Você está na página 1de 13

Falácias Informais

Filosofia
10º Ano
Prof. Carla Roque
Falácias Informais

• O que são?
• Argumentos que podem parecer
dedutivamente válidos, mas que, na verdade
têm uma forma dedutivamente inválida.
Falácias Informais

• Ad Hominem
• Consiste em ataques pessoais contra quem defende determinada tese. Em vez de se
apresentarem razões para aceitar ou refutar uma conclusão, tenta-se desacreditar a
pessoa, descrevendo-a em termos desfavoráveis.

• Defendes que as touradas devem acabar porque não passas


de um intelectual urbano desligado da vida rural. Logo, as
touradas não devem acabar.
Falácias Informais

• Apelo à ignorância
• Afirma-se nas premissas que não se sabe que uma certa proposição é verdadeira, concluindo-se daí que
ela é falsa. Ou então, declara-se que não se sabe que uma certa proposição é falsa, concluindo-se daí que
ela é verdadeira. Estas inferências são inválidas, pois do simples facto de não se conhecer o valor de
verdade de uma proposição não se segue que esta proposição seja falsa nem seja verdadeira.

• Ninguém conseguiu provar que existe vida noutros


Planetas. Logo, não existe vida noutros planetas.
Falácias Informais

• Falso dilema
• Apresentam-se duas hipóteses alternativas como se esgotassem todas
as possibilidades, quando, na verdade, existem mais do que duas
hipóteses.
• Ou acreditas em Deus ou és ateu.
• Não acreditas em Deus.
• Logo, és ateu.
Falácias Informais

• Petição de princípio
• Pressupõe-se, indevidamente, nas premissas aquilo que se quer provar com o
argumento. Pode também designar-se falácia da circularidade (círculo vicioso).

• A Bíblia é a palavra de Deus. Se a Bíblia é a


palavra de Deus, então é verdadeira. Na Bíblia
está escrito que Deus existe. Logo, Deus existe.
Falácias Informais

• Derrapagem
• Invoca-se uma cadeia causal implausível, se aceitarmos determinado facto avançamos numa
direção terrível.
• Se permitirmos o casamento homossexual, um dia as crianças serão adotadas por
casais homossexuais. Se tal acontecer a família tradicional desaparece. Se a
família tradicional desaparecer, assistiremos ao fim da sociedade civilizada. Ora
devemos impedir o fim da sociedade civilizada. Logo, não devemos permitir o
casamento homossexual.
Falácias Informais

• Boneco de Palha
• Consiste em distorcer a posição do oponente de modo a atacá-lo mais facilmente. Em
vez de se refutar a verdadeira perspetiva, derruba-se uma mera caricatura dessa
perspetiva. Metaforicamente será um boneco de palha e não um homem ou uma mulher.
• Os ateus defendem que o Universo surgiu do nada. Mas é inconcebível
que o Universo tenha surgido do nada. Logo, os ateus são uns tontos
que estão enganados. O Universo surgiu porque Deus o criou.
Falácias Informais

• Falsa Relação Causal


• É uma falácia que surge em qualquer argumentação que estabeleça uma
relação entre duas coisas, quando na verdade não existe relação entre elas.
• Como não rezei antes do jogo, a minha equipa perdeu.
Falácias Informais

• Ad populum significa apelo ao povo e tem como objetivo tentar


despertar o interesse das pessoas, ganhar o apoio do público, entre outros.
• Sabemos que todos os empresários pagam menos às mulheres do que
aos homens. Já que todos fazem isso, então deve ser correto, a maioria
das pessoas acaba por perceber que esta é a opção a seguir.
Falácias Informais
• A generalização precipitada é uma falácia lógica que parte de um
número reduzido de casos e tende a generalizar uma ideia sem base ou
fundamento.
• Eu e a minha família acordamos cedo, logo toda a população deve
acordar cedo.
Falácias Informais

• Falsa analogia -falácia em que o raciocínio por analogia tem


semelhanças apresentadas nas premissas e que não são relevantes ou em
número suficiente para fundamentar a conclusão.
• O Ronaldo é madeirense, logo como também sou madeirense vou ser o
melhor do mundo.
Falácias Informais

• Apelo ilegítimo à autoridade


• É uma falácia que tem como recurso dar autoridade a
alguém que não a tem.
• A senhora Lurdes, que tem 75% de deficiência visual,
testemunha ter visto a uma distância de 200 metros, o
réu a queimar a roupa da vítima. O juiz deve, portanto
condená-lo culpado.

Você também pode gostar