Você está na página 1de 39

UNIVERSIDADE FEDERAL DO RECÔNCAVO

DA BAHIA – UFRB
CENTRO DE FORMAÇÃO DE PROFESSORES –
CFP
LICENCIATURAS EM LETRAS E EDUCAÇÃO
FÍSICA

SEQUÊNCIA DIDÁTICA - 2023


LÍNGUA PORTUGUESA E SUAS LITERATURAS E EDUCAÇÃO FÍSICA
TEMA: Potencialidades de África: entre Angola e Moçambique
TÍTULO: Um passeio por África: Havemos de voltar

Edimmily Sena Couto Santos


Elizângela Assis
Ismael Andrade
Renata Bispo
Rosane de Souza Santos

I – APRESENTAÇÃO

Em qualquer processo de dominação, como o da colonização, o dominador


habitualmente associa os conhecimentos e práticas culturais do dominado a elementos
inferiores ou tende a demonizá-las, como estratégia de esvaziar os seus significados e
valorizar, exacerbadamente, os próprios feitos. Nesse sentido, desde os primórdios da
colonização foi difundida uma concepção de subalternidade do continente africano em
detrimento aos países europeus. Isto significa que foi determinado como a história africana e
do negro deveria ser narrada perante as demais civilizações. Posto isso, tal história carregou e
carrega consigo um olhar ainda esbranquiçado, eurocêntrico e estereotipado sobre aqueles que
contribuíram para a formação da nação. Associado a essa questão estão os resquícios que essa
prática sangrenta desencadeou no currículo escolar, pois tais currículos foram constituídos a
partir do prisma europeu, isto é, a escola ao longo do percurso histórico privilegiou os
conhecimentos de um grupo em contraste a outro e expressou a posição de supremacia de
dada cultura.
Frente a esse cenário defasado e com vistas para a Lei 10.639/03, que torna
obrigatório o ensino da História e da cultura Afro-brasileira e também da Lei 11.645/08 que
altera a Lei 10.639/03 e determina a abordagem da História e cultura Indígena em todos os
níveis da Educação Básica, propomos a construção da presente sequência didática, intitulada
Um passeio por África: Havemos de voltar, cujo objetivo é traçar um panorama das
potencialidades existentes em África. Para esse fim elegemos dois países que compõem o
PALOP – País Africanos de Língua Oficial Portuguesa, Angola e Moçambique. Para tanto, os
conteúdos ou assuntos desta atividade estão centrados no público do 9º ano do Ensino
Fundamental II, com turma composta por 30 (trinta) alunos e em 09 (nove) aulas com a
seguinte estrutura:
● Apresentação da proposta (aula inaugural) a partir do poema Havemos de voltar, de
Agostinho Neto – livro Sagrada Esperança; (uma aula)
● Literatura, Língua e Cinema; (duas aulas)
● Paisagens naturais e Turismo; (duas aulas)
● Música; (uma aula)
● Jogos e Brincadeiras; (uma aula)
● Pré-Sarau (orientações do professor para realizar o sarau); (uma aula)
● Culminância – Sarau. (será uma atividade que toda a comunidade irá participar, por
isso será em tempo integral)
Desse modo, construímos esta sequência didática com temas relacionados ao
continente africano, continente esse do qual somos todos descendentes. Dos cincos
continentes do mundo, África é o terceiro maior. Apesar disso, ainda é visto como um lugar
onde o desenvolvimento ainda não chegou, porém o continente possui riquezas minerais,
como gás natural, petróleo etc. Além disso, é um dos continentes com maior número de
países, entres estes países estão os países do PALOP, mencionados anteriormente: Angola,
Cabo Verde, Guiné Bissau, Moçambique, São Tomé e Príncipe. Esses países assim como o
Brasil foram colonizados por europeus. Por esta razão, fizemos essa sequência didática com
foco/recorte apenas nos países de Angola (região central do continente) e Moçambique.
Assim, esta atividade insere-se na perspectiva de desenvolvimento intelectual humano
na perspectiva de conhecer acerca do povo africano e afro-brasileiro, tendo em vista suas
potencialidades, que há muito tempo ficaram encobertas.

II – INTRODUÇÃO/ JUSTIFICATIVA

A Lei nº 9.394/96 apresenta o Art. 26-A. Nos estabelecimentos de ensino fundamental


e médio, oficiais e particulares, torna-se obrigatório o ensino sobre História e Cultura
Afro-Brasileira, que por sua vez é incluído pela Lei nº 10.639, de 9 de janeiro de 2003,
inserindo novas perspectivas para o ensino da história brasileira. Assim, possibilitando a
inserção dos povos afro diaspóricos na história da formação do Brasil e concomitantemente
repudia a história única (CHIMAMANDA, 2009) contada pelo colonizador.
Essa história contada e repetida por mais de cinco séculos foi instalada nos corpos e
mentes de negros e negras naturalizando as violências e as ausências, como por exemplo, de
dignidade e da participação e envolvimento em contextos e situações de poder desses povos.
Assim como, ausência de representatividade social, cultural e política.
E, é visando reverter essa conjuntura que se pensou essa sequência didática. Em
consonância com os dispositivos legais supracitados, pretende-se com esse trabalho
pedagógico construir com os estudantes o entendimento do direito dos negros se
reconhecerem na cultura nacional, expressarem visões de mundo próprias, manifestarem com
autonomia, individual e coletiva, seus pensamentos. (BRASIL, 2004, p. 10) como algo natural
e importante.
Para alcançar esse objetivo, será usado como suporte inicial o poema “Havemos de
voltar” do autor Agostinho Neto, para abrir discussão sobre temáticas de África. Com a
apresentação do poema, iremos discutir a partir de aspectos do continente africano sua
existência milenar e sua vasta diversidade, focando sempre em uma reescrita das
singularidade dos países africanos e ressaltando que as histórias fornecidas para os estudantes
foram contadas pelos colonizadores europeus eliminando a extensão de uma África cheia de
riquezas e culturas.

Conforme o avançar das aulas e discussões e descobertas já se construirá a base para a


culminância desta sequência didática que será um sarau. O sarau é um evento cultural onde as
pessoas se encontram para se manifestarem artisticamente, é um momento para a soma de
conhecimentos, descobertas e vivências coletivas, portanto muito oportuno para o fechamento
da sequência. Além disso, o sarau estimula a tomada de consciência, pois a cultura desperta a
sensibilidade das pessoas para à sua volta e as estimula a refletir a partir de outras linguagens.

