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LUBRIFICAÇÃO

1
LUBRIFICAÇÃO Vermelho Amarelo
T/A FROTA
900%
800%
700% 2
600%
500%
400%
300%
200%
100%
0%
2000 2002 2004 2006 2008 2010 2012 2014
FONTE: ANFAVEA
Crescimento da frota brasileira: 60% em 14 anos
Crescimento da frota de T/A: 850 % em 14 anos
LUBRIFICAÇÃO
IDENTIFICAÇÃO DAS TRANSMISSÕES

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LUBRIFICAÇÃO

4
LUBRIFICAÇÃO

5% - FALHA DE PROJETO
5

45% - MANUTENÇÃO INADEQUADA

50% - MAU USO

CAUSAS PRINCIPAIS DE QUEBRA DE


UMA TRANSMISSÃO AUTOMÁTICA
LUBRIFICAÇÃO

UTILIZAÇÃO DA ALAVANCA
SELETORA
LUBRIFICAÇÃO

PRINCIPAIS FUNÇÕES DO ATF:


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• TRANSFERIR TORQUE DO MOTOR PARA A TRANSMISSÃO
• LUBRIFICAÇÃO DOS COMPONENTES INTERNOS
• GERAÇÃO DE PRESSÃO PARA APLICAÇÃO DAS
EMBREAGENS E FREIOS
• GERAÇÃO DE MOVIMENTO PARA AS VÁLVULAS DO CORPO
DE VÁLVULAS
• VEDAÇÃO INTERNA
• REMOÇÃO DO CALOR GERADO PELOS COMPONENTES DA
TRANSMISSÃO.
• LIMPEZA DOS COMPONENTES INTERNOS
LUBRIFICAÇÃO

REQUISITOS PARA O ATF

• COEFICIENTE DE ATRITO 8
CORRETO
• NÃO POSSUIR TENDÊNCIA À FORMAÇÃO DE ESPUMA
(BOLHAS)
• FLUIDEZ EXCELENTE À BAIXAS TEMPERATURAS
• POUCA ALTERAÇÃO DO ÍNDICE DE VISCOSIDADE
• NÃO POSSUIR TENDÊNCIA À FORMAÇÃO DE LAMA OU
VERNIZ (BORRA)
• NÃO SER AGRESSIVO AOS MATERIAIS DE VEDAÇÃO
LUBRIFICAÇÃO
1. COEFICIENTE DE ATRITO CORRETO

A embreagem multidisco atuada hidraulicamente é um item


interno da transmissão, e o 9ATF é usado quando de sua
aplicação ou desaplicação,. Desde que o ATF contém
substâncias que geram atrito, ele também contribui para
prolongar a vida útil dos discos e cintas das embreagens e
freios da transmissão automática. Assim sendo, uma atenção
especial é dada às características de atrito nos testes de
certificação de qualidade do ATF. É necessário que as
características de atrito do ATF devam ser contrabalanceadas
com a devida oleosidade. Também, os coeficientes de atrito
estático e dinâmico deverão estar corretamente balanceados
entre si.
LUBRIFICAÇÃO

1. COEFICIENTE DE ATRITO CORRETO


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Por exemplo, se o coeficiente de atrito dinâmico for muito
pequeno, haverá tendência de ocorrer patinação quando a
embreagem ou o freio for aplicado e isto causará um tempo de
mudança mais longo,. Se o coeficiente de atrito estático for
muito grande, uma mudança drástica de torque poderá ocorrer
no final da sequencia de aplicação, produzindo um choque na
mudança (tranco) e fazendo com que o motorista tenha uma
sensação desagradável durante as mudanças.
LUBRIFICAÇÃO
1. COEFICIENTE DE ATRITO CORRETO

Conforme mencionado, o ATF executa um papel importante na


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operação da transmissão automática. Também, ele afeta diretamente
o material de atrito dos discos de embreagem. Perceba portanto, que
um cuidado especial deve ser tomado quando você selecionar um ATF
para uso em uma transmissão automática.. Não é somente o custo do
litro de ATF que tem de ser levado em conta na hora da reposição,
mas também os efeitos adversos que um fluido mais barato e não
recomendado poderá causar se for utilizado sem critério. Por isso se
recomenda utilizar o fluido ATF recomendado pelo fabricante do
veículo ou da transmissão, que fez os devidos testes e sabe destes
efeitos muito bem.
LUBRIFICAÇÃO

