Você está na página 1de 54

História da arte III

Professora Elisangela Martins


Elimacuxi
•Apresentação
•Levantamento das
expectativas
•Sondagem
Ementa História da Arte III
• Abordagem acerca das manifestações artísticas
do neoclassicismo, romantismo, realismo,
impressionismo, do advento da fotografia, do
pontilhismo, das representações artísticas no
início do século XX e da relação entre arte e
indústria cultural.
MÊS Nº DE ­OBJETIVO CONTEÚDO PROGRAMÁTICO
AULAS

Novembro 10 Conhecer o contexto histórico do período pós- O século XIX em linhas gerais: França Napoleônica.
revolucionário europeu e da produção artística. Europa pós Congresso de Viena. América
independente. Segunda Revolução industrial, e suas
implicações sociais, econômicas e culturais.
Reconhecimento dos diferentes recursos
Dezembro 12 estilísticos aplicados às artes visuais no período. Neoclassicismo, romantismo, realismo e
impressionismo.
Vanguardas europeias, do simbolismo ao
surrealismo.
Compreender o impacto das novas tecnologias
aplicadas à produção artístico-cultural no contexto
12 do século XIX e início do XX A reprodutibilidade técnica em arte: da fotografia ao
Janeiro cinema, a consolidação da indústria cultural.

Elaboração de trabalho final

10 Montagem de peça audiovisual sobre a arte no


Fevereiro contexto da consolidação burguesa.
O longo Século
XIX
Cidade e indústria: palco dos trabalhadores
e burguesia
Eric Hobsbawm

• Materialista histórico;
• Fez grandes abordagens;
• A Era do Capital e a Era dos
Impérios abordam o
desenvolvimento e consolidação
do capitalismo industrial;
As revoluções burguesas
Revoluções Inglesas século XVII
Iluminismo século XVIII
Independência dos Estados Unidos 1776
Revolução Industrial - 1750
Revolução Francesa – 1789

Declaração dos Direitos do Homem e do Cidadão.


O Império Napoleônico
• Tentativa de retorno à ordem:
• Vida civil – Código Civil
Napoleônico;
• Economia – Banco da França,
Bloqueio Continental;
• Cultura – Escolas públicas,
Academia de Belas Artes;