III – PÚBLICO ALVO, PERFIL DA TURMA: 9º ano do Ensino Fundamental II (30


alunos)

IV - NÚMERO DE AULAS: 09 aulas

V – CONTEÚDO CIENTÍFICO ABORDADO


- Literatura, Língua e Cinema;
- Paisagens naturais e Turismo;
- Música;
- Jogos e Brincadeiras.

VII – QUADRO SINTÉTICO DE AULAS

9º ano DATA: 01/06/2023 AULA 01

PLANEJADO POR: PROF. Rosane de Souza Santos

CONTEÚDO: Potencialidades de África: entre Angola e Moçambique – Poema Havemos de voltar, de


Agostinho Neto

HABILIDADES/OBJETIVOS DE APRENDIZAGEM (BNCC):

(EF69LP44) Inferir a presença de valores sociais, culturais e humanos e de diferentes visões de mundo,
em textos literários, reconhecendo nesses textos formas de estabelecer múltiplos olhares sobre as
identidades, sociedades e culturas e considerando a autoria e o contexto social e histórico de sua
produção.
(EF69LP46) Participar de práticas de compartilhamento de leitura/recepção de obras literárias/
manifestações artísticas, como rodas de leitura, clubes de leitura, eventos de contação de histórias, de
leituras dramáticas, de apresentações teatrais, musicais e de filmes, cineclubes, festivais de vídeo,
saraus, slams, canais de booktubers, redes sociais temáticas (de leitores, de cinéfilos, de música etc.),
dentre outros, tecendo, quando possível, comentários de ordem estética e afetiva.
(EF69LP49) Mostrar-se interessado e envolvido pela leitura de livros de literatura e por outras
produções culturais do campo e receptivo a textos que rompam com seu universo de expectativas, que
representem um desafio em relação às suas possibilidades atuais e suas experiências anteriores de
leitura, apoiando-se nas marcas linguísticas, em seu conhecimento sobre os gêneros e a temática e nas
orientações dadas pelo professor.
Competências Gerais
Valorizar e utilizar os conhecimentos historicamente construídos sobre o mundo físico, social, cultural
e digital para entender e explicar a realidade, continuar aprendendo e colaborar para a construção de
uma sociedade justa, democrática e inclusiva.
Valorizar e fruir as diversas manifestações artísticas e culturais, das locais às mundiais, e também
participar de práticas diversificadas da produção artístico-cultural.
Competências Específicas – Linguagens
Compreender as linguagens como construção humana, histórica, social e cultural, de natureza
dinâmica, reconhecendo-as e valorizando-as como formas de significação da realidade e expressão de
subjetividades e identidades sociais e culturais.
Competências Específicas – Língua Portuguesa
Envolver-se em práticas de leitura literária que possibilitem o desenvolvimento do senso estético para
fruição, valorizando a literatura e outras manifestações artístico-culturais como formas de acesso às
dimensões lúdicas, de imaginário e encantamento, reconhecendo o potencial transformador e
humanizador da experiência com a literatura.

DESENVOLVIMENTO DA AULA

APRESENTAÇÃO (aula inaugural): será feita a partir do poema Havemos de voltar, de Agostinho
Neto – livro Sagrada Esperança.

Objetivos

● Refletir sobre a existência de uma África repleta de possibilidades e significados;


● Vivenciar a experiência estética literária por meio do poema Havemos de voltar, de Agostinho
Neto;
● Valorizar as potencialidades da cultura negra enquanto formadores da nação.

Conteúdos: Potencialidades de África: entre Angola e Moçambique – Poema Havemos de voltar, de


Agostinho Neto.

Tempo: 50 minutos
Material necessário: Projetor, caixa de som e poema xerocopiado.

Avaliação: será realizada conforme a verificação da participação oral ou escrita e do entendimento dos
estudantes a respeito das atividades propostas na aula.

1º etapa – de mãos dadas com África


- A professora recepcionará os alunos ao som da música Mufete, interpretada por Emicida. Disponível
em: Emicida - Mufete (Web Video) . Tal música traz uma homenagem a África e seus respectivos
países, Angola e Cabo Verde, países esses que foram visitados pelo rapper em 2015. Ao passo que faz
referência aos aspectos culturais africanos, bem como a valorização das potencialidades da cultura
negra, mesclados por forte teor crítico, sobretudo, aos resquícios e mazelas deixados pela ação
sangrenta da colonização e do capitalismo selvagem.
- Nesse contexto, com o intuito de investigar os conhecimentos prévios dos alunos a respeito do
continente africano será feita a exposição das seguintes questões:
● Ao longo de sua trajetória como estudante, você já ouviu falar de África?
● O que contaram a você sobre África?
● Como você imagina a África?
- A partir das considerações dos alunos (respostas às perguntas), o professor trará o trecho da música
Mufete, mencionada anteriormente:
"Que arte é fazer parte, não ser dono
Nobreza mora em nóis, não num trono
Logo somos reis e rainhas, somos
Mesmo entre leis mesquinhas vamos
Gente só é feliz
Quem realmente sabe, que a África não é um país
Esquece o que o livro diz, ele mente
Ligue a pele preta a um riso contente
Respeito, sua fé, sua cruz
Mas temos duzentos e cinquenta e seis odus
Todos feitos de sombra e luz, bela
Sensíveis como a luz das velas ('tendeu?)"
● Neste trecho o sujeito poético evidencia a identidade cultural do povo negro e nos convida a
descontruir as histórias únicas contadas a respeito de África “Esquece o que o livro diz, ele
mente”. Apresenta a resistência negra frente a hegemonia do colonizador, ressaltando uma
posição valorosa do negro“Nobreza mora em nóis, não num trono / Logo somos reis e rainhas,
somos / Mesmo entre leis mesquinhas vamos”. Ainda destaca os aspectos de religiosidade e
ancestralidade africana e afro-brasileira: Respeito, sua fé, sua cruz / Mas temos duzentos e
cinquenta e seis odus / Todos feitos de sombra e luz, bela / Sensíveis como a luz das velas
('tendeu?)". Com o uso da palavra RESPEITO sugere o diálogo e vivência entre as diferentes
crenças, com a seguinte mensagem: eu respeito a sua fé, mas respeite a minha também.