2. NÃO POSSUIR TENDÊNCIA À FORMAÇÃO DE ESPUMA

Se houver produção de bolhas ou 12espuma no ATF, a sucção da bomba de


óleo será reduzida e também haverá uma diminuição na pressão do
sistema devido à intrusão de ar no sistema (cavitação). Quando ocorre
deterioração das condições de trabalho do circuito hidráulico, a aplicação
e desaplicação das cintas de freio e embreagens da transmissão não
ocorrem suavemente e haverá patinação da embreagem ou freio. Quando
a viscosidade do ATF é alta, poderá haver a ocorrência de bolhas. Para
evitar este efeito adverso, um ATF com menor índice de viscosidade é
utilizado nas transmissões automática. Normalmente se adiciona um
aditivo ao ATF destinado a quebrar a tensão superficial do liquido ATF,
chamado de ANTI-ESPUMANTE.
LUBRIFICAÇÃO

3. FLUIDEZ EXCELENTE A BAIXAS TEMPERATURAS

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Se a viscosidade do ATF for alta a baixas temperaturas, o desempenho do
circuito hidráulico será muito baixo. Em particular, se o desempenho da
bomba de óleo diminui, a pressão hidráulica gerada por ela diminuirá
também nas válvulas de controle causando patinação das embreagens e
danificando-as. Por isto se exige que a viscosidade do ATF não aumente
mesmo à baixas temperaturas.
Portanto o ATF deverá variar muito pouco sua fluidez à medida que a
temperatura da transmissão se altera, para que o desempenho da
transmissão não se altere.
LUBRIFICAÇÃO

4. EVITAR A FORMAÇÃO DE BORRAS


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Uma vez que o ATF sofre aquecimento durante sua operação, é
necessário que seja minimizada a produção de borras. Se houver
depósitos de borra nas embreagens multidisco e freios, haverá
tendência à patinação das embreagens e cintas. Também a borra no
corpo de válvulas de controle causará mal funcionamento de todo o
sistema. Para prevenir este tipo de problema, é necessário se utilizar
ATFs que possuam em sua formulação um aditivo que elimine a
formação de borras.
LUBRIFICAÇÃO

5. POUCAS ALTERAÇÕES NO ÍNDICE DE VISCOSIDADE

A viscosidade do ATF deverá15se alterar muito pouco entre a


temperatura mais baixa e a temperatura mais alta. Quer dizer, é
necessário que se use o ATF possuindo um alto índice de viscosidade,
e não uma alta viscosidade. Quanto maior o índice de viscosidade,
menor as mudanças de viscosidade em função da temperatura. A
viscosidade do ATF deverá ser baixa à baixas temperaturas conforme
mencionado antes, e também não poderá variar significativamente
quando a temperatura aumentar. De outro modo, um efeito adverso
será sentido na lubrificação das diversas peças internas da
transmissão.
LUBRIFICAÇÃO

6. NÃO ATACAR OS MATERIAIS DE VEDAÇÃO


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Uma grande variedade de materiais de vedação é utilizada numa
transmissão automática. Se estes materiais endurecerem, deformarem ou
encolherem, haverá problemas de funcionamento da transmissão. Por
exemplo, se um anel de borracha no conjunto do pistão de uma
embreagem estiver danificado, será impossível andar com o veículo. Se
qualquer outra peça de vedação estiver estragada, o ATF poderá vazar.
Para prevenir tais problemas, é necessário que o ATF não ataque os
materiais de vedação feitos em borracha, plástico, teflon, etc.
LUBRIFICAÇÃO

PADRÕES INDUSTRIAIS PARA O ATF


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Na indústria automotiva, existem até hoje dois padrões representativos
para o ATF. O especificado pela GM e o outro pela FORD. O ATF utilizado
nos veículos GM é chamado comercialmente de DEXRON, e os utilizados
em veículos FORD são chamados de MERCON ou TIFO F. Muitos tipos de
ATFs fornecidos pelos fabricantes de lubrificantes são produtos que foram
aprovados pela GM ou pela FORD. Nos anos mais recentes, contudo, os
fabricantes de automóveis estão se voltando para a utilização de seu
próprio ATF ao invés de utilizarem ATFs aprovados por estas duas
montadoras somente. A tabela a seguir mostra o progresso no
desenvolvimento do ATF pela GM e pela FORD apenas como referência.
LUBRIFICAÇÃO