• O fim do Império não acaba


com os princípios burgueses,
pelo contrário, eles são
consolidados.
• A cidade industrial cresce substancialmente
As cidades a partir da segunda metade do século;
• Investimentos como construção de
ferrovias marcam a paisagem e ajudam a
expulsar os pobres do espaço urbano
Indústria
• 1850 – fábrica com 300 operários era imensa;
• Companhias de Estradas de ferro estavam entre as maiores empresas;
Evolução da Krupp é exemplar, de 72 para 12 mil funcionários em menos
de 40 anos;
• Eram empresas pessoais, familiares, a SA ainda não tinha aparecido com
força;
• Organização militar dos funcionários;
• Sindicatos eram formados pelos melhores trabalhadores;
Os trabalhadores
• A instabilidade é uma constante em relação à possibilidade de
trabalho;
• A possibilidade de atuar também como camponês é uma realidade na
primeira metade do século;
• Há trabalhadores mais e menos especializados e sua remuneração se
altera baseada nesses critérios;
• Trabalho visto como garantia da dignidade e do orgulho;
• A situação de miséria era comum e aumentava.
• A taverna era a igreja do trabalhador.
A burguesia
• A burguesia busca diferenciação social;
• Classe média, por exemplo, não aceita que
trabalhadores tenham acesso a pianos, champagne,
etc.
• A roupa será um elemento de distinção assim como
a decoração da casa.
• Ir ao teatro e à ópera torna-se importante.
• Beleza é sinônimo de decoração.
O mundo da burguesia
• Dualidade entre o sólido e o belo, o material e o ideal, o corpóreo e o
espiritual;
• Burguês é um capitalista ou um empresário em busca de lucro;
• Gastar é uma maneira de demonstrar o sucesso econômico;
• Princípios: capitalismo, empresa privada, competição, tecnologia,
ciência e razão, progresso, cultura, empreendimento e talento.
• Família burguesa: contradições da sexualidade.
A arte no mundo burguês
• Se gastar é sinônimo de sucesso, vamos comprar arte;
• Pianos, livros, telas com molduras caras, tudo era comprável;
• Artistas jovens eram parte subalterna da família burguesa;
• No fim do século já se aceitam atitudes que representam o espírito
burguês da hierarquia social – maestros e pintores cheios de
caprichos.
Um mundo maravilhoso...
 Locomotivas
 Navios à vapor
 Asfalto
 Iluminação elétrica
 Aço
 Motor de combustão interna
 Produção mais eficiente, mais
lucros – mais valia;
 Saneamento
 Vacinas
Ou um mundo a ser transformado?
• Péssimas condições de trabalho
• Péssimas condições de moradia
• Péssima remuneração por carga de
trabalho excessiva
• Novos problemas de saúde e segurança
• Aumento das desigualdades e ação
repressiva sobre a população mais pobre.
Ciência, religião e ideologia
• Filosofia subordinada à ciência;
• Otimismo – ninguém duvidava do progresso;
• A arte questionava as certezas científicas;
• Evolucionismo – adotado por socialistas e liberais – liga ciências
naturais (química, física, matemática) às humanas/ sociais –
(positivismo, antropologia física, materialismo histórico.)
• Racismo com papel central – etnocentrismo, eurocentrismo.
• Ciência e progresso – ideologia do capitalismo industrial.
E para o próximo encontro...
•As artes e as artes
transformadas, além de uma
prévia sobre estilo...
Le déjeuner sur l'herbe
Óleo sobre tela
Édouard Manet,
1862/1863
2,08m X 2,64m

Realismo?
Século XIX
As artes e as artes
transformadas
• O autor não trata do neoclassicismo, que
sucedeu ao barroco e ao rococó.
• O que o barroco e o rococó representavam?
Quais eram os valores desses dois estilos
dos séculos XVII e início do XVIII?
• Neoclassicismo – movimento que buscava
harmonia inspirando-se na criação clássica –
gregos e romanos.
• Grande influência em todas as áreas e,
segundo Hobsbawm, muito superior
artisticamente ao período seguinte (p.420).
Será?
O que houve antes de 1848, paralelo ao
neoclassicismo?
•Império Napoleônico e Restauração.
•Expansão do capitalismo industrial na
Europa e nos Estados Unidos
•Revoluções Liberais na França – 1830 e
1848
As artes
• Boom do consumo de artes (p.422):
- coleções imperiais viram acervo de museu
- Valorização do mobiliário e itens de decoração (p.425)
- Edições luxuosas de livros, teatro e concertos de música
clássica;
- Pintores ganhavam na quantidade e na possibilidade de
reprodução mecânica de suas obras (p.426)
- Escritores como Dickens e Tolstoi foram abastados por
sua produção.
O que o artista representava?
• “Fornecia o conteúdo espiritual para a mais
materialista das civilizações” (p.428) – ‘era sábio,
profeta,mestre, moralista, fonte da verdade’
(p.432)
• Artes possuíam respeito e estima, chegando a
substituir o fervor religioso.
• Crescem manifestações populares, como a
música ligeira, mas sofrem impacto da ‘arte
culta’.
Qual verdade?
• Arquitetura não expressava verdade, mas
autoconfiança, o desenvolvimento tecnológico;
• Permanece a ideia de que a forma da arte poderia
diferir, mas seu conteúdo – tem que contar uma
história.
• Na pintura essa busca resvala no ‘realismo’ – tentativa
de representar a realidade (p436)
Realismo – qual realidade?
• O realismo podia ser naturalista (mostrava o feio,
a miséria) ou então seria seriamente seletivo;
• Havia um dilema de conteúdo, técnica e da
relação entre os dois;
• Manet: por que corrigir a natureza?
Olimpya – 1863. Edouard Manet.
Impressionismo

• Busca pelas
impressões
provocadas pela luz e
pelo olho;

Jean Claude Monet, Rouen .