- Guiada pelas questões levantadas no momento inicial, a professora irá propor um diálogo com os
alunos ao passo que fará a associação entre as respostas deles e o trecho da música Mufete. Fará ainda,
um panorama geral das principais características ou aspectos do continente africano, bem como a
literatura, a língua, o cinema, as paisagens naturais, o turismo, a música pop e os jogos e
brincadeiras, especificamente, de Angola e Moçambique. Duração: 15 min

2ª etapa – Vamos a um passeio?!


- Para introduzir a leitura do poema Havemos de voltar, de Agostinho Neto, e explorar o campo
imaginativo dos alunos, a professora trará a imagem da capa do livro Sagrada Esperança, que hospeda
o poema supracitado. A professora convidará os alunos para fazerem a leitura da capa do livro
(elementos paratextuais: título, cores, símbolos etc), uma vez que a leitura da capa do livro será o plano
de fundo para adentrar na leitura do poema Havemos de voltar.

Imagem disponível em: Livro: Sagrada Esperança - Agostinho Neto | Estante Virtual

- A partir da leitura dos elementos paratextuais, a professora fará inferências para buscar compreender
as motivações do escritor Agostinho Neto em escolher o título do livro Sagrada Esperança. Será nesse
cenário que a professora trará, brevemente, informações a respeito do escritor e do contexto que a obra
foi escrita.
- Em seguida, a professora distribuirá cópias impressas do poema Havemos de voltar para os alunos,
solicitará que façam a leitura de reconhecimento do poema (leitura silenciosa) e depois ela fará a leitura
em voz alta. Duração: 15 min

Havemos de voltar – Agostinho Neto

Às casas, às nossas lavras


às praias, aos nossos campos
havemos de voltar

Às nossas terras
vermelhas do café
brancas de algodão

verdes dos milharais


havemos de voltar

Às nossas minas de diamantes


ouro, cobre, de petróleo
havemos de voltar
Aos nossos rios, nossos lagos
às montanhas, às florestas
havemos de voltar

À frescura da mulemba
às nossas tradições
aos ritmos e às fogueiras
havemos de voltar

À marimba e ao quissange
ao nosso carnaval
havemos de voltar

À bela pátria angolana


nossa terra, nossa mãe
havemos de voltar

Havemos de voltar

À Angola libertada
Angola independente.

- Após, irá propor a formação de uma roda de conversa e que os alunos explicitem as concepções a
respeito da leitura do poema. Os alunos podem tecer comentários e destacar trechos do poema que
consideraram mais significativos. A professora, por sua vez, fará comentários gerais a respeito das
considerações e interpretações dos estudantes, destacando por meio das estrofes e versos do poema as
potencialidades e riquezas existentes no país afriano Angola. Duração: 20 min
3ª etapa – Conhecendo as manifestações estéticas e linguísticas de Angola e Moçambique
- Ao final do encontro, a professora dirá que na aula seguinte todos irão embarcar na Literatura,
Língua e Cinema dos países africanos Angola e Moçambique.

Referências
BRASIL. Base Nacional Comum Curricular. Brasília: Ministério da Educação, 2018.
COSSON, Rildo. Letramento Literário: teoria e prática. São Paulo: Contexto, 2018.
EMICIDA. Mufete (Web Video). Disponível em: Emicida - Mufete (Web Video) . Acesso em: 20
de maio de 2023.
NETO, Agostinho. Havemos de voltar. In: ________. Poemas. Angola: Cadernos Capricórnio –
Lobito, 1975.

DATA 02 e 05 /06/2023 AULA 02 -100 minutos


9° ano

PLANEJADO POR: PROF. Edimmily Sena Couto Santos

CONTEÚDO: Literatura, Língua e Cinema dos presentes países africanos: Angola e Moçambique.
HABILIDADES/OBJETIVOS DE APRENDIZAGEM (BNCC):

(EF69LP44) Inferir a presença de valores sociais, culturais e humanos e de diferentes visões de mundo,
em textos literários, reconhecendo nesses textos formas de estabelecer múltiplos olhares sobre as
identidades, sociedades e culturas e considerando a autoria e o contexto social e histórico de sua
produção.
(EF69LP46) Participar de práticas de compartilhamento de leitura/recepção de obras literárias/
manifestações artísticas, como rodas de leitura, clubes de leitura, eventos de contação de histórias, de
leituras dramáticas, de apresentações teatrais, musicais e de filmes, cineclubes, festivais de vídeo,
saraus, slams, canais de booktubers, redes sociais temáticas (de leitores, de cinéfilos, de música etc.),
dentre outros, tecendo, quando possível, comentários de ordem estética e afetiva.
(EF69LP49) Mostrar-se interessado e envolvido pela leitura de livros de literatura e por outras
produções culturais do campo e receptivo a textos que rompam com seu universo de expectativas, que
representem um desafio em relação às suas possibilidades atuais e suas experiências anteriores de
leitura, apoiando-se nas marcas linguísticas, em seu conhecimento sobre os gêneros e a temática e nas
orientações dadas pelo professor.
Competências Gerais
Valorizar e utilizar os conhecimentos historicamente construídos sobre o mundo físico, social, cultural
e digital para entender e explicar a realidade, continuar aprendendo e colaborar para a construção de
uma sociedade justa, democrática e inclusiva.
Competências Específicas – Linguagens
Conhecer e explorar diversas práticas de linguagem (artísticas, corporais e linguísticas) em diferentes
campos da atividade humana para continuar aprendendo, ampliar suas possibilidades de participação na
vida social e colaborar para a construção de uma sociedade mais justa, democrática e inclusiva.
Competências Específicas – Literatura
Valorizar e fruir as diversas manifestações artísticas e culturais, das locais às mundiais, e também
participar de práticas diversificadas da produção artístico-cultural.

DESENVOLVIMENTO DA AULA
Objetivos:
● Compreender a existência da literatura africana;
● Identificar aspectos que as artes denunciam em torno da sua escrita ou do seu corpo;
● Valorizar grandes escritores que lutaram pela independência dos seus países;

Recursos:

● Projetor
● poemas xerocopiados
● Piloto
● Lápis
● Caderno

Andamento da aula:

1º Momento: 30 minutos
Comece a aula perguntando para os alunos se eles já leram livros ou poemas durante sua trajetória
escolar, em seguida pergunte se eles sabem informar nomes desses escritores ou algum outro que eles
já ouviram falar em suas vidas .Após as respostas dos alunos, coloque em destaque a literatura de
Angola mostrando a estrutura e o que essas escritas são expostas. Importante ressaltar alguns aspectos
da Independência de Angola em 1975. Ressaltar também, os escritores poetas de Moçambique no qual
é a proposta apresentada para o trabalho, colocando em relevo o que as escritas moçambicanas desejam
demonstrar.

