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químicos e sua
organização
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1.1.1 Constituição dos átomos. Isótopos. Número atómico e de
massa.
• O número atómico, Z, e o número de massa, A, são usados para descrever a constituição dos
átomos: Z é igual ao número de protões num átomo e A é igual à soma do número de protões com o
número de neutrões, ou seja, igual ao número de partículas do núcleo;
• Número de neutrões = A – Z;
• Isótopos são átomos do mesmo elemento, isto é, com o mesmo número atómico, Z, mas diferente
número de massa, A, portanto diferem no número de neutrões.
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1.1.2 Dimensões à escala atómica
• Comprimentos e massas à escala atómica e molecular são muitíssimo pequenos,
por exemplo 10-12 m e 10-27 kg.
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1.1.4 Quantidade de matéria. Constante de Avogadro. Massa
Molar
• A quantidade de matéria, n, é uma grandeza cuja unidade do Sistema Internacional de
Unidades, SI, é a mole, de símbolo mol. Por exemplo, n = 1 mol;
1023mol-1. N = NA × n M=
↓
↱
• A massa molar, M, de um elemento é a massa de uma mole, ou seja, de 6,022 × 10 23
quantidade de
entidades, e é numericamente igual à sua massa atómica relativa média, mas expressa-se Massa molar matéria
em g mol-1. M =
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Atividade laboratorial 1
Volume e número de moléculas de uma gota de água
Material necessário: balança, bureta, suporte universal com suporte de buretas, copo e esguicho
de água.
• Por exemplo, é possível fazer a medição direta do volume de uma só gota de água usando
uma pipeta graduada de 1 ml e a sua massa usando uma balança digital;
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1.2 Energia dos eletrões nos átomos
1.2.1 Espetro eletromagnético e energia dos fotões
• Luz: radiação eletromagnética, visível e invisível;
E=h×f
• Fotão: partícula de luz que transporta o menor valor de energia possível de uma ↓
determinada radiação; Constante de Planck:
6,63 × 10-34 J s
• A energia do fotão, Efotão , é diretamente proporcional à frequência, f, da radiação
correspondente (quanto maior for a frequência, maior será a energia do fotão), E = h × f
• Um fotão de luz violeta tem maior energia do que um fotão de luz vermelha.
• Ordem crescente de energia e frequência das radiações: ondas de rádio < micro-ondas <
infravermelhos < luz visível < ultravioletas < raios X < raios gama
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1.2.2 Espetros atómicos
• Espetro de emissão contínuo: resulta da decomposição da luz emitida pela
matéria e apresenta um fundo colorido;
Espetro de emissão contínuo na região do
• Espetros descontínuos ou de riscas: resultam da emissão ou da absorção visível
de energia pelos átomos constituintes da matéria.
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1.2.2 Espetros atómicos
Modelo de Bohr e quantização da energia
• O físico Niels Bohr, em 1913, propôs um modelo para a estrutura do átomo que viria a explicar os espetros
atómicos: o modelo atómico de Bohr.
• De acordo com o modelo de Bohr, os eletrões ocupam níveis de energia devido à quantização da energia
dos eletrões no átomo, ou seja, só são permitidos certos valores de energia para o eletrão – os espetros
atómicos são uma evidência dessa quantização;
• Os eletrões podem mudar de nível (transições eletrónicas) por absorção ou emissão de energia de valores
bem definidos: quando o eletrão no estado fundamental absorve energia, passa para um nível de energia
superior (o átomo fica num estado excitado). O contrário acontece quando o eletrão num estado excitado
liberta/emite energia.
• De acordo com este modelo, os eletrões movimentam-se em torno do núcleo em órbitas circulares com raios
bem definidos.
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1.2.3 Espetro de emissão do átomo de hidrogénio
• A luz emitida por átomos de hidrogénio origina um espetro de riscas;
• Diz-se que é um espetro atómico do hidrogénio visto que as suas riscas estão Espetro de emissão do hidrogénio na
relacionadas com a estrutura atómica do átomo de hidrogénio; zona do vivível
• Uma vez excitados, os eletrões libertam energia, passando para níveis de menor
energia (ocorre desexcitação). Neste processo de libertação da energia, os átomos
emitem luz cuja frequência depende das transições eletrónicas.
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1.2.3 Espetro de emissão do átomo de hidrogénio
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1.2.4 Espetros polieletrónicos
• Nos átomos polieletrónicos (átomos com mais do que um eletrão) a energia dos eletrões aumenta com a
repulsão entre eles e diminui com a atração ao núcleo, ou seja, a sua energia não depende apenas do nível
de energia, n.
• Cada elemento químico tem um conjunto de níveis de energia que o caracteriza, sendo as energias
associadas às transições eletrónicas que ocorrem diferentes de elemento para elemento; Espetroscópio de
bolso
• Assim, conclui-se que a luz emitida, ou absorvida, por uma amostra de matéria pode ser utilizada para
identificar elementos químicos nela presentes e que os espetros atómicos são característicos de cada
elemento químico.
