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PREFEITURA MUNICIPAL DE LUCAS DO RIO VERDE

ESTADO DE MATO GROSSO


CNPJ 24.772.246/0001-40

APOSTILA

CURSO BASICO:GESTÃO PÚBLICA

Realização : Rudimar P. Rubin

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SUMÁRIO:

1. Administração Publica
1.1- Estrutura Administrativa
1.1.1. Conceito, Elementos e Poderes de Estado-
1.1.2. Organização do Estado e da Administração
1.1.3. Governo e Administração
1.1.4. Entidades Políticas e Administrativas
1.1.5. Orgãos e Agentes Públicos
1.2. A atividade Administrativa
1.2.1. Principio Básicos da Administração
1.2.2. Serviços Públicos
1.2.3. Formas e Meios de Prestação de Serviços
1.3. Domínio Público
1.3.1. Conceito e Classificação Bens Públicos

2. O Orçamento Público
2.1. O Planejamento Público no Brasil (histórico)-
2.2. Instrumentos de Planejamento
2.3. Plano Plurianual –PPA
2.4. Lei de Diretrizes Orçamentárias – LDO
2.5. Lei Orçamentária Anual – LOA
2.6. Receita Publica-
2.7. Despesa Pública

3. Convenio – pág.
3.1. Proposição
3.2. Celebração e Formalização
3.3. Execução
3.4. Prestação de Contas.

4. Licitações
3.1. Conceitos e Finalidades
3.2. Objeto da Licitação
3.3. Modalidade de Licitação
3.4. Tipos de Licitação
3.5. Procedimento da Licitação

5- A Lei de Responsabilidade Fiscal

5.1. Disposições Preliminares


5.2. Do Planejamento
5.3. Da Receita e da Despesa Publica
5.4. Das Transferências Voluntárias
5.5. Da Destinação de Recursos para o Setor Privado
5.6. Da Divida e do Endividamento
5.7. Da Gestão Patrimonial
5.8. Da Transparência na Gestão Fiscal

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6- Fundo Municipal de Previdência Social

7- Controle Interno

7.1. Introdução e Conceitos de Controle Interno


7.2. Fundamentação Legal do Controle Interno
7.3. Enfoque Sistêmico do Controle Interno
7.4. Estruturação do Sistema C.Interno nos Municípios
6.5. Operacionalização das Atividades.

APOSTILA PARA CAPACITAÇÃO EM “GESTÃO PÚBLICA”.

ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA

A Administração Pública

Conceito: Em sentido material, é o conjunto coordenado de funções que visam à boa gestão da
coisa pública, de modo a possibilitar que os interesses da sociedade sejam alcançados.
A Administração Pública destaca-se, portanto,por ser um conjunto de órgãos destinados a
cumprir as finalidades do Estado, o que pode ser resumido na busca da “realização do bem
comum”.

ESTRUTURA ADMINISTRATIVA

CONCEITO, ELEMENTOS E PODERES DO ESTADO

Conceitos do Estado-O conceito de Estado varia, mas sob o prisma constitucional é pessoa
jurídica territorial soberana; e conforme conceituação do nosso Código Civil , é pessoa jurídica
de Direito Público Interno.
O autor Darcy Azambuja, em seu livro Teoria Geral do Estado, define “organização político-
jurídica de uma sociedade para realizar o bem publico, com governo próprio e território
determinado”.

Ao longo da história o Estado tem assumido diversos papéis:


a) Estado Autoritário: O Estado tudo pode,tudo faz.Não há distinção entre a coisa pública e a
coisa do rei.O Estado era o rei, nos dizeres de Luís XIV.

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b) Estado Democrático: Surge o governo liberal,em que a vontade do povo estabelece as leis,
pois o poder na mão de um só não atende ao interesse burguês e da maioria.
c) Estado Intervencionista: Em vez de fazer é preciso gerenciar(governar).Buscou suprir
as necessidades que o modelo anterior não estava satisfazendo.Era necessário proporcionar o
bem-estar social.
A origem da palavra governo vem do grego e significa navegar.Assim o papel do governo é
navegar, e não remar.Remar significa prestar serviços, e o “governo não é bom remador”.O
Estado deve gastar melhor.
O lema que deve prevalecer não é um governo que faz, mas, sim um governo que
governa, pois para o cidadão-usuário do serviço, não importa se ele é público ou privado, o
que interessa é que funcione e bem, gerando resultados.

Elementos do Estado- Povo, Território e Governo Soberano.

Poderes de Estado- Legislativo, Executivo e o Judiciário.

ORGANIZAÇÃO DO ESTADO E DA ADMINISTRAÇÃO

Organização do Estado - A organização do Estado é matéria constitucional no que concerne à


divisão política do território nacional, à estrutura dos Poderes, à forma de Governo, ao modo de
investidura dos governantes, aos direitos e garantias dos governados.
A nossa Federação compreende: a União, os Estados-Membros, o Distrito Federal e os
Municípios, que também são entidades estatais, com autonomia política reconhecida pela
Constituição da República.

Organização da Administração - Estruturação das entidades e órgãos que irão desempenhar as


funções, através de agentes públicos, a fim de bem ordenar os órgãos, distribuir as funções, fixar
competências e capacitar os agentes para a satisfatória prestação dos serviços públicos ou de
interesse coletivo.Cabe ao administrador público, que é servidor legalmente investido em cargo
público, efetivo ou temporário, responsável pela gestão dos negócios do Estado.Compete a ele
desenvolver ação de planejar

GOVERNO E ADMINISTRAÇÃO

Governo - Expressão política de comando, de iniciativa, de fixação de objetivos do estado e de


manutenção da ordem jurídica vigente.

Administração Pública - Numa visão global, a Administração é, pois, todo o aparelhamento do


Estado preordenado à realização de seus serviços, visando a satisfação das necessidades
coletivas.
Comparativamente, podemos dizer que o Governo comanda com responsabilidade constitucional
e política, mas sem responsabilidade profissional pela execução; a Administração executa sem
responsabilidade constitucional ou política, mas com responsabilidade técnica e legal pela
execução.

ENTIDADES POLÍTICAS E ADMINISTRATIVAS

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Entidade é pessoa jurídica, pública ou privada.
Órgão é elemento despersonalizado incumbido da realização das atividades da entidade a que
pertence, através de seus agentes.

CLASSIFICAÇAO DAS ENTIDADES

™ Estatais
™ Autárquicas
™ Fundações
™ Paraestatais

Entidades estatais – São pessoas jurídicas de Direito Público que integram a estrutura
constitucional do Estado e tem poderes políticos e administrativos, tais como a União, os
Estados-membros, os Municípios e o Distrito Federal.

Entidades Autárquicas - São pessoas jurídicas de Direito Público, de natureza meramente


administrativa, criadas por lei específica, para a realização de atividades, obras ou serviços
descentralizados da entidade estatal que as criou.Funcionam e operam na forma estabelecida na
lei instituidora e nos termos de seu regulamento.
As autarquias podem desempenhar quaisquer atividades outorgadas pela entidade estatal-
matriz.Suas principais característica são:
a) instituídas por lei;
b) dotadas de personalidade jurídica de direito público;
c) patrimônio constituído inicialmente transferido pelo Estado;
d) os bens e as rendas são considerados patrimônio público;
e) o orçamento obedece às regras da administração direta;
f) atos dos dirigentes equiparam-se aos atos administrativos;
g) contratações sujeitas à licitação;
h) pessoal sujeito a regime jurídico único;
i) possuem imunidade de impostos sobre seu patrimônio,rendas e serviços
j) impenhorabilidade de bens e rendas.
Fundações: englobam entes que objetivam, principalmente, a realização de atividades não
lucrativas e que podem ser realizadas pelo setor público ou privado, mas que são de interesse
coletivo, como a educação, cultura entre outras.As principais característica:
a) instituídas por lei;
b) dotadas de personalidade jurídica de direito público;
c) sem fins lucrativos
d) possuem autonomia administrativa e patrimônio próprio;
e) o orçamento obedece às regras da administração direta;
f) o funcionamento é custeado, basicamente, por recursos do Estado.
g) contratações sujeitas à licitação;
h) pessoal sujeito a regime jurídico único;
i) possuem imunidade de impostos sobre seu patrimônio,rendas e serviços

Entidades paraestatais- São pessoas jurídicas de Direito Privado cuja criação é autorizada por
lei específica para a realização de obras, serviços ou atividades de interesse coletivo.São
espécies de entidades paraestatais as empresas públicas, as sociedades de economia mista e os
serviços sociais autônomos

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Suas características principais são:
a) é constituídas por um estatuto social;
b) o capital é dividido em partes iguais, que recebem o nome de ações;
c) seus sócios são conhecidos como acionistas

EXERCÍCIO DE FIXAÇÃO

1. O serviço público é:
a) ( ) todo aquele prestado pela administração ou por seus delegados,sob normas e
controles estatais, para satisfazer simples conveniências do Estado.
b) ( ) todo aquele prestado pela administração ou por seus delegados, sob normas e
controles estatais, para satisfazer necessidades essenciais ou secundárias da
coletividade, ou simples conveniências do Estado.
c) ( ) qualquer serviço prestado por servidor público.
d) ( ) qualquer serviço prestado por administrador público.
e) ( ) todo aquele prestado pela administração para satisfazer necessidades essenciais
ou secundárias da coletividade, ou simples conveniências do Estado.

2. Assinale a alternativa correta:


a) ( ) A administração direta é a estrutura administrativa da Presidência da República
e dos Ministérios; do Governo Estadual e das Secretarias Estaduais; do Governo
Municipal e das Secretarias Municipais.
b) ( ) A administração indireta é o conjunto de entidades públicas dotadas de
personalidade jurídica própria.
c) ( ) todas as empresas públicas pertencem à administração direta.
d) ( ) a e b estão corretas.
e) ( ) a, b e c estão corretas.

3. Compõem a administração direta:


a) ( ) autarquias, empresas publicas, sociedades de economia mista e fundações
públicas.
b) ( ) ministérios e secretarias, unidades orçamentárias e unidades gestoras.
c) ( ) autarquias, empresas públicas, sociedades de economia mista e unidades
gestoras.
d) ( ) ministérios e secretarias, autarquias e fundações públicas.
e) ( ) nenhuma das anteriores.

4.Compõem a administração indireta:


a) ( ) autarquias, empresas públicas, sociedade de economia
mista,fundos e fundações públicas.
b) ( ) ministérios e secretarias, unidades orçamentárias e unidades gestoras
c) ( ) autarquias,empresas públicas, sociedade de economia mista e unidades gestoras.
d) ( ) ministérios e secretarias, autarquias e fundações públicas.
e) ( ) nenhuma das anteriores.