2º Momento: 40 minutos
Em seguida, apresentar poemas e poesias de alguns escritores, onde iremos fazer a leitura conjunta e
usaremos a interpretação dessas palavras para dialogar o que elas denunciam. Os poetas que devem ser
trabalhados, são:
Manuel Guedes dos Santos Lima- ( Exprimo-me pelo silêncio)
Agostinho Neto- (Adeus na hora da largada)
José Craveirinha- (Pena)
Nóemia Sousa - (Súplica)
Albino Magaia- (Quando eu morrer)

3º Momento: 10 minutos

Perguntar para os alunos se eles imaginam qual é a língua que predomina entre os países que foram
expostos nos poemas e poesias. Após as respostas dos alunos, deve-se destacar a língua que predomina
entre Angola e Moçambique, falando para eles que existem cerca de 600 variações predominantes
nesses países .

4º Momento: 10 minutos

Após a apresentação da literatura,enfatizar também o cinema que existe em Angola e Moçambique.


Realçar que são narrativas necessárias que trazem questões pós colonialistas para a construção de um
novo ideal.

5º Momento: 10 minutos

● Termine a aula perguntando para os alunos o que eles acharam dos poemas apresentados e
convide eles para pesquisar mais a fundo sobre os literários que foram expostos durante a aula
para fixar o que foi dito durante as apresentações.
ATIVIDADES EM CLASSE

-Interpretação dos poemas:


-Discussões a respeito do que eles entenderam, fazendo questionamentos sobre as importâncias das
artes africanas:
-Dividir a sala em grupos e fazer a separação de alguns poemas que foram apresentados durante a aula
para a encenação e leitura dos mesmos:
Grupo 1- Uma breve apresentação dos escritores
-Grupo 2- Manuel Guedes dos Santos Lima
-Grupo 3- Agostinho Neto
-Grupo 4- José Craveirinha
-Grupo 5- Nóemia Sousa
Grupo 6- Albino Magaia

Referências
Arquivo marxista da Internet;26 de junho de 2016. Página inicial. Disponível em :
<https://www.marxists.org/portugues/neto/poemas.htm>. Acesso em : 23 de maio de 2023.
BRASIL. Base Nacional Comum Curricular. Brasília: Ministério da Educação, 2018.
Fernandes, Maria Celestina. ANGOLA| A literatura infantil em Angola. Revista voz da literatura,
2018.
Disponívelem:<https://www.vozdaliteratura.com/post/voz-de-crian%C3%A7a-a-literatura-infantil-em-
angola>. Acesso em: 23 de maio de 2023 .
MIRANDA, Antonio. Poetas Angolanos e outros residentes em Angola, 2004. Disponível em:<
http://www.antoniomiranda.com.br/poesia_africana/angola/angola_index.html>. Acesso em: 23 de
maio de 2003.

9º ANO DATA: 06 e 07/06/2023 AULA 03 - 100 minutos

PLANEJADO POR: PROF. Renata Bispo

CONTEÚDO: Potencialidades de África: entre Angola e Moçambique – Paisagens naturais e turismo


HABILIDADES/OBJETIVOS DE APRENDIZAGEM (BNCC):

(EF15AR25) Conhecer e valorizar o patrimônio cultural, material e imaterial, de culturas diversas, em


especial a brasileira, incluindo-se suas matrizes indígenas, africanas e europeias, de diferentes épocas,
favorecendo a construção de vocabulário e repertório relativos às diferentes linguagens artísticas.
- Desenvolver o senso estético para reconhecer, fruir e respeitar as diversas manifestações
artísticas e culturais, das locais às mundiais, inclusive aquelas pertencentes ao patrimônio
cultural da humanidade, bem como participar de práticas diversificadas, individuais e coletivas,
da produção artístico-cultural, com respeito à diversidade de saberes, identidades e culturas.
- Discutir sobre as implicações da visão unilateral de uma África que só tem miséria e guerra.

DESENVOLVIMENTO DA AULA
● Inicie a aula conversando com os estudantes sobre destinos de viagem para onde eles gostariam
de ir se fossem para fora do Brasil. Após esse diálogo inicial apresente para a turma imagens de
destinos de lugares e paisagens que gostaria de conhecer (apresentação em anexo).
● Durante a apresentação vá questionando os estudantes sobre a impressão deles a respeito de
cada imagem apresentada. Sugestão de perguntas: vocês gostariam de visitar algum desses
lugares? Em qual país vocês acham que ficam esses lugares? Ouça as respostas da turma.
● E, seguidamente, revele com a ajuda de um mapa que esses lugares se localizam no continente
africano, mais especificamente em Angola e Moçambique. Então pergunte: Vocês esperavam
que esses lugares apresentados na imagem estivessem localizados na África? Por quê?
● Conforme as respostas dos estudantes, conduza a discussão para realização de um comparativo
entre o que aprendemos na escola, na mídia e o que eles acabaram de ver nas imagens.
Aproveite o momento para evidenciar que no continente africano há outras coisas além de
miséria e guerras como pode ser visto nas imagens que retratam belíssimas paisagens de dois
países daquele continente: Angola e Moçambique. Assim, os países africanos possuem um
potencial turístico muito grande e que muitas pessoas sonham com esse destino para passear.
● E, que para termos uma dimensão de como uma pessoa se sente ao visitar algum país do
continente africano você lerá para eles a crônica de viagem O que aprendi com a África
publicada no blog 360meridianos postado em 17-02-2015 e atualizado em 06-05-2018, escrita
por Rafael Casagrande Feltrin. Esse texto encontra-se anexado à sequência didática.
● Seguidamente, faça uma breve sondagem para conhecer as impressões dos estudantes sobre o
texto. Depois, divida-os em grupos e peça que pesquisem - cada grupo uma das palavras
destacadas no texto e escrevam um parágrafo sobre o que descobriram. Ofereça dicionário,
livros de história e se na escola houver acesso a internet dê permissão que realizem a pesquisa
pesquisa pelo celular, se possível.
● Explique para eles que o resultado dessa pesquisa deverá ser apresentado para toda a turma.

