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ESCOLA MUNICIPAL 9º ANO

NARCISO ALMEIDA
CONTEÚDO: DISCIPINA AUL
: A:
EVOLUÇÃO DOS SERES
VIVOS CIÊNCIAS 01
NÍVEL PROFESSORA:
ENSINO FUNDAMENTAL CHRISTIANE ROSE P. M.
II MOREIRA
Fósseis: registros do passado
• Para saber um pouco mais sobre a história do nosso planeta, os
cientistas procuram registros do que ocorreu no passado.
• Na investigação científica, os fósseis são muito importantes. Eles
são vestígios deixados por seres que viveram há muito tempo.
• Os fósseis são objeto de estudo da Paleontologia, ramo da Ciência
que reúne, analisa e interpreta evidências sobre as formas de
vida do passado do planeta. Vasculhando as grandes formações
sedimentares, os paleontólogos encontram esses registros de
tempos remotos, dispostos, geralmente, de acordo com a data de
sua formação.
• Normalmente, as camadas mais profundas guardam registros de
tempos mais distantes, e as cama das superficiais, registros de
um passado mais recente.
O conceito de evolução

• Observando os fósseis, percebeu-se que muitas espécies de seres


vivos do passado não existem mais. Os atuais organismos apresentam
algumas semelhanças com esses ancestrais que, por alguma razão,
desapareceram do nosso planeta, ou seja, foram extintos.
• Os muitos fósseis que já foram encontrados e estudados contêm
evidências de que, com o passar de muitas e muitas gerações, os
seres vivos foram sofrendo modificações até chegar aos que hoje
povoam a Terra.
• Esse processo de sucessivas modificações ao longo do tempo, que
deu origem aos seres atualmente existentes, é chamado evolução.
• Mas como acontece a evolução? Vários cientistas já tentaram
responder a essa pergunta. Duas respostas serão mencionadas aqui: a
de Lamarck e a de Darwin.
A explicação lamarckista para evolução

• Em 1809, Jean-Baptiste de Lamarck sugeriu que a explicação para as


evidências presentes nos fósseis seria o fato de os seres vivos evoluírem
ao longo das gerações.
• Propôs que, quando um organismo usa algumas de suas partes, elas se
desenvolvem mais do que aquelas que são menos usadas e que essas
novas características adquiridas passariam para os descendentes.
• No entanto, não há evidências de que novas características adquiridas
em vida por um organismo passem para os descendentes e, por isso, a
explicação lamarckista NÃO é aceita atualmente pelos cientistas.
• O mérito de Lamarck foi admitir, em sua época, que os seres vivos
evoluem.
A explicação darwinista para evolução

• Em dezembro de 183,Charles Darwin, com 22 anos, ele


se juntou à tripulação do navio Beagle, cuja missão era
mapear o litoral da América do Sul.
• Em cinco anos de viagem, Darwin ocupou muito de seu
tempo coletando amostras de fósseis, observando
espécies animais e plantas, seu comportamento e suas
adaptações.
• Terminada a jornada, ele pôde elaborar sua proposta de
explicação para a evolução dos seres vivos, que publicou
em 1859 no livro intitulado A origem das espécies por
meio da seleção natural (frequentemente chamado
apenas de A origem das espécies).
• Darwin percebeu que os seres vivos em geral têm grande facilidade para
gerar descendentes, mas, entre esses, nem todos conseguem sobreviver
até que possam produzir seus próprios descendentes.
• Ele notou que os descendentes de um ser vivo não são todos exatamente
iguais — ao contrário, sempre apresentam pequenas diferenças
individuais.
• E concluiu que algumas dessas diferenças são hereditárias (herdadas dos
ancestrais) e podem, em princípio, ser transmitidas aos descendentes.
• Segundo as ideias darwinistas, em qualquer espécie de seres vivos, alguns
indivíduos possuem características que os tornam mais aptos a sobreviver
do que outros em determinado ambiente.
• Os indivíduos mais aptos têm maiores chances de chegar à vida adulta e,
consequentemente, de transmitir essas características aos seus
descendentes.
• O ambiente, com seus fatores vivos e fatores não vivos, favorece os organismos mais aptos
a enfrentá-lo. Assim, ao longo das gerações, ocorre o que Darwin chamou de seleção
natural dos indivíduos mais adaptados ao ambiente.
• Para exemplificar, suponha que uma determinada espécie de inseto, cujos indivíduos são
verdes, viva numa região do litoral, coberta por mata verde. Isso aparece na figura A .
• Os indivíduos dessa população de insetos cruzam uns com os outros e sempre aparecem
novos indivíduos, com pequenas variações individuais, por exemplo na cor.
• Um novo indivíduo que seja verde-amarelado estará menos camuflado na folhagem.
Também serão mais facilmente
predados os indivíduos que tenham cor
verde mais escura (veja a figura B ).
O ambiente favorece os indivíduos mais
adaptados a ele.
Como se formam novas espécies?

• A teoria da seleção natural permite explicar o


surgimento de novas espécies a partir de espécies
anteriores. Para isso, voltemos ao exemplo dos insetos
no litoral (figuras A e B ).
• Considere que, com o passar de milhares de anos, as
condições da região se modifiquem e uma parte desse
litoral seja inundada pelo mar, separando a população
em duas partes, uma das quais fique isolada numa ilha.
• Considere, também, que alterações do clima façam
com que a ilha tenha condições tais que favoreçam o
crescimento de árvores com folhas verdes mais escuras
e que, no continente, sejam favorecidas plantas com
folhas ligeiramente amareladas, como ilustrado na
figura C .
Como se formam novas espécies?