• Esta permite identificar elementos químicos e quantificar essa presença nas estrelas, numa chama ou em
amostras diversas e é usada em áreas como química forense, arte, qualidade alimentar, etc.
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1.2.5 Energia de remoção eletrónica
• A energia de remoção eletrónica coincide com a energia da radiação envolvida em transições eletrónicas para o nível n = ∞ (E∞
• Átomos de elementos diferentes possuem eletrões de energias diferentes (En ) que têm valores diferentes de energias de
remoção eletrónica.
• Num mesmo átomo, os eletrões mais fáceis de remover são os que ocupam o último nível de energia (nível de valência) e os
mais difíceis de remover são aqueles que ocupam um nível de energia mais interior (cerne do átomo);
• Assim, os eletrões com maior valor de energia de remoção, Er , são aqueles que ocupam níveis de menor energia
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1.2.5 Energia de remoção eletrónica
Níveis e subníveis
Os eletrões podem distribuir-se por níveis (n = 1, 2, 3…) e subníveis (s, p, d…) por ordem crescente
de energia;
• Os níveis de energia surgem separados uns dos outros pela dupla barra;
• De acordo com o modelo atómico atual, o modelo quântico, a posição dos eletrões
nos átomos não é bem definida e só pode ser conhecida em termos de probabilidades,
Nuvem eletrónica
o que se representa através da nuvem eletrónica.
• Um eletrão mais energético está, por norma, mais afastado do núcleo, traduzindo-se Nuvem eletrónica de um átomo de
hidrogénio no estado fundamental e
numa nuvem eletrónica maior.
num estado excitado,
respetivamente.
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1.2.6 Nuvem eletrónica e orbitais
Orbitais, s p e d
No modelo quântico, o comportamento dos eletrões é descrito por orbitais atómicas;
s
• Orbital atómica:
• As orbitais s, p e d: d
• Orbitais degeneradas – orbitais do mesmo subnível (np ou nd), ou seja, têm a mesma
Representação gráfica de
energia. São exemplo as três orbitais p do subnível 2p. orbitais s, p e d
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1.2.6 Nuvem eletrónica e orbitais
Spin do eletrão
• Uma forma de ilustrar que dois eletrões de uma mesma orbital têm estados
de spin diferentes é representando-os por setas: ↑ ↓ (diz-se que os dois Devido às propriedades magnéticas dos
eletrões, algumas experiências sugerem
eletrões estão emparelhados). que os eletrões se podem comportar
como minúsculos ímanes.
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1.2.7 Configuração eletrónica de átomos
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Atividade laboratorial 2
Teste de chama
O objetivo desta atividade é:
Material necessário: bico de Bunsen, copo, esguicho com água, sais a analisar e ansa.
• Ao aquecer uma amostra de sal (sódio, cálcio, potássio, bário, lítio ou cobre) na zona mais quente
da chama (zona branca), observa-se uma alteração da cor da mesma.
• Meyer e Mendeleev propuseram a disposição dos elementos químicos por ordem crescente
de massa atómica e a regularidade de propriedades manifestadas pelas respetivas
substâncias elementares.
Excertos da Tabela Periódica atual,
• A Tabela Periódica proposta por Mendeleev previu a existência de vários elementos em que os elementos são
organizados por ordem crescente
químicos até então desconhecidos. de número atómico
• A localização dos elementos está relacionada com a configuração eletrónica dos átomos no estado
fundamental:
→ Grupo: igual ao número de eletrões de valência para elementos do bloco s, e são adicionados mais 10 unidades
para elementos do bloco p;
• Elementos do mesmo grupo: têm o mesmo número de eletrões de valência e são também elementos do
mesmo bloco (com exceção do hélio);
• Elementos do mesmo bloco: o último subnível ocupado por eletrões de valência é do mesmo tipo;
• Elementos do mesmo período: têm os eletrões distribuídos por igual número de níveis de energia, n. 22
1.3.3 Propriedades periódicas dos elementos representativos
• Propriedades de um elemento (associadas a átomos): número atómico, raio atómico, energia de ionização…
• Propriedades de substâncias elementares (associadas a substâncias): ponto de fusão, ponto de ebulição, massa
volúmica…
• Substâncias elementares formadas por elementos de um mesmo grupo da Tabela Periódica apresentam
propriedades semelhantes.
• Os metais apresentam baixas energias de ionização, pelo que perdem facilmente eletrões, originando iões
positivos estáveis;
• Os não-metais conjugam carga nuclear elevada com raio atómico reduzido. Captam facilmente eletrões,
formando iões negativos estáveis.
• Os iões estáveis formados têm configuração eletrónica igual à do gás nobre mais próximo do átomo.
• Os elementos da família dos gases nobres apresentam níveis eletrónicos de valência com 8 eletrões (exceto
o hélio, com 2 eletrões), sendo os átomos destes elementos muito estáveis e as respetivas substâncias
elementares pouco reativas.