ATIVIDADES EM CLASSE
● Responder aos questionamentos orais propostos.
● Analisar as imagens
● Fazer uma breve pesquisa sobre:
Grupo 1 - Museu do Apartheid e o Apartheid
Grupo 2 - Nelson Mandela
Grupo 3 - Moçambique
Grupo 4 - Cidade do Cabo
Grupo 5 - Racismo

9º ANO DATA 08/06/2023 AULA 04 - 50 minutos

PLANEJADO POR: PROF. Elizângela Assis

CONTEÚDO: Música angolana

HABILIDADES/OBJETIVOS DE APRENDIZAGEM (BNCC):

(EF02LP12) Ler e compreender com certa autonomia cantigas, letras de canção, dentre outros gêneros
do campo da vida cotidiana, considerando a situação comunicativa e o tema/assunto do texto e
relacionando sua forma de organização à sua finalidade.
(EF69LP44) Inferir a presença de valores sociais, culturais e humanos e de diferentes visões de mundo,
em textos literários, reconhecendo nesses textos formas de estabelecer múltiplos olhares sobre as
identidades, sociedades e culturas e considerando a autoria e o contexto social e histórico de sua
produção.

DESENVOLVIMENTO DA AULA
Será feito o download do videoclipe “Amar Angola”de Matias Damasio, será feito impressões com a
letra da música para ser entregue aos discentes na sala de aula para auxiliá-lo no acompanhamento da
música e também na produção do texto, que será solicitado.

1ª etapa – 10 minutos: A aula será iniciada com a pergunta para testar o nível de conhecimento que
cada discente tem sobre Angola: O que vocês já ouviram falar, ou sabem a respeito de Angola?

2ª etapa – 05 minutos: Será entregue a cada discente uma cópia da letra música “Amar Angola”de
Matias Damasio e em seguida será apresentado o videoclipe legendado da referida música.

A música exprime o patriotismo, as lutas, as potencialidades, as conquistas, as belezas, a reconstrução


de um país que hoje vive e busca constante a sua melhoria e sabe o valor de ser independente.

3ª etapa – 20 minutos: Será entregue aos discentes uma folha de papel ofício A4, pedindo para fazer
um pequeno texto argumentativo, de no mínimo 8 (oito) e no máximo 12 (duze) linhas, com o que eles
acharam, entenderam/interpretaram da música.

4ª etapa – 15 minutos: Cada um irá ler o seu texto na sala de aula, compartilhando assim o que
escreveu com os colegas. Será feito discussões a respeito do que eles colocaram do texto e da música
apresentada.

Objetivo:

● Mostrar que o povo africano/angolano é um povo que tem sentimento, ama as suas origens, que
é um povo inteligente, lutador, trabalhador, tem intelecto, povo unido que luta por seu país, para
vê-lo cada dia melhor.
● Saber que África em especial Angola é um país rico de minérios, é um país de terra fértil e a
maior riqueza é o seu povo.
● Refletir o sentimento de uma nação, que buscou por meio de tantas lutas o que vem
conquistando o seu espaço e que pode conquistar muito mais, a partir da união em sociedade
para buscar o objetivo em comum.

Recursos necessários: Projetor, notebook, caixa de som, letra da música impressa em papel ofício A4,
folha de papel ofício A4, caneta, lápis e borracha.

Letras da Música:
Eu amo a minha Angola
Terra, minha mãe
E por ela juro vou trabalhar
Eu amo a minha Angola
Terra, minha mãe
E por ela juro vou lutar

Angola wê (Angola wê)


Nós os teus filhos (Nós os teus filhos)
Estamos unidos para erguer o nosso país
Mama wê (mama wê)
Nossa terra é linda
Tem vários minérios e terra fértil

Mama wê
Mas a maior riqueza é o nosso povo
É o nosso povo
Povo de glória
Povo de vitórias

Oh mãe, mãe, mãe


Viemos de longe
O caminho é longo
Mas com união chegaremos lá

Iê, iê, íê,


Iê, iê, iê, iê, iê, iê,

Oh Angola é nossa terra, nossa mãe


Acreditamos no nosso país
Nossa nação, nosso povo
O futuro será melhor
Dame a tua mão, vamos fazer a nação

Eu amo minha Angola


Terra, minha mãe
E por ela juro vou trabalhar
Eu amo a minha Angola
Terra, minha mãe
E por ela juro vou lutar

Carpinteiro e pedreiro
Professor, engenheiro
Trabalhar pro país seguir em frente
Camponês e sapateiro
Polícia e bombeiro
Trabalhar pro país seguir em frente

Mama quintandeira
Taxista e peixeira
Trabalhar pro pais crescer lê, lê
Estudante, roboteiro
Pescador e artista,
O importante é servir a nação

Acreditamos no nosso país


Nossa nação, nosso povo
O futuro será melhor
Dame a tua mão, vamos fazer a nação

Eu amo a minha Angola


Terra, minha mãe
E por ela juro vou trabalhar
Eu amo a minha Angola
Terra, minha mãe
E por ela juro vou lutar

Político, engenheiro
Doutor e pastore
Trabalhar para o país seguir em frente
Welelê, welelê, welelê
Com a nossa Angola no coração
Welelê, welelê, welelê
Fortalece a nação e faz Angola crescer

Referências:

BRASIL. Base Nacional Comum Curricular. Brasília: Ministério da Educação, 2018.

Letras da música disponível em: https://m.letras.mus.br/matias-damasio/amar-angola/ Acesso em: 29


de maio de 2023.
Vídeo: Matias Damasio - “Amar Angola” disponível em:
https://www.youtube.com/watch?v=wvnJsdbSMb0

ATIVIDADES EM CLASSE
Cada aluno irá produzir um pequeno texto de no mínimo 8 (oito) e no máximo 15 (quinze) linhas, em
25 (vinte e cinco) minutos, com o que eles acharam, entenderam/interpretaram da música. E depois
cada um irá ler na sala de aula, compartilhando assim o que escreveu com os colegas. Será feito
discussões a respeito do que eles colocaram do texto e da música apresentada.
Por fim recolherei os textos para as correções ortográficas e após a correção será devolvido.

9° ANO DATA 09/06/2023 AULA 05

PLANEJADO POR: PROF. Ismael dos Santos Andrade

CONTEÚDO: Jogos e Brincadeiras: Angola e Moçambique


HABILIDADES/OBJETIVOS DE APRENDIZAGEM (BNCC):

(EF35EF03) Descrever, por meio de múltiplas linguagens (corporal, oral, escrita, audiovisual), as
brincadeiras e os jogos populares do Brasil e de matriz indígena e africana, explicando suas
características e a importância desse patrimônio histórico cultural na preservação das diferentes
culturas.
(EF35EF04) Recriar, individual e coletivamente, e experimentar, na escola e fora dela, brincadeiras e
jogos populares do Brasil e do mundo, incluindo aqueles de matriz indígena e africana, e demais
práticas corporais tematizadas na escola, adequando-as aos espaços públicos disponíveis.

