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Direito Administrativo

Administração Central do Estado.

Governo - órgão constitucional de soberania ao qual


compete, de forma especifica a condução da politica
geral do pais e a execução, através de programas
concretos de acção politica, legislativa e a
administrativa, do programa do governo, apresentado
e discutido perante a Assembleia da Republica.
Direito Administrativo

A função administrativa do governo reconduz-se


fundamentalmente a direcção, superintendência e
tutela da administração publica, e a pratica de todos
os actos e providencias necessárias a promoção do
desenvolvimento económico e social e satisfação das
necessidades colectivas.
Direito Administrativo

Função do Conselho de Ministros


-Assegurar a administração do pais
-Garantir a integridade territorial
-Velar pela ordem publica e estabilidade dos cidadãos
-Implementar a acção social Estado
-Promover o desenvolvimento económico
-Desenvolver e consolidar a legalidade
-Realizar a politica externa do pais
Direito Administrativo

Competências do Conselho de Ministros


-Assegurar a ordem publica e disciplina social
-Preparar o Plano Económico e Social e o Orçamento
do Estado e executa-los
-Promover e regulamentar a actividade económica e
dos sectores sociais
-Dirigir a politica laboral e de segurança social
- dirigir os sectores do Estado, em especial a educação
e a saúde
Direito Administrativo

Competências do Conselho de Ministros


-Dirigir e promover a politica de habitação
-Estimular e apoiar o exercicio da actividade
empresarial e da iniciativa privada e poteger os
interesses do consumidor e do publico em geral
-Promover o desenvolvimento cooperativo e o apoio a
produção familiar.
Direito Administrativo

Ministros- sao os membros do Governo que


participam no conselho de ministros e exercem
funções politicas e administrativas.

Ministérios - são órgãos centrais do aparelho do


estado com a função de materializar a politica do
Estado dirigindo, planificando e controlando ramos
ou sectores da economia nacional, ou actividades de
caracter económico, educativo, cultural, social e de
defesa e seguranca.
Direito Administrativo

-Competências dos Ministros


-- Fazer regulamentos administrativos no âmbito da
actuação do seu ministério
-- exercer os poderes de superior hierárquico sobre todo o
pessoal do ministério
-- exercer poder de superintendência sobre as instituições
tuteladas dependentes do seu Ministério
-- assinar em nome do Estado os contratos celebrados com
particulares ou outras entidades
-- resolver todos os casos concretos que por lei devam
correr por qualquer dos servicos publicos.
Direito Administrativo

Serviços Publicos- departamentos ou unidades


organizacionais que integram a estrutura das pessoas
colectivas e que naturalmente, servem de suporte ao
exercicio da actividade administrativa,
Exemplos- Ministérios, Direcções Gerais, divisoes e
repartições.

Nota- os serviços públicos não são pessoas colectivas.


Direito Administrativo

A razão de ser das pessoas colectivas e a satisfação das


necessidades colectivas. Ora o conjunto das necessidades
colectivas que por lei, cada pessoa colectiva publica tem
necessariamente de satisfazer, constitui as suas
atribuições.

Para a prossecução das suas atribuições as pessoas


colectivas dispõem de órgãos a quem a lei confere poderes
ou competência para a pratica de actos, os quais
necessariamente deverão visar a satisfação das
necessidades colectivas a cargo das pessoas colectivas a
que pertencem.
Direito Administrativo

Competência – conjunto dos poderes conferidos por


lei aos órgãos das pessoas colectivas para a pratica de
actos tendentes a prossecução das suas atribuições.

Órgãos centrais do Estado- art.138 CR


São os órgãos de soberania, o conjunto dos órgãos
governativos e as instituições a quem cabe garantir a
prevalência do interesse nacional e a realização da
politica unitária do Estado.
Direito Administrativo

Administração Local do Estado- conjunto dos órgãos e


serviços de pessoas colectivas publicas que dispõem de
competência limitada a uma área territorial restrita, e
funcionam sob direcção dos correspondentes órgãos
centrais.

