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* Conceitos sobre vapor;

* Tubulações;
* Turbinas (introdução);
* Utilização das planilhas de
cálculo Sarco.
Eng. Welban Ursino
Conceitos sobre Vapor:
- Diagrama de fase ;
- Definição de calor latente e calor sensível;
- Entalpia do vapor;
- Título do vapor;
- Vapor saturado;
- Vapor superaquecido;
- Diagrama de Mollier,
- Processo isentálpico;
- Condicionamento de vapor.
Diagrama de fase

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Definição de calor latente e calor sensível:

Imagem livro vapor Sarco


- Título do vapor:
É a porcentagem de massa na forma de vapor em uma mistura líquido-vapor
Água: título 0;
Vapor saturado: título 0 @ 1;
Vapor superaquecido: título 1;
- O título é representado pela letra “X”

-Vapor saturado:
- Pode ou não conter líquido,
- Sua temperatura e pressão estão sempre
associadas.
- Título de <1 : Vapor saturado úmido;
- Título = 1 : Vapor saturado seco

-Vapor superaquecido: 𝑥=
𝑚𝑎𝑠𝑠𝑎 𝑑𝑒𝑣𝑎𝑝𝑜𝑟
𝑚𝑎𝑠𝑠𝑎𝑡𝑜𝑡𝑎𝑙
- É o vapor seco, sem a presença de líquido.

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Diagrama de Mollier:

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Processo isentálpico:
- É quando ocorre a mudança de pressão e / ou temperatura sem a
transferência de calor para o meio externo ou a realização de trabalho

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Dimensionamento de tubulações:

- Cálculo do diâmetro de tubulações;


- Cálculo de perda de carga (liquido e vapor);
- Materiais de tubulação e normas dimensionais;
- Tipos de conexões;
- Cálculo da espessura de tubulações;
- Definição da classe de pressão;
Cálculo do diâmetro de tubulações :
O diâmetro de uma tubulação comumente é calcula por dois métodos:
1- Velocidade econômica.
2- Perda de carga.

1 – Velocidade econômica: 2 – Perda de carga:


Vapor: 30 @ 35m/s; Vapor: < 0,5kgf/cm² / 100m equivalente;
Água (recalque): 2 a 2,5 m/s; Água: < 5mca / 100m equivalente;
Água (sucções): < 1m/s.

• SEMPRE dimensionar pela velocidade e verificar a perda de carga;


• Verificar a perda de carga do sistema como um todo;
• Perda de carga em tubulações de 2” e menores geralmente são elevadas.

Obs: independente da perda de carga estar baixa, não é


recomendável que a velocidade do vapor supere os 55m/s em
função do aparecimento de ruído.
1 - Velocidade:
V
∴ V
2
𝐴= 𝜋 .𝑟
V = Velocidade (m/s);
Q = Vazão volumétrica (m³/s);
A = Área (m²).

Obs: Para tubulações de vapor é necessário transformar a


vazão mássica em volumétrica:
𝑄 𝑣𝑜𝑙𝑢𝑚é 𝑡𝑟𝑖𝑐𝑎 =𝑄𝑚𝑎𝑠𝑠𝑖𝑐𝑎 ∗𝑉𝑜𝑙𝑢𝑚𝑒 𝑒𝑠𝑝𝑒𝑓𝑖𝑐𝑜
2a – Perda de carga em líquidos:

Equação de Darcy-Weisbach:

2
𝐿 𝑉
h𝑓=𝑓 . .
𝐷 2𝑔

= perda de carga ao longo da tubulação (mca);


= fator de atrito (adimensional);
L = comprimento da tubulação (m);
V = velocidade (m/s);
D = diâmetro da tubulação (m);
g = aceleração da gravidade local (m/s²).
Determinação do fator de atrito:
Utilizaremos o diagrama de Moody-Rouse.
Re = número de Reynolds (adimensional);
Onde: = massa específica (kg/m³);
v = velocidade (m/s);
D = diâmetro da tubulação (m);
= viscosidade dinâmica (N.s/m²).

𝜌𝑣𝐷
𝑅𝑒=
𝜇

𝜀
𝐷
2b – Perda de carga em vapor:

= perda de carga (kgf/cm²);


Q = vazão mássica (kg/h);
= volume específico (m³/kg);
L = comprimento da tubulação (m);
D = diâmetro da tubulação (cm);

Fonte: livro vapor Sarco


Comprimento
equivalente:

Fonte: Livro Silva Telles


Materiais de tubulação e normas dimensionais:

• TUBULAÇÕES EM CENTRAIS TÉRMICAS E


TUBULAÇÕES EXTERNAS DE CALDEIRAS SÃO
DIMENSIONADAS COM BASE NA NORMA ASME
B31.1;
• CADA COMPONENTE (TUBO, CURVA, TE ...) TEM
SUA NORMA DIMENSIONAL ESPECÍFICA;
• CADA MATERIAL TEM SUA NORMA ESPECÍFICA.

