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AUDITORIA INTERNA

2ª AULA

Dra. Fauzia Ragu Ramos


2024
PRINCÍPIOS CONTABILÍSTICOS
• O que são?

• Eles representam a essência das doutrinas e teorias


relativas a ciência da Contabilidade. Em suma, são regras
de aplicação geral.

• Princípio da Entidade: reconhece o Património como


objecto da Contabilidade e afirma a autonomia patrimonial,
a necessidade da diferenciação de um Património
particular no universo dos patrimónios existentes,
independentemente de pertencer a uma pessoa, um
conjunto de pessoas, uma sociedade ou instituição de
qualquer natureza ou finalidade, com ou sem fins
lucrativos.
CONT.
• Princípio da Continuidade: considera-se que a empresa
opera continuamente, com duração ilimitada. Daí que, ela
não tem intenção nem necessidade de entrar em
liquidação ou de reduzir significativamente o volume das
suas operações.

• Princípio da Consistência: refere que a empresa não


altera as suas políticas contabilísticas de um exercício
para o outro. Se o fizer e a alteração tiver efeitos
materialmente relevantes, esta deve ser referida no
relatório explicativo das demonstrações financeiras.
CONT.
• Princípio da Oportunidade: o processo de mensuração e
apresentação dos componentes patrimoniais deve produzir
informações íntegras e tempestivas.

• Princípio do Custo Histórico/Registo pelo Valor


Original: os componentes do património devem ser
inicialmente registados pelos valores originais das
transações, expressos em moeda nacional, isto é, basear-
se em custos de aquisição ou de produção. Em seguida,
poderão sofrer alterações em função de: custo corrente,
valor realizável, valor presente, valor justo e atualização
monetária.
CONT.
• Princípio da Especialização: diz que os proveitos e os
custos são reconhecidos quando obtidos,
independentemente do seu recebimento ou pagamento,
devendo incluir-se nas demonstrações financeiras dos
períodos a que respeitam.

• Princípio da Prudência: significa que é possível integrar


nas contas um grau de precaução ao fazer as estimativas
exigidas em condições de incerteza sem, contudo, permitir
a criação de reservas ocultas ou provisões excessivas ou
a deliberada quantificação de activos e proveitos por
defeito ou passivos e custos por excesso.
CONT.

• Princípio da Substancia sobre a Forma: considera que


as operações devem ser contabilizadas à sua substância e
à realidade financeira e não apenas à sua forma legal.

• Princípio da Materialidade: as demonstrações financeiras


devem evidenciar todos os elementos que sejam
relevantes e que possam afectar avaliações ou decisões
pelos utentes interessados.
NORMAS DE AUDITORIA
• Elas são conjunto de princípios e preceitos mínimos que
norteam os serviços de auditoria, ou seja,

• Normas de auditoria são as regras estabelecidas pelos


orgãos reguladores da profissão contábil, em todos os
países, com o objectivo de regulação e dar directrizes a
serem seguidas por profissionais de auditoria no exerc ício de
suas funções.

• Elas estabelecem conceitos básicos sobre as exigências em


relação a pessoa do auditor, a execução de seu trabalho e ao
parecer que deverá ser por ele emitido.
EVOLUÇÃO HISTÓRICA
• Embora, na maioria das vezes as normas de auditoria sejam
meros guias de orientação geral, e não um manual analítico
de procedimentos a serem seguidos pelo auditor, elas fixam
limites nítidos de responsabilidades, bem como dão
orientação útil quanto ao comportamento do auditor em
relação à capacitação profissional e aos aspectos requeridos
para a execução de seu trabalho.

• À medida que as necessidades determinam a aplicação de


novas normas, que são aceitas pela profissão contábil, elas
passam a ser designadas normas usuais de auditoria ou
normas de auditoria geralmente aceitas.
CONT.
• Os ditos "Princípios da Contabilidade Geralmente Aceites"
são frutos do empirismo de interesses de grupos de classes,
e não podem ser reconhecidos como científicos em suas
bases, conforme, igualmente, vem ocorrendo com outras
normalizações também no campo de auditoria.

• Como é perfeitamente compreensível, os países


economicamente mais evoluídos e, conseqüentemente, mais
adiantados no ponto de vista profissional foram os primeiros a
estabelecer normas de auditoria, e se iniciaram de forma
simples e concisa e passaram a ser constantemente
atualizadas, com sucessivos pronunciamentos dos órgãos
reguladores, que apresentam maiores detalhamentos à
medida de situações novas surgem no exercício da função do
auditor independente.
CONT.
• Assim é que, nos Estados Unidos, por exemplo, onde as
primeiras normas de auditoria surgiram há algumas décadas,
elas foram sendo aperfeiçoadas e periodicamente
consolidadas através de dezenas de novos pronunciamentos,
que reúnem todos os anteriores e eliminam aqueles
substituídos por pronunciamentos mais recentes.
EXEMPLOS DE NORMAS
• Eis alguns:
• BRAZIL:
– Resolução CFC nº 820/97, 17/12/97 (Aprova a NBCT 11- Normas de
Auditoria Independente das Demonstrações Contábeis com alterações e dá
outras providências).
• EUA:
– Normas de Contabilidade Financeira (FASB).
– Normas Contábeis Internacionais (IAS).
• REINO UNIDO:
– Normas Contábeis (IASB).

• FIM

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