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Fator Gage (GF)

João Marcelo Fernandes Gualberto de Galiza


Setembro 2019

1 Introdução
Nos teste de medição de sistemas dinâmicos, é preciso entender como
um objeto reage a diferentes forças. As alterações fı́sicas experimentadas
por um material devido à aplicação de uma força são denominadas de
deformação. Deformação pode ser definida como a razão entre a variaçao
de comprimento de um material e o seu comprimento original.
∆L
ε= L
Onde ε é a deformação, ∆L é a variação entre os comprimentos (final e
inicial) e L é o comprimento inicial.
Embora o ε seja adimensional, é comum ser expresso em pol/pol ou
mm/mm.

Figura 1: Torna-se evidente a deformação neste exemplo. Na prática, a magnitude da


derformação medida tem um valor muito pequeno, sendo dado geralmente em µε.

Como podemos medir a deformação? Podemos utilizar um strain gage.


O strain gage mais amplamente utilizado é o strain gage de componentes
metálicos colados. O strain gage metálico é formado por um fio muito
fino ou, mais comumente, por folhas metálicas dispostas em um padrão de
grade. A deformação sofrida pelo corpo de prova é transferida diretamente
ao strain gage, que responde com uma variação linear de sua resistência
elétrica.
Um parâmetro fundamental do strain gage é sua sensibilidade à de-
formação, expressa quantitativamente como fator de gage (GF). GF é a
1
relação entre a variação relativa de resistência elétrica e a variação relativa
em comprimento, ou deformação.
∆R/R ∆R/R
GF = ∆L/L = ε

Geralmente, O GF está em torno de 2.


Para medir variações tão pequenas de resistência, as configurações de
strain gage são baseadas no conceito de ponte de Wheatstone. Uma ponte
Wheatstone genérica é uma rede formada por quatro braços resistivos e
uma tensão de excitação, VEX , aplicada na ponte.

Figura 2: A ponte de Wheatstone é o equivalente elétrico de dois circuitos divisores de


tensão em paralelo. R1 e R4 formam um circuito divisor de tensão; R2 e R3 formam o
segundo circuito divisor de tensão. Strain gages são configurados em circuitos de ponte
de Wheatstone para detectar pequenas variações de resistência.

A saı́da da ponte de Wheatstone, V0 , é medida entre os nós médios


desses dois divisores de tensão.

V0 = ( R3R+R
3
4
− R2
R2 +R1 )VEX

Qualquer variação na resistência do strain gage irá desequilibrar a ponte


e produzir uma tensão de saı́da diferente de zero que será função do valor de
deformação. Há três tipos de configuração de strain gage - quarto de ponte,
meia ponte e ponte inteira - são diferenciados pelo número de elementos
ativos na ponte de Wheatstone, a orientação dos strain gages e o tipo de
deformação que está sendo medida.
Idealmente, a resistência de um strain gage somente deve variar em
resposta à deformação. Entretanto, a resistividade e a sensibilidade de um
strain gage também variam com a temperatura, o que provoca erros de
medição. Os fabricantes de strain gages tentam minimizar a sensibilidade
à temperatura processando o material do gage de forma a compensar a
expansão térmica do material do corpo de prova ao qual o gage é destinado.
Considere também o uso de um tipo de configuração que ajude a compensar

2
os efeitos das flutuações de temperatura. Essas configurações de ponte são
mais imunes aos efeitos das flutuações de temperatura.

Histórico dos comandos e textos utilizados para elaboração deste traba-


lho:
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\usepackage[utf8]{inputenc}
\usepackage[brazil]{babel}
\usepackage{graphicx}
\usepackage{amsmath}
\usepackage{amssymb}
\usepackage{indentfirst}
\usepackage{graphicx}
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\usepackage{amscd}
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\usepackage{amsfonts}
\usepackage{setspace}
\usepackage{hyperref}
\usepackage{latexsym}
\usepackage{wrapfig}
\usepackage{float}
\usepackage{verbatim}
\usepackage{geometry}

\geometry{left=30mm}
\geometry{right=20mm}
\geometry{top=30mm}
\geometry{bottom=20mm}
\geometry{headheight=15pt}
\geometry{headsep=10mm}
\geometry{footskip=10mm}

\title{Fator Gage (GF)}


\author{Jo~
ao Marcelo Fernandes Gualberto de Galiza}
\date{Setembro 2019}

\begin{document}
\maketitle
\section{Introduç~
ao}
Nos teste de mediç~ao de sistemas din^
amicos, é preciso entender
como um objeto reage a diferentes forças. As alteraç~oes fı́sicas
experimentadas por um material devido à aplicaç~ao de uma força
s~
ao denominadas de \textit{deformaç~ao}. Deformaç~
ao pode ser definida
como a raz~ao entre a variaçao de comprimento de um material e o
seu comprimento original.