Caracteristicas
-É constituida por um conjunto de órgãos e serviços
- Esses órgãos e serviços pertencem ao Estado
- A sua competência e limitada em função do território
Direito Administrativo

Caracteristicas
-Funcionam sempre na dependência hierárquica dos
órgãos centrais.
Direito Administrativo
Divisão do Território
-Província
-Distrito
- Postos Administrativos
-Localidades
-Povoações,
Direito Administrativo
Órgãos Locais do Estado
-São órgãos, isto é, podem tomar decisões em nome
do Estado.
-- tem competência meramente local, delimitada em
razão do território.

- Sao órgãos do Estado, por isso subordinados ao


Governo.
Direito Administrativo
Governador Provincial
É o representante do Governo a nivel da Provincia,
art. 141 CR.

Governo Provincial
Garante a execucao ao nivel da Provincia da politica
governamental
Exerce a tutela administrativa sobre as autarquias
locais.
Direito Administrativo
Assembleias provinciais-
Compete
-Fiscalizar e controlar a observância dos princípios e
normas estabelecidos na constituição e nas leis, bem
como das decisões do Conselho de Ministros
referentes a respectiva Província.
-Aprovar o programa do Governo Provincial.

-Atenção não é um órgão local do Estado.


Direito Administrativo
Assembleias provinciais-
Compete
Apreciar e emitir recomendações sobre assuntos e
questões fundamentais de desenvolvimento
económico, social e cultural da Província, a satisfação
das necessidades colectivas e a defesa dos interesses
das respectivas populações.

- Fiscalizar a actividade dos órgãos executivos.


Direito Administrativo
Governador Provincial-
Compete
-Dirigir o Governo Provincial
- Supervisar os serviços da Administração do Estado
na Província.
- Dirigir a preparação, execução e controlo do
programa de Governo.
-Criar unidades de prestação de saúde primários, bem
como escolas primarias de ensino geral.
-Praticar actos administrativos e tomar decisões
indispensáveis em circunstancias excepcionais.
Direito Administrativo
Administrador Distrital-
Compete
-Representar a administração central do Estado no
território do respectivo distrito.
-- promover o desenvolvimento económico e social no
distrito
-- promover a participação das comunidades e das
autoridades comunitarias respectivas nas actividades de
desenvolvimento económico, social e cultural locais
-Coordenar as acções de prevenção, protecção e defesa
civil da população em caso de calamidade
.
Direito Administrativo
Administrador Distrital-
Compete
-- propor a criação e extinção dos servicos distritais ao
Governador Provincial.
--proceder ao acompanhamento, verificação e decisão
sobre aspectos de execução das decisões do Governo.
- aplicar e fazer aplicar as leis, regulamentos e outros
actos administrativos, supervisando o funcionamento
de todos os serviços do distrito.
Direito Administrativo
Administrador Distrital-
Compete
-Fazer executar as obras publicas previstas no Plano e
orcamento do Estado, de acordo com as orientações
ou instruções do Governo Provincial.
-Conceder licenças para actividades com fins
económicos e sociais na area do distrito, com
observância dos limites das competências conferidas a
outros órgãos.
Direito Administrativo
Administrador Distrital-
Compete
- mandar levantar os autos de transgressões e decidir
em conformidade com a lei.
-Tomar providencias e emitir as instruções ao
comandante distrital da PRM
-Determinar e coordenar medidas de socorro, em
casos de calamidade
- praticar actos administrativos ou tomar outras
decisões indispensáveis, sempre que circunstancias
urgentes de interesse publico o exijam.
Direito Administrativo
Chefe de posto administrativo-
Compete
-zelar pela manutenção da ordem e tranquilidade
publicas no respectivo território.
-Promover o desenvolvimento de actividades
económicas, sociais e culturais, estimulando a
ocupação de todos os cidadaos capazes, priorizando
as camadas mais vulneráveis.
- prestar contas de execução das tarefas emanadas dos
órgãos de escalões superiores.
Direito Administrativo
Chefe de localidade-
Compete
-Promover as acções de desenvolvimento económico,
social e cultural da localidade, de acordo com o Plano
Economico e Social do Governo.

-Mobilizar e organizar a participação da comunidade


local na resolução dos problemas sociais da respectiva
localidade.
Direito Administrativo
ADMINISTRACAO ESTADUAL INDIRECTA

A maior parte das atribuições do Estado são


prosseguidos de forma directa e imediata pelo Estado.
Directa- pela pessoa colectiva Estado.

