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1ª PARTE

API 610 – 9ª edição


API
Recomendações para 610 :
rolamentos
 Os rolamentos devem ser fixados ao eixo com um ajuste
interferente e montados nas caixas com uma folga diametral,
ambos de acordo com ABMA 7.
 Os rolamentos devem ser montados diretamente no eixo.
Buchas para o rolamento só com a aprovação do comprador
 Os rolamentos devem ser posicionados no eixo pelo uso de um
ressalto, colares ou outros dispositivos de posicionamento.
Anéis de travamento e arruelas tipo molas não são aceitáveis.
 O dispositivo usado para fixar o rolamento de escora ao eixo
deve ser restrito a uma porca com uma arruela de travamento
com lingüeta.
Partes componentes - Rolamentos
COMPONENTES
Materiais
 MATERIAIS PARA ROLAMENTOS
 O desenho e a confiabilidade dos
rolamentos são influenciados diretamente
pelos materiais com que seus componentes
são fabricados.
Materiais
 AÇOS PARA ANÉIS E CORPOS ROLANTES DOS
ROLAMENTOS
 Os aços utilizados para a fabricação de anéis e corpos
rolantes de um rolamento devem ser endurecíveis e ter
alta resistência à fadiga e ao desgaste. A estabilidade
estrutural e dimensional dos componentes de um
rolamento deve ser satisfatória para as temperaturas de
trabalho desejadas. Em muitos casos a escolha de um
certo tipo de aço é determinado pelas técnicas de
fabricação utilizadas, por exemplo, alta estampabilidade
para alguns tipos de rolamentos de agulhas.
Materiais
 AÇOS PARA TÊMPERA
 O aço para têmpera, utilizado na fabricação de
rolamentos é um aço-cromo contendo
aproximadamente 1% de carbono e 1,5% de
cromo. Para componentes de rolamentos que
possuem uma grande seção transversal são
utilizados aços com manganês e molibdênio
devido à sua superior temperabilidade.
Materiais
 Aço para cementação
 Aços cromo-níquel e cromo-manganês com aproximadamente 0,15% de
carbono são os aços mais utilizados para a fabricação de rolamentos.
 Para a maioria das aplicações não há virtualmente diferenças de
comportamento entre rolamentos produzidos a partir de aços para
têmpera ou cementação. Esse fato é reconhecido pela ISO já que não há
nenhuma distinção entre os dois tipos de aço nos cálculos de vida. De
fato, a pureza do aço associada às corretas técnicas de fabricação e
projeto de um rolamento são os fatores decisivos. Entretanto, existem
algumas aplicações específicas onde um certo tipo de aço seja mais
apropriado.
 As fábricas possuem experiência e equipamentos para têmpera,
cementação e têmpera por indução, porém o aço e o método de
tratamento térmico são escolhidos para cada rolamento a fim de obter-
se a melhor performance em cada aplicação.
Material
 AÇOS PARA ROLAMENTOS TRABALHANDO EM ALTAS
TEMPERATURAS.
 Os rolamentos em geral, podem normalmente ser utilizados em
temperaturas de trabalho de até + 125oC. Se a temperatura de trabalho
for superior a esta, deverão ser utilizados rolamentos que tenham
passado por um tratamento térmico especial (estabilização) a fim de
que não ocorra nenhuma alteração dimensional inadmissível devido a
alterações na estrutura do material dos anéis e corpos rolantes. Porém,
não devem ser usados rolamentos que foram estabilizados em
temperaturas superiores à temperatura real de trabalho.
 Assim sendo, para rolamentos que irão trabalhar a temperaturas acima
de 300oC deve-se utilizar aços que tenham alta dureza a quente.
Nesses casos, a fábrica deve ser consultada.
Material
 AÇOS PARA ROLAMENTOS RESISTENTES À CORROSÃO.
 Para rolamentos que trabalham em ambientes corrosivos, deve-se utilizar
aços inoxidáveis à base de cromo ou cromo-molibdênio. Devido à baixa
dureza destes tipos de aço, os rolamentos não terão a mesma capacidade
de carga dinâmica do que aqueles produzidos a partir de aços
convencionais. A resistência à corrosão somente existirá se as superfícies
forem polidas e se as mesmas não sofrerem amassamentos ou riscos
durante a montagem. Recomendamos consultar a fábrica para uma correta
seleção e aplicação de rolamentos em aço inoxidável.
GAIOLA
 MATERIAIS PARA GAIOLAS
 A finalidade principal da gaiola em um rolamento, é evitar o contato entre os corpos rolantes mantendo o atrito e a geração de calor
em valores mínimos.
 Nos rolamentos do tipo separável, a gaiola serve também para reter os corpos rolantes em um dos anéis, de forma que não se
desprendam quando o rolamento esteja sendo montado ou desmontado.
 Em alguns tipos de rolamentos, como por exemplo, rolamentos de agulhas ou rolamentos axiais de rolos cilíndricos, a gaiola também
serve para guiar os corpos rolantes, isto é, ela os alinha de tal maneira que acabam girando com um mínimo de atrito.
 Em rolamentos lubrificados com graxa, uma certa quantidade de graxa aderirá à superfície da gaiola formando um reservatório de
lubrificante e garantindo assim uma boa lubrificação.
 A gaiola pode ser centrada nos corpos rolantes ou guiada radialmente por um dos anéis do rolamento. As gaiolas prensadas em aço
ou usinadas em bronze são geralmente centradas nos corpos rolantes. As gaiolas centradas no anel interno ou externo geralmente
permitem velocidade mais altas e são necessárias quando existem movimentos adicionais à rotação, particularmente quando
prevalecerem condições de alta aceleração. Também devem ser tomadas algumas medidas (por exemplo lubrificação com óleo) para
garantir que haja uma quantidade suficiente de lubrificante entre a superfície do anel e da gaiola, bem como entre os corpos rolantes e
pistas dos rolamentos.
 As gaiolas de rolamentos sofrem esforços devido ao atrito, tração e força de inércia. Elas também podem estar sujeitas a ação
química de certos lubrificantes e/ou seus aditivos ou produtos de seu envelhecimento, solventes orgânicos, substâncias refrigerantes
(hidrocarbonetos halogenados, amônia), etc. Assim, a escolha do desenho e material da gaiola é de grande importância para seu bom
desempenho, bem como para a confiabilidade operacional do rolamento como um todo.