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5) As autarquias são entes administrativos autônomos, criados por lei especifica, com
personalidade jurídica de direito público interno, patrimônio próprio e atribuições estatais
específicas. A uma autarquia somente deve ser outorgado serviço público típico.Suas
principais características são:
a) ( ) entidades instituídas por lei patrimônio inicial transferido da entidade
constituidora.
b) ( ) seus bens e suas rendas são considerados patrimônio público e o orçamento é
idêntico ao das entidades estatais.
c) ( ) os atos de seus dirigentes equiparam-se aos atos administrativos e as contratações
estão sujeitas a licitação.
d) ( ) pessoal sujeito ao regime jurídico da entidade constituidora, possui imunidade de
impostos sobre seu patrimônio, renda e serviços e impenhorabilidade de bens e
rendas.
e) ( ) todas as alternativas estão corretas.

6. As fundações públicas são entes que se prestam, principalmente, à realização de


atividades não lucrativas e atípicas do poder público, mas de interesse coletivo, como a
educação, cultura, pesquisa, sempre merecedora do amparo estatal.Suas principais
características são:

a) ( ) entidades dotadas de personalidade jurídica de direito público e criadas sem fins


lucrativos;
b) ( ) entidades criadas por lei para o desenvolvimento de atividades que não exijam
execução por órgão ou entidades de direito público;
c) ( ) possuem autonomia administrativa e patrimônio próprio;
d) ( ) o funcionamento é custeado, basicamente, por recursos do poder público, ainda
que sob a forma de prestação de serviços.
e) ( ) todas as alternativas estão corretas.

ÓRGÃOS E AGENTES PÚBLICOS

Órgãos públicos - São centros de competência instituídos para o desempenho de funções


estatais, através de seus agentes, cuja atuação é imputada à pessoa jurídica a que pertencem. São
unidades de ação com atribuições específica na organização estatal.

Classificação dos órgãos públicos:

Órgãos independentes são os originários da Constituição e representativos dos Poderes do


Estado- Legislativo, Executivo e Judiciário-, colocados no ápice da pirâmide governamental,
sem qualquer subordinação hierárquica ou funcional , e só sujeitos aos controles constitucionais
de um Poder pelo outro .

Órgãos autônomos são os localizados na cúpula da Administração, imediatamente abaixo dos


órgãos independentes e diretamente subordinados a seus chefes.
São órgãos autônomos os Ministérios, as Secretarias de Estado e de Município, a Advocacia-
Geral da União e outros.

Órgãos superiores são os que detêm poder de direção, controle, decisão e comando dos assuntos

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de sua competência especifica, mas sempre sujeitos à subordinação e ao controle hierárquico de
uma chefia mais alta, tais como: Gabinetes, Secretarias-Gerais, Inspetorias-Gerais, Procuradorias
Administrativas e judiciais, Coordenadorias e Departamentos.

Agentes públicos - são todas as pessoas físicas incumbidas, definitiva ou transitoriamente, do


exercício de alguma função estatal.

PRINCÍPIOS BÁSICOS DA ADMINISTRAÇÃO

Os princípios básicos da administração pública estão consubstanciados em quatro regras de


observância permanente e obrigatória para o bom administrador: legalidade, moralidade,
impessoalidade e publicidade.Por esses padrões é que se hão de pautar todos os atos
administrativos.

Legalidade - significa que o administrador público está, em toda a sua atividade funcional,
sujeito aos mandamentos da lei e às exigências do bem comum, e deles não se pode afastar ou
desviar, sob pena praticar ato inválido e expor-se a responsabilidade disciplinar, civil e criminal,
conforme o caso.

Moralidade - A moralidade administrativa está intimamente ligada ao conceito do “ bom


administrador”, “ é aquele que, usando de sua competência legal, se determina não só pelos
preceitos vigentes, mas também pela moral comum”. Há que conhecer, assim, as fronteiras do
lícito e do ilícito, do justo de do injusto, nos seus efeitos.

Impessoalidade – Exige do administrador público que todo ato seja praticado sempre com a
finalidade pública, ficando impedido de buscar outro objetivo ou de praticá-lo no interesse
próprio ou de terceiros.

Publicidade - Publicidade é a divulgação oficial do ato para conhecimento público.Em


princípio, todo ato administrativo deve ser publicado, porque pública é a Administração que o
realiza.

SERVIÇOS PÚBLICOS

Considerações Gerais
A Constituição Federal dispõe expressamente que incumbe ao Poder Público, na forma da lei, a
prestação de serviços públicos.
Esses serviços podem ser essenciais ou apenas úteis à comunidade, daí a necessária distinção
entre serviços públicos e serviços de utilidade pública.

CONCEITO E CLASSIFICAÇÃO DOS SERVIÇOS PÚBLICOS

Conceito
É todo aquele prestado pela Administração ou por seus delegados, sob normas e controles
estatais, para satisfazer necessidades essenciais ou secundárias da coletividade ou simples
conveniência do Estado.

Classificação
Levando-se em conta a essencialidade, a adequação, a finalidade e os destinatários dos serviços,

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podemos classificá-los em: públicos e de utilidade pública; próprios e impróprios do Estado;
administrativos e industriais, gerais e individuais.

Serviços públicos - São os que a Administrações prestam diretamente à comunidade, por


reconhecer sua essencialidade e necessidade para a sobrevivência do grupo social e do próprio
Estado.
Ex: serviços de defesa nacional, os de polícia, os de preservação da saúde pública

Serviços de utilidade pública - São os que a Administração, reconhecendo sua conveniência (


não essencialidade, nem necessidade) para os membros da coletividade, presta-os diretamente ou
consente em que sejam prestados por terceiros (concessionários etc.)
Ex: transporte coletivo, energia elétrica, gás e telefone.

Serviços próprios do Estado - são aqueles que se relacionam intimamente com as atribuições
do Poder Público ( segurança, polícia e saúde publicas).

Serviços impróprios do Estado - São os que não afetam substancialmente as necessidades da


comunidade, mas satisfazem interesses comuns de seus membros, e por isso, a Administração os
presta remuneradamente ,por seus órgãos ou entidades descentralizadas.

Serviços administrativos - são os serviços que a Administração executa para atender à suas
necessidades internas.

Serviços Industriais - são os que produzem renda para quem os presta, mediante
remuneração(tarifa ou preço publico) da utilidade usada ou consumida.

Serviços Gerais - são os serviços prestados pela Administração sem ter usuários determinados,
para atender à coletividade no seu todo: segurança, iluminação pública, calçamento e outras
.São mantidos por imposto(tributo geral), e não por taxa ou tarifa, que é remuneração
mensurável e proporcional ao uso individual do serviço.

Serviços individuais - são os que tem usuários determinados e utilização particular e


mensurável para cada destinatário, como ocorre com telefone, água e a energia elétrica.
São sempre serviços de utilização individual, facultativa e mensurável, pelo que devem ser
remunerados por taxa(tributo) ou tarifa(preço público), e não por impostos.

REGULAMENTAÇAO E CONTROLE DO SERVIÇO PÚBLICO

A regulamentação e o controle do serviço público e de utilidade publica caberão sempre e


sempre ao Poder Público, qualquer que seja a modalidade de sua prestação aos usuários.

FORMAS E MEIOS DE PRESTAÇÃO DE SERVIÇO

A prestação do serviço público ou de utilidade pública pode ser centralizada, descentralizada e


desconcertada, e sua execução, direta e indireta( não se confunda com Administração direta e

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indireta).

Serviço centralizado - É o que o Poder Público presta por seus próprios órgãos em seu nome e
sob sua exclusiva responsabilidade.

Serviço descentralizado - É todo aquele em que o Poder Público transfere sua titularidade ou,
simplesmente, sua execução, por outorga ou delegação, a autarquias, fundações, entidades
paraestatais, empresas privadas ou particulares individualmente.

Há outorga quando o Estado cria uma entidade e a ela transfere, por lei, determinado serviço
público ou de utilidade pública.

Há delegação quando o Estado transfere, por contrato (concessão) ou ato unilateral(permissão


ou autorização), unicamente a execução do serviço, para que o delegado o preste ao público em
seu nome e por sua conta e risco, nas condições regulamentares e sob controle estatal.

Serviço desconcentrado - É todo aquele que a Administração executa centralizadamente, mas o


distribui entre vários órgãos da mesma entidade, para facilitar sua realização e obtenção pelos
usuários.Serve como exemplo a nível municipal, as secretarias.

Execução direta do serviço - é a realizada pelos próprios meios da pessoa responsável pela sua
prestação ao público, seja esta pessoa estatal, autárquica, paraestatal, empresa privada ou
particular.

Execução indireta do serviço - É a que o responsável pela sua prestação aos usuários comete a
terceiros para realiza-lo nas condições regulamentares.

AUTARQUIAS

Conceito e caracteres - Serviço autônomo instituído por lei, com personalidade jurídica de direito
público interno, possuidor de orçamento próprio e autonomia financeira, sem subordinação
hierárquica, além de patrimônio e receitas próprias, capazes de executar as atividades típicas da
Administração Pública, ou seja, possuidor de atribuições estatais especifica, que requeiram, para
seu melhor funcionamento, uma gestão administrativa e financeira.
A autarquia tem sua contabilidade própria estatuída pela Lei Federal nº 4.320, de 17 de
março de 1964, e seu plano de contas deve ser elaborado de acordo com as atividades que lhe
são próprias, obedecendo à mesma estrutura do ente federativo em que esta subordinado, para
efeitos de consolidação das contas, tanto orçamentárias, quanto financeiras, patrimoniais e de
compensação.

Privilégios - As autarquias brasileiras nascem com os privilégios administrativos (não Políticos)


da entidade estatal que a constituiu.
Os privilégios da autarquias em geral são os seguintes: imunidade de impostos; prescrição
qüinqüenal suas dividas passivas; execução fiscal de seus créditos inscritos; ação regressiva
contra seus servidores culpados por danos a terceiros; impenhorabilidade de seus bens e rendas;
impossibilidade de usucapião de seus bens imóveis.

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Autarquias de Regime Especial- É toda aquela a que a lei instituidora conferir privilégios
específicos e aumentar sua autonomia comparativamente coma as autarquias comuns.

São consideradas autarquias de regime especial o Banco Central do Brasil (Lei 4.595/94), a
Comissão Nacional de Energia Nuclear (Lei 4.118/62), a Universidade de São Paulo (Dec.Lei
13.855/44 e Decs. 52.326/69 e52.906/72),dentre outras.

FUNDAÇÕES PÚBLICAS

Considerações Gerais e Caracteres

Entidade com autonomia administrativa, patrimônio próprio, e funcionamento custeado,


basicamente, por recursos do Poder Público, e criada mediante lei autorizativa especificamente
para determinado fim. Sob a luz do entendimento jurídico, fundação pública é considerada por
alguns autores pessoa jurídica de direito público e por outros como pessoa jurídica de direito
privado.Seu objetivo de interesse comunitário é quase sempre de educação, cultura e pesquisas,
assistência social etc. e sem fins lucrativos.Possui similaridade com autarquia, diferindo-se deste
pela pela destinação de receitas específicas para atingir seus objetivos.

