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MEDIÇÃO DE PRESSÃO

Técnica Strain gauge

 Sao dispositivos largamente empregados para


medicao de pressao e peso. Tem como principio de
operacao a extensao de uma resistencia quando
submetidos a uma pressao. Esses sensores tem a
capacidade de detectar deslocamentos muito
pequenos, de faixas tipicas de 50 μm, e sao
empregados tipicamente como parte de outros
transdutores para medicao de pressao.
Técnica Strain gauge

 Nesse tipo de medicao a imprecisao e tipicamente


menor que +- 15% do fundo da escala. Os strain gauges
sao produzidos com diversos valores de resistencia, e
os de 120, 350 e 1000 Ω são os mais comuns. A
variacao maxima de resistencia em strain gauge de 120
Ω e de 5 Ω.
Técnica Strain gauge

 Os materiais empregados nos strain gauges sao


selecionados para que possam converter variacoes de
pressao em variacoes de resistencia (efeito
piezorresistivo), em formas geometricas nas quais estas
resultem em grandes variacoes no comprimento do
elemento com fatores de medicao usualmente de 2.
Esses sensores operam tipicamente em faixas de 7,5 kPa
ate 1.400 MPa. Sua incerteza varia entre 0,2% e 0,5% do
span, operando em temperaturas que variam de -50o a
120 °C.
Técnica Strain gauge

 Esses sensores tem a vantagem de ser de menor


dimensao e custo de manufatura. O principal material
empregado para a fabricacao desses sensores e uma
liga de cobre-niquel e manganes. Tambem podem ser
empregados semicondutores que possuem um fator
gauge muito superior ao das ligas metalicas (ate 100
vezes melhor). No entanto, ainda possuem um custo
mais elevado.
Técnica Strain gauge

 O arranjo tradicional de strain gauge consiste em um metal


de resistencia colocado em um formato zigue-zague e
montado em um suporte fl exivel, como mostra a Figura
3.8a. O fi o e nominalmente formado de uma secao
circular, e quando uma forca e aplicada ao sensor a forma
da secao transversal ira se distorcer, mudando a area da
secao transversal, e, como a resistencia do fi o por unidade
de comprimento e inversamente proporcional a area da
secao transversal, havera um aumento da resistencia
quando submetida a pressao.
Técnica Strain gauge
Técnica Strain gauge

 Os strain gauges sao comumente adquiridos como


uma folha metalica colada em um filme adesivo
plastico. Esse fi lme e “colado” a estrutura que se
deseja medir, com o eixo ativo da medicao alinhado
com a direcao do esforco esperado. Muitos strain
gauges podem ser acomodados em um unico fi lme,
cada um orientado em uma direcao diferente para
formar a chamada roseta, permitindo medicao em
mais de um eixo.
Técnica Strain gauge
Técnica Strain gauge

 Diversos fatores afetam o esforco axial e a resistencia


de medicao, como a geometria do filamento do strain
gauge e a direcao da forca aplicada. Isso e expresso
por uma constante chamada fator de medicao, ou
gauge factor (GF), dada por:
Técnica Strain gauge

 A relacao entre a percentagem de variacao de


resistencia e a percentagem de variacao no
comprimento determina sensibilidade ou GF, dada
por:
Circuitos de medição

 Para comecar a entender os circuitos de medicao,


precisamos defi nir o conceito de distensao (ε), que e
a quantidade de deformacao (ΔL) do comprimento de
um corpo (L) devido a uma forca aplicada, como
mostra a Equacao
Circuitos de medição

 A Figura 3.10 mostra a distensao de um corpo.


Circuitos de medição

 Essa distensao pode ser de tracao (positiva) ou


compressao (negativa), e e um valor adimensional.
Tambem e chamada de microstrain, que e equivalente
a ε . 10–6. Para medicoes com strain gauge, um
parametro fundamental e o fator de medicao (GF),
apresentado anteriormente, e que pode ser
relacionado com a distensao pela Equacao 3.10.
Circuitos de medição

 As medicoes de pressao difi cilmente possuem


quantidades maiores que a ordem de grandeza de
milistrain (ε . 10–3). Dessa forma, as medicoes sao
feitas para variacoes de resistencia muito pequenas.
Circuitos de medição

 Exemplo 121:
Configuração um quarto de ponte

 Como os condutores empregados nas fi tas


extensiometricas sao muito fi nos, em torno de 1/1000
de polegada, para que o instrumento possa realizar
medidas com precisao sao necessarios circuitos que
facam essa operacao com a maxima precisao. Assim,
desejamos medir a variacao da resistencia de um
strain gauge, conforme a Figura 3.12.
Configuração um quarto de ponte
Configuração um quarto de ponte

 Tipicamente, o braco R3 da ponte e ajustado em um valor igual a


resistencia do strain gauge. Quando nenhuma forca e aplicada, a
resistencia R4 e substituida pelo strain gauge dado por RG + ΔR. Os
dois bracos da ponte R1 e R2 sao ajustados em valores iguais, tendo
R1 = R2 = R3 = RG = R. Dessa forma, se nenhuma forca for aplicada no
strain gauge, a ponte estara simetricamente balanceada e o
voltimetro indicara zero volts, que representara forca zero no strain
gauge. Como o strain gauge e comprimido ou estendido, sua
resistencia aumentara ou diminuira, dessa forma desequilibrando a
ponte com variacao proporcional no voltimetro. Esse arranjo com
um unico elemento de resistencia variavel em resposta a variavel
medida (forca) e chamado de circuito de um quarto de ponte. A
tensao de saida e dada por:
Configuração um quarto de ponte
 QUESTÃO: Qual o fator de medicao de um strain
gauge de 300 Ω que sofre uma distensao de 200
microstrain com variacao de resistencia de 0,3 Ω?

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