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1ª.

série
Professora Angélica Longo de
Campos
•A História, em suas
especificidades
possibilita a reflexão das
permanências e
mudanças construídas a
partir de dicotomias e
discursos civilizatórios,
revelando os interesses
econômicos de um
capitalismo que se
transformava no final do
século XIX.
•Através do texto podemos refletir sobre a questão
civilizatória e as contradições da sociedade brasileira, que
após séculos de escravidão, teve como legado o mito da
democracia racial e obviamente, o racismo estrutural.
•Os discursos do racismo científico, tiveram seus usos no
imperialismo e neocolonialismo, com a criação de teorias
como a eugenia e o darwinismo social. Por isso, Darcy
Ribeiro jocosamente cita Euclides da Cunha, Gobineau e
Pedro II: como um país formado por indígenas,
portugueses e negros, pode civilizar-se? Também traz a
ironia no amálgama das raças, a crítica à democracia
racial, nosso modelo civilizatório dos tristes trópicos
“amolecidos” permitem uma “boa escravidão” freyreana,
quando esta subverte a “vergonha” em singularidade.
Texto II
O Iluminismo deve ser entendido como o momento que inaugura a modernidade e o mundo
contemporâneo, em que sobrelevam os valores burgueses, e desde meados do século XX,
sofreu diversas críticas dos contrários da modernidade e do imperialismo. O filósofo alemão
Theodor Adorno, um dos expoentes representativos da chamada Escola de Frankfurt que, com
sua geração de exilados pela Segunda Guerra Mundial, questionou a partir da segunda metade
do século XX, a validade do progresso e da técnica para a História. Juntamente com Max
Horkheimer, também filósofo e sociólogo alemão e famoso por seu trabalho em teoria crítica,
Adorno afirmou a derrota do Iluminismo, pois, para os adeptos da Escola de Frankfurt, o
Iluminismo não desprendeu o homem do medo e da utopia, nem o tornou racionalmente
independente do domínio da ciência e da técnica, pelo contrário, uma vez derrotado o fervor
religioso, o homem passou a ser vítima de um novo fanatismo, criando outros dogmas, o da
ciência e da tecnologia como exemplos para a sociedade contemporânea. Apesar do
revisionismo, a base do pensamento predominante no Ocidente continua a ser oriundo do
Iluminismo.
Fonte: Adaptado de: SILVA, K
•2º. Momento

Texto I
•Nossas esperanças sobre o estado futuro da espécie humana podem se reduzir a
três pontos: a destruição da desigualdade entre as nações, os progressos da
igualdade em um mesmo povo; enfim, o aperfeiçoamento real do homem. Todas as
nações devem se reaproximar um dia do estado de civilização onde chegaram os
povos mais esclarecidos, os mais livres, os mais libertos de preconceitos, tais como
os franceses e os anglo-americanos? Esta distância enorme que separa os povos da
servidão das nações submissas a reis, da barbárie dos pequenos povos africanos,
da ignorância dos selvagens deverá pouco a pouco desaparecer?
•Fonte: CONDORCET, Jean Antoine Nicolas. Esquisse d’um tableau historique des progrès de l’esprit humain, p. 328. Tradução livre. Disponível
em: https://gallica.bnf.fr/ark:/12148/bpt6k101973s/f336.table. Acesso em: 27 jul. 2020.
•A civilização, na concepção condorcetiana, deve disseminar-se de maneira a
suprimir a “barbárie”, ou seja, os costumes ditos inferiores ou atrasados em
relação à evolução do conhecimento racional, partindo do pressuposto que
os valores universais já foram adotados e instituídos pelas nações europeias.
Obviamente, não há consenso entre os iluministas em relação à ideia de
civilização; no entanto, prevalece a sua relação com a modernidade e o
progresso, a racionalização, principalmente o uso tecnológico.
3º. Momento
•Etnocentrismo e imperialismo.

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