GAIOLA
 GAIOLAS PADRONIZADAS
 Devido a constante evolução dos rolamentos, vários tipos e desenhos de gaiola têm surgido
para os diferentes tipos e tamanhos de rolamentos; as gaiolas diferem entre si pela forma,
material, métodos de fabricação, custo de produção e limites operacionais.
 Para cada rolamento, constante nas tabelas de rolamentos, há um desenho de gaiola que é
estabelecido como padrão. A gaiola padronizada apresenta sempre bom desempenho em
trabalho e seu desenho é considerado o mais adequado para a maioria das aplicações. Em
função da facilidade de produção, dos custos e das diferentes áreas de aplicação dos
rolamentos, a gaiola padronizada para rolamentos grandes pode ser diferente das utilizadas em
rolamentos menores da mesma série.
 Se houver a necessidade de utilização de um rolamento com gaiola não padronizada é sempre
recomendável que a fábrica seja consultada para verificar sua disponibilidade antes da emissão
do pedido de compra.
 Os sufixos utilizados na designação do rolamento para identificar o tipo de gaiola, poderão ser
encontrados em “Designações suplementares”. Entretanto, quando a gaiola é padronizada para
um tipo e tamanho de rolamento, o sufixo de identificação nem sempre é incluído em sua
designação.
GAIOLAS DE POLIAMIDA
GAIOLA
Alguns tipos de rolamentos, já vêm sendo fabricados com gaiola moldada em poliamida 6.6 reforçada com
fibra de vidro e estabilizada termicamente. Este material é caracterizado por uma favorável combinação de
resistência e flexibilidade. A boa propriedade de deslizamento do plástico em superfícies lubrificantes de
aço e a alta uniformidade das superfícies da gaiola em contato com os corpos rolantes fazem com que o
atrito gerado pela gaiola seja pequeno e assim a geração de calor e desgaste no rolamento são reduzidos ao
mínimo.
Devido a baixa densidade do material, a inércia da gaiola é muito pequena. O processo de moldagem por
injeção utilizada para a produção das gaiolas permite a obtenção de desenhos funcionais adequados. As
excelentes propriedades de giro das gaiolas de poliamida sob condições de falta de lubrificação permitem
que o rolamento continue em trabalho ainda por um bom período sem que haja risco de travamento e falha
secundária.
Quando utilizar rolamentos com gaiolas de poliamida deve-se observar a temperatura de trabalho e a
compatibilidade com o lubrificante utilizado. para os vários tipos de óleos e graxas utilizados para
lubrificação de rolamentos, não são afetadas. Se as temperaturas permitidas são ultrapassadas, ocorrerá
então o envelhecimento do material da gaiola, sendo este processo acelerado dependendo do tempo de
exposição da gaiola a temperaturas elevadas. Curtos períodos a até 20oC acima da temperatura máxima
admissível podem ser tolerados desde que eles sejam seguidos de longos períodos a temperaturas de
trabalho abaixo dos valores recomendados, e assegurando-se de que a máxima temperatura de trabalho do
lubrificante não seja ultrapassada. Quando a temperatura de trabalho for constantemente superior a 120oC
deve-se utilizar rolamentos com gaiolas metálicas. Gaiolas de poliamida, também não são recomendadas
para temperaturas de trabalho abaixo de - 40oC, pois perdem sua elasticidade.
poliamida
 NOTAS:
 1) Temperatura medida na superfície externa do anel externo
 2) Para graxas à base de sódio ou cálcio ou outros tipos de graxa para
rolamentos com temperatura máxima de trabalho abaixo de 120oC, a
temperatura máxima para gaiola de poliamida será a mesma da
temperatura permissível de 120oC.
 Os solventes orgânicos normalmente utilizados para lavar rolamentos
como por exemplo, aguarrás ou tricloroetileno não afetam as
propriedades das gaiolas, nem os produtos alcalinos diluídos (por
exemplo, soda), se forem aplicados na temperatura ambiente e por um
curto período de contato com a gaiola. Os clorofluorcarbonetos ou
amônia utilizados em refrigeração também não atacam a poliamida.
No vácuo as gaiolas de poliamida tornam-se frágeis devido à sua
desidratação.
poliamida
 Temperaturas de trabalho permissíveis para gaiolas de poliamida 6.6 reforçadas com fibra de vidro para vários tipos de lubrificantes
 Lubrificante