ENTIDADES PARAESTATAIS

Conceito e Caracteres

São pessoas jurídicas de Direito Privado cuja criação é autorizada por lei específica (CF,art. 37,
XIX E XX), com patrimônio público ou misto, para realização de atividades, obras ou serviços
de interesse coletivo, sob as normas e controle do Estado.Não se confundem com as autarquias
nem com as fundações públicas, e tambem não se identificam com as entidades estatais.

Espécies de Entidades Paraestatais

Empresa Pública - Entidade dotada de personalidade jurídica de direito privado, com


patrimônio próprio , capital exclusivo e direção do Poder Público, seja União, Estado ou
município, que utiliza órgãos da administração indireta, criadas por lei, para desempenhar
atividades de natureza empresarial (sem privilégios estatais) e cujo governo seja levado a
exercer, por força de conveniência. Empresa Pública é regida pela contabilidade comercial, de
acordo com a Lei nº 6.404/76- Lei das sociedades por Ações-, alterada pela Lei nº 10.303, de 31
de outubro de 2001.

Sociedade de economia mista - Entidade dotada de personalidade jurídica de direito Privado,


instituída por lei para exploração de atividade econômica sob a forma de sociedade anônima,
cujas ações ordinárias ( com direito a voto) pertençam, em sua maioria, ao estado ou entidade da
administração indireta.

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EXERCÍCIO DE FIXAÇÃO

Marque com um “X” dentro do parêntese, a alternativa correta:

1- São centros de competência instituídos para o desempenho de funções estatais,


através de seus agentes, cuja atuação é imputada à pessoa jurídica a que pertencem. São
unidades de ação com atribuições específica na organização estatal:

a) ( ) órgãos públicos,
b) ( ) ministérios e secretarias;
c) ( ) autarquias, empresas públicas;
d) ( ) ministérios e secretarias, autarquias e fundações públicas.
e) ( ) nenhuma das anteriores.

2- Exige do administrador público que todo ato seja praticado sempre com a finalidade
pública, ficando impedido de buscar outro objetivo ou de praticá-lo no interesse próprio ou
de terceiros. Esse é o principio da:

a) ( ) publicidade;
b) ( ) moralidade;
c) ( ) legalidade;
d) ( ) impessoalidade.
e) ( ) nenhuma das anteriores.

3- É todo aquele em que o Poder Público transfere sua titularidade ou, simplismente, sua
execução, por outorga ou delegação, a autarquias, fundações, entidades paraestatais,
empresas privadas ou particulares individualmente.Quanta as formas e meios de prestação
de serviços é:

a) ( ) serviço centralizado;
b) ( ) Serviço desconcentrado;
c) ( ) serviços gerais ;
d) ( ) serviço descentralizado.
e) ( ) nenhuma das anteriores.

4- Serviço autônomo instituído por lei, com personalidade jurídica de direito público interno,
possuidor de orçamento próprio e autonomia financeira, sem subordinação hierárquica,
além de patrimônio e receitas próprias, capazes de executar as atividades típicas da
Administração Pública, ou seja, possuidor de atribuições estatais especifica, que requeiram,
para seu melhor funcionamento, uma gestão administrativa e financeira.

a) ( ) Fundações Públicas;
b) ( ) Autarquias;
c) ( ) Autarquias de Regime Especial ;
d) ( ) Entidades Paraestatais;

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e) ( ) nenhuma das anteriores.

Assinale as alternativas com “V”, quando verdadeiras, ou com “F”, quando falsas.

5 – Serviço Público é todo aquele prestado pela Administração ou por seus


delegados, sob normas e controles estatais, para satisfazer necessidades essenciais ou
secundárias da coletividade ou simples conveniência do Estado.Quando a sua classificação:
:

a) ( ) Serviços públicos são os que a Administração presta diretamente à comunidade, por


reconhecer sua essencialidade e necessidade para a sobrevivência do grupo social e do
próprio Estado;
b) ( ) Serviços de utilidade pública são os que a Administração, reconhecendo sua
conveniência ( não essencialidade, nem necessidade) para os membros da coletividade,
presta-os diretamente ou consente em que sejam prestados por terceiros.
c) ( ) Serviços administrativos são os serviços que a Administração executa para atender à
suas necessidades internas.
d) ( ) Serviços próprios do Estado são aqueles que se relacionam intimamente com as
atribuições do Poder Público ( segurança, polícia e saúde publicas).
e) ( ) Nenhuma alternativa está correta..

DOMINIO PÚBLICO

O domínio público em sentido amplo é o poder de dominação ou de


regulamentação que o Estado exerce sobre os bens do seu patrimônio (bens
públicos), ou sobre os bens do patrimônio privado ( bens particulares de interesse
público), ou sobre as coisas inapropriáveis individualmente, mas de fruição
geral da coletividade.

CONCEITO E CLASSIFICAÇÃO DOS BENS PÚBLICOS

Conceito – Bens públicos, em sentido amplo, são todas as coisas, corpóreas ou


incorpóreas, imóveis, moveis e semoventes, créditos, direitos e ações, que
pertençam, a qualquer título, às entidades estatais, autárquicas, fundacionais e
empresas governamentais.

Classificação – No nosso sistema administrativo os bens públicos podem ser


federais, estaduais ou municipais, conforme a entidade política a que pertençam
ou o serviço autárquico, fundacional ou paraestatal a que se vinculem.

Segundo a destinação, o Código Civil reparte os bens públicos em três


categorias: I – os de uso comum do povo ( mares, rios, estradas, ruas e praças); II
– os de uso especial, tais como os edifícios ou terrenos aplicados a serviço ou
estabelecimento federal, estadual ou municipal; III- os dominiais, isto é,os que
constituem o patrimônio disponível, como objeto de direito pessoal ou real
(art.66).

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O MUNICÍPIO

Macroambiente Municipal

O município deve ser entendido como espaço físico onde ocorre a produção de
bens e serviços, a circulação de mercadorias, e onde são realmente implementadas
todas as ações, sejam de origem da esfera Federal, Estadual ou Municipal, ou ainda
de origem privada.

É no município, a menor unidade administrativa da federação, que se encontram as


condições mais adequadas para que seja formado um quadro nacional democrático
e onde são geradas as situações mais favoráveis de intervenção buscando alcançar
padrões mais compatíveis com as considerados ideais.O poder local, por estar mais
próximos dos problemas e por ser suscetível ao controle da sociedade, mostra-se
mais adequado para atender às demandas sociais.

Estrutura Administrativa (básica)

Normalmente, a estrutura adotada é do tipo funcional, ou seja, com Secretarias,


Departamentos, Divisões, Seções, responsáveis por um conjunto de atividades e de
tarefas com alguma semelhança funcional.

DESCRIÇAO SUCINTA DAS PRINCIPAIS FINALIDADES DE CADA


UNIDADE ADMINISTRATIVA DO MUNICIPIO DE LUCAS DO RIO
VERDE, SEGUNDO LEI COMPLEMENTAR Nº 30/2002

ADMINISTRAÇAO DIRETA

I – Secretaria Municipal de Administração – SECAD


a) pessoal, material, patrimônio, segurança e higiene do trabalho, transportes
internos, comunicações, arquivos, zeladorias, organização administrativa e
automação e organização e fiscalização do trânsito municipal;

II – Secretaria Municipal de Finanças e Planejamento – SEFIP


a) execução da política financeira e fiscal da Prefeitura;
b) fiscalização e arrecadação de tributos e rendas municipais;
c) guarda e movimentação de numerário e demais valores Municipais;
d) escrituração contábil;
e) elaboração, acompanhamento e execução do orçamento;
f) aplicação e fiscalização das posturas Municipais;

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g) planejamento físico e econômico do Município, com os órgãos congêneres
federais, estaduais e regionais.

III – Secretaria Municipal de Obras Viação e Serviços Públicos – SOV


a) controle e execução das obras Municipais;
b) serviços industriais da Prefeitura;
c) construção de vias e logradouros públicos;
d) controle do sistema viário do Município;
e) limpeza Pública;
f) concessão e fiscalização dos serviços de utilidade pública.

IV – Secretaria Municipal de Indústria, Comércio e Turismo – SEINC


a) moção da busca de meios, visando o desenvolvimento comercial, industrial e
turístico do Município.

V – Secretaria Municipal de Desenvolvimento Agrícola e Meio Ambiente


SEDAM
a) apoio e assistência ao setor agropecuário do Município;
b) desenvolvimento sustentado visando o uso racional dos recursos naturais;
c) conservação de parques, jardins e cemitérios.

VI – Secretaria Municipal de Educação e Cultura - SECEC


a) execução da política municipal de ensino;
b) manutenção do arquivo histórico municipal e de todo o acervo Histórico-
Artístico-Cultural do Município.

VII - Secretaria Municipal de Esporte e Lazer – SECEL


a) promoção de certames esportivos oficiais;
b) coordenação de promoções objetivando o lazer junto à população.

VIII – Secretaria Municipal de Saúde – SESAU


a) execução da política Municipal da saúde pública;

IX – Secretaria Municipal de Ação e Promoção Social - SEAPS


a) ação e promoção social do Município.

ADMINISTRAÇÃO INDIRETA

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I- Fundo Municipal de Previdência Social de Lucas do Rio Verde –
Previlucas

a) Assegurar aos servidores efetivos e a seus dependentes as prestações de


natureza previdenciária, em casos de contingências que interrompam, depreciem
ou façam cessar seus meios de subsistências.

II- Serviço Autônomo de Água e Esgoto – SAAE

b) Responsável em estudar, projetar e executar, obras de construção, ampliação,


remodelação do sistema publico de abastecimento de água potável e esgoto
sanitário para o município de Lucas do Rio Verde- MT

O ORÇAMENTO PÚBLICO

O PLANEJAMENTO PÚBLICO NO BRASIL (histórico )

1947- Plano SALTE – Saúde, Alimentação, Transporte e Energia


Governo Dutra

1951- Comissão Mista Brasil-Estados Unidos


Governo Vargas

1956- Plano de Metas


Governo JK

1964- Lei Nº 4320


Governo João Goulart

1967- Decreto-Lei nº200


Governo Castelo Branco
1972- I Plano Nacional de Desenvolvimento (I PND)
Governo Médici

1975- II Plano Nacional de Desenvolvimento (II PND)


Governo Geisel

1988- Reforma Constitucional- LDO E PPA

1996- Plano Plurianual

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Governo FHC
2000- Plano Plurianual – AVANÇA BRASIL
Governo FH

INSTRUMENTOS DE PLANEJAMENTO

PLANO DE AÇÃO

INSTRUMENTOS DE PLANEJAMENTO

PPA LDO LOA

Planejar Orientar Executar.