Imediata- sob a direcção do Governo, na sua


dependência hierárquica e portanto sem autonomia.
Direito Administrativo
ADMINISTRACAO ESTADUAL INDIRECTA

Há outros casos em que os fins do Estado não são


prosseguidos dessa forma.

conceito- administração estadual indirecta é uma


actividade administrativa do Estado, realizada, para a
prossecução dos fins deste, por entidades publicas
dotadas de personalidade jurídica própria e de
autonomia administrativa e financeira.
Direito Administrativo
ADMINISTRACAO ESTADUAL INDIRECTA

Do ponto de vista orgânico é o conjunto das


entidades publicas que desenvolvem, com
personalidade jurídica própria e autonomia
administrativa, ou administrativa e financeira, uma
actividade administrativa destinada a realização de
fins do Estado.
Direito Administrativo
ADMINISTRACAO ESTADUAL INDIRECTA

Razão de ser
O Estado tem funções de carácter técnico, economico,
cultural e social, que não se compadecem com uma
actividade de tipo burocrático, exercida por serviços
instalados num ministério.
Direito Administrativo
INSTITUTOS PUBLICOS
Conceito – é uma pessoa colectiva publica, de tipo
institucional, criada para assegurar o desempenho de
determinadas funções administrativas de carácter não
empresarial, pertencentes ao Estado ou a outra pessoa
colectiva publica.

Exemplos
Instituto Nacional de Metereologia- decreto 30-89 de 10
de outubro.
Instituto Nacional de Viação, decreto 5-93 de 15 de Abril.
Direito Administrativo
EMPRESAS PUBLICAS
Conceito – organizações económicas de fim lucrativo,
criadas e controladas por entidades jurídicas publicas.

Unidade de producao- são as organizações de capitais,


técnica e trabalho, que se dedicam a produção de
determinados bens ou serviços, destinados a ser vendidos
no mercado, mediante um preço.

Se as unidades de produção tiverem fim lucrativo são


empresas, se não unidades de produção não empresarial,
ex. Clínicas do Estado.
Direito Administrativo
EMPRESAS PUBLICAS
Gozam de personalidade jurídica, art.2 n 1 da lei 17-
91 de 3 de Agosto.
Gozam de capacidade jurídica comprendendo todos
os direitos e obrigações necessários a prossecução do
seu objecto.

São dotadas de autonomia administrativa, financeira e


patrimonial.

São criadas por decreto do Conselho de ministros.


Direito Administrativo
EMPRESAS PUBLICAS
Motivos de criação
Necessidade do Estado de deter posições -chave na
economia.
Modernização e eficiência da Administração.
Necessidade de Monopólio, ex, sector das aguas.
Direito Administrativo
EMPRESAS PUBLICAS
Os estatutos de uma empresa devem conter,
-Denominação
-Sede e área geográfica de actividade
-Objecto
-Fundo de constituição
-Órgão de subordinação
-Constituição, competência e funcionamento dos seus
órgãos.
Direito Administrativo
EMPRESAS PUBLICAS
O principio da gestão privada
As empresas publicas de um modo geral estão sujeitas
ao direito privado. A actividade que desenvolvem não
é de gestão publica, é de gestão privada.

As empresas publicas são organismos que necessitam


de uma grande liberdade de acção, tendo em conta a
eficiencia a que se deve a sua criação e a concorrencia
que podem enfrentar no mercado.
Direito Administrativo
ADMINISTRACAO ESTADUAL AUTONOMA
Conceito- é aquela que prossegue interesses públicos
próprios das pessoas que as constituem e por isso se
dirige a si mesma, definindo com independência a
orientação das suas actividades, sem sujeição a
hierarquia ou a superintendência de Governo.

Prosseguem interesses próprios das pessoas que as


constituem, não prosseguem atribuicoes do Estado.
Direito Administrativo
ADMINISTRACAO ESTADUAL AUTONOMA
-Associações Publicas são as pessoas colectivas
publicas, de tipo associativo, destinadas a assegurar
autonomamente a prossecução de determinados
interesses públicos pertencentes a um grupo de
pessoas que se organizam com esse fim.
-
Ex, ordem dos Advogados,
Associações de Municípios,
Conferir art, 157 e segs. Do Codigo Civil.
Direito Administrativo
ADMINISTRACAO LOCAL AUTARQUICA
-Em sentido subjectivo ou orgânico é o conjunto
das autarquias locais.
-Em sentido objectivo ou material- é a actividade
administrativa desenvolvida pelas autarquias locais.
Direito Administrativo
Autonomia local- é o direito e a capacidade efectiva
das autarquias locais regulamentarem e gerirem nos
termos da lei, sob sua responsabilidade e no interesse
das populações respectivas, uma parte importante dos
assuntos públicos.