Competências Gerais
Valorizar e utilizar os conhecimentos historicamente construídos sobre o mundo físico, social, cultural
e digital para entender e explicar a realidade, continuar aprendendo e colaborar para a construção de
uma sociedade justa, democrática e inclusiva.
Valorizar e fruir as diversas manifestações artísticas e culturais, das locais às mundiais, e também
participar de práticas diversificadas da produção artístico-cultural.

Competências Específicas – Linguagens


1.Compreender as linguagens como construção humana, histórica, social e cultural, de natureza
dinâmica, reconhecendo-as e valorizando-as como formas de significação da realidade e expressão de
subjetividades e identidades sociais e culturais.
5.Desenvolver o senso estético para reconhecer, fruir e respeitar as diversas manifestações artísticas e
culturais, das locais às mundiais, inclusive aquelas pertencentes ao patrimônio cultural da humanidade,
bem como participar de práticas diversificadas, individuais e coletivas, da produção artístico-cultural,
com respeito à diversidade de saberes, identidades e culturas.

Competências Específicas – Educação Física


1.Compreender a origem da cultura corporal de movimento e seus vínculos com a organização da vida
coletiva e individual.
5.Identificar as formas de produção dos preconceitos, compreender seus efeitos e combater
posicionamentos discriminatórios em relação às práticas corporais e aos seus participantes.

DESENVOLVIMENTO DA AULA

Jogos e brincadeiras de Angola e Moçambique

Objetivos:

● Conhecer e valorizar a cultura africana e afro-brasileira por meio de jogos e brincadeiras


populares.
● Desenvolver habilidades motoras, cognitivas, sociais e afetivas por meio da interação lúdica.
● Refletir sobre as semelhanças e diferenças entre os jogos e brincadeiras de diferentes países e
regiões.

Conteúdos:

Jogos e brincadeiras de Angola e Moçambique: Matacuzana, Terra ou Mar e Jogo das Garrafinhas.

Tempo:

● 50 minutos.

Material necessário:
● Giz ou fita crepe para demarcar o chão para a brincadeira Terra ou Mar.
● Pedrinhas ou tampinhas para o jogo Matacuzana.
● Garrafas pets para o Jogo das Garrafinhas
● Papel e caneta para registro.

Desenvolvimento:

● Iniciar a aula apresentando aos alunos os jogos Matacuzana, Terra ou Mar e o Jogo das
Garrafinhas, explicando que eles são jogos e brincadeiras populares de Angola e Moçambique,
respectivamente. Contar um pouco sobre esses países, sua localização, sua história, sua cultura,
sua relação com o Brasil etc. Usar mapas, imagens, vídeos ou outros recursos para ilustrar sua
explicação. (15 min)

Jogo Matacuzana (Moçambique) Brincadeira Terra ou Mar (Moçambique) Jogo das Garrafinhas (Angola)

● Em seguida, a turma será dividida em dois grupos e a partir daí será ensinado as regras dos
jogos. Deixar os alunos experimentarem cada jogo por alguns minutos, alternando os grupos
entre as brincadeiras. Orientar a observar as características dos jogos, como os materiais
utilizados, os movimentos corporais envolvidos, as formas de comunicação entre os
participantes etc. (15 min)
● Após os jogos, reunir a turma em roda e promover uma conversa sobre as experiências
vivenciadas. Questionar sobre o que acharam dos jogos, quais foram as dificuldades e
facilidades encontradas, quais foram as semelhanças e diferenças entre eles, quais foram as
emoções e sentimentos despertados etc. Registrar as principais falas dos alunos no quadro ou
em um cartaz. (20 min)

ATIVIDADES EM CLASSE
● Pedir aos alunos que façam um registro individual sobre os jogos e brincadeiras de Angola e
Moçambique, para que seja entregue na próxima aula de educação física.
● Eles podem escrever um texto narrativo ou descritivo sobre sua experiência com os jogos, um
texto informativo ou opinativo sobre a cultura africana e afro-brasileira, um poema ou uma
música inspirada nos jogos, um desenho ou uma colagem representando os jogos etc.
● Os registros dos alunos serão expostos no sarau.

Referências

BRASIL. Base Nacional Comum Curricular. Brasília: Ministério da Educação, 2018.


CIÊNCIAS HOJE DAS CRIANÇAS. Matacuzana, o que é isso?!?! Disponível em:
https://chc.org.br/acervo/matacuzana-o-que-e-isso-2/. Acesso em: 23 mai. 2023.
COLETIVO DE AUTORES. Metodologia do Ensino da Educação Física. São Paulo: Cortez, 1992.
DOS SANTOS, TIARA GRAÇA. Tradições lúdicas quilombolas. Vitória: Diálogo Comunicação e
Marketing, 2023.

9º ANO DATA 12/06/2023 AULA 06 - 50 minutos

TEMA DO SARAU: Um passeio por África: Havemos de voltar – Potencialidades de África: entre
Angola e Moçambique
CONTEÚDO: Orientações para o sarau

HABILIDADES/OBJETIVOS DE APRENDIZAGEM (BNCC):


● Contribuir para que os alunos conheçam e utilizem elementos constitutivos da linguagem de
forma reflexiva e funcional com autonomia, sendo protagonistas em suas ações.
● Oportunizar o uso da linguagem em diversas situações.
● Despertar no aluno o gosto pela leitura desenvolvendo o comportamento leitor.
● Sondagem sobre os entendimentos do que os alunos aprenderam durante as exposições das
aulas.
(EF69LP38) Organizar os dados e informações pesquisados em painéis ou slides de apresentação,
levando em conta o contexto de produção, o tempo disponível, as características do gênero
apresentação oral, a multissemiose, as mídias e tecnologias que serão utilizadas, ensaiar a apresentação,
considerando também elementos paralinguísticos e cinésicos e proceder à exposição oral de resultados
de estudos e pesquisas, no tempo determinado, a partir do planejamento e da definição de diferentes
formas de uso da fala – memorizada, com apoio da leitura ou fala espontânea.