Políticas Públicas e Programas de Governo

INSTRUMENTOS DE PLANEJAMENTO

Por que planejamento?

Não só por questões legais devemos planejar. Vejamos as passagens abaixo, que dispensam
maiores comentários:
"Alice - Poderia me dizer, por favor, qual é o caminho para sair daqui?
Gato - Isso depende muito do lugar para onde você quer ir.
Alice - Não me importa muito onde.
Gato - Nesse caso, não importa por qual caminho você vá."
“Esse pequeno diálogo, que faz parte do livro Alice no País das Maravilhas, ocorre entre Alice
e o Gato, quando ela se encontra numa encruzilhada, sem saber ao certo para onde ir. Ele

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sintetiza, de forma singela, a essência do planejamento. É ao mesmo tempo extremamente
reducionista e abrangente, porque nos conta de forma bem elegante o fosso que existe entre o
deixar-se levar ao sabor do acaso e o determinar aonde se quer chegar”.

“O planejamento serve exatamente para isto: determinar aonde se quer chegar (para onde
queremos conduzir um sistema) e tomar as decisões pertinentes que, acreditamos, nos levarão
ao ponto desejado. Não queremos fazer as coisas parecerem fáceis demais, porque, afinal,
chegar a um acordo entre vários atores sociais sobre aonde queremos chegar não é tarefa
simples; tampouco é fácil nos organizarmos para poder alcançar os pontos vislumbrados.
Contudo, temos de concordar que, do ponto de vista conceitual, o planejamento não é - como
alguns podem ter querido fazer parecer - um universo impenetrável para os não-iniciados. Visto
sob a ótica do dilema de Alice, planejamento é algo que fazemos todo o tempo, todos os dias, na
nossa vida pessoal e - espera-se - na nossa vida profissional”
(Planejamento em saúde: www.ids-saude.uol.com.br).

O planejamento é um esforço humano permanente de ampliação da liberdade, no sentido de


controlar e governar o curso das coisas, para não ser controlado e governado por elas.
(Carlos Matus)

“A responsabilidade na gestão fiscal pressupõe a ação planejada e transparente, em que se


previnem riscos e corrigem desvios capazes de afetar o equilíbrio das contas públicas, mediante
o cumprimento de metas de resultados entre receitas e despesas e a obediência a limites e
condições no que tange a renúncia de receita, geração de despesas com pessoal, da seguridade
social e outras, divida consolidada e mobiliária, operações de crédito, inclusive por antecipação
de receita, concessão de garantia e inscrição em Restos a Pagar”.
(Lei de Responsabilidade Fiscal, art.1º).

Conforme o artigo 165, da CF de 1988, o Plano Plurianual integra, juntamente com o Orçamento
Anual e as Diretrizes Orçamentárias, o Sistema Orçamentário Nacional, previstos nos artigos
165 a 169 da CF, próprios dos entes federados do Brasil –União, Distrito Federal, Estados e
Municípios.

O PPA é o ponto de partida do plano de governo.Nele deve estar contida toda a


programação de longo prazo (4 anos) do governo, apresentando as diretrizes, objetivos e metas
da administração pública para as despesas de capital e outras delas decorrentes e para as relativas
aos programas de duração continuada.

O PPA tem vinculação com o planejamento financeiro, ao definir o que realizar em um


período, e é referência básica para os demais instrumentos que integram o sistema orçamentário
(LDO E LOA)

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A LDO define as metas de um exercício e a LOA é o instrumento do qual se viabilizam
as ações governamentais. Portanto, é através da LOA que a Administração realiza o que foi
planejado: as ações necessárias para atingir os objetivos e metas dentro de um exercício fiscal,
através da disponibilização dos recursos financeiros necessários às realizações.

Plano Plurianual – PPA


É um programa de trabalho elaborado pelo Executivo para ser executado no período
correspondente a um mandato político, a ser contado a partir do exercício financeiro seguinte ao
de sua posse, atingindo o primeiro exercício financeiro do próximo mandato.
Obs: No caso de Lucas do Rio Verde, o PPA foi elaborado em 2005 e passará a ser
executado em 2006 até 2009. Em 2005 executamos o PPA da gestão anterior.
Considerando a legislação especifica, os instrumentos para elaboração do PPA são: as
diretrizes, os programas, explicitando os objetivos e ações, e estas detalhando as metas de
governo.

Diretrizes de Governo

São o conjunto de programas, ações e de decisões orientadoras dos aspectos envolvidos no


planejamento.As diretrizes de governo orientam as ações estabelecendo critérios que definem as
estratégias de governo. São detalhadas em objetivos por meio de programas.

Programas

São o instrumento de organização da atuação governamental.Articulam o conjunto de ações que


concorrem para um objetivo comum e preestabelecido,mensuradas por indicadores estabelecidos
no PPA, visando a solução de um problema ou ao atendimento de uma necessidade ou demanda
da sociedade.

Diagrama de elaboração de Programa

Problema, Objetivo +
Demanda ou Indicador (es)
oportunidade
Ações
A1
Causas
A2
C1
A3
C2
C3

SOCIEDADE
(PESSOAS, FAMÍLIAS, EMPRESAS)

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Objetivos

Detalhamento ou decomposição dos programas, que deverão ser atendidos, de forma a


concretizar as diretrizes e, conseqüentemente, os objetivo. Indicam os resultados pretendidos
pela Administração a serem realizadas pelas ações.

Ações
São as iniciativas necessárias para cumprir os objetivos dos programas e devem estabelecer as
metas.

Exemplo: Programa: “Toda criança aprendendo”

Ação 1: construção de salas de aula


Produto: sala de aula construída
Meta: 200 salas de aula
Dotação: R$ XXXX

Para elaborar o custo da ação deve-se investigar a quantidade e os custos de cada insumo
demandado.

Insumo Produto Resultado


homem/mês
cimento, etc sala de aula aluno atendido
ou construída
R$ por m2

Projeto: Programa:
Construção de Salas de Aula Toda Criança
Aprendendo

Metas

São a mensuração das ações de governo para definir quantitativa e qualitativamente o


o que se propõe ser atendido e qual parcela da população se beneficiará com a referida
ação.
Os projetos e atividades são instrumentos de realização dos programas em nível
orçamentário e das ações selecionadas para o exercício, detalhados em dotações orçamentárias.

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Distinção entre nomenclaturas utilizadas no PPA E LDO
O QUE É OBJETIVO RESULTADO
(conceito)
PROGRAMA Instrumento de Concretização dos Medido por
organização da ação objetivos indicadores
Art. 2º governamental pretendidos estabelecidos no plano
Portaria 42 plurianual (metas)

PROJETO Instrumento de
programação: Resulta um produto
Art. 2º Alcançar o objetivo que concorre para a
Portaria 42 -conjunto de de um programa expansão ou o
operações; aperfeiçoamento da
ação de governo.
-limitadas no tempo
Instrumento de
ATIVIDADE programação: Resulta em um produto
Alcançar o objetivo necessário a
Art. 2º Conjunto de operações de um programa manutenção da ação de
Portaria 42 que se realizam de governo.
modo contínuo e
permanente.

OPERAÇÕES Amortização e Não contribuem par a


ESPECIAIS encargos, Detalhamento da manutenção;
pagamento de função “Encargos Não resultam em um
Art. 2º sentenças judiciais, Especiais “ produto;
Portaria 42 ressarcimento de toda Não geram
ordem, indenizações. contraprestação direta
sob forma de bens ou
serviços.

ELABORAÇAO DO PPA

A iniciativa do projeto de lei do PPA é do Poder Executivo, e todos os órgãos que


compõem a Administração têm grande responsabilidade pelo planejamento plurianual. Seu envio
a Câmara deverá ser feito até 31 de agosto do primeiro ano de mandato, e devolvido para sanção
do Poder Executivo até o final da segunda seção legislativa, ou seja, 31 de dezembro.
Compreende as seguintes fases:
a) Diagnóstico;

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b) Projeto de Lei

a) Diagnóstico
Todo o processo de planejamento parte de um diagnóstico da realidade que se pretende
intervir. Isto vale para a elaboração do projeto de LDO, do PPA e da LOA.
™ Avaliar a Situação Fiscal (receita e despesa) do município.
™ Avaliar a situação física do município.
™ Avaliar a situação do endividamento do Município.
™ Avaliar a situação previdenciária do município ( se houver regime próprio)

b) Projeto de Lei do PPA

EDUCAÇÃO : MANUTENÇAO DO ENSINO FUNDAMENTAL – tabela II


Total das receitas de impostos municipais:
ISS, IPTU, ITBI
• (+) Receitas de transferências da União:
Quota-Parte do FPM
Quota-Parte do ITR
Quota-Parte da Lei Complementar n º 87/96 (Lei Kandir)
• (+) Imposto de Renda Retido na Fonte – IRRF
• (+) Receitas de transferências do Estado:
Quota-Parte do ICMS
Quota-Parte do IPVA
Quota-Parte do IPI – Exportação
• (+) Outras Receitas Correntes:
Receita da Dívida Ativa Tributária de Impostos, Multas, Juros de Mora e Correção
Monetária
(=) Base de Cálculo Municipal x 0,25* = Recursos Mínimos de MDE
* Observar o percentual fixado em Lei Orgânica
9 Orçamento Global de MDE = Mínimos Constitucionais + Adicionais ao Mínimo
(Salário-Educação, Convênios, Ganhos/ Perdas do Fundef, Complementação da
União ao Fundef, se houver);
9 A União e o Estado retém das receitas de transferências obrigatória do Município
15% para formação do FUNDEF;
9 Na transferência aos Municípios do Repasse do FUNDEF é utilizado critério de
número de alunos matriculados no ano anterior (senso escolar). Portanto, alguns
Municípios podem receber repasse maior que o valor retido para constituição do

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fundo (15%) - recebendo contribuição do fundo para financiamento de suas ações –
neste caso, o valor repassado a maior deverá ser acrescido ao mínimo exigido 25%
(exigência mínima constitucional ou percentual maior definido na Lei Orgânica).
Outros Municípios, no entanto, podem receber repasse do FUNDEF menor que o
valor retido para constituição do fundo, neste caso, poderá computar para o
cumprimento do mínimo exigido esta diferença, isto é, o mínimo será constituído
pelos 15% retido para constituição do FUNDEF + 10% dos repasses constitucionais +
25% dos impostos próprios. Desta forma, Municípios que recebem mais do que o
valor retido esta tendo parte de suas despesas com educação custeadas por outros
Municípios. Por outro lado, aqueles Municípios que recebem menos do que o valor
retido para constituição do FUNDEF está ajudando a custear as despesas com
educação de outros Municípios no Estado ou em outros Estados.
9 Observa-se, ainda, que os recursos oriundos de convênios (repasse voluntário) não
podem ser incluídos ao mínimo exigido.