A autonomia local é a expressão da descentralizacao.

Em sentido estrito- competência para a pratica de


actos definitivos e executórios e não dependência
hierárquica das autarquias em relação ao Estado.
Direito Administrativo
AUTONOMIA LOCAL
Pressupõe
-Autonomia Administrativa
-Autonomia Financeira
-Autonomia Patrimonial, art.7 da lei 2-97 de 18 de
Fevereiro.
Direito Administrativo
-AUTARQUIAS LOCAIS
-Conceito- são pessoas colectivas publicas, dotadas
de órgãos representativos próprios que visam a
prossecução dos interesses das populações
respectivas, sem prejuízo dos interesses nacionais e da
participação do Estado.

Pessoas colectivas- são organizações constituídas por


um complexo patrimonial, massa de bens, tendo em
vista a prossecução de um interesse comum
determinado e as quais a ordem juridica atribui
qualidade de Sujeitos de direito, isto e, reconhece
como centros autónomos de relações juridicas.
Direito Administrativo
Elementos do conceito

Território determina o conjunto da população que vai


ser gerida pelos respectivos órgãos autárquicos.

Delimita o âmbito de actuação dos órgãos.

É um elemento pressuposto.
Direito Administrativo
Elementos do conceito

Agregado Populacional- é a razão de ser da própria


autarquia.

Interesses das Populações respectivas- as


especificidades locais geram um tipo de interesses
comuns as populações , originando assim a
necessidade de serem administrados por órgãos
diferentes dos estaduais.
Direito Administrativo
Elementos do conceito

Órgãos representativos próprios tem órgãos


representativos das respectivas populações e sao
eleitos por essas mesmas populações.

Autarquias
-Sao pessoas colectivas publicas
- São dotados de órgãos representativos próprios
- Prosseguem os interesses das populações respectivas
Direito Administrativo
Descentralizacao
VANTAGENS
-Maior adaptação das escolhas locais as necessidades
locais em termos de meios financeiros e humanos
-Controle de proximidade do exercício do poder
- equilíbrio dos poderes do Estado e um poder mais
proximo das populações
- aprendizagem pragmática da democracia, art 271 da
CR
Direito Administrativo
Orgaos representativos

ASSEMBLEIA- é dotada de poderes deliberativos,


eleita por sufrágio universal, directo, igual, secreto,
pessoal e periódico.

ORGAO EXECUTIVO- responde perante a


Assembleia, é eleito por sufrágio, universal, directo,
igual, secreto, pessoal e periódico.
Direito Administrativo
Categorias das Autarquias Locais

Município autarquia local que visa prossecução de


interesses próprios da população residente na
circunscrição concelhia, mediante órgãos
representativos por ela eleitos.

Povoacoes- correspondem a circunscrição territorial


da sede dos postos administrativos.
Direito Administrativo
A criação e extinção das autarquias locais e feita por
lei, devendo a alteração da respectiva área ser
precedida de consulta aos seus órgãos.

As autarquias locais tem finanças e património


próprios.

As Autarquias dispoem de poder regulamentar


proprio, no limite da Constituicao, das leis e dos
regulamentos emanados das autoridades com poder
tutelar.
Direito Administrativo
Atribuições
Respeitam os interesses próprios, comuns e
especificos das populacoes respectivas e
desigadamente
-Desenvolvimento economico e social
-Meio ambiente, saneamento basico e qualidade de
vida
-Abastecimento publico
-Saúde
-Educação
-Cultura, tempos livres e desporto,
Direito Administrativo
Atribuições
- Policia de autarquia
-Urbanização, construção e habitação

A prossecução das atribuições das autarquias locais é


feita de acordo com os recursos financeiros ao seu
alcance e respeita a distribuição de competencias
entre os orgaos autarquicos e os de outras pessoas
colectivas de direito publico, nomeadamente o
Estado, determinadas por lei e legislação
complementar.
Direito Administrativo
Autonomia Administrativa
-Praticar actos definitivos e executórios na área da sua
circunscrição territorial
-Criar, organizar e fiscalizar serviços destinados a
assegurar a prossecução das suas atribuições.