Óleos minerais Temperatura de trabalho permissível 1)
 o
C

 Óleos sem aditivos EP,
 exemplo: óleos de máquinas, 120
 óleos hidráulicos

 Óleos com EP
 exemplo: óleos de caixa de câmbio 110
 industrial e automotivo

 Óleos com EP
 exemplo: óleos de eixo traseiro e 100
 diferencial (automotivo), óleos
 para engrenagem hipoide

 Óleos sintéticos

 Poliglicois, poli--óleofinas 120
 Diésteres, silicones
 Graxas

 À base de lítio 2), poliurea,


 bentonita, complexo de cálcio 120

aço
 GAIOLAS DE AÇO
 Gaiolas prensadas de chapa de aço são padronizadas para muitos rolamentos rígidos
de esferas, rolamentos autocompesadores de rolos e para a maioria dos rolamentos
de rolos cônicos. Essas gaiolas possuem relativa alta resistência e pequeno peso.
Para reduzir o atrito e o desgaste, elas são endurecidas e tratadas superficialmente.
 Gaiolas usinadas em aço são utilizadas em rolamentos grandes ou onde as condições
de aplicação são tais que poderia ocorrer uma quebra súbita na gaiola de latão. Para
melhorar as propriedades de deslizamento e resistência ao desgaste, algumas gaiolas
usinadas em aço são endurecidas superficialmente por carbonitretação.
 Gaiolas de aço podem ser utilizadas a temperaturas de trabalho de até 300oC. Elas
não são atacadas por lubrificantes com óleo base mineral ou sintético normalmente
utilizados para lubrificação de rolamentos, nem mesmo por solventes orgânicos
usados para a lavagem de rolamentos. Existe porém, o risco de corrosão sob a
presença de água.
Latão
 GAIOLAS DE LATÃO
 Gaiolas prensadas de latão são usadas em alguns rolamentos pequenos
e médios, mas a maioria das gaiolas de latão são usinadas em material
fundido ou forjado.
 Gaiolas de latão não devem ser utilizadas em temperaturas de trabalho
acima de 300oC. Elas não são atacadas pela maioria dos lubrificantes
utilizados em rolamentos, incluindo graxas e óleos sintéticos e podem
ser lavadas com solventes orgânicos comuns. O uso de agentes de
limpeza alcalinos não são recomendados. Amônia (de refrigeração)
provoca craqueamento no latão, tornando este tipo de gaiola
inadequado, devendo-se então utilizar gaiolas usinadas de aço.
 Em adição aos materiais acima descritos, as fábricas podem fornecer
sem consulta, rolamentos com gaiolas especiais em plásticos de
engenharia, metais de liga leve ou ferro fundido.
 GAIOLA SUFIXO GAIOLA
 F Gaiola usinada em aço ou ferro fundido
 J Gaiola prensada em aço
 L Gaiola usinada em liga leve
 M Gaiola usinada em latão
 MP Gaiola usinada em latão, tipo janela
 P Gaiola moldada em poliamiada 6.6 reforçada com fibra de vidro
 TN Gaiola moldada em plástico
 Y Gaiola prensada em latão
 Para indicar como a gaiola é guiada no rolamento, o sufixo que identifica a gaiola
deve ser seguido pelas letras A ou B. O sufixo A indica que a gaiola é centrada no anel
externo e B significa que é centrada no anel interno. A ausência de uma letra adicional significa
que a gaiola é centrada nos corpos rolantes.
 Exemplo: MA - gaiola usinada em latão, centrada no anel externo
 Os sufixos para gaiola podem também ser seguidos por algarismos que indicam
diferentes tipos ou materiais.
 Exemplo: TN9 - gaiola moldada em poliamida 6.6 reforçada com fibra de vidro
 V Rolamento com o máximo número de corpos rolantes (sem gaiola)
Tipos de elementos rolantes
SELEÇÃO