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\begin{center}
\Large{
$\varepsilon=\frac{\Delta L}{L}$}
\end{center}

Onde $\varepsilon$ é a deformaç~


ao, $\Delta L$ é a variaç~
ao entre
os comprimentos (final e inicial) e \textit{L} é o comprimento inicial.

Embora o $\varepsilon$ seja adimensional, é comum ser expresso em


$pol/pol$ ou $mm/mm$.

\begin{figure}[H]
\centering
\includegraphics[scale=0.2]{6D576CB8-5905-4C60-A240-A6920F229CF9.jpeg}
\caption{Torna-se evidente a deformaç~
ao neste exemplo. Na prática, a
magnitude da derformaç~
ao medida tem um valor muito pequeno, sendo dado
geralmente em $\mu \varepsilon $.}
\end{figure}

Como podemos medir a deformaç~


ao? Podemos utilizar um \textit{strain gage}.
O strain gage mais amplamente utilizado é o strain gage de componentes
metálicos colados. O strain gage metálico é formado por um fio muito fino
ou, mais comumente, por folhas metálicas dispostas em um padr~ ao de grade.
A deformaç~
ao sofrida pelo corpo de prova é transferida diretamente ao
gage, que responde com uma variaç~
ao linear de sua resist^ encia elétrica.

Um par^ ametro fundamental do strain gage é sua sensibilidade à


deformaç~ao, expressa quantitativamente como fator de gage (GF). GF é a
relaç~
ao entre a variaç~
ao relativa de resist^encia elétrica e a variaç~
ao
relativa em comprimento, ou deformaç~ao.

\begin{center}
$GF=\frac{\Delta R / R}{\Delta L / L} = \frac{\Delta R / R}{\varepsilon} $
\end{center}

Geralmente, O \textit{GF} está em torno de 2.

Para medir variaç~oes t~


ao pequenas de resist^encia, as configuraç~
oes de strain
gage s~ao baseadas no conceito de ponte de Wheatstone. Uma ponte Wheatstone
genérica é uma rede formada por quatro braços resistivos e uma tens~ao de
excitaç~
ao, $V_{EX}$ , aplicada na ponte.

\begin{figure}[H]
\centering
\includegraphics[scale= 0.7]{loucura.png}
\caption{A ponte de Wheatstone é o equivalente elétrico de dois circuitos

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divisores de tens~ao em paralelo. $R_1$ e $R_4$ formam um circuito divisor
de tens~
ao; $R_2$ e $R_3$ formam o segundo circuito divisor de tens~ao. Strain
gages s~
ao configurados em circuitos de ponte de Wheatstone para detectar
pequenas variaç~
oes de resist^
encia.}

\end{figure}

A saı́da da ponte de Wheatstone, $V_0$, é medida entre os nós médios desses


dois divisores de tens~ao.

\begin{center}
$V_0= (\frac{R_3}{R_3 + R_4} - \frac{R_2}{R_2 + R_1} )V_{EX}$
\end{center}

Qualquer variaç~ao na resist^encia do strain gage irá desequilibrar a ponte


e produzir uma tens~ ao de saı́da diferente de zero que será funç~
ao do valor de defor-
maç~
ao. Há tr^
es tipos de configuraç~
ao de strain gage - quarto de ponte, meia ponte
e ponte inteira - s~ ao diferenciados pelo número de elementos ativos na ponte de
Wheatstone, a orientaç~ao dos strain gages e o tipo de deformaç~ ao que está sendo medida.

Idealmente, a resist^encia de um strain gage somente deve variar em resposta


à deformaç~
ao. Entretanto, a resistividade e a sensibilidade de um strain gage também
variam com a temperatura, o que provoca erros de mediç~ ao. Os fabricantes de strain
gages tentam minimizar a sensibilidade à temperatura processando o material do
gage de forma a compensar a expans~ ao térmica do material do corpo de prova ao
qual o gage é destinado. Considere também o uso de um tipo de configuraç~
ao que
ajude a compensar os efeitos das flutuaç~ oes de temperatura. Essas configuraç~
oes
de ponte s~ ao mais imunes aos efeitos das flutuaç~
oes de temperatura.

\end{document}

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