Autonomia Patrimonial
- Consiste em ter património próprio para prossecução
das suas atribuições.
Direito Administrativo
Autonomia Financeira.
-Elaborar, aprovar, alterar e executar planos de
actividade e orçamento
- elaborar e aprovar as contas da gerencia
- dispor de receitas próprias, ordenar e processar as
despesas e arrecadar as receitas que, por lei estão
destinadas as autarquias
- gerir o património autárquico
- recorrer a empréstimo nos termos da legislação em
vigor.
Direito Administrativo
Principio da especialidade
-Os órgãos das autarquias locais só podem deliberar
ou decidir no âmbito das suas competências e para a
realização das atribuições que lhe são próprias.

-Se um órgão deliberativo praticar um acto da


competência do executivo, pratica um acto ilegal
ferido do vicio de incompetência.

-Objectivo do princípio - repartição de competências


Direito Administrativo
Principio da legalidade
A autarquia local desenvolve a sua actividade em
estreita obediência a Constituição, aos preceitos legais
e regulamentares e aos princípios gerais de direito,
dentro dos limites dos poderes que lhes estejam
atribuídos e em conformidade com os fins para que os
mesmos lhes foram conferidos.
Direito Administrativo
ASSEMBLEIA MUNICIPAL
Constituída por membros eleitos por sufrágio
universal, directo, igual, secreto, pessoal e periódico
dos cidadãos eleitores residentes no respectivo circulo
eleitoral.

A sua constituição é variável ver art. 36 da lei 2-97 de


18 de Fevereiro.
Direito Administrativo
ASSEMBLEIA MUNICIPAL
Competência
Clausula geral- pronunciar-se e deliberar, no quadro
das atribuições municipais, sobre os assuntos e
questões fundamentais de interesse para o
desenvolvimento económico, social e cultural da
comunidade municipal, a satisfação das necessidades
colectivas e a defesa dos interesses das respectivas
populações, bem como acompanhar e fiscalizar a
actividade dos demais órgãos e dos serviços e
empresas municipais.
Direito Administrativo
ASSEMBLEIA MUNICIPAL
-Comunicar a entidade tutelar qualquer facto de que
tome conhecimento que entenda ser motivo de perda
de mandato.

-Tomar posição perante os órgãos do Estado e outras


entidades publicas sobre os assuntos de interesse para
o município devendo para o efeito ser por aquelas
consultadas.
Direito Administrativo
ASSEMBLEIA MUNICIPAL
-ser ouvido quando solicitado pelo Conselho de
Ministros, sobre a modificação de limites, criação e
extincao de novas autarquias locais que afectem a
respectiva área de jurisdição.

- Pronunciar-se e deliberar sobre os assuntos que


digam respeito aos interessses proprios da autarquia
local.
Direito Administrativo
ASSEMBLEIA MUNICIPAL
-aprovar a celebração, com o Estado de contratos-
programa ou de desenvolvimento, ou de quaisquer
outros que visem a transferência ou o exercício de
novas competências pelas autarquias locais,

-Criarou extinguir a unidade de policia municipal e


corpos de bombeiros voluntários.

-Aprovar os quadros de pessoal dos diferentes


serviços da autarquia
Direito Administrativo
ASSEMBLEIA MUNICIPAL
-Conceder autonomia administrativa e financeira a
servicos ou sectores funcionais autarquicos e autorizar
o conselho municipal a criar empresas municipais ou
a participar em empresas inter autárquicas.

-Aprovar a participação da autarquia local no capital


de empresas de direito privado que prossigam fins de
reconhecido interesse publico local.
Direito Administrativo
ASSEMBLEIA MUNICIPAL

-Autorizar
o conselho municipal a alienar ou onerar
bens imoveis proprios

- Fixar tarifas pela prestação de serviços ao publico


através de meios próprios, nomeadamente no âmbito
da recolha, deposito e tratamento de resíduos,
conservação e tratamento de esgotos, fornecimento de
agua, energia eléctrica, utilização de matadouros
municipais, manutenção de jardins e mercados,
transportes colectivos de pessoas, manutenção de
vias, funcionamento de cemitérios.
Direito Administrativo
ASSEMBLEIA MUNICIPAL

-estabelecer o nome de ruas, praças, localidades e


lugares no território da autarquia local.