MDE
RECEITA DE
AÇÕES E
IMPOSTOS/ TOTAL
OUTROS SERVIÇOS
TRANSF. DE FUNDEF TOTAL VINCULADO
MDE DE SAÚDE
IMPOSTOS
IPTU 25% 25% 15% 40%
ISSQN 25% 25% 15% 40%
ITBI 25% 25% 15% 40%
IPVA 25% 25% 15% 40%
IRRF 25% 25% 15% 40%
ICMS 15% 10% 25% 15% 40%
LC 87/96 15% 10% 25% 15% 40%
FPM 15% 10% 25% 15% 40%
IPI EXPORT 15% 10% 25% 15% 40%
Dívida ativa,
multas e juros
de mora de
impostos 15% 10% 25% 15% 40%
Base Legal: MDE: CF, art. 212; ADCT, art. 60; Lei 9424/96
(FUNDEF); Saúde: art. 198; ADCT, art. 77; Resolução 322/ 2003 -
Conselho Nacional de Saúde

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Receitas vinculadas a Manutenção e Desenvolvimento do Ensino

O montante mínimo de recursos foi assegurado por meio do art. 212 da CF:

Art. 212. A União aplicará, anualmente, nunca menos de dezoito, e os Estados, o


Distrito Federal e os Municípios vinte e cinco por cento, no mínimo, da receita
resultante de impostos, compreendida a proveniente de transferências, na
manutenção e desenvolvimento do ensino.

9 Dentro desse mínimo constitucional está todo o sistema de ensino (federal, estadual e
municipal), conforme § 2°, art 212. No caso dos Estados, o mínimo financia os todos
níveis de ensino, regular e especial (fundamental, médio e superior, educação
especial).

9 Reparemos que a CF fixa o mínimo. Se norma estadual/ municipal estabelece


percentual maior, como é o caso da CE, art. 245, este é que deve ser observado, nos
termos do art. 69 da LDB (Lei 9394/96).

9 Aos mínimos constitucionais devem ser somados outros recursos para a educação, tais
como: salário-educação, transferências voluntárias (convênios), ganho/ perda com o
Fundef, complementação da União ao Fundef (se houver) e receitas de serviços, taxas
e outras receitas da educação. O quadro a seguir resume o potencial de recursos
orçamentários mínimos de MDE no âmbito dos municípios:

• Total das receitas de impostos municipais:


ISS, IPTU, ITBI
• (+) Receitas de transferências da União:
Quota-Parte do FPM
Quota-Parte do ITR
Quota-Parte da Lei Complementar n º 87/96 (Lei Kandir)
• (+) Imposto de Renda Retido na Fonte – IRRF
• (+) Receitas de transferências do Estado:
Quota-Parte do ICMS
Quota-Parte do IPVA
Quota-Parte do IPI – Exportação
• (+) Outras Receitas Correntes:
Receita da Dívida Ativa Tributária de Impostos, Multas, Juros de Mora e Correção
Monetária
(=) Base de Cálculo Municipal x 0,25* = Recursos Mínimos de MDE
* Observar o percentual fixado em Lei Orgânica

9 Orçamento Global de MDE = Mínimos Constitucionais + Adicionais ao Mínimo (Salário-


Educação, Convênios, Ganhos/ Perdas do Fundef, Complementação da União ao
Fundef, se houver);

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LEI DE DIRETRIZES ORÇAMENTÁRIAS –LDO

A LDO compreenderá as metas e prioridades da administração pública federal, incluindo as


despesas de capital para o exercício financeiro subseqüente , orientará a elaboração da lei
orçamentária anual, disporá sobre as alterações na legislação tributaria.

Referência na Constituição Federal


-art.165,§ 2º:
™ Compreenderá metas e prioridades;
™ Orientará a elaboração da LOA ;
™ Disporá sobre alteração da legislação tributária .

-art.166 § 4º:
™ Compatibilidade com o PPA (diretrizes, objetivos e metas da administração)

-art.169,§ 1º , II:
™ Autorização para criar cargos, empregos, funções, concessão de vantagens, concessão de
aumento etc.

Referencia na Lei de Responsabilidade Fiscal:


-art.4º, I:
™ Equilíbrio entre receita e despesa; limitação de empenho ;controle de custos;avaliação de
resultados dos programas e condições p/transferências à entidades públicas e privadas.

-art.4º§ I:

™ Devem integrar o Anexo de Metas Fiscais (para 3 exercicios): receitas e despesas;


resultado nominal e primário; montante da divida pública; memórias e metodologia de
cálculo para justificar as metas anuais pretendidas; evolução do patrimônio
líquido;Origem e aplicação dos recursos de alienação de ativos; estimativa e
compensação da renúncia de receita e riscos fiscais.

LEI ORÇAMENTÁRIA ANUAL – LOA

A Lei Orçamentária Anual (LOA) é o instrumento de planejamento utilizado pelos governantes


para gerenciar as receitas e despesas públicas em cada exercício financeiro.Objetiva viabilizar a
realização das ações planejadas no plano plurianual e transforma-las em realidade.Deve ser
elaborada de forma compatível com o PPA, com LDO e com as normas da LRF.Nela, são
programadas as tarefas a serem executadas no exercício, visando alcançar objetivos
determinados.O artigo 165,§ 5º. , da Constituição, estabelece que a lei orçamentária anual
compreenderá:
a) orçamento fiscal: referentes aos poderes, seus fundos, seus órgãos e suas entidades da
administração direta e indireta, inclusive fundações instituídas e mantidas pelo poder público.O
orçamento fiscal representa o plano de ação fiscal implementado pelo setor governamental para
um determinado exercício financeiro. Conforme podemos inferir da Constituição Federal, esse

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orçamento detalha as receitas que poderão ser arrecadadas pelo Estado, pelo exercício do seu
poder fiscalizador, entre outras, assim como suas respectivas utilizações em programas
governamentais.
b) orçamento de investimento: o orçamento de investimento, conforme determina a
Constituição Federal, corresponde à programação de investimento de todas as empresas de que a
União, o Estado ou o município participem direta ou indiretamente, detendo a maioria do capital
social com direito a voto.
c) orçamento da seguridade social: o orçamento da seguridade social, que compreende
as ações de saúde, previdência e assistência social , inclui o detalhamento das receitas
vinculadas aos gastos da seguridade social. Abrange todas as entidades e todos os órgãos da
administração governamental vinculadas à seguridade social.

Assim, o Orçamento concede prévia autorização do Legislativo ao ente da Federação para este
realize receitas e despesas em um determinado período.Por meio do Orçamento pode-se
verificar a real situação econômica do órgão governamental, avaliando o comportamento de sua
arrecadação, das suas eventuais operações de crédito e dos gastos com saúde, educação,
saneamento, obras públicas e outras ações
executadas pelos governos.

De acordo com o preceito constitucional, a Lei Orçamentária Anual compreenderá os


orçamentos fiscais (Poderes, fundos, órgãos da administração direta e indireta, da seguridade
social e de investimentos das empresas estatais(governo detenha maioria do capital social com
direito a voto).

Referência na Constituição Federal


-art.165, III: Leis de iniciativa do Poder Executivo estabelecerão os orçamentos anuais.
-art.165, § 2º : A LOA será elaborada obedecendo orientação dada na LDO.Além desses artigos
devemos levar em conta o artigo 166;167; 168 seus parágrafos e incisos.

Referencia na Lei de Responsabilidade Fiscal


-art. 5: A LOA deve ser compatível com o PPA, com a LDO e com a LRF.Ainda a LOA deverá
conter demonstrativos da compatibilidade da programação dos orçamentos com as metas fiscais
estabelecidas na LDO; indicar as medidas de compensação a renúncia de receitas e aumento de
despesa obrigatória de caráter continuado. Outros artigos para elaboração da LOA 11;12;32;48 e
o 62.

Referência na Lei 4.320/1964 – artigos 2º;3º,4º; 6º;7º; 22 ; 32 e 33.

PRINCIPIOS ORÇAMENTÁRIOS

São regras que deverão ser observadas para elaboração e votação dos orçamentos.
a) Da Unidade: Todas a receitas e despesas de todas a unidades e entidades da administração
direta e indireta, devem estar contidas em uma só lei orçamentária.
b) Da Universalidade: Todas as receitas e despesas do Estado devem ser incluídas no orçamento.
c) Da Anualidade:o orçamento deve corresponder a um período limitado no tempo, geralmente, de
um ano.No Brasil, segundo o art 34 da lei 4.320/64, o exercício financeiro coincide com o ano
civil.
d) Equilíbrio: Deve haver equivalência entre Receita e Despesa prevista.
e) Especificação:Discriminação clara e precisa dos dados.

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f) Exclusividade:Significa que o orçamento público não poderá conter dispositivos estranhos à
previsão de receitas e fixação de despesas.
g) Publicidade: Deve ser divulgado para conhecimento público.

EXERCICIO DE FIXAÇÃO
Assinale as alternativas com “V”, quando verdadeiras, ou com “F”, quando falsas.

1 –Com relação ao Plano Plurianual (PPA), podemos afirmar que:

a) ( ) vigorará até o final do mandato do governante que o elaborou;


b) ( ) O PPA e o orçamento do primeiro ano de mandato são elaborados pelo governante
anterior, visando aplicar o principio da continuidade administrativa.
c) ( ) para consolidar o principio da continuidade, o PPA deverá ser elaborado e estabelecido
por lei, no primeiro ano de mandato do executivo, para execução nos quatros anos
seguintes;
d) ( ) será encaminhado junto com a LDO no primeiro ano do mandato do
governante;
e) ( ) só conterá despesas com investimentos.

2- No transcorrer de um exercício financeiro, pode ocorrer a necessidade de abertura de


créditos adicionais para cobrir despesas não computadas ou insuficientes dotadas.
Com base na legislação vigente, relativa a esse procedimento, julgue os itens seguintes:

a) ( ) Créditos extraordinários são destinados ao reforço de dotação orçamentária já


constituída;
b) ( ) os Créditos especiais são os destinados a despesas urgentes e imprevistas, tais como as
decorrentes de guerras, ou calamidade pública;
c) ( ) os créditos adicionais suplementares são autorizados por lei e abertos por decreto, após
apresentação de exposição justificativa, dependendo da existência de
recursos disponíveis;
d) ( ) a vigência dos créditos adicionais especiais e extraordinários pode ultrapassar o
exercício financeiro em que foram autorizados;
e) ( ) no que se refere às despesas extra-orçamentárias, há necessidade de adoção dos
mesmos procedimentos relativos à administração dos créditos orçamentários.