DESENVOLVIMENTO DA AULA
● O professor irá iniciar a aula perguntando aos alunos se eles sabem o que é uma sarau. Após as
considerações dos estudantes, o professor trará o conceito de sarau e como construir um ao
passo que trará imagens e vídeos para ilustrar.
● Orientar os alunos de como irá ocorrer as apresentações do sarau, ressaltando a importância de
levar seus aprendizados para toda a escola. A partir daí, o professor terá que dividir a turma em
6 grupos de 5 componentes cada para distribuir as tarefas para a produção do Sarau (decoração
do espaço, ensaios e seleção das produções para exposição), tendo em vista que serão
apresentados: Dramatização, Desfile de algumas personalidades negras, Declamação de poemas
de autores/as negros/as, apresentação das descobertas que os estudantes mais acharam
interessantes e desejam compartilhar, para fechar todos cantarão a música: Um Corpo no
Mundo, de Luedji Luna. Luedji Luna - Um Corpo no Mundo .
● Nas apresentações e exposições serão aproveitados alguns materiais produzidos durante as
aulas anteriores, por isso os estudantes devem se articular para organizar o espaço e realizar os
ensaios necessários.
● O professor deve explicar para a turma que como o sarau abrange outras disciplinas, os
professores das mesmas liberaram os alunos das outras aulas para que pudessem se dedicar a
realização desta atividade. E, que cada professor irá supervisionar e apoiar um grupo ou mais
grupos a depender da necessidade.

ATIVIDADES EM CLASSE
● Seleção de cartaz.
● Montagem de slides.
● Orientações e ensaios para as apresentações dos alunos.
● Organização do espaço.

9º ANO DATA 13/06/2023 AULA 07 (tempo integral)

CONTEÚDO: Culminância - Sarau


HABILIDADES/OBJETIVOS DE APRENDIZAGEM (BNCC):
● Posicionar-se como protagonista de ações que contribuem para o bom aproveitamento do
espaço escolar.
● Valorizar e aperfeiçoar a oralidade.
● Aprender a expressar-se num grupo.
● Recitar poesias e contar histórias.
● Apresentar leitura dramatizada e performance.
● Desenvolver a arte visual a partir de intervenção poética
(EF69LP38) Organizar os dados e informações pesquisados em painéis ou slides de apresentação,
levando em conta o contexto de produção, o tempo disponível, as características do gênero
apresentação oral, a multissemiose, as mídias e tecnologias que serão utilizadas, ensaiar a apresentação,
considerando também elementos paralinguísticos e cinésicos e proceder à exposição oral de resultados
de estudos e pesquisas, no tempo determinado, a partir do planejamento e da definição de diferentes
formas de uso da fala – memorizada, com apoio da leitura ou fala espontânea.

DESENVOLVIMENTO DA AULA
● Apresentação do Sarau:
● Música de abertura disponível em: Emicida - Mufete (Web Video) .
● Primeiramente, a professora fará a recepção dos convidados com Coffee Break, com comidas de
origem africana. Em seguida, começará a apresentação do evento dizendo que o sarau foi
constituído pelos alunos do 9° ano do Ensino Fundamental II e convidará toda a comunidade
para prestigiar os trabalhos dos estudantes.
● Para a abertura do sarau Um passeio por África: Havemos de voltar – Potencialidades de
África: entre Angola e Moçambique ser efetivada um dos alunos irá declamar um poema.
● Nesse contexto, a professora irá organizar a ordem de apresentação dos grupos e convidar cada
um para se posicionar em seus lugares:
● 1° a equipe responsável pela dramatização;
● 2° a equipe responsável pelo desfile sobre as personalidades negras;
● 3º a equipe responsável por declamar os poemas dos autores/as negros/as;
● 4º compartilhamento das descobertas que os estudantes acharam mais interessantes no decorrer
das aulas;
● 5º todas as equipes irão se reunir para fazer o encerramento do sarau Um passeio por África:
Havemos de voltar – Potencialidades de África: entre Angola e Moçambique, cantando a
música: Um Corpo no Mundo, de Luedji Luna.
● A professora encerrará o sarau dizendo que foi um prazer receber toda a comunidade para
prestigiar os trabalhos de seus alunos e espera revê-los em breve no próximo evento sediado
pela instituição.
● O sarau Um passeio por África: Havemos de voltar – Potencialidades de África: entre Angola e
Moçambique será transmitido pelo canal do YouTube da unidade escolar.

PÚBLICO ALVO

Coordenadora, gestores, comunidade, professores, funcionários e alunos da escola.

AVALIAÇÃO

O processo de avaliação será contínuo, diagnóstico e processual e acontecerá no decorrer do


desenvolvimento do projeto, tendo como critérios as habilidades e competências desenvolvidas pelos
alunos, no decorrer das atividades, apresentação dos trabalhos em grupo e individual durante a
preparação e execução do Sarau Cultural na escola conveniada.

Referências

LUEDJI LUNA. Um Corpo no Mundo. Disponível em: Luedji Luna - Um Corpo no Mundo
Acesso em: 28 de maio de 2023.

VIII - RECURSOS DE ENSINO


AULA 2- Apresentação dos poemas
Manuel Guedes dos Santos Lima (EXPRIMO-ME PELO SILÊNCIO)

Exprimo-me pelo silêncio


em torno de mim decretado.
Cumpro pena de ausência
por insubmissão
e reincidência.
Vivo no segredo sintonizado de quem me sabe.
Sou
na negação com que me afirmam.
Reconhecem-me omitindo-me,
Logo existo.
Por isso resisto.
O exílio é a Pátria
que me confirma
no meu país confiscado,
onde a Nação abortou.
Oiço-lhe os gritos
e como outrora
busco as sementes de uma nova aurora
entre as raízes
que ainda o são.
Estou presente
Queiram ou não
Os meus huízes.

José Craveririha (PENA)

Zangado
acreditas no insulto
e chamas-me negro.

Mas não me chames negro.

Assim não te odeio.

Porque se me chamas negro


encolho os meus elásticos ombros
e com pena de ti sorrio.