-Criar e atribuir distinções e medalhas autárquicas.


Direito Administrativo
CONSELHO MUNICIPAL
Compete

-Executar e realizar as tarefas e programas


económicos, culturais e sociais de interesse local
definidos pela Assembleia Municipal e enquadrados
pela lei.

- Participar na execução do plano de actividades e do


orçamento
Direito Administrativo
CONSELHO MUNICIPAL
Compete
-Deliberar sobre as formas de apoio a organizações
não-governamentais e outros organismos que
prossigam fins de interesse publico para o município.

-Propor a instancia competente a declaração de


utilidade publica, para efeitos de expropriação.

-Conceder licenças para construção, reedificação ou


conservação, bem como aprovar os respectivos
projectos, nos termos da lei.
Direito Administrativo
CONSELHO MUNICIPAL
Compete
-Ordenar após vistoria, a demolição total ou parcial ou
beneficiação de construções que ameacem ruína ou
constituam perigo para a saúde e segurança das
pessoas.

--conceder licenças para estabelecimentos insalubres,


incómodos, perigosos ou tóxicos, nos termos da
Direito Administrativo
CONSELHO MUNICIPAL
Compete
-Deliberar sobre a administração de aguas publicas
sob sua jurisdição

--deliberar sobre tudo o que interesse a segurança e


fluidez da circulação, transito e estacionamento nas
ruas e demais lugares publicos e que não se insira na
competência de outros órgãos ou entidades.
Direito Administrativo
CONSELHO MUNICIPAL
Compete
-Estabelecer a numeração dos edificios e a toponímia.

--deliberar sobre a deambulação de animais vadios ou


de espécies bravias e mecanismos organizativos de
enquadramento.
Direito Administrativo
PRESIDENTE DO CONSELHO MUNICIPAL
Compete
-Dirigir a actividade corrente do município,
coordenando, orientando e superintendendo a acção
de todos os vereadores.

--
dirigir e coordenar o funcionamento do Conselho
Municipal

--exercer todos os poderes conferidos por lei ou por


deliberação da Assembleia da Republica.
Direito Administrativo
PRESIDENTE DO CONSELHO MUNICIPAL
Compete
-Escolher, nomear e exonerar livremente os
vereadores do Conselho Municipal.

- conceder licenças para habitação ou para outra


utilização de prédios construidos de novo ou que
tenham sofrido grandes modificações, procedendo a
verificação, por comissões apropriadas, das condições
de habitabilidade e de conformidade com o projecto
aprovado, de acordo com a regulamentação
autárquica especifica.
Direito Administrativo
PRESIDENTE DO CONSELHO MUNICIPAL
Compete
-Embargar e ordenar a demolição de quaisquer obras,
construções ou edificações efectuadas por
particulares, sem observância da lei.

-Ordenar o despejo sumario de prédios expropriados


ou cuja demolição ou beneficiação tenha sido
deliberada nos termo
Direito Administrativo
PRESIDENTE DO CONSELHO MUNICIPAL
Compete
-Conceder terrenos nos cemitérios municipais para
jazigos e sepulturas perpetuas,

--conceder licenças policiais ou fiscais de harmonia


com o disposto nas leis, regulamentos e posturas,

-Exerceras funções de chefe da policia municipal,


quando exista.
Direito Administrativo
PRESIDENTE DO CONSELHO MUNICIPAL
Compete

Em caso de urgência e em circunstancias em que o


interesse publico autárquico excepcionalmente o
determine, o Presidente do Conselho Municipal pode
praticar actos sobre materias da competência do
Conselho Municipal.
Direito Administrativo
DELIBERACOES
As assembleias Municipal e da Povoação só podem
deliberar estando presentes mais de metade dos seus
membros em efectividade de funções.