Marque com um “X” dentro do parênteses, a alternativa correta:

3- Segundo o Art.165 da Constituição Federal, a Lei Orçamentária Anual


Compreenderá:

a) ( ) o plano plurianual de investimentos, as diretrizes orçamentárias e os orçamentos


anuais;
b) ( ) o orçamento fiscal, de investimentos e da seguridade social;
c) ( ) as metas e prioridades da Administração Pública Federal;
d) ( ) o orçamento fiscal e da seguridade social;
e) ( ) o orçamento fiscal.

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4- O Principio do Equilíbrio defende que:

a) ( ) todas as receitas e despesas devem estar previstas no Orçamento;


b) ( ) todas as receitas e despesas devem ser detalhadas pra que as pessoas possam
entender o orçamento;
c) ( ) todas as receitas e despesas sejam previstas para um determinado período de tempo e
que esse período seja igual ao ano civil;
d) ( ) as receitas previstas no Orçamento Fiscal sejam iguais às receitas previstas no
Orçamento da Seguridade Social;
e) ( ) o montante da despesa fixada deve ser igual ao montante da receita prevista.

5-As previsões de receitas e despesas devem referir-se, sempre, a um período limitado no


tempo. Esse enunciado é defendido pelo principio da:

a) ( ) Universalidade;
b) ( ) Unidade;
c) ( ) Especificação;
d) ( ) Exclusividade;
e) ( ) Anualidade.

6) É o ponto de partida do plano de governo.Nele deve estar contida toda a programação


de longo prazo do governo, apresentando as diretrizes, objetivos e metas da administração
pública para as despesas de capital e outras delas decorrentes e para as relativas aos
programas de duração continuada:

a) ( ) PPA;LDO;LOA
b) ( ) Orçamento
c) ( ) a e b estão corretas.
d) ( ) a, b e e estão corretas.
e) ( ) PPA

7) São o instrumento de organização da atuação governamental.Articulam o conjunto de


ações que concorrem para um objetivo comum e preestabelecido,mensuradas por
indicadores estabelecidos no PPA, visando a solução de um problema ou ao atendimento de
uma necessidade ou demanda da sociedade.

a) ( ) Diretrizes
b) ( ) Programa
c) ( ) Orçamento.
d) ( ) a e b estão corretas .
e) ( ) LDO

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8) Todo o processo de planejamento parte de um diagnóstico da realidade que se pretende
intervir. Isto vale para a elaboração do projeto de LDO, do PPA e da LOA, buscando:
a) ( ) Avaliar a Situação Fiscal (receita e despesa) do município.
b) ( ) Avaliar a situação física do município.
c) ( ) Avaliar a situação do endividamento do Município.
c) ( ) Avaliar a situação previdenciária do município .
e) ( ) Todas estão corretas.

9) Com base na definição de orçamento público, é correto dizer que :

a) ( ) O orçamento público é uma lei de iniciativa do Poder Executivo, que estima a


despesa e fixa a receita da administração pública.
b) ( ) O orçamento público é uma lei de iniciativa do Poder Legislativo, que estima a receita
e fixa da despesa da administração pública.
c) ( ) O orçamento público é uma lei de iniciativa de qualquer poder, que estima a receita
e fixa a despesa da administração pública.
d) ( ) O orçamento público não configura como um instrumento de planejamento.
e) ( ) O orçamento público é uma lei de iniciativa do Poder Executivo, que estima a receita

e fixa a despesa da administração pública.

CLASSIFICAÇÕES ORÇAMENTÁRIAS

O Orçamento é apresentado de forma codificada.Sua leitura conduz à identificação das


prioridades governamentais, do nível de responsabilidade pela aplicação dos recursos públicos
e do respectivo montante.São três as classificações orçamentárias:

™ Classificação institucional
™ Classificação Funcional-Portaria 42/99
™ Classificação da Receita e da Despesa- Portaria nº 163 /2001 e alterações.

Classificação Institucional

A classificação institucional identifica as unidades administrativas responsáveis pela


execução da despesa, ou seja, os órgãos que utilizam os recursos públicos alocados ao
orçamento.Esta classificação é fundamental para definição de responsabilidade e para os
processos de controle e avaliação de resultados dos recursos.

O artigo 14 da Lei nº 4.320 define o conceito de unidade orçamentária:

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“Constitui unidade orçamentária o agrupamento de serviços subordinados ao mesmo órgão
ou repartição a que serão consignados dotações próprias”.
Usualmente esta classificação é representada por 4 dígitos.Os dois primeiros representam o
órgão e os dois subseqüentes a unidade orçamentária.

Exemplo prático : Orçamento 2006 da Prefeitura de Lucas do Rio Verde-MT

02 - GABINETE DO PREFEITO (órgão)


02.001.0.0 - GABINETE DO PREFEITO (unidade orçamentária)
02.001.0.0.04 - Administração (função )
02.001.0.0.04.122 – Administração Geral (subfunção)
02.001.0.0.04.122.0010 – Administração Geral (programa)
02.001.0.0.04.122.0010.2.044 –Man.Gab.Pref. Proc.Jur.Asses.Com. e Pub. Oficial.
(projeto/atividade)

Classificação Funcional

Tem como finalidade à identificação das áreas em que as despesas estarão sendo realizadas
(gregador de gastos públicos por ação governamental).
Com a Portaria nº 42/99, prevalece a visão local, em que cada esfera de governo passa a ter sua
própria estrutura de programas a partir do Plano Plurianual.
Na lei orçamentária e nos documentos contábeis, as ações passam a ser identificadas por
Funções, Subfunções, Programas, Atividades/Projetos/Operações Especiais.

No artigo 1º e seus parágrafos, a Portaria nº 42/99 define:

™ Função: é o maior nível de agregação das diversas áreas de despesa que competem ao setor
publico(Legislativa, Judiciária,administração, segurança...);e
™ Subfunção: é a partição da função, visando a agregar determinado subconjunto de despesa do
setor público (Ação Legislativa; Ação Judiciária, Administração Geral; Administração
Financeira...).
™ Encargos Especiais: abriga as despesas às quais não se pode atribuir um bem ou serviço
prestado à população, como as relativas ao serviço da dívida pública.

Em seu artigo 2º apresenta as definições clássicas de Programa, Projeto, Atividade,


Operações Especiais, assim resumidas:

™ Programa- instrumento da ação governamental que expressa a concretização dos objetivos


pretendido, mensurado por indicadores estabelecidos no PPA;
™ Projeto- instrumento de programação para alcançar o objetivo de um programa, envolve ações
limitadas no tempo, cujo produto concorre para a expansão ou aperfeiçoamento da geração
governamental;
™ Atividade- instrumento de programação para alcançar o objetivo de um programa, envolve
ações contínua, das quais resulta um produto que concorre para a manutenção da ação do
governo;
™ Operações Especiais- não contribuem para a manutenção das ações do governo, não resulta em
produto e não gera contraprestação direta de bens ou serviços.

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RECEITA PÚBLICA
Conceito: Receita pública, em seu sentido mais amplo, é o recolhimento de bens aos cofres
públicos, e tem como finalidade atender às despesas públicas.
RECEITA ORÇAMENTÁRIA
É aquela que, devidamente discriminada , na forma da Lei Federal nº 4.320 /64, integra o
orçamento público.Classifica-se a receita orçamentária nas categorias econômicas:receitas
correntes e receitas de capital.
Receitas Correntes
São as que se destinam aos gastos correntes e constituem-se em receitas tributárias, de
contribuições, patrimoniais, agropecuárias, industriais, de serviços, transferências correntes e
outras receitas correntes.elas dividem-se em: ( Receitas Tributarias;
Receitas de Contribuições; Receitas Patrimoniais; Receitas Agropecuárias; Receitas de Serviços;
Receitas industriais; Transferências Correntes; Outras Receitas Correntes.)

Receitas de Capital
São as receitas que se destinam à cobertura de despesas de capital a título de investimento, com
intitulação legal, e decorrem de um fato permutativo, ou seja, que cria acréscimo ao patrimônio
público.As receitas de capital dividem-se em operações de credito, alienações de bens,
amortização de empréstimos, transferências de capital e outros receitas de capital. Dividem-se
em: (Operações de Crédito; Alienações de Bens; Amortização de Empréstimos ; Transferências
de Capital; Outras Receitas de Capital)

RECEITA EXTRA-ORÇAMENTÁRIA
Não integram o orçamento público. O ente público figurará apenas como depositário
de valores que, a princípio, não lhe pertencem. São exemplos :cauções, fianças,
depósitos em garantia, retenções na fonte, antecipação de receitas orçamentária , entre outros.
Deve-se observar que, embora o dinheiro recebido de receitas extra-orçamentárias incorpore-se
às disponibilidades financeiras da entidade, há o surgimento de um passivo exigível que deverá
ser restituído ao depositário em datas definidas ou assim que for solicitado.
RECEITA DA DÍVIDA ATIVA
Dívida ativa são créditos oriundo da Fazenda Pública, tributários ou não, que, quando não
quitados tempestivamente e de acordo com a legislação própria, devem ser objetos de inscrição
em livros de registros e escriturados em contas específicas.
Exemplo prático:
Certo contribuinte recebe o carnê do IPTU, onde está discriminado o lote, quadra, valor do
IPTU e vencimento. E o mesmo não pagou no vencimento.A partir daí é obrigação do órgão
público é lançar em divida ativa.

31
CLASSIFICAÇÃO LEGAL DA RECEITA ORÇAMENTÁRIA
A receita orçamentária é classificada em categorias econômicas: Receitas correntes e
receitas de capital.Cada categoria desdobra-se em fontes de receitas e estas em subfontes.Por
final os desdobramentos mais analíticos das subfontes denominam-se rubricas e sub-rubricas.
Exemplo:
Categoria Econômica ......................RECEITAS CORRENTE
Fonte............................................... RECEITA TRIBUTARIA
Subfontes.........................................IMPOSTOS
Rubrica........................................ ...Imposto sobre Patrimônio e Renda
Sub-rubrica.....................................Imposto Predial e Territorial Urbana

1º dígito – Categoria Econômica


1000 Receita Corrente
2000 Receita de Capital

2º dígito – Subcategoria Econômica


1100 Receita Tributária – envolve apenas tributos
1200 Receita de Contribuições – são as do tipo social e econômicas
1300 Receita Patrimonial – oriunda da exploração econômica do patrimônio
1400 Receita Agropecuária –exploração econômica de atividades agrop.
1500 Receita Industrial – derivada de atividades industriais
1600 Receitas de Serviços –decorre de atividades comercio, transportes etc.
1700 Transferências Correntes –recursos recebidos de outras pessoas de direito
público ou privado; ex. receitas de convênios
1900 Outras receitas Correntes- diversas não enquadradas nos itens acima.
2100 Operações de Crédito- recursos de empréstimos para investimentos
2200 Alienações de Bens - resultado de venda do patrimônio
2300 Amortização de empréstimos – devolução de empréstimos concedidos
2400 Transferências de Capital- similar as transferências correntes
2500 Outras Receitas de Capital- outras não classificadas

3º dígito – fonte – origem dos recursos, exemplificada por:

32
1110 Impostos
1120 Taxas
1310 Receitas Imobiliárias
1910 Multas e Juros de Mora, etc.

