona, soja, canola, girassol,
óleo de cozinha? milho, etc. Sua constituição química é
composta por triglicerídeos, que são
formados da condensação entre
glicerol e ácidos graxos.
Os tipos de óleo:
• De modo geral, os óleos são constituídos de substâncias insolúveis em água, em sua maioria compostos
orgânicos que pertencem ao grupo dos lipídios;
• Os óleos costumam ser classificados em minerais, sintéticos, vegetais e gordura animal, e cada um deles
tem subcategorias específicas para cada tipo de uso. São utilizados para cozinhar (óleo vegetal, azeite e
gorduras), em oficinas (óleos lubrificantes), na produção de diversos produtos, entre outros;
• Os óleos e as gorduras são triglicerídeos formados pela união de três moléculas de ácidos graxos e uma
molécula de glicerol. Quimicamente falando, eles se diferem pelos seus radicais, sendo o primeiro
insaturado (tem ligação dupla entre carbonos) e o segundo saturado (tem apenas ligações simples entre os
carbonos);
• Os óleos de cozinha mais utilizados são os óleos virgens e extra virgens (azeites), óleos vegetais (soja,
milho, girassol, linhaça, canola) e gordura animal (manteiga e banha de porco) que se diferem pelos
processos de extração e purificação dos óleos vegetais.
Impactos:

O esgoto contaminado com o descarte do óleo de cozinha usado chega às Estações de


Tratamento de Esgoto (ETEs), que irão separá-lo da água e tratá-lo para que a água possa ser
novamente despejada nos mananciais, como rios e lagos. O tratamento realizado nas ETEs
não é feito com o esgoto total, mas apenas com cerca de 68%, o que significa que o óleo
acaba chegando aos mananciais aquáticos.

Além disso, o custo desse tratamento é alto, correspondendo a cerca de 20% do custo com o
tratamento do esgoto, visto que o óleo é menos denso que a água, ele fica na superfície dos
rios e lagos, impedindo a entrada de luz e oxigênio. Isso causa a morte de várias espécies
aquáticas, como o fitoplâncton (algas microscópicas que vivem em rios e mares e que
produzem oxigênio) que depende da luz para desenvolver-se e sobreviver.

Isso pode trazer consequências sérias, pois o fitoplâncton está na base da cadeia alimentar
dos ecossistemas aquáticos, servindo de alimento para organismos maiores que também
poderão morrer. Além disso, acredita-se que eles produzam cerca de 98% do oxigênio da
atmosfera terrestre.
Impactos no solo:

•Na terra, o resíduo causa a impermeabilização do solo, impedindo a infiltração


da água. Isso destrói a vegetação e colabora para o aumento de enchentes.
Além disso, ao passar pelo processo de decomposição, gera formação de gás
metano, que causa mau cheiro e é um dos gases do aquecimento global.
Impactos na rede de esgoto:

Ao ser descartado em pias ou vasos sanitários, o óleo acaba se solidificando nas tubulações,
causando entupimentos e extravasamentos de esgoto tanto nas vias públicas quanto dentro
das residências.

Impactos nos mananciais de água:

Já em situações em que não existe um sistema de tratamento de esgoto, o óleo se espalha


pela superfície dos rios e represas, aumentando o processo de eutrofização, redução de
oxigênio nos corpos d’água devido ao acúmulo de matéria orgânica presente. Isso acaba
contaminando a água e prejudicando a vida de espécies que habitam nesses locais.

De acordo com a Associação Brasileira das Indústrias de Óleo (Abiove), um litro de óleo pode
contaminar até 25 mil litros de água, já que suas substâncias não se dissolvem na água. Cabe
ressaltar que a Lei de Crimes Ambientais especifica que o lançamento de resíduos, óleo ou
substâncias oleosas no esgoto pode gerar sanções.
As 5 formas corretas para fazer o descarte do óleo:

Além da conscientização, a reciclagem como prática sustentável deve ser o principal


procedimento utilizado.

Filtre o óleo depois de usá-lo:

Ao utilizar o óleo para frituras, é necessário filtrá-lo assim que ele esfriar — sobretudo se for
em frituras que deixam restos de comida.

Armazenar em garrafas PETs:

Após utilizar o óleo de fritura, resfriá-lo e filtrá-lo, armazene-o em uma garrafa PET. Essa
atitude reduz os riscos de entupimento de tubulações e conserva o óleo para que ele seja
encaminhado para reciclagem. Existem muitas empresas e ONGs especializadas nesse tipo de
coleta seletiva, que utilizam o resíduo para produção de biodiesel, tintas a óleo, entre outros
produtos.
Realize o descarte correto:

Junte o máximo de óleo que conseguir e coloque-o em um recipiente com tampa, uma
garrafa PET, por exemplo. Procure o ponto de coleta mais próximo, caso contrário, coloque a
garrafa junto do lixo para ser coletado. Assim, os riscos de contaminação dos solos e dos
recursos hídricos são reduzidos.

Recicle o óleo:

Uma das grandes utilidades do óleo usado é a reutilização para fazer biodiesel, lubrificantes,
entre outros produtos. Sem dúvidas, a reciclagem no Brasil é algo que deve ser incentivado
constantemente, e esse é o melhor destino dado para o óleo após o seu uso.

Os 3 pontos de atenção para descarte de óleo:

Todos os tipos de óleos apresentados anteriormente não podem ter como destino pias,
bueiros, sanitários ou ralos, porque quando descartados inadequadamente, provocam
grandes impactos ambientais e sociais.
Logística reversa:

O Conselho Nacional do Meio Ambiente (CONAMA), mediante diversas resoluções,


determina que empresas recolham e destinem corretamente óleos e demais produtos
químicos que possam causar danos ao meio ambiente. Esses agentes recolhem o produto
utilizado para que ele não passe pelo processo de “rerrefino”.
Referências:

 https://blog.brkambiental.com.br

 http://riconsciente.com

 https://www.casapraticaqualita.com.br/noticia/oleo-para-fritura-pode-ser-reutilizado-
nutricionista-esclarece-a-duvida_a3085/1

 https://brasilescola.uol.com.br/quimica/oleo-cozinha-usado-meio-ambiente.htm

 https://www.reciclasampa.com.br/artigo/brasil-descarta-incorretamente-1-bilhao-de-
litros-de-oleo-por-ano

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