Os conselhos Municipal e da Povoação só podem


deliberar quando estiverem presentes pelo menos dois
terços dos seus membros em efectividade de funções.
Direito Administrativo
DELIBERACOES
Nos casos em que as reuniões não se efectivarem por
inexistência de quórum haverá lugar ao registo das
presenças e das ausências no livro de actas

Salvo disposição expressa em contrario, as


deliberações são tomadas a pluralidade de votos,
tendo o Presidente voto de qualidade em caso de
empate, não contando as abstenções para o
apuramento da maioria.
Direito Administrativo
DELIBERACOES NULAS
- Estranhas as atribuições da autarquia local.
-Tomadas sem quórum
--que transgridam as disposições legais respeitantes ao
lançamento de impostos,
-- que careçam absolutamente de forma legal.
-- que violem direitos fundamentais dos cidadãos
Direito Administrativo
DELIBERACOES NULAS

As deliberações e decisões nulas são impugnáveis,


sem dependência de prazo, por via de interposição de
recurso contencioso ou de defesa em qualquer
processo administrativo ou judicial.
Direito Administrativo
DELIBERACOES ANULAVEIS
-Por incompetência,
-Vicio de forma,
- desvio de poder,
- violação de lei, regulamento ou contrato.

-As deliberações e decisões anuláveis só podem ser


impugnadas, em recurso contencioso, dentro do prazo
legal.
-A não impugnação do vicio dentro do prazo de
recurso contencioso sana a deliberação anulável.
Direito Administrativo
TUTELA ADMINISTRATIVA
Conceito – conjunto dos poderes de intervenção de
uma pessoa colectiva publica na gestão de outra
pessoa colectiva, afim de assegurar a legalidade ou o
mérito da sua actuação.

Fim da Tutela
Respeito pela legalidade e protecção do interesse
geral.
Direito Administrativo
TUTELA ADMINISTRATIVA

tutela de legalidade
Quanto
Ao fim
tutela de mérito

Legalidade- apurar se a decisão é conforme a lei.


Mérito – controlo de oportunidade ou de
conveniencia, pode fazer prevalecer os seus pontos de
vista.
Direito Administrativo
TUTELA ADMINISTRATIVA

- tutela integrativa

- tutela inspectiva
Quanto
ao - tutela sancionatória
conteúdo
- tutela revogatória

- tutela substitutiva
Direito Administrativo
Tutela integrativa – poder de autorizar ou aprovar os
actos da entidade tutelada.

Tutela inspectiva- poder de fiscalização da


organização e funcionamento da entidade tutelada.

Tutela sancionatória Poder de aplicar sanções por


irregularidade

Turtela revogatória poder de revogar os actos


administrativos praticados pela entidade tutelada.
Direito Administrativo
Tutela substitutiva- poder da entidade tutelar de
suprir as omissões da entidade tutelada, praticando em
vez dela, os actos que forem legalmente devidos.

Inspeccionar – significa examinar as contas e


documentos de um organismo, a fim de verificar se
tudo se encontra de acordo com as leis aplicáveis.
Direito Administrativo
Tutela

Se se suspeita da existência de uma situação geral de


ilegalidades numerosas e imputáveis a varios
indivíduos, procede-se a uma sindicância

Pelo contrario, se se pretende fazer apenas uma


inspecção de rotina, ou verificar a legalidade de certo
acto ou do comportamento de um dado individuo,
procede-se a um inquérito.
Direito Administrativo
O PROVEDOR DE JUSTICA

O Provedor de Justiça – órgão que tem como função


a garantia dos direitos dos cidadãos, a defesa da
legalidade e da justica na actuação da Administração
Publica.

O provedor da Justiça e eleito pela Assembleia da


Republica, por maioria de dois terços dos deputados,
pelo tempo que a lei determinar.
Direito Administrativo
O PROVEDOR DE JUSTICA

O provedor de Justiça é independente e imparcial no


exercício das suas funções, devendo observância
apenas a Constituição e as Leis.

O Provedor de Justiça submete uma informação anual


a Assembleia da Republica sobre a sua actividade.
Direito Administrativo
O PROVEDOR DE JUSTICA
Competências

Aprecia os casos que lhe são submetidos sem poder


decisório, e produz recomendações aos órgãos
competentes para reparar ou prevenir ilegalidades ou
injustiças.
Os órgãos e agentes da administração Publica tem o
dever de prestar colaboração que lhes for requerida
pelo Provedor de Justiça no exercício das suas
funções.

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