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A importância do griô na

cultura africana
Colégio Monteiro Lobato

Lívia de Almeida Monteiro Fragoso

6º Ano – Matutino

Professor Armando - Artes


A palavra griô tem origem na
tradição oral africana,
utilizada para designar
mestres portadores de
saberes e fazeres da cultura,
esses transmitidos oralmente.
Griô uolofe do Senegal, 1890
Segundo a griô Adwoa Badoe, entre
os povos do oeste da África,
os griôs são aqueles que há séculos
preservam e transmitem as histórias
– principalmente as que se referem
aos grandes líderes e à formação
dos reinos, mas também às pessoas
comuns.
Tradicionalmente, os griôs contavam
a história de seu povo na forma de
poemas ou canções. Com o passar
do tempo e com as mudanças que
se processaram nas sociedades
africanas, as maneiras de contar as
histórias e mesmo alguns de seus
episódios foram sendo alterados, de
maneira a adaptar as narrativas
tradicionais ao mundo
contemporâneo.
A palavra griô ao ser incorporada à
cultura brasileira teve seu sentido
ampliado, sendo agregadas ao oficio
do griô outras ações, como cantoria,
dramaturgia, danças, além da
contação de histórias; mas sem
perder a sua referencialidade,
quanto à valorização de transmissão Tela: O Contador de história, de Eduardo Lima

de saberes por meio da tradição oral.


Para a literatura africana o dono das
histórias, o primeiro griô, teria sido
Kwaku Ananse, o Homem Aranha.
Pois, ele foi o único que conseguiu
trazer para a Terra as histórias.
Ananse o responsável pela
divulgação de contos populares e
mitos africanos por toda a África,
Europa, Ásia e Américas.
No Brasil coube ao Mestre Didi –
Deoscóredes Maximiliano dos Santos,
a condição de porta-voz autorizado da
tradição negra na Bahia. Reconhecido
internacionalmente pela estética afro-
brasileira, o artista plástico e escritor
divulgou em seus contos populares,
lendas e mitos africanos, publicados
em versão bilíngue, português-
yorubá, o sobrenatural em harmonia
com o cotidiano.
Não só na Bahia, mas em vários
estados nacionais estão se
estruturando políticas afirmativas
para a inserção de griôs em
diferentes espaços educativos. No
Rio Grande do Sul, a nível estadual,
há a Lei Griô, que a exemplo da lei
nacional em tramitação.
A lei nacional em tramitação, objetiva
a valorização e o reconhecimento da
tradição oral, buscando entre outras
medidas a preservação desses
mestres da tradição oral e sua
inserção nas escolas.
A proposta de inserção de griôs na
escola tem como meta o rompimento
com a lógica positivista em que a
educação é separada da cultura.
Além dessa empreitada tem-se
também outra, que é a formação de
futuros griôs.
Em alguns espaços sociais a
inserção desses mestres da cultural
oral vem se constituindo como uma
opção de turismo sustentável, como
exemplo “As trilhas griôs da
Chamada Diamantina (BA)”, as quais
tem em seu roteiro turístico a
contação de histórias e de mitos, e a
apresentação dos costumes da
comunidade.
A comunidade, com apoio de
pesquisadores, tem realizado
levantamento desse acervo cultural,
incentivado os moradores a
reconstituírem a história do lugar e a
participarem dos projetos. Se
constituindo, assim, como uma
pedagogia griô.
A cultura na perspectiva griô não é
dicotômica. Não se explica o mundo
fragmentando-o; ao contrário,
aborda-o por todos os ângulos
possíveis, explica-o por parábolas,
por analogias, por relações
simbólicas e por experimentação.
Daí a riqueza de se ouvir mitos,
lentas e contos.
Bibliografia

http://www.processocom.org/2016/06/01/a-importancia-de-grios-na-socializacao-de-
saberes-e-de-fazeres-da-cultura/

https://www.correiobraziliense.com.br/app/noticia/diversao-e-arte/2018/12/12/
interna_diversao_arte,724615/conheca-o-movimento-grio.shtml

https://lunetas.com.br/pedagogia-grio/#:~:text=Na%20%C3%81frica%20Ocidental
%2C%20o%20griot,e%20as%20hist%C3%B3rias%20dos%20povos.

https://pt.wikipedia.org/wiki/Gri%C3%B4#cite_note-3

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