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JORGE AMADO
INTRODUÇÃO
• Narrador onisciente que conta as histórias dos meninos pela
cidade de Salvador.
• As aventuras são registradas através de quadros com certa
independência, intercalados com notícias de jornais e reflexões
poéticas.
• Há, porém, uma linha que conduz o romance.
• Narrativa iniciada por um prólogo de caráter jornalístico e depois
divida em três partes subdivididas em capítulos.
• 1) Prólogo – “Cartas à redação”
• 2) Primeira parte (11 capítulos)
• 3) Segunda parte (8 capítulos)
• 4) Terceira parte (8 capítulos)
CONTEXTO HISTÓRICO
• Com o fim da política do café-com-leite e a deposição de
Washington Luís, inicia-se a Era Vargas.
• 1930 a 1934, Governo Provisório marcado pelo voto feminino e
secreto e a Revolução Constitucionalista de 32.
• Ainda, Vargas é eleito presidente pelo Congresso.
• 1934 a 1937, se apresenta o Governo Constitucional, uma nova
constituição é lançada e surge o plano Cohen.
• Vargas se isola de vez no poder.
• 1937 a 1945, período da ditadura de Vargas
– Censura e perseguições
– Desenvolvimento industrial
– Participação do Brasil na Segunda Guerra Mundial é decisiva para
o fim da Ditadura
BIOGRAFIA
• Jorge Amado de Faria
• Nasc.: 10/08/1912 – Itabuna – Bahia
Filho de João Amado de Faria e Eulália Leal
• 1922 – cria o jornalzinho “A Luneta” para
vizinhos e parentes
• 1931- Faculdade de Direito da Universidade do Rio de Janeiro e é
publicado seu primeiro romance: “O país do carnaval”
• 1932 – aproxima-se da militância esquerdista, lança “Cacau” e o ciclo de
romances urbanos
• 1936 – 1ª prisão por participar da Intentona Comunista
• 1942 – preso novamente por oposição ao Estado Novo – lança o livro “A
vida de Luís Carlos Prestes”
• 1946 – eleito deputado federal pelo PCB
• 1948 – é cassado e seus livros são queimados como material subversivo
• Entre 1948 e 1952 – Europa Ocidental e Ásia – lança Os Subterrâneos
da Liberdade
• 1956 – deixa o PCB para voltar a escrever
• 1958 – nova fase com romances e novelas regionais – “Gabriela, cravo
e canela”
• 1961 – eleito para a Academia brasileira de Letras
• 7 de março de 1987 – Fundação Casa de Jorge Amado
• Falece em 06 de agosto de 2001 na cidade de Salvador.
• “Pirulito buscava isso no céu, nos quadros de santo, nas flores murchas
que trazia para Nossa Senhora das Sete Dores...Mas o Sem Pernas não
compreendia que aquilo pudesse bastar...Não queria o que tinha
Pirulito: o rosto cheio de exaltação. Queria alegria, uma mão que o
acarinhasse, alguém que com muito amor o fizesse esquecer o defeito
físico e os muitos anos...Nunca tivera uma família.”
• “E, de súbito, tem medo de que nesta casa sejam bons para ele. Não
sabe mesmo porque, mas tem medo.”
• Chegada de Dora
“Esquece tudo, é apenas um menino de quatorze anos com uma
mãezinha que remenda suas camisas. Vontade de que ela cante para
ele dormir. Sua felicidade naquele momento é quase absurda. Porque
nesta noite sua mãe voltou”
• “o homem não gostou da coisa, se deixou possuir por uma grande raiva,
levantou-se da cadeira e deu dois pontapés no Professor. Um atingiu o
menino nos rins e ele rolou pela calçada gemendo... Olhou o desenho
semi-apagado, seguiu seu caminho ainda com as mãos nos rins... Ele
quisera agradar o homem, merecer uma prata dele. Tivera três pontapés
e palavras brutais”
• “-É o chefe dos tais Capitães da Areia. Veja... O tipo do criminoso nato...
Vamos lhe dar honras especiais... Para começar, meta-o na cafua.
Vamos ver se ele sai um pouco mais regenerado de lá...”
• Catolicismo e Candomblé
• Catolicismo = Pirulito
“...E o chamado de deus dentro de Pirulito é poderoso como a voz do
vento, como a voz potente do mar. Pirulito quer viver para Deus,
inteiramente para Deus, uma vida de recolhimento e de penitência, uma
vida que o limpe dos pecados, que o torne digno da contemplação de
Deus.”
• Candomblé = Pedro-Bala, Boa-Vida, Querido-de-
Deus e João-Grande
“... Pedro Bala, Boa-Vida e o Querido-de-Deus
andaram para o Candomblé do Gantois, onde Omulu
apareceu com suas vestimentas vermelhas e avisou
a seus filhinhos pobres que em breve a miséria
acabaria, que ele levaria a bexiga para a casa dos ricos”
Xangô Iemanjá
Temática – Lampião, o rei do cangaço
• “Lampião tinha entrado numa vila da Bahia, matara oito soldados,
deflorar moças, saqueara os cofres da prefeitura. O rosto sombrio de
Volta Seca se ilumina. Sua boca apertada se abriu num sorriso... Levava
o jornal para cortar o retrato do grupo de Lampião. Dentro dele ia uma
alegria de primavera”