• Na ilha, pela seleção natural, serão favorecidos os


indivíduos de cor verde mais escura e, no continente, os
indivíduos mais amarelados.
• Com o passar de milhares de anos, teremos populações
com cores distintas (figura D ). Além da cor, muitas
outras características podem ter sido alteradas como
decorrência da seleção natural, que favorece os
indivíduos mais aptos a enfrentar cada ambiente.
• Poderá chegar um momento em que ambas as populações
terão diferenças suficientemente grandes a ponto de, se
colocadas em contato, não conseguirem mais cruzar
entre si originando descendentes férteis. Nesse
momento, elas passaram a ser duas espécies diferentes,
que se originaram de uma mesma espécie ancestral.
A evolução não é um processo
individual
• A evolução não ocorre com um só indivíduo, mas sim nas populações e
ao longo das gerações.
• A seleção natural favorece a sobrevivência e a reprodução dos
indivíduos de uma população que têm características que os tornam
mais bem adaptados ao ambiente.
• Ao longo do tempo, a frequência de indivíduos que apresentam as
características favoráveis tende a aumentar na população.
Darwin inspirou-se na seleção artificial

• Um criador de gado leiteiro possui várias vacas e um único touro.


• Ele seleciona as melhores vacas leiteiras — as que produzem mais leite — e
permite que apenas elas cruzem com o touro.
• Das novas vacas descendentes desses cruzamentos, apenas as melhores são
cruzadas novamente.
• Agindo assim, se a capacidade de produzir mais leite for uma característica
herdável, o ser humano pode, ao longo de várias gerações de vacas, selecionar
propositadamente as qualidades desejadas para os novos descendentes.
• Esse exemplo ilustra o processo de seleção artificial, usado pela humanidade
desde os tempos mais remotos para produzir animais e plantas mais adequados
às suas próprias necessidades.
Árvores filogenéticas

• A história da vida na Terra tem sido gradualmente desvendada pelos


cientistas, sobretudo por meio do estudo dos fósseis. Alguns dos
acontecimentos marcantes dessa história já são conhecidos e permitem
montar esquemas como o seguinte.
• Durante a evolução, novas espécies surgem a partir de espécies ancestrais, e isso
pode ser representado por meio das árvores filogenéticas.
• A seguir aparecem dois modos possíveis de fazer esse tipo de representação.
• Os cientistas utilizam muitas
evidências para montar as
árvores filogenéticas.
• Entre elas, uma das mais úteis
é a análise e comparação da
composição do material
genético das espécies.
• As espécies mais próximas
evolutivamente têm maior
semelhança de material
genético do que as mais
distantes.
A origem da vida na Terra

Há várias concepções sobre o tema:

• Como surgiu a vida?


• Essa é uma pergunta que sempre intrigou a humanidade e que já foi respondida de muitas
maneiras diferentes em diversas épocas e culturas. Encontramos respostas a essa pergunta no
folclore de muitos povos, nas doutrinas de várias religiões e nos livros científicos.
• E, ao comparar todas essas respostas, percebemos que elas são bem diversas.

A resposta da Ciências é bastante peculiar

O que distingue a maneira como os cientistas tentam responder a essa pergunta do modo
como ela é respondida por não cientistas é que a Ciência realiza experimentos para
descobrir eventuais falhas nas suas teorias, ou seja, nas suas propostas de explicação.
A origem da vida na Terra

Uma proposta cientifica para origem da vida

• Uma proposta de ampla aceitação entre cientistas é


a de que há cerca de 3,8 bilhões de anos originou-se,
nos oceanos da Terra, a primeira forma de vida
unicelular, bastante primitiva. Estudos geológicos de
rochas daquela época forneceram pistas de como
deveria ter sido a composição da atmosfera
terrestre, que era bem diferente da atual.
• Os cientistas realizaram testes em laboratório para
tentar simular as condições de temperatura, de
atmosfera e de luz solar existentes na Terra primitiva
antes de aparecer a vida.
• Nesses testes, uma mistura inicial de substâncias que supostamente imitava a
composição da atmosfera primitiva foi confinada num recipiente. Sob a ação de
descargas elétricas que simulavam os raios das tempestades que ocorriam na
época, os cientistas verificaram que essa mistura gradualmente sofria inúmeras
transformações químicas (reações químicas).
• Ao final de vários dias de descargas elétricas, foram detectadas no interior do
recipiente substâncias que não estavam lá no início. Entre essas substâncias,
havia alguns tipos de aminoácidos, constituintes das proteínas que existem na
composição de todos os seres vivos.
• Com base nos resultados de experimentos como esses, os cientistas propuseram
que, ao longo de milhões de anos, houve uma série de reações químicas que, há
cerca de 4 bilhões de anos, eventualmente produziram algumas das substâncias
das quais a vida é formada.
• Teria se originado, como consequência, há cerca de 3,8 bilhões de anos, a primeira
célula, extremamente primitiva, mas dotada de uma importante característica: poder
fazer cópias de si mesma (capacidade de reprodução).
• Convém insistir que essa é uma proposta que está sendo continuamente reavaliada à luz
de novas evidências de vários ramos da Ciência, tais como a Geologia, a Paleontologia, a
Química, a Física, a Genética e tantos outros. Quando novas
evidências surgem, as ideias são aprimoradas
visando incluir as novas informações disponíveis.
• Nenhum cientista pode afirmar que essa explicação para a origem da vida
seja correta em todos os seus detalhes, porém
ela se fundamenta em evidências concretas. Além
disso, está aberta a alterações advindas de novas
evidências e, portanto, admite-se que seja uma
teoria, uma proposta de explicação, e não uma
verdade absoluta e inquestionável.

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