Rupturas
• Pintura não poderia competir com a fotografia em
termos de verdade;
• Arte não é como a ciência, que sempre se supera
(p443);
• Em vez da perfeita objetividade (p.442), permitiu uma
virada:
- nem perfeição nem correção, valorização da
originalidade (p.443) – ruptura na história da arte visual
desde o Renascimento(p.440)
Nova ruptura – arte erudita e popular
• Cultura superior para os instruídos
• Cultura inferior para os analfabetos
• Contradição campo-cidade: no campo, folclore,
na cidade cultura
• Todos buscam a modernidade, apontam para o
novo... (p355)
O Sucesso
• Internacionalização
(p.349);
• Arte erudita combina
produtos nativos com
importados;
• Expressão de confiança e
triunfo na arquitetura e
estatuária (352)
• Florescimento de uma
Vanguarda (Art Nouveau e
diversos ícones como Picasso,
James Joyce, etc.)
e a Crise

Arte ‘do povo’ (naturalismo) – relação modernidade


política e artística (356) tem limites no público de
classe média;
William Morris – arts-and-crafts – resistência à
máquina: até quando? (p.362)
Arquitetura – funcionalismo vence (p363)
Vanguardas do final do século são muito distintas das
do início do século.
Verdadeira revolução?

• Nem da superação do conteúdo, nem da


forma, mas da máquina e seu poder de
estabelecer novas formas de contato com a
arte:
• Cartazes, espetáculos, cartoons nos
periódicos, fotografia, cinema.
Internacionalização (p.349)
• Para ver James Ensor -
http://www.moma.org/interactives/exhibitions/2009/ensor/#/intro/
Universos da arte- Faiga Ostrower

Deformação na Arte
Arbitrariedade do artista

• É inevitável e ocorre em termos de


deformação – ao dar forma, já se deforma;
• Enfoque seletivo em cada estilo: depende
dos valores, do gênio criativo do artista, da
intenção de cada um.
Naturalismo, idealismo e expressionismo

• São subjacentes aos aspectos mais


observáveis dos estilos;
• Não se excluem mutuamente, ainda que
possam aparecer de modo mais acentuado
do que o outro;
Naturalismo

Corrente básica naturalista:


apresenta um objeto material ou
um fenômeno natural
descrevendo-o com rigor e
objetividade.

Exemplos: arte pré-histórica e


impressionismo.
Idealismo

Corrente básica idealista:


apresenta aspectos individuais de
um objeto material ou um
fenômeno natural para
generalizar.
Dá ênfase à permanência e busca
contrabalançar as tensões;
Apesar das
características
individuais, a
atitude é idealista
pela busca em
retratar com
harmonia a figura
humana e o espaço
ao fundo
• Intensifica as emoções,
Expressionismo garantindo dramaticidade
ao que se exprime
Arte Egípicia X Arte Grega

Akhen Aton (sec. XIV a.C)/ Busto de Kaaper (sec III a.C)
Arte Egípicia e Arte grega
• Ambas idealistas – exceto no período de
Akhenaton;
• Uma celebra a morte, outra, a vida. Uma
é para ser enterrada, outra, vai para
Praça Pública
• Numa o homem é deus noutra, os deuses
são homens

Akhen Aton (sec. XIV a.C)/ Busto de Kaaper (sec III a.C)
Que lição tirar disso?
Uma forma de ver o mundo,
presente pelo conjunto de valores
culturais, marca o estilo da arte.
Vermeer, Rembrant, Rubens
Steen e Chardin: não é o tema
quem empobrece...
David
Coubert - realismo
Meissonier
Proposta de trabalho
• Neoclassicismo
• Romantismo
• Realismo
• Impressionismo
• Simbolismo
• Pontilhismo
• Art noveau
• Fauvismo

Duas obras, dois autores, contexto.


• Enciclopédia Itaú Cultural de Artes Visuais

Você também pode gostar