AULA 3 - Apresentação das paisagens

Moçambique
Guia de viagem
Praia do Tofo que inclui paisagens litorâneas e uma praia

Praia do Tofo mostrando paisagens litorâneas, um pôr do sol e uma praia de areia
Praia do Tofo mostrando uma praia de areia e paisagens litorâneas

Praia do Tofo mostrando paisagens litorâneas e uma praia de areia


Maputo
Guia de viagem

Maputo assim como um homem sozinho


Maputo que inclui arte

Maputo caracterizando uma estátua ou escultura assim como um pequeno grupo de


pessoas
Maputo assim como um casal

https://www.expedia.com.br/Mocambique.dx123

ANGOLA
https://travelgest.co.ao/pt/conheca-as-7-maravilhas-de-angola/

Crônica
O que aprendi com a África
Por 360meridianos Postado em 17-02-2015 | Atualizado em 06-05-2018

por Rafael Casagrande Feltrin


Talvez desde pivete, assistindo aos documentários do antológico “Planeta
Terra”, da TV Cultura, o indivíduo que vos escreve já havia despertado
uma sensação de fascínio pela África. Minha imaginação me
teletransportava àquelas paisagens magníficas, safáris e afins; sim, todo o
contexto “clichê” de África que arrebata nosso inconsciente quando ela nos
vem à cabeça. Ainda mais numa criança encantada pelo filme do “Rei
Leão”, o que fazia isso ser, praticamente, um brainstorm sem fim: “Um dia
eu quero ir pra lá” – fazia questão de repetir mil vezes enquanto via um
leão correndo atrás de uma hiena ou algumas girafas correndo sob o pôr do
sol na savana.
Alguns anos depois, dito e feito: entre algumas idas e vindas pelo mundo,
havia chegado a hora dela – e não estou falando do leão, nem da hiena –
me lembro como se fosse hoje, no dia 4 de Janeiro de 2008, às 17:10,
sentado na sala de embarque do aeroporto de Guarulhos, aguardando meu
voo com destino à Joanesburgo, para um curso na Universidade local e
posteriormente uma extensão para Cape Town. Melhor impossível; o
pivete fascinado pela África estava a poucos minutos de ter uma das
melhores experiências da sua vida, que além da realização de um sonho,
viria a ser um amadurecimento único.
Chegando em Jo’Burg (só para os íntimos), me deparei com a cidade de
São Paulo, um pouco mais tumultuada, mas com um trânsito menos
caótico. “Ei, cuidado ao andar por aí, cara, eu sugiro que você pegue um
táxi se quiser ir a algum lugar” foi a frase de boas-vindas que ouvi de um
residente, enquanto aguardava minha bagagem na esteira. Claro que
convém esse tipo de informação, afinal eu estava desembarcando em uma
das cidades mais violentas do mundo, mas, para quem está acostumado
com São Paulo, noção de segurança não é nada que a gente não saiba.
Joanesburgo não para, por nada. A maior cidade da África do Sul tem
horários de pico que me lembravam a Av. Paulista, com músicos em
algumas esquinas tocando saxofone, mas por incrível que pareça, eles são
respeitados e admirados no meio do caos que estiver rolando (diferente de
SP).
Monumentos e lugares repletos de história, o museu do Apartheid – um
bom banho cultural de um país que sorri todas as vezes que pronuncia o
nome “Nelson Mandela”; Pubs e festas de música eletrônica numa
terça-feira, típica de rotina; Joanesburgo era fantasticamente imprevisível
aos olhos de quem estava descobrindo àquele gosto. E claro, como de
praxe, referências ao futebol brasileiro em todo lugar que eu entrava,
vestindo uma camisa da seleção.
Já em Cape Town, concluí que havia encontrado o paraíso. Sem
demagogias ou exagero – entre todos os lugares que já conheci, nada se
compara à energia daquela cidade, não somente pela beleza, como no
clima, no astral e entusiasmo de todo mundo que mora lá. Esse lugar é
daqueles que tem uma certa mágica, um tanto subjetiva, que te faz querer
sentar na areia da praia e pensar “isso é o que eu quero da vida” e
agradecer infinitamente a Deus por aquilo.

Sob uma geografia privilegiada, a cidade é colorida num azul de céu e mar
que se confundem; areia branca e casas de verão perto de grandes rochas,
onde vez ou outra recebem a visita de pinguins. A Cidade do Cabo é
cativante, desse jeito mesmo. E não há preço ou valor algum, que pague o
sol nascendo entre as montanhas. E eu fui abençoado ao trazer aquilo pro
meu mundo. E meus sonhos da época de pivete também me agradeciam a
cada sol que nascia e que se punha. Vivendo lá, o roteiro foi muito além
dos sonhos, Moçambique, Zimbábue; claro que o “ex-pivete” foi parar
onde sempre quis: no meio da savana, vendo leões, búfalos, elefantes e
tudo o que seu coração tinha guardado há anos.

Também conheci o que o outro lado da moeda chama de África e, este não
existia nos meus sonhos quando assistia ao “Planeta Terra” na TV, quem
dirá o “Rei Leão”. Vi o racismo explícito, muitos reflexos do Apartheid
que existem até hoje, a pobreza extrema, vi um lugar onde o contraste
social é desumano, o que me tornou muito mais humano, me fez olhar para
dentro.
Não é um lugar perfeito, porém, no fim das contas a África me rendeu
muito além do que eu imaginava. Nessa equação de aprendizado, o
autoconhecimento e a sensação que esse tal continente me proporcionou, é
algo que eu já guardei pra sempre. É onde eu já deixei boa parte de mim.
Assim, no dia em que voltar, quem sabe aquele pôr do sol esteja mais
bonito ainda.
https://www.360meridianos.com/2015/02/o-que-aprendi-com-a-africa.html

Para a pesquisa e apresentação serão necessários:

- Acesso a internet;
- Computador/notebook/celular
- Livros, revistas;
- Cartolina, cola, tesoura, piloto, lápis, borracha;
- Dicionário
- Caixa de som.

REFERÊNCIAS

BRASIL. Ministério da Educação/Secad. Diretrizes curriculares nacionais para a


educação das relações étnico-raciais e para o ensino de história e cultura afro-brasileira
e africana na educação básica. 2004. Disponível em:
https://www.scielo.br/j/eh/a/59tmSkhj3wzhwrCrdgC4cvx/?lang=pt#:~:text=Tanto%20os%20
%22Par%C3%A2metros%20curriculares%20nacionais,corre%C3%A7%C3%A3o%20de%20
desigualdades%20hist%C3%B3ricas%20na Acesso em: 19 de maio de 2023.

FARIAS, Úrsula Pinto Lopes de; OLIVEIRA, Luiz Fernando de. A África e o negro nos
anos iniciais do ensino fundamental: desafios para a escola. Educação e Relações
Étnicos-Raciais. DP et Alii, 2014, p. 87-102.

PLANALTO. Presidência da República – Casa Civil – Subchefia para Assuntos


Jurídicos. Disponível em: L10639 (planalto.gov.br). Acesso em: 19 de maio de 2023.

Você também pode gostar