Luís de Sousa e o herói romântico Trabalho realizado por:
em Amor de Perdição Joana Gonçalves, nº4, 11ºA Índice 1. Capa 13. Tema da morte; 2. Índice 14. O herói romântico 3. Romantismo 15. O herói romântico em amor de perdição: Simão Botelho 4. Características românticas em Frei Luís de Sousa 16. É uma personagem de exceção; 5. A crença no sebastianismo; 17. Vive de acordo com os seus ideais e aspirações; 6. Primazia dos sentimentos sobre a razão; 18. Defende valores do Romantismo; 7. A crença em agouros, em dias aziagos, em superstições...; 19. Entra em confronto com a sociedade e exclui-se dela; 8. Religiosidade; 20. Torna-se uma figura rebelde, melancólica, 9. O individualismo; introspetiva, etc. 10. Culto da mulher – anjo na personagem Maria; 21. Cai numa insatisfação existencial e 11. Exaltação dos valores patrióticos nacionais; morre (literal ou simbolicamente). 12. O realismo psicológico 22. Desafio 23. Webgrafia • O Romantismo surgiu no contexto revolucionário europeu em que as ideias de liberdade e de igualdade foram abraçadas por muitos artistas e intelectuais. Este movimento condenava toda a limitação à liberdade, opondo-se claramente ao absolutismo e à sociedade tradicional. Valorizou a emoção, o indivíduo e a liberdade criativa nas artes, na literatura e em todos os campos da vida cultural. Romantismo • Os românticos buscaram inspiração na tradição e na cultura popular e viram na Idade Média o momento de formação das entidades nacionais, fazendo renascer as lendas, os mitos, os heróis, glorificando o povo. Neste contexto, a história, a língua, os costumes e a glorificação das raízes nacionais inspiraram os ideais românticos. • O romantismo é um estilo de época marcado pelo sentimentalismo e pela idealização amorosa. • A crença no sebastianismo; • Primazia dos sentimentos sobre a razão;
Características • A crença em agouros, em dias aziagos, em
superstições...;
românticas em • Religiosidade; • O individualismo;
Frei Luís de • Culto da mulher – anjo na personagem Maria;
• Exaltação dos valores patrióticos nacionais; Sousa • O realismo psicológico; • Tema da morte; • Possui caráter historicista. A crença no sebastianismo
• A crença no regresso do rei D. Sebastião (desaparecido na batalha de Alcácer
Quibir) para salvar o país do domínio dos reis espanhóis e devolver a Portugal a sua grandiosidade passada está presente nas falas de Telmo e de Maria pois Telmo pensa que deseja a vinda do amo; tal como Maria demonstra a vontade da vinda do «salvador» El rei D. Sebastião. • D. Madalena rejeita esta crença, assim como o seu marido, ela de modo claro, ele de modo implícito. Primazia dos sentimentos sobre a razão • A valorização das emoções é visível na importância conferida ao amor: é ele que leva D. Madalena a casar com o homem que amava sem ter a certeza plena de que o seu primeiro marido estaria morto; • A atitude extrema de incendiar a sua casa mostra o excesso emotivo de Manuel de Sousa Coutinho, cuja ação impulsiva se sobrepõe à razão, que aconselharia maior prudência em face do poder castelhano estabelecido. A crença em agouros, em dias aziagos, em superstições... • Telmo acredita que D. João voltará (vivo ou morto); • D. Madalena valoriza agouros e insiste na crença que sexta-feira é um dia de azar; • Maria tem sonhos que pressagiam acontecimentos futuros. Religiosidade • Além das constantes referências ao cristianismo e ao culto, a religião surge como refúgio e consolação para o sofrimento trágico, para as almas atormentadas pelo pecado (tomada de hábito de D. Madalena e de Manuel Coutinho). O próprio conflito tem origem, em grande parte, na ética cristã. O individualismo • O confronto entre o indivíduo e a sociedade é particularmente visível em Madalena quando esta se indigna com a atitude arrogante dos governadores quererem habitar o seu palácio.