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Circuito de lubrificação típico


LUBRIFICAÇÃO

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LUBRIFICAÇÃO
ANO GENERAL FORD
MOTORS
1949 TIPO A -
20
1957 TIPO A, SUFIXO -
A
1959 -- M2C33A/B
1961 -- M2C33C/D
1967 DEXRON --
1972 DEXRON --
1973 DEXRON II MERCON G

1975 DEXRON II MERCON J


1988 DEXRON III MERCON IV
2002 DEXRON VI MERCON V
LUBRIFICAÇÃO
Comparação entre características de atrito dos fluidos GM e
FORD

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LUBRIFICAÇÃO
TENDÊNCIAS RECENTES

1. Tamanho dos câmbios ficando menor. Menos fluido, maior


temperatura 22
2. Para que fluido seja compatível com circuitos eletrônicos, variação
na viscosidade e características de atrito do ATF devem ser
minimizadas. Desta maneira, requisitos de qualidade do ATF são
mais severos.
3. Novos materiais de atrito, necessitando de fluidos que atendam
requisitos dos materiais modernos.
4. Conversores de torque com otimização de desempenho, e tolerância
à patinação da embreagem do conversor de torque, tornando
necessário que fluido trabalhe sob condições muito mais severas de
utilização.
LUBRIFICAÇÃO
IMPORTANTE !!!!

1. O profissional de lubrificação deve informar ao cliente que o


processo de troca do fluido da23transmissão é diferente do processo
de troca de óleo do motor. A quantidade e o processo de troca do
fluido da transmissão automática demandam mais tempo e nem
sempre o cliente poderá esperar o veículo aguardando na recepção,
pois algumas transmissões devem estar dentro de uma faixa de
temperatura padrão (algumas mais frias, outras mais quentes) para
que a troca seja feita com qualidade.

2. O não cumprimento destas exigências resultará em erro de nível e


consequente dano à transmissão e prejuízo ao cliente e ao técnico.
LUBRIFICAÇÃO

DIFERENÇAS NA LUBRIFICAÇÃO ENTRE ÓLEO DE MOTOR E DE


TRANSMISSÃO AUTOMÁTICA.
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ÓLEO DE MOTOR: No motor, o cárter de óleo serve para armazenar o
óleo utilizado pelo mesmo. O óleo é sugado pela bomba de óleo, e
partículas sólidas (abrasivas) contidas nele são retidas pela peneira do
pescador que faz parte do circuito de lubrificação. Adicionalmente, após
o óleo ser pressurizado pela bomba de óleo, ele é filtrado através do
elemento filtrante e então distribuído à cada peça móvel para
lubrificação. Se o elemento filtrante entupir (por não ter sido substituído
há muito tempo), uma válvula de desvio garante a lubrificação do
sistema diretamente às peças móveis, mesmo sem filtragem.
LUBRIFICAÇÃO
DIFERENÇAS NA LUBRIFICAÇÃO ENTRE ÓLEO DE MOTOR E DE
TRANSMISSÃO AUTOMÁTICA

ATF: Na transmissão automática, o ATF armazenado no cárter de óleo é


filtrado através do filtro, da mesma25maneira que o óleo do motor. Porém,
este filtro é diferente em princípio, daquele utilizado no motor. Este
filtro consiste de uma tela metálica muito fina ou feltro. Desde que está
habilitado a filtrar partículas muito pequenas e pó com alta eficiência, é
muito mais propenso a ficar obstruído. Se o filtro entupir, se torna
impossível aspirar fluido ATF pela bomba pois não existe válvula de
desvio na transmissão. Assim sendo, um filtro obstruído faz com que a
pressão do sistema diminua, causando patinação e danos aos elementos
de aplicação.
No motor, se ocorrer uma lubrificação anormal e queda de pressão, o
interruptor de pressão do óleo do motor sinalizará esta condição e
acenderá uma lâmpada no painel alertando o motorista. Em contraste,
mesmo se ocorrer uma lubrificação anormal na transmissão, este tipo de
aviso não é dado ao motorista. Uma vez que haja obstrução do filtro do
ATF, ele não poderá ser recuperado pela simples troca do ATF.
LUBRIFICAÇÃO
CAUSAS DE OBSTRUÇÃO NA TRANSMISSÃO AUTOMÁTICA