 SELEÇÃO DO TIPO DE ROLAMENTO

 Cada tipo de rolamento tem propriedades características que o torna


particularmente apropriado para certas aplicações. Os rolamentos rígidos de
esferas, por exemplo, podem suportar cargas radiais moderadas, bem como
cargas axiais. Possuem baixo momento de atrito, podem ser produzidos com alta
precisão e apresentam baixo nível de ruído quando em funcionamento.
Portanto, eles são particularmente adequados para aplicação em motores
elétricos pequenos e médios. Os rolamentos autocompensadores de rolos podem
suportar altas cargas e são autoalinhantes. Essas propriedades os tornam muito
populares, por exemplo, em aplicações pesadas, onde as cargas são elevadas e
onde ocorrem deformações e desalinhamentos.
 Na maioria dos casos, entretanto, vários fatores devem ser considerados quando
da seleção do tipo de rolamento e nenhuma regra geral pode ser estabelecida.
Classificação de rolamentos
Rolamentos para tipos de carga
Carga excêntrica
Carga
A magnitude da carga é o fator que
normalmente determina o tamanho do
rolamento a ser utilizado.
CARGA

A capacidade de carga estática C0


A capacidade de carga dinâmica C
ESPAÇO DISPONÍVEL

 Em muitos casos, uma das principais


dimensões do rolamento - geralmente o
diâmetro do furo - é predeterminada pelo
projeto da máquina.
Velocidade
 A velocidade que os rolamentos podem
atingir é limitada pela temperatura máxima
de operação. Os tipos de rolamentos com
baixo coeficiente de atrito e,
conseqüentemente, baixa geração de calor
são os mais adequados para altas
velocidades de operação.
VELOCIDADE DE
REFERÊNCIA
 Asvelocidades de referência para
graxa e óleo estão relacionadas nas
tabelas de rolamento.
ACIMA DA VELOCIDADE DE
REFERÊNCIA
 É possível trabalhar com rolamentos em
velocidades acima das de referência
indicadas nas tabelas de rolamentos, desde
que o atrito no rolamento possa ser reduzido
através de lubrificação com pequenas e
precisas quantidades de lubrificante
VELOCIDADE BAIXA
 À velocidades baixas é impossível a
formação de um filme lubrificante
elastohidrodinâmico no contato entre os
corpos rolantes e as pistas de rolamento.
Em tais aplicações geralmente utilizam-se
lubrificantes com aditivos EP.
FUNCIONAMENTO
SILENCIOSO
 Em certas aplicações, por exemplo,
pequenos motores elétricos aplicados em
utensílios domésticos e máquinas para
escritório, o ruído produzido durante o
funcionamento é um fator importante que
pode influir na escolha do rolamento.
Rolamentos rígidos de esferas são
especialmente produzidos para estas
aplicações.
OSCILAÇÃO
 Neste tipo de movimento a direção de rotação
muda antes que o rolamento realize uma volta
completa. Como a velocidade angular é zero, no
momento que a direção da rotação é invertida, não
é possível manter-se uma película lubrificante
perfeitamente hidrodinâmica. Nestes casos é
importante utilizar lubrificantes com aditivos EP
de modo a obter uma lubrificação por camada
limite, a qual é capaz de suportar as cargas
atuantes.
ÂNGULO DE OSCILAÇÃO
RIGIDEZ
A rigidez de um rolamento é
caracterizada pela magnitude da
deformação elástica (resiliência) deste
rolamento sob carga.
FIXAÇÃO RADIAL
 Se a capacidade de carga de um rolamento for completamente utilizada,
seus anéis devem estar apoiados em toda sua circunferência e através de
toda a largura da pista. Este apoio deve ser firme e constante e pode ser
proporcionado por um assento cilíndrico ou cônico ou, através de uma
superfície de apoio plana para rolamentos axiais. Isto significa que os
assentos devem ser produzidos com a precisão adequada e tenham uma
superfície que não seja interrompida por canais, furos, etc. Além disso,
os anéis devem estar seguros de forma que não deslizem em seus
