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Estatística de Medição

 Desvios estatísticos de tensões disruptivas


devido a:
 Rugosidade de superfícies, sujidade, partículas no
gás;
 Mecanismos de condução que depende da
presença de electrões e estes por sua vez do
campo eléctrico;

 Determinação da característica de tensão de vida


(voltage life característics)
UEM - TAT - 2011/FHC 1
Definições (1)
n
•Frequência relativa: hr ( D )  D com 0  hr  1
n
•D - evento que ocorre nD vezes em n ensaios realizados
sob as mesmas condições
•Quanto maior numero de ensaios realizados a frequência
relativa aproxima-se para um valor fixo.
•Probabilidade estatística p(D):
p ( D)  lim hri ( D)  p (U i  U  U i  U )
n 
•Cujo valor é estimado a partir da frequência relativa h r.
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Definições (2)
1 n
•Valor médio aritmético: U  U i
n i 1
1 k
•Distribuição com k classes: U   hrjU mj
n j 1
•Valor esperado (esperança): 
se n  , U  0 ; E (u )   uf (u )du

2

  U i  U 
n
•Desvio médio quadrático: S  1
n  1 i 1
•Variância: V S 2
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Definições (3)
•Tensão de ruptura de 50 % (UD50:
hr (U D 50 )  0.5 0u p (U D 50 )  0.5
• Classes:
K  1 log n K  5  log n para 7  K  20

K n para 5  K  25

•Largura e frequência relativa da classe:


U D max  U D min ni
U  hri 
K n UEM - TAT - 2011/FHC 4
Distribuição de Frequência: Exemplo
•Construa o histograma em função das tensões de
ruptura Udi, para uma série de 20 ensaios e uma tensão
de investigação entre 690 e 740 kV
Classe [kV] Nº de rupturas Freq. Relativa h K1  1  log 20  2.3  3
K 2  5 log 20  6.5  7
690-700 2 0.1
700-710 4 0.2
K1  20  4.47  5
710-720 6 0.3
U D max  U D min 740  690
720-740 4 0.2 U    10kV
K 5

730-740 4 0.2
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Distribuição de Frequência Relativa (hri)

hri0.4

0.3

ni
hri 
n 0.2

0.1

0
690 700 710 720 730 740 UDi
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Distribuição de Frequência Acumulada (Hri)

•Hri – a frequência dos acontecimentos menores ou


iguais aos valores das tensões da classe

hri1
0.9

0.8
i
H ri   hrj
0.7

0.6

0.5

j 1 0.4

0.3

0.2

0.1

0
690 700 710 720 730 UDi/kV
740

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Função de Distribuição & Função de Densidade

u
dF (u ) dp
F (u )  p (U D  u )  

f ( x)dx f (u ) 
du

du
P[%]
90 dP
du
50

10

U D10 U D 50 U D 90 U U
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Distribuição Normal (1)
1  u  E  2 1
u
 u  E 2 
f (u )  exp  F (u )    exp du
2   2
2
2  2 2
 

f ,F
F (U )
A Distribuição Normal é
completamente definida
f (U ) pelos parâmetros  e E

 
E U
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Distribuição Normal (2)
•Para um numero infinito de ensaios tem-se:

V 2   u  E 2
 f (u )du


•Na pratica o numero de ensaios é finito e os parâmetros de 2


e E estima-se em:

1 n 1 n
 S 
2 2
  ui  E 
2
E   U i
n  1 i 1 n i 1
•E ,   podem assumir vários valores distintos  várias
possibilidades da distribuição de Gauss

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Distribuição Normal Normalizada (3)
•Normalização:
•Adopta-se: E = 0;  = 1

uE du
g dg 
•Substitui-se:
 
1  g2  1
g
 g2 
f (g)   exp  F (g)    exp dx
2   2 2     2 

•Com: f (0)  0.4


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Distribuição Normal Normalizada (4)
f(g)
0.4

•A área sob o gráfico


representa a probabilidade
 
de um evento acontecer
3 2 1 0 1 2 3 g
f(g)
p ( E  3  U D  E  3 )  99.7%

•3desvio padrão mais


 
usado
3 2 1 0 1 2 3 g
68%
95.5%
99.7%
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Intervalo de confiança (1)
•Na pratica as medições são finitas  determinação do
intervalo de confiança com que um valor é medido
(segurança estatística)
Onde:
 ’
 desvio padrão da distribuição dos k valores médios U
 