Diferente do motor, a transmissão automática utiliza força de atrito


para transmissão de torque. Assim sendo, a embreagem multidisco
26 de freio trava as engrenagens do
realiza a mudança de marchas, e a cinta
conjunto. Materiais de atrito são empregados neste componentes. É
normal que partículas de pó das cintas e discos de compósito sejam
produzidas durante o trabalho deles. Também, desde que o contato
destes materiais é realizado com discos ou tambores metálicos, pó
metálico também é liberado durante o trabalho. Quer dizer, estas
partículas ficam em suspensão no ATF que circula pelo câmbio.
Para a remoção deste pó metálico (pó gerado pelo desgaste), a
transmissão automática é equipada com um ou vários ímãs que coletam
este material.
A renovação do ATF garante que a transmissão continue limpa e livre
destes materiais contaminantes.
LUBRIFICAÇÃO
CARACTERÍSTICAS DE ATRITO DO ATF

1. O ATF fornece lubrificação e arrefecimento aos discos e cintas da transmissão.


2. Como o ATF possui promotor de atrito, ao ser pressionado o elemento de
27 do componente, travando-o em seu
fricção, ele aumentará a força de atrito
elemento correspondente sem patinar.
3. Quanto o componente é liberado, o ATF por ser lubrificante, executa trabalho
inversor, eliminando o atrito entre os componentes móveis.
4. Durante a aplicação do componente, o ATF também age como elemento que
suaviza o choque da aplicação entre elementos. Esta característica diminui ao
longo da vida útil do ATF.
5. O ATF também reduz o tempo de aplicação dos elementos. Um tempo de 0,5
segundo é desejável, porém se este tempo ultrapassar 1,0 segundo, a
embreagem patinará, causando danos aos discos e cintas.
6. Durante a troca do ATF, se um ATF de boa qualidade, compatível for utilizado,
porém a condição interna dos discos ou cintas e/ou tambores estiver
deteriorada (empenada), esta deformação diminuirá a força de atrito, pela
diminuição da superfície de trabalho, causando queima dos componentes. Em
uma reforma, a condição de todos estes componentes deve ser verificada
cuidadosamente.
LUBRIFICAÇÃO
MANUTENÇÃO DO ATF – POSSÍVEIS CAUSAS DE DETERIORAÇÃO
DO ATF

1. Aumento da temperatura do 28fluido devido à superaquecimento do


motor ou uso severo da transmissão.

2. Patinação dos conjuntos de embreagens e freios.

3. Degradação do ATF devido à sua utilização prolongada sem troca.

A característica de atrito do ATF é degradada significativamente pelo


aumento da temperatura do ATF. Se o veículo funciona em regime de
tráfego intenso no anda e para da cidade e congestionamentos por
longos períodos ou em um circuito de montanha ou puxando
reboques, a temperatura do ATF aumenta grandemente. No caso de
um congestionamento pesado, a temperatura do ATF pode aumentar
para mais de 120º C, promovendo a oxidação do ATF.
LUBRIFICAÇÃO
MANUTENÇÃO DO ATF – POSSÍVEIS CAUSAS DE DETERIORAÇÃO
DO ATF
29
Quando o ATF sofre oxidação, depósitos de borra ou goma são gerados e
aderem aos discos e cintas, causando patinação. É muito difícil
determinar a frequência com que o ATF deve ser substituído (pela
distância percorrida). Desta maneira o ATF deve ser verificado quanto à
oxidação (deterioração) frequentemente. Neste verificação julga-se sua
coloração e odor, bem como presença de goma ou borras.
Para manter o ATF em boas condições, deve-se portanto substituí-lo
periodicamente. É muito difícil de entender, tecnicamente falando, como
alguns fabricantes de automóveis dizem que suas unidades não
necessitam de substituição do ATF. Em termos de características de
atrito do ATF, sempre será uma boa estratégia substituí-lo
periodicamente.
LUBRIFICAÇÃO
ARREFECIMENTO DO ATF

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O ATF é alimentado desde a saída da bomba até o conversor de
torque, que é utilizado como importante meio de transmissão de
potência. Desde que o trabalho do conversor gera muito calor por
atrito, a temperatura do ATF aumenta inevitavelmente. Assim, é
necessário fazer com que o ATF saia do conversor de torque para ser
arrefecido. Normalmente o ATF é forçado para fora do conversor
através de uma tubulação metálica até o radiador ou trocador de
calor do ATF, que pode ou não ser construído junto com o radiador
do motor. Após o ATF ter sua temperatura reduzida, ele volta a
circular pela linha de retorno até a transmissão para cumprir sua
missão de lubrificação nas peças internas.
Conforme percebemos, a limpeza das linhas de arrefecimento e do
radiador é um dos itens principais na manutenção do ATF.
LUBRIFICAÇÃO
INFLUENCIA DA TEMPERATURA NA VIDA ÚTIL DO ATF