• Manuel de Sousa Coutinho impõe-se pelas suas qualidades enquanto
indivíduo: corajoso, de caráter inflexível, patriota. • Maria é caracterizada várias vezes como «anjo» pois demonstra ser uma jovem forte psicologicamente e muito frágil Culto da mulher fisicamente. • D. Madalena pode ser considerada a mulher demónio pois causará a perdição de toda a família, derivada da sua paixão incontrolada por Manuel de Sousa Coutinho. • A ação do drama é marcada pela situação do País em fins do século XVI, época em que se encontra sob dominação de Espanha, e pelos sentimentos de amor Exaltação dos valores nacional que esta realidade política desperta nas personagens. patrióticos nacionais • Incêndio do palácio por Manuel de Sousa Coutinho, como forma de resistência aos governadores de Lisboa/à ocupação espanhola. Realismo psicológico • O realismo psicológico sustentado na personagem Telmo, que assiste à transformação dos seus próprios sentimentos, num processo de autoconhecimento dinâmico, no momento em que percebe que, após ter acalentado, durante tanto tempo, a ideia de que D. João estaria vivo, desejaria poupar Maria, renegando o primeiro amo. Tema da morte
• A morte física de Maria (morre de tuberculose);
• A morte simbólica de Madalena e de Manuel, que, ao tomarem o hábito, morrem para a vida mundana; • A morte simbólica de D. João de Portugal que, depois de admitir que morreu no dia em que sua mulher o julgou morto, simbolicamente, morre uma segunda vez, quando Telmo, depois de lhe ter desejado a morte física como única maneira de salvar a sua menina, o seu anjo (Maria), aceita colaborar com o Romeiro no sentido de afirmar que se trata de um impostor, numa última tentativa de evitar a catástrofe; • A morte psicológica de Telmo. • O herói romântico é o tipo de O herói personagem complexa que romântico encontramos em obras literárias do Romantismo. Trata-se de uma figura que conduz a sua vida por ideias e aspirações elevados e enfrenta os valores dominantes da sociedade, que não se coadunam com os seus. O herói romântico em amor de perdição: Simão Botelho • É uma personagem de exceção; • Vive de acordo com os seus ideais e aspirações; • Defende valores do Romantismo; • Entra em confronto com a sociedade e exclui-se dela; • Torna-se uma figura rebelde, melancólica, introspetiva, etc.; • Cai numa insatisfação existencial e morre (literal ou simbolicamente). Personagem de exceção • O herói romântico é uma personagem singular, marcada pelo individualismo e dotada de grande força vital e de nobreza de carácter. Define-se também por uma aguda sensibilidade romântica. • Em Simão Botelho, que é uma figura singular, a força vital e a sensibilidade romântica manifestam-se na determinação como vive o amor e por ele luta. A nobreza de carácter revela-se na frontalidade com que enfrenta as contrariedades, como a prisão e o exílio. Vive de acordo com os seus ideais e aspirações • O herói romântico tem aspirações elevadas para si e para a sua comunidade: sonha realizar-se individualmente no amor e no papel que quer desempenhar na sociedade; pretende também participar na construção de um mundo melhor. • Simão Botelho move-se por ideais como o amor e a liberdade; por outro lado, os seus ideais são também coletivos, na medida em que a personagem sonha uma sociedade mais humana; por isso, não aceita o poder das classes dominantes, a autoridade paterna e os "falsos conceitos" de honra. Defende valores do Romantismo • O herói romântico crê nos valores do Romantismo e do Liberalismo e luta pela liberdade, pelo amor, pela justiça, pela igualdade entre os homens, entre outros. • Simão Botelho defende inflexivelmente os valores do Romantismo: bate- se por fazer valer o primado da liberdade individual (no amor e na vida social), trata João da Cruz e Mariana como iguais e sonha ver a justiça imperar na sociedade. Entra em confronto com a sociedade e exclui-se dela • Quando entra em confronto com a sociedade, o herói romântico torna-se uma figura melancólica e introspetiva, preferindo o isolamento e a solidão, muitas vezes no meio da natureza. Noutros casos, rebela-se e entra em conflito direto (físico ou ideológico) com os outros. • Já na prisão, quando Simão Botelho perde a esperança de viver o seu amor com Teresa e de ser livre, vai progressivamente definhando, ficando mais isolado e tornando-se mais introspetivo. Ainda assim, mesmo no cárcere, continua a rebelar-se contra os valores antiquados e injustos do Portugal da sua época. Torna-se uma figura • Quando entra em confronto com a sociedade, o herói romântico torna-se uma figura melancólica rebelde, e introspetiva, preferindo o isolamento e a solidão, melancólica, introspetiva, muitas vezes no meio da natureza. Noutros casos, rebela-se e entra em conflito direto (físico ou etc. ideológico) com os outros. • Já na prisão, quando Simão Botelho perde a esperança de viver o seu amor com Teresa e de ser livre, vai progressivamente definhando, ficando mais isolado e tornando-se mais introspetivo. Ainda assim, mesmo no cárcere, continua a rebelar-se contra os valores antiquados e injustos do Portugal da sua época. Cai numa insatisfação existencial e morre • Sentindo a frustração por os seus ideais não terem vencido, o herói romântico entra num estado de insatisfação profunda e de angústia existencial. Desiste da vida e morre literal ou simbolicamente. • Tendo perdido a razão da existência (o amor de Teresa) e sentindo-se profundamente desiludido com o mundo em que vive, Simão Botelho morre a caminho da Índia. A sua morte física tem um forte significado simbólico: é uma esperança de transformação social que também desaparece. Desafio https://estudoemcasaapoia.dge.mec.pt/recurso/o-her oi-romantico-em-amor-de-perdicao Webgrafia • https://ensina.rtp.pt/explicador/o-romantismo-h67/ • https://www.santillana.pt/files/DNLCNT/Priv/_11811_c.book/258/res ources/recursos_professor/u2_sistematizacao_frei_luis_de_sousa.pdf • https://14diasorg.files.wordpress.com/2020/10/entrepalavras_11_lp_ pdfflash2_ypty.pdf