'
 desvio padrão de todos valores medidos
i

n n  numero de experiências em cada serie (classe)

•O valor esperado “E” encontra-se no intervalo

U i  g  E  U i  g
' '

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Intervalo de confiança (2)
•Numa serie finita de experiências E, ’ e  não são
conhecidos. Para uma distribuição normal é possível
calcular o valor esperado a partir da “distribuição de
student”
Ui  E
t n 1  Desvio em relação a distribuição normal
S n
•Cujo intervalo de confiança é:
S S
Ui  t n 1,C  U m  U i  t n 1,C
n n
•tn-1,C depende de segurança estatística
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Intervalo de confiança (3)
•Em geral: U  variável;
•Tensão de impulso: U constante, h  variável;
•Função de probalidade  função de frequências de rupturas;
•Função de frequências uma distribuição quase normal.
2

 h  h 
m

1 m n
h   hi  D
i

m i 1 n S i 1 Com m – nº de classes
m 1
•Intervalo de confiança para a frequência de rupturas
t n 1,c t n 1,c
h S h h S
n n UEM - TAT - 2011/FHC 15
Intervalo de confiança (4)
Exemplo:
•Foram feitas 100 medições com a mesma amplitude de tensão de impulsos.
Os valores das frequências são dados na tabela. Calcular o intervalo de
confiança da distribuição de frequências para uma segurança estatística de 95
%.

i 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10
hi 0.4 0.7 0.5 0.4 0.4 0.6 0.3 0.5 0.6 0.10
1 10
m  n  10 h   hi  0.5
10 i 1

t n 1,c  t99,95%  t100,95%  1.984


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Intervalo de confiança (5)
10 2

 h  0.5
i
S i 1
 0.115
9
t n 1,95% 1,984
h S  h  0.115   h  0.023
n 10
•O intervalo de confiança é 0.023

0.477  h  0.523

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Método “Up and Down” 1
Procedimento:
1. estimar o valor real da tensão de 50% e o desvio padrão;
2. Partindo da tensão estimada incrementa-se em Û o valor da
amplitude da tensão depois de cada impulso;
3. Em caso de ruptura o valor é baixado em Û ;
4. Em caso de não ruptura o valor é aumentado de novo em Û ;
1
5. Escolher Û tal que:   Uˆ  2 ;
2  rupturas
6. Contar as rupturas e não rupturas. Então, N  menor   nao rupturas

7. Registrar o numero de rupturas e tensões correspondentes
Uˆ 0 , Uˆ 1 , Uˆ 2 ,....Uˆ k



 n 0 , n 1 , n 2 , .... nk
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Método “Up and Down” 2
8. Calcular os coeficientes A e B: A   k  nk B   k 2  nk
9. A tensão de 50 % será aproximadamente:
Onde:
Uˆ 50  Uˆ 0  Uˆ  A N  0.5
+  não rupturas
 NB  A2  ˆ

S  1.62 2
 0.03   U -  rupturas
 N 

10. Se o desvio padrãoOnde


não é apreciável, pode –se usar o método
n  numero total dos impulsos
 ni U i
simplificado
Uˆ 50 
i
com amplitude Ui (rupturas +nao
n i
rupturas).
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Método “Up and Down”
(Exemplo)
Numa serie de 20 ensaios com U = 1 kV obtém-se cinco (5) rupturas. As
rupturas ocorrem duas (2) vezes na tensão Uo = 85 kV (n0 = 2). Duas vezes
na tensão U1 = 86 kV (n1 = 2) e uma (1) vez na tensão U2 = 87 kV (n 2 = 1).
Calcular U50 e o desvio padrão da distribuição
1) n0 = 2 U0 = 85kV 2) K = 0 nk = 2

n1 = 2 U1 = 86kV K = 1 nk = 2

n2 = 1 U2 = 87kV K = 2 nk = 1
A =0x2+1x2+2x1 = 4
B = 0x2+1x2+4x1 = 6
3) . ˆ 4 
U 50  85  1    0.5   85.3kV
5 
 5  6  16 
S  1.62  0.03  1  0.9558kV UEM - TAT - 2011/FHC 20
 25 

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