Teste simultâneo entre Japão e Estados Unidos indicou certos


comportamentos do ATF:
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1. Com 80º C de temperatura média, o ATF é utilizável até 84.000
quilômetros ou mais.
2. Com 100º C de temperatura média, o ATF é utilizável até 80.000
quilômetros.
3. Se o ATF for utilizado em temperatura média de 115º C, ele
acumulará muito mais verniz e deverá ser trocado após somente
40.000 quilômetros.
4. Em temperaturas acima de 135º C, haverá patinação de discos e
cintas e o ATF deverá ser trocado após somente 6.400 quilômetros,
indicando assim como o ATF se deteriora em função da temperatura
de trabalho.
Desta maneira, é vital a substituição em períodos de troca especificados,
aumentando a frequência à medida que a transmissão trabalha mais
severamente, para evitar danos ao sistema inteiro. A limpeza dos
componentes neste caso é essencial.
LUBRIFICAÇÃO
PROCEDIMENTO PARA VERIFICAÇÃO DO ATF

Embora as transmissões modernas apresentem maneiras diferentes de


se conferir o nível e a qualidade do ATF, um procedimento padrão das
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transmissões , de uma maneira geral, é o seguinte:
• Veículo em um elevador, numa superfície plana.
• Aquecer o veículo até a temperatura normal de trabalho. (70-80º C)
• Motor funcionando em marcha lenta
• Alavanca seletora passando por todas as posições e voltando em “P”.
• Retire a vareta medidora, limpe-a e insira novamente, medindo
então o nível. Ele deverá estar entre as marcas “MIN” e “MAX” da
vareta.
• Algumas transmissões não possuem vareta de nível, e portanto, para
verificação do nível ou abastecimento, deve-se seguir o
procedimento do manual de serviço.
• Dependendo do tipo de fluido, também esta verificação deve ser feita
com o veículo frio ou a uma determinada temperatura. Novamente,
o manual de serviço deverá ser consultado.
LUBRIFICAÇÃO
PROCEDIMENTO PARA VERIFICAÇÃO DO ATF

Alguns cuidados deverão ser tomados durante o procedimento de


verificação do fluido ATF:
• Certifique-se de que não haja excesso
33 de fluido na transmissão.
Fluido em excesso é mais prejudicial do que falta de fluido na
transmissão.
• Falta de fluido também ocasiona falhas no funcionamento da
transmissão, tais como patinação em lombadas e ladeiras, com
consequente queima dos componentes internos da caixa.
• Nunca utilize estopa ou panos que liberem fiapos na limpeza da
vareta medidora ou do tubo de abastecimento, para evitar
obstrução do filtro e corpo de válvulas.
• Meça o ATF algumas vezes em uma superfície plana.
• Dê tempo para que o ATF escorra no cárter antes de repetir a
medição, caso o nível tenha de ser completado.
LUBRIFICAÇÃO
MANEIRAS DE SE SUBSTITUIR O FLUIDO ATF DA TRANSMISSÃO

A conexão da mangueira de retorno do radiador do veículo pode ser


utilizada para drenar o fluido da transmissão velho e repor o novo com
aproximadamente 90% de eficiência. 34 Deve-se remover o tubo de
retorno que sai do radiador e entra na transmissão, e conectar um
dispositivo adaptador nele, com uma restrição de aproximadamente 1,5
mm. Posicione um reservatório limpo por baixo do adaptador e
funcione o motor. O ATF velho irá ser recolhido pelo reservatório. Ao
mesmo tempo, vá abastecendo na mesma proporção com fluido novo o
que for sendo retirado da transmissão. Caso necessite substituir o filtro,
pare o motor assim que todo o fluido velho for retirado do cárter.
Faça a limpeza do cárter, substitua o filtro, limpe as mangueiras e
reponha a mesma quantidade de fluido novo no cárter antes de ligar
novamente o motor. Vá abastecendo a transmissão à medida que o
fluido continua sendo trocado até que o fluido novo saia pelo adaptador.
No próximo slide temos uma descrição visual deste processo.
LUBRIFICAÇÃO