Fonte: livro vapor Sarco


Cálculo de espessura pela pressão interna:
ASME B31.1

Tm = Espessura mínima;
P = pressão interna de projeto (Kpa g);
D = diâmetro externo (pol);
S= tensão admissível do material na temperatura de projeto (apêndice A);
E = coeficiente de eficiência de solda (tabela 102.4.3).;
y = coeficiente de redução de acordo com o material e a temperatura (tabela
104.1.2);
A = sobreespessura para corrosão, erosão e abertura de roscas (normalmente 0,05”
ou em função do histórico).

OBS: Além dos itens acima, devemos somar a


tolerância de fabricação do tubo em questão (Ex:
para A-106, 12,5%).
Y = coeficiente de redução de acordo com o material e a temperatura
E = coeficiente de eficiência de solda
S= tensão admissível do material na temperatura de projeto (Apêndice A)
Exemplo ASTM A106:

OBS: Interpolar para


temperaturas
intermediarias
Classe de pressão:
• A classe de pressão de flanges é definida
pela norma ASME B16.5
• A classe de pressão de válvulas é
definida pela norma ASME B16.34
Normas dimensionais:

ITEM NORMA
TUBOS ASME B36.10
FLANGES FORJADOS = < 24” ASME B16.5
FLANGES FORJADOS > 24” ASME B16.47
CONEXÕES FORJADAS BW ASME 16.9
CONEXÕES FORJADAS SW ASME B16.11
CONEXÕES FORJADAS ROSCADAS ASME B16.11
Condicionadora de vapor Hiter
Dessuperaquecedor em linha:
Dessuperaquecedor radial:
Dessuperaquecedor venturi:
Turbinas (introdução):

Turbina a vapor é um dispositivo que fornece potência através da


passagem de vapor, o escoando através de uma série de pás fixadas a um
eixo que encontrasse livre para girar, neste processo o vapor d’água se
expande até uma pressão inferior conforme a potência é gerada (MORAN;
SHAPIRO, 2011).
Comumente turbinas a vapor são nomeadas em função dos tipos de
tomadas, extrações e saída de vapor.
Nomenclatura de turbinas:

Nomenclatura das turbinas a vapor, esquema simplificado.


(a) Turbina de contrapressão; (b) Turbina de contrapressão com sangrias de vapor;
(c) Turbina de contrapressão com extrações de vapor; (d) Turbina de condensação;
(e) Turbina de condensação com extração de vapor.
Adaptado do livro “Geração termelétrica”. (LORA; NASCIMENTO, 2004).
Nomenclatura de turbinas a vapor.
Adaptado do livro “Geração termelétrica”. (LORA; NASCIMENTO,
2004).

O termo contrapressão se utiliza para indicar que o vapor na saída da turbina está a uma pressão igual ou
superior, à atmosférica, condição para atender demandas de calor em níveis superiores a 100°C.
(a) Turbina de contrapressão São instaladas em industrias com necessidade de vapor nos processos de fabricação, este vapor é proveniente
da exaustão da turbina, normalmente opera com pressão constante no escape (exaustão).
A potência realizada está associada a demanda de vapor no processo de fabricação.

Quando o processo exigir vapor em diferentes pressões, são utilizadas estas turbinas, sangrias são utilizadas
com vazões relativamente baixas quando comparado ao fluxo de exaustão, a pressão varia de acordo com a
(b) Turbina de contrapressão com sangrias de vapor
carga da turbina.
A potência realizada está associada a demanda de vapor nos processos de fabricação.

Também são utilizadas quando o processo exigir vapor em diferentes pressões, extrações são utilizadas com
vazões relativamente altas quando comparado ao fluxo de exaustão, a pressão permanece constante para
(c) Turbina de contrapressão com extrações de vapor.
qualquer carga da turbina.
A potência realizada está associada a demanda de vapor nos processos de fabricação.

Este tipo de turbina descarrega o vapor para o condensador a uma pressão inferior a atmosférica, a fim do
(d) Turbina de condensação aumento máximo da queda de entalpia aumentando a eficiência do ciclo.
A potência realizada está associada a quantidade de vapor condensado.

Empregada quando se necessita de mais energia do que se pode auto gerar com o vapor de processo em
turbinas de contrapressão, o condensador pode absorver oscilações no consumo de vapor no processo
(e) Turbina de condensação com extração ou sangria
mantendo a potência realizada constante.
de vapor
A potência realizada está associada a quantidade de vapor consumido no processo mais a quantidade de
vapor condensado.
Diferença entre tomada e extração:

Fonte: Slide curso TGM


Demais pontos:

• Vapor da turbina para o desaerador é saturado ou superaquecido?


• Como funciona o sistema de recirculação das bombas de agua de
caldeira?

• Quando é necessário instalar placa de orifício no by-pass?


• Qual é o diâmetro do by-pass da linha de vapor principal?
• Quando se usa duplo bloqueio em by-pass? E em vents e drenos?
• Para que serve o duplo bloqueio no by-pass?
• Coletores de vapor necessitam de vent e dreno? Simples ou duplo?

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