assentos sob carga. Ajustes incorretos ou inadequados de anéis de
rolamentos, geralmente produzem danos tanto aos rolamentos como aos
componentes associados.
 Uma fixação radial satisfatória e um apoio adequado só podem ser
obtidos quando os anéis são montados com um grau de interferência
apropriado. Entretanto, caso seja necessária uma facilidade de
montagem e desmontagem ou um deslocamento axial no rolamento
livre, não podem ser usados ajustes interferentes.
CONDIÇÃO DE ROTAÇÃO
 As condições de rotação referem-se ao
movimento do anel do rolamento em
relação à direção da carga. Essencialmente
existem três condições diferentes: “cargas
rotativa”, “carga fixa” e “direção de
carga indeterminada”.
INTENSIDADE DA CARGA
O ajuste interferente entre o anel
interno do rolamento e o seu assento
será reduzido se houver aumento na
carga
REDUÇÃO DA FOLGA
 Um ajuste com interferência entre o
rolamento e o eixo ou a caixa, significa que
o anel é deformado elasticamente
(expandido ou comprimido) e a folga
interna do rolamento é reduzida.
AUMENTO DA
TEMPERATURA
 Em trabalho, os anéis de rolamentos
atingem normalmente uma temperatura
mais alta que a dos componentes aos quais
estão montados. Isto pode resultar numa
redução da interferência do anel interno no
seu assento
FIXAÇÃO PARA ALTA
PRECISÃO
 Em aplicações com altas exigências quanto
à precisão de giro, em geral, não se utilizam
ajustes com folga a fim de reduzir a
resistência e a vibração
FACILIDADE DE
MONTAGEM
 Os rolamentos com ajustes deslizantes são
normalmente mais fáceis de montar ou
desmontar do que aqueles com ajustes
interferentes. Quando as condições de
trabalho necessitam ajustes interferentes, e
facilidade de montagem e desmontagem são
necessários rolamentos separáveis ou
rolamentos com furo cônico e buchas de
fixação ou de desmontagem.
ROLAMENTO LIVRE
 Se um rolamento não separável for usado
como rolamento livre, é imperativo que um
de seus anéis esteja livre para deslocar-se
axialmente durante toda a operação
EIXO OCO
 Se os rolamentos devem ser montados com
interferência sobre um eixo oco, geralmente
seleciona-se um ajuste mais interferente do
que seria usado para um eixo maciço
QUALIDADE
 Para os rolamentos produzidos com
tolerâncias normais, a precisão dimensional
dos assentos cilíndricos no eixo deverá ser
no mínimo de grau 6, e na caixa no mínimo
de grau 7. Quando se utilizam buchas de
fixação ou de desmontagem em eixos
cilíndricos, pode-se permitir uma tolerância
mais larga (graus 9 ou 10) para o assento do
rolamento.
TOLERÂNCIA DE FORMA
 A tolerância para cilindricidade como definida pelo
ISO 1101 deverá ter grau de 1 a 2 IT melhor que a
tolerância dimensional estabelecida, dependendo da
aplicação. Por exemplo, se um assento de
rolamento num eixo foi usinado com tolerância m6,
então a precisão de forma deverá ser IT5 ou IT4.
 Quando os rolamentos forem montados sobre
buchas de fixação ou de desmontagem, a
cilindricidade do assento da bucha no eixo deverá
ser IT/2 (para h9) ou IT7/2 (para h10).
TOLERÂNCIA DE POSIÇÃO
 Os encostos para os anéis dos rolamentos
deverão ter uma tolerância para
perpendicularidade como a definida pela
ISO 1101, melhor em pelo menos um grau
IT, que a tolerância do diâmetro do assento
cilíndrico correspondente. Para assentos de
anéis de rolamentos axiais, a tolerância para
perpendicularmente não deve exceder os
valores correspondentes a IT5.
TOLERÂNCIA SUPERFICIAL
 A rugosidade superficial do assento não tem
a mesma influência no desempenho do
rolamento que a precisão dimensional, de
forma e de giro. No entanto, um ajuste
interferente é muito mais preciso, quanto
mais lisas forem as superfícies de contato
Montagem e desmontagem de rolamentos