35
LUBRIFICAÇÃO

• Aumento da pressão interna gerada pela


bomba, para evitar patinação.
36

•Pressão de linha normal: 60-80 psi (4,0 - 5,5


bar)
•Pressão de linha na posição 1 e Ré: 210-240
psi (14,0 - 16,0 bar)
•Aplicação de um elemento de reforço interno.
(Freio de baixa e Ré).
USO SEVERO – MODIFICAÇÃO DAS
PRESSÕES INTERNAS
LUBRIFICAÇÃO

•Transmitir torque do motor às rodas (conversor)


•Gerar pressão para aplicação
37 dos conjuntos.
•Eliminar atrito (lubrificação)
•Trocar calor (arrefecimento)
•Limpar
•Vedar (folga de válvula - 0,002 a 0,005 mm)

FUNÇÕES DO FLUIDO EM UMA


TRANSMISSÃO AUTOMÁTICA
LUBRIFICAÇÃO
ANÁLISE DO ATF PELA COLORAÇÃO
Retirar um pouco do ATF para análise e observar o seguinte:
• Coloração metálica ou limalhas – ATF indica que houve deterioração de
algum componente interno da transmissão e sua quebra é iminente.
SOLUÇÃO: Reforma da transmissão. 38
• Coloração vermelha ou marrom clara e translúcida – ATF indica que
transmissão está com boa saúde e não há aparente dano em seus
componentes.
• Coloração marrom escura – ATF indica que transmissão foi submetida
a uso severo e o excesso de temperatura causou acúmulo de verniz,
indicado por sua coloração. Neste caso o ATF deverá ser substituído por
um novo imediatamente.
• Coloração preta e ausência de transparência – Indica contaminação por
pó de discos e cintas, ou pó metálico das buchas ou engrenagens. Isto
gera patinação e ruídos anormais. Neste caso, a transmissão deverá ser
reformada imediatamente, caso contrário os componentes internos
sofrerão danos consideráveis, aumentando as custas do reparo
posterior.
LUBRIFICAÇÃO
ANÁLISE DO ATF PELA COLORAÇÃO
• Coloração preta e ausência de transparência – (continuação) Mesmo
que a transmissão esteja se comportando normalmente, as peças
internas do câmbio sofrerão desgaste acentuado devido ao ATF
apresentar partículas sólidas e/ou39metálicas em suspensão. SOLUÇÃO:
A transmissão deverá ser reformada.
• ATF denso como xarope, fluidez de verniz – Caso o ATF tenha sido
exposto a altas temperaturas por muito tempo, o ATF se tornará
altamente viscoso como verniz. Neste estado, as peças que utilizam os
discos de embreagem e cintas já estão desgastadas e danificadas
extensamente. Pode ser perigoso substituir o fluido e o cliente deverá
ser informado disto. O verniz causa patinação das embreagens e
travamento das válvulas do corpo, danificando inclusive o conversor de
torque.
• Coloração opalescente ou leitosa – Se houver água misturada com o
ATF, a coloração indicará isto. Isto geralmente ocorre quando o
radiador é danificado pela falta de manutenção do sistema de
arrefecimento. Neste caso, só há uma solução: REFORMA completa da
transmissão, uma vez que a água destrói os componentes de vedação,
aço, ferro fundido, eixos, etc. através da oxidação destes componentes.
LUBRIFICAÇÃO FLUIDO
NOVO

40

DIAGNÓSTICO DA TRANSMISSÃO
ATRAVÉS DO FLUIDO
LUBRIFICAÇÃO TRANSMISSÃO
EM BOM ESTADO

41

DIAGNÓSTICO DA TRANSMISSÃO
ATRAVÉS DO FLUIDO
LUBRIFICAÇÃO TRANSMISSÃO
COM ÁGUA

42

DIAGNÓSTICO DA TRANSMISSÃO
ATRAVÉS DO FLUIDO
LUBRIFICAÇÃO

TRANSMISSÃO
43 DANIFICADA

DIAGNÓSTICO DA TRANSMISSÃO
ATRAVÉS DO FLUIDO
LUBRIFICAÇÃO

44
LUBRIFICAÇÃO

45

Quebra de uma transmissão cujo fluido não


foi trocado no prazo correto. (FALHA DE
LUBRIFICAÇÃO).
LUBRIFICAÇÃO

46

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