4º dígito- subfonte, exemplificada por:


1112 Imposto Sobre o Patrimônio e a Renda

5º e 6º dígitos – rubrica, exemplificada por:


1112.02 Imposto sobre o Propriedade Predial e Territorial Urbana

7º e 8º dígitos -sub-rubrica – a critério da esfera governametal

Exemplo:
1= Receita Corrente
1100= Receita Tributária
1110= Impostos
1112= Imposto Sobre o Patrimônio e a Renda
1112.02 = Imposto Sobre a Propriedade Predial e Territorial Urbana
1112.02.01= Imposto Sobre a Propriedade Predial Urbana
1112.02.02= Imposto sobre a Propriedade Territorial Urbana

DESPESA PÚBLICA

A classificação atual da despesa segue os dispositivos dos artigos 12 e 13 da Lei


4.320/64, distinguindo duas categorias econômicas:

™ Despesa Correntes
™ Despesas de Capital

Estas categorias são desdobradas em subcategorias, conforme abaixo:

Despesas Correntes
Despesas de Custeio
Transferências Correntes

Despesas de Capital
Investimentos
Inversões Financeiras
Transferências de Capital

33
Assim nos termos da portaria 163/2001, para classificação da despesa devem ser analisados:
™ Categoria Econômica
™ Grupo de despesa –despesas com a mesma característica de aplicação;
™ A sua modalidade de aplicação,ou seja, se ela vai ser realizada diretamente por órgãos e
entidades da mesma esfera de governo.
™ Elemento de despesa – identificação do objeto do gasto.

Exemplo

Dotação consignada no orçamento para aquisição de material de consumo:

3.3.90.30.00

3- Categoria Econômica :Despesa Corrente


3- Grupo de Natureza de Despesa:Outras Despesas Correntes
90- Modalidade de Aplicação: Aplicações Diretas
30- Elemento de Despesa:Material de Consumo
00- Deverão ser desdobradas em nível local para melhor identificar o gasto final, além de
facilitar o controle de custos: material de limpeza, combustível, peças, material de escritório etc.

Exemplo amplo de codificação segundo as classificações Orçamentárias:

Código:1603.12.306.0062.042-3.3.90.30.00
onde

1603 Classificação institucional


16 Órgão Secretaria de Educação
03 Unidade Orçamentária Coordenadoria de Educação infantil

12.306.0062 Classificação Funcional

12 Função Educação
306 Subfunção Alimentação e Nutrição
006 Programa Manutenção e Revitalização da
educação infantil
2 Atividade Aquisição de Gêneros alimen-
tícios para Alunos de Jardim
de Infância
42 Numeração da Atividade no
cadastro
3.3.90.30.00 Classificação Econômica da Despesa

3 Categoria Econômica Despesa Corrente


3 Grupo de Natureza Outras Despesas Correntes
90 Modalidade de Aplicação Aplicações Diretas
30 Elemento de Despesa Material de Consumo

34
00 A definir em Nível Local

PORTARIA INTERMINISTERIAL No 163, DE 04 DE MAIO DE 2001.

Obs: abaixo estão relacionadas as despesas mais utilizadas no dia a dia dos municípios de
acordo com a portaria acima citada.

3.1.90.04 - Contratação por Tempo Determinado


Despesas com a contratação de pessoal por tempo determinado para atender a necessidade temporária de
excepcional interesse público, de acordo com a Lei no 8.745, de 9 de dezembro de 1993, e alterações
posteriores, inclusive obrigações patronais e outras despesas variáveis, quando for o caso. Se a
contratação se referir a categorias funcionais abrangidas pelo respectivo plano de cargos do quadro de
pessoal a despesa será classificada no grupo de despesa "1 - Pessoal e Encargos Sociais".

3.1.90.11 - Vencimentos e Vantagens Fixas - Pessoal Civil


Despesas com: Vencimento; Salário Pessoal Permanente; Vencimento ou Salário de Cargos de
Confiança; Vencimento do Pessoal em Disponibilidade Remunerada; Gratificação Adicional Pessoal
Disponível; Representação Mensal; Gratificação de Interiorização; Gratificação de Dedicação
Exclusiva; Gratificação de Regência de Classe; Retribuição Básica (Vencimentos ou Salário no
Exterior); Diferenças Individuais Permanentes; Adicional de Insalubridade; Gratificação pela Chefia ou
Coordenação de Curso de Área ou Equivalente; Gratificação por Produção Suplementar; Gratificação
por Trabalho de Raios X ou Substâncias Radioativas; Adicionais de Periculosidade; Férias Antecipadas
de Pessoal Permanente; Aviso Prévio (cumprido); Férias Vencidas e Proporcionais; Férias Indenizadas
(Férias em dobro e abono pecuniário); Parcela Incorporada (ex-quintos e ex-décimos); Gratificação pela
Chefia de Departamento, Divisão ou Equivalente; Adiantamento do 13o Salário; 13o Salário
Proporcional; Incentivo Funcional - Sanitarista; Gratificação de Direção Geral ou Direção (Magistério
de lo e 2o Graus); Gratificação de Função-Magistério Superior; Gratificação de Atendimento e
Habilitação Previdenciários; Gratificação Especial de Localidade; Aviso Prévio Indenizado;
Gratificação de Desempenho das Atividades Rodoviárias; Gratificação da Atividade de Fiscalização do
Trabalho; Gratificação de Engenheiro Agrônomo; Vantagens Pecuniárias de Ministro de Estado;
Gratificação de Natal; Gratificação de Estímulo à Fiscalização e Arrecadação aos Fiscais de
Contribuições da Previdência e de Tributos Federais; Gratificação por Encargo de Curso ou de
Concurso; Gratificação de Produtividade do Ensino; Licença-Prêmio por assiduidade; Adicional
Noturno; Adicional de Férias 1/3 (art. 7o, item XVII, da Constituição); Indenização de Habilitação
Policial; Gratificação de Habilitação Profissional; Abono Provisório; Gratificação de Atividade; pró-
labore de Procuradores; Gratificação de Representação de Gabinete; e outras correlatas.

3.3.90.30 - Material de Consumo


Despesas com álcool automotivo; gasolina automotiva; diesel automotivo; lubrificantes automotivos;
combustível e lubrificantes de aviação; gás engarrafado; outros combustíveis e lubrificantes; material
biológico, farmacológico e laboratorial; animais para estudo, corte ou abate; alimentos para animais;
sementes e mudas de plantas; êneros de alimentação; material de construção para reparos em imóveis;;
material de roteção, segurança, socorro e sobrevivência; material de expediente; material de cama e
esa, copa e cozinha, e produtos de higienização; material gráfico e de processamento de dados;

35
aquisição de disquete; material para esportes e diversões; material para fotografia e filmagem; material
para instalação elétrica e eletrônica; material para manutenção, reposição e aplicação; material
odontológico, hospitalar e ambulatorial; material químico; material para telecomunicações; vestuário,
fardamento, tecidos e aviamentos; material de acondicionamento e embalagem; suprimento de proteção
ao vôo; suprimento de aviação; sobressalentes de máquinas e motores de navios e esquadra; explosivos
e munições e outros materiais de uso não-duradouro.

3.3.90.32 - Material de Distribuição Gratuita


Despesas com aquisição de materiais para distribuição gratuita, tais como: prêmios e condecorações;
medalhas, troféus; livros didáticos; medicamentos e outros materiais que possam ser distribuídos
gratuitamente.

3.3.90.33 - Passagens e Despesas com Locomoção


Despesas com aquisição de passagens (aéreas, terrestres, fluviais ou marítimas), taxas de embarque,
seguros, fretamento, locação ou uso de veículos para transporte de pessoas e suas respectivas bagagens e
mudanças em objeto de serviço.

3.3.90.35 - Serviços de Consultoria


Despesas decorrentes de contratos com pessoas físicas ou jurídicas, prestadoras de serviços nas áreas de
consultorias técnicas ou auditorias financeiras ou jurídicas, ou assemelhadas.

3.3.90.36 - Outros Serviços de Terceiros - Pessoa Física


Despesas decorrentes de serviços prestados por pessoa física pagos diretamente a esta e não
enquadrados nos elementos de despesa específicos, tais como: remuneração de serviços de natureza
eventual, prestado por pessoa física sem vínculo empregatício; estagiários, monitores diretamente
contratados; diárias a colaboradores eventuais; locação de imóveis; salário de internos nas
penitenciárias; e outras despesas pagas diretamente à pessoa física.

3.3.90.39 - Outros Serviços de Terceiros - Pessoa Jurídica


Despesas com prestação de serviços por pessoas jurídicas para órgãos públicos, tais como: assinaturas
de jornais e periódicos; tarifas de energia elétrica, gás, água e esgoto; serviços de comunicação
(telefone, telex, correios, etc.); fretes e carretos; pedágio; locação de imóveis (inclusive despesas de
condomínio e tributos à conta do locatário, quando previstos no contrato de locação); locação de
equipamentos e materiais permanentes; conservação e adaptação de bens imóveis; seguros em geral
(exceto os decorrentes de obrigação patronal); serviços de asseio e higiene; serviços de divulgação,
impressão, encadernação e emolduramento; serviços funerários; despesas com congressos, simpósios,
conferências ou exposições; despesas miúdas de pronto pagamento; vale-transporte; vale-refeição;
auxílio-creche (exclusive a indenização a servidor); software; habilitação de telefonia fixa e móvel
celular; e outros congêneres.

4.4.90.51 - Obras e Instalações


Despesas com estudos e projetos; início, prosseguimento e conclusão de obras; pagamento de pessoal
temporário não pertencente ao quadro da entidade e necessário à realização das mesmas; pagamento de
obras contratadas; instalações que sejam incorporáveis ou inerentes ao imóvel, tais como: elevadores,
aparelhagem para ar condicionado central, etc.

4.4.90.52 - Equipamentos e Material Permanente


Despesas com aquisição de aeronaves; aparelhos de medição; aparelhos e equipamentos de
comunicação; aparelhos, equipamentos e utensílios médico, odontológico, aboratorial e hospitalar;
aparelhos e equipamentos para esporte e diversões; aparelhos e utensílios domésticos; armamentos;

36
bandeiras, flâmulas e insígnias; coleções e materiais bibliográficos; embarcações, equipamentos de
manobra e patrulhamento; equipamentos de proteção, segurança, socorro e sobrevivência; instrumentos
musicais e artísticos; máquinas, aparelhos e equipamentos de uso industrial; máquinas, aparelhos e
equipamentos gráficos e equipamentos diversos; máquinas, aparelhos e utensílios de escritório;
máquinas, ferramentas e utensílios de oficina; máquinas, tratores e equipamentos agrícolas, rodoviários
e de movimentação de carga; mobiliário em geral; obras de arte e peças para museu; semoventes;
veículos diversos; veículos ferroviários; veículos rodoviários; outros materiais permanentes.

Marque com um “X “ a alternativa correta:

1) A classificação da despesa, por categoria econômica, é:

a) ( ) orçamentária e extra-orçamentária;
b) ( ) custeio e transferências correntes;
c) ( ) correntes e de capital;
d) ( ) Função e programa e subprograma;
e) ( ) elemento de despesa e natureza.

2) São receitas tributárias:

a) ( ) impostos, taxas e contribuições de melhorias.


b) ( ) receita de contribuições, receita patrimonial, receita agropecuária, receita industrial e
receita de serviços.
c) ( ) impostos, taxas, receita patrimonial, receita industrial e receitas de serviços.
d) ( ) contribuições de melhorias, taxas receita industrial e receita de alienações.
e) ( ) Nenhuma das anteriores.

3) Consideremos as duas afirmativas a seguir:


a) As receitas correntes apenas aumentam o patrimônio não duradouro do Estado, isto é, que se
esgotam dentro do período anual. São casos, por exemplo, das receitas de impostos que, por se
extinguirem no decurso da execução orçamentária, tem, por isso, de ser elaboradas todos os
anos.Compreendem as receitas tributarias, patrimoniais, industriais e outras de natureza
semelhante , bem como as provenientes de transferências correntes.
b) As receitas de capital alteram o patrimônio duradouro do Estado, como as provenientes da
alienação de bens de capital ou do produto de um empréstimo tido contraído pelo Estado a
longo prazo.Compreendem, assim, a conversão em espécie de bens e direitos, a constituição de
dividas, bem como as transferências de capital.

a) ( ) a está correta e b esta incorreta.


b) ( ) a está incorreta e b parcialmente correta.
c) ( ) a e b estão incorretas.
d) ( ) a e b estão corretas.
e) ( ) Nenhuma das anteriores .

37
4) Na classificação orçamentária da despesa ( 3.3.90.39), o terceiro digito representam:

a) ( ) categoria econômica;
b) ( ) grupo de despesa;
c) ( ) elemento de despesa;
d) ( ) classe do plano de contas único;
e) ( ) modalidade de aplicação.

5) As despesas devem ser classificadas com um nível de detalhamento tal que facilite a
análise por parte das pessoas.Esse enunciado refere-se ao principio da:

a) ( ) Unidade;
b) ( ) Especificação;
c) ( ) Universalidade;
d) ( ) Exclusividade;
e) ( ) Anualidade.

6) É a segunda fase da despesa, objeto das normas contidas no artigo 63 e seus parágrafos
da Lei 4320/64 e consiste na verificação do direito do credor, pelo fornecimento de bens
realizados ou serviços prestados, à vista dos títulos e documentos que comprovem o
crédito:

a) ( ) Pagamento da despesa;
b) ( ) Liquidação da despesa ;
c) ( ) Empenho e liquidação da despesa
d) ( ) Empenho da despesa;
e) ( ) Todas as alternativas estão corretas.

57 As normas de realização da despesa estão contidas no Capitulo III do Título VI da Lei


nº 4320/64, que dispõe sobre as três fases: Empenho, Liquidação e Pagamento.Referente ao
Empenho que é o ato emanado de autoridade competente, que cria para o Órgão Público,
obrigação de pagamento, classificam-se na seguinte forma:

a) ( ) ordinário , estimativo e global;


b) ( ) Estimativo, diário e global;
c) ( ) extraordinário , estimativo e global;
d) ( ) todas as alternativas estão corretas.;
e) ( ) nenhuma alternativa é correta.

38
CONVÊNIO

È instrumento que disciplina a transferência de recursos públicos para a realização de


objetivos de interesse recíproco, entre órgãos da administração publica, de qualquer espécie, e as
organizações particulares.

Os convênios e os contratos de repasse podem ter três origens:


- Apresentação de emenda ao Orçamento Fiscal da União por deputado ou senador.
- Proposta ou projeto formulado pelo próprio interessado, diretamente ao ministério ou entidade
que disponha de recursos aplicáveis ao objeto pretendido.
- Próprio ministério ou própria entidade que detectam a existência de necessidade ou desejam
implementar os programas.

Normalmente o convenio envolve quatro fases que se desenvolvem em vários


procedimentos:
- PROPOSIÇÃO
- CELEBRAÇÃO/FORMALIZAÇÃO
- EXECUÇAÕ
- PRESTAÇÃO DE CONTAS

Proposição –
É identificação das necessidades locais e definições de prioridades. A escolha do
segmento a ser atingido e a do projeto a ser executado devem levar em conta, dentre outros
aspectos, o impacto na comunidade, a relação custo-benefício, o valor do projeto e a
disponibilidade do valor de contrapartida.
Nos convênios celebrados quase sempre a prefeitura deve entrar com a contrapartida, que
é um valor calculado em cima do total do convênio.

Celebração –
Atendimento às condições de participação, a Lei de Responsabilidade Fiscal – LRF,
dispõe que Estados, Distrito Federal e municípios, para receberem transferências voluntárias,
devem satisfazer às seguintes condições:
-Contas do exercício
-Relatório do exercício
-Relatório da execução orçamentária
-Relatório de gestão fiscal
-Limites de gastos com pessoal
-Regularidade na gestão fiscal
-Despesas
-Quitação
-Contas
-Limites constitucionais
-Limites de dividas
-Contrapartida

39
Execução –
O êxito nesta fase do convênio depende essencialmente de dois fatores: o planejamento
do convênio no plano de trabalho e o atendimento às normas de administração orçamentária e
financeira da administração pública federal.
Todo termo de convênio existe um plano de trabalho, onde especifica em que se pode
gastar o dinheiro recebido, cada compra deve ser cotada ou se o valor do convênio ultrapassar de
R$ 8.000,00, deve ser licitado (obrigatório).
Falha e irregularidades cometidas nessa fase podem comprometer, irremediavelmente, as
prestações de contas que serão apresentadas aos órgãos repassador dos recursos.

Prestação de contas do convênio –


De nada adianta ter executado bem as fases anteriores do convênio, se a prestação de
contas não for apresentada tempestivamente e convenientemente.
A prestação de contas è constituída de relatório de cumprimento do objeto, acompanhado
de:
- plano de trabalho
-copia do termo de convênio
-relatório de execução físico-financeira
-demonstrativo da execução da receita e da despesa
-relação de pagamentos
-relação dos bens adquiridos ou construídos
-extrato da conta bancaria especifica
-copia da conciliação bancaria da conta especifica
-copia de todos os pagamentos feitos com o recurso do convênio ( empenho, liquidação, nota
fiscal ou recibo, cheque e ordem de pagamento) todas as notas deverão estar com carimbo de
atestado e de recebido.

Cada parcela recebida do convênio tem que ser feita uma prestação de contas no valor
recebido, quanto aos repasses algumas contas são feita prestação de contas anual todo começo
de cada ano.

As transferências voluntárias de recursos destinados pelos órgãos ou Entidades do Estado


aos municípios ou Entidades sem fins lucrativos, serão formalizados mediante a celebração de
Termo de Convênio.

Qualquer ajuste no Plano de Trabalho ou no Termo de Convenio deve ser feito um


aditivo 30 dias antes e encaminhar com oficio à secretaria responsável pelo convênio.

40
LICITAÇÕES

Conceitos e Finalidades

Licitação é o procedimento administrativo mediante o qual a administração pública seleciona a


proposta mais vantajosa para o contrato de seu interesse.
Tem como finalidades principais propiciar iguais oportunidades aos que desejam contratar com o
Poder Público, dentro dos padrões previamente estabelecidos pela administração, e selecionar a
proposta mais vantajosa para a Administração, atuando como fator de eficiência e moralidade aos
negócios administrativos.

Princípios

PROCEDIMENTO FORMAL : Significa que a licitação está vinculada às prescrições legais que
regem em todos os seus atos e fases.

PUBLICIDADE DE SEUS ATOS: Não há, nem pode haver licitação sigilosa.A publicidade da
licitação abrange desde a divulgação do aviso de sua abertura até o conhecimento do edital e de
todos os seus anexos,

IGUALDADE ENTRE OS LICITANTES: Pois não pode haver procedimento seletivo com
discriminação entre participantes, ou com cláusulas do instrumento convocatório que afastem
eventuais proponentes qualificados ou os desnivelem no julgamento.

SIGILO NA APRESENTAÇÃO DAS PROPOSTAS:

VINCULAÇÃO AO EDITAL: Significa que a administração e os licitantes ficam sempre adstritos


aos termos do pedido ou do permitido no instrumento convocatório da licitação, quer quanto ao
procedimento, quer quanto à documentação, às propostas, ao julgamento e ao contrato.

JULGAMENTO OBJETIVO: É o que se baseia no critério indicado no edital e nos termos


específicos das propostas.Obriga os julgadores a se aterem a critérios prefixados pela
Administração, levando em consideração sempre o interesse do serviço público, os fatores de
qualidade, rendimento, eficiência, durabilidade, preço, prazo, financiamento, carência e outras
condições pertinentes pedidas ou admitidas pelo edital.

ADJUDICAÇÃO COMPULSÓRIA AO VENCEDOR: Vencida a licitação, nasce para o vencedor o


direito subjetivo à adjudicação, isto é, a atribuição de seu objeto a quem foi classificado em
primeiro lugar. O direito do vencedor limita-se a adjudicação, e não ao contrato imediato, pois

41
Administração pode revogar, anular ou adiar o contrato, quando sobrevenham motivos para tanto.

Legislação Aplicável

O artigo 37, XXI e XXVII da Constituição Federa, prevê a competência da União para legislar
sobre normas gerais de licitação e contratação, em todas as modalidades, para a Administração
Pública direta, indireta, autárquica e fundacional das diversas esferas do governo, e para as
entidades empresariais.

Os Estados, Municípios, Distrito Federal, Entidades Fundacionais e empresariais e entidades


controladas direta ou indiretamente pela Administração,podem criar regulamentos próprios sobre
licitação e contrato, desde que obedeçam a norma geral editada pela União.

Essa norma geral é a Lei 8.666/93, com as alterações trazidas pelas Leis 8.888/94, 9.648/98 e
9.854/99.

Objeto da Licitação

A finalidade precípua da licitação será sempre a obtenção de seu objeto – uma obra, um serviço,
uma compra, uma alienação, uma locação, uma concessão ou uma permissão – nas melhores
condições para o Poder Público.

Normas Técnicas