Medições Preliminares
CONFECÇÃO DE PISTA
 As pistas usinadas nos componentes associados
para rolamentos de rolos cilíndricos e agulhas, que
possuem somente um anel, e para gaiolas axiais de
rolos cilíndricos e agulhas, devem ter uma dureza
entre 58 e 64 HRC se a capacidade de carga do
rolamento for completamente utilizada. A
rugosidade superficial deverá ser Ra  0,2 m. A
ovalização e o desvio cilíndrico de forma não
devem exceder 25 e 50%, respectivamente, da
tolerância real do diâmetro da pista
FIXAÇÃO AXIAL
CANTOS E REBAIXOS
Falhas devido ao eixo
Código dos rolamentos - SKF

Prefixo + Designação Básica + Sufixo

 Prefixos – indicam componentes do rolamento

 Sufixos – indicam variações em relação ao padrão.

 Desig. Básica – indicam o tipo, série, dia. furo


Código dos rolamentos - FAG
Código dos rolamentos - FAG
Rolamento rígido de esferas

• Dígito 6
Folga de construção
 FOLGA INTERNA
 A folga interna de um rolamento é definida como a distância
total que um anel pode ser movido em relação ao outro na
direção radial (folga radial) ou na direção axial (folga interna
axial).
 É necessário distinguir entre a folga interna do rolamento antes
da montagem e depois da montagem quando, nesta última
situação, o rolamento atinge sua temperatura de trabalho (folga
em trabalho). A folga interna inicial (antes da montagem) é
maior do que a folga em trabalho, pois os anéis são expandidos
ou comprimidos por ajustes com interferência e também porque
há diferenças no posicionamento dos anéis do rolamento,
devido às dilatações térmicas dos componentes associados.
FOLGA
 FOLGA INTERNA

 C1 Folga menor que C2
 C2 Folga menor que a Normal
 C3 Folga maior que a Normal
 C4 Folga maior que C3
 C5 Folga maior que C4
Folga normal (CC)
 A folga interna radial conhecida como Normal é
selecionada de tal forma que, quando os rolamentos são
montados com os ajustes usualmente recomendados e
trabalham em condições normais, uma folga interna em
trabalho adequada será obtida. Quando as condições de
trabalho e montagem diferem das usuais, como por
exemplo, em aplicações onde são utilizados ajustes
interferentes em ambos os anéis ou onde as temperaturas
de trabalho são críticas, deve-se selecionar rolamentos
com uma folga interna maior ou menor que a Normal.
Nestes casos, é recomendado verificar a folga residual do
rolamento após a sua montagem.
PLACA DE PROTEÇÃO
 Z - Placa de proteção (sem contato) em um
dos lados do rolamento
 2Z - Placas Z em ambos os lados do
rolamento
PLACA DE VEDAÇÃO

 -RS1 Placas de vedação com contato em borracha


sintética reforçada com uma alma de aço em
um dos lados do rolamento
 -2RS1 Placas RS1 em ambos os lados do
rolamento

QUANTIDADE DE GRAXA
As quantidades de graxa que diferem do
preenchimento normal (25 a 35% do espaço
interno de um rolamento) são identificados por
uma letra adicional:
A quantidade de graxa menor que a normal
B quantidade de graxa maior que a normal
C quantidade de graxa maior que B
TIPO DE GRAXA
 HT Graxa para altas temperaturas (-20 a +
103oC)
 LHT Graxa para altas e baixas temperaturas (-40
a + 140oC)
 LT Graxa para baixas temperaturas (-50 a +
80oC)
 MT Graxa para temperaturas médias (-30 a +
110oC)
 Um sufixo MT é utilizado somente quando a graxa
não é a padronizada para o rolamento em questão.
CANAL
 N - Ranhura para anel de retenção no
anel externo.
 NR - Mesmo que N, mas com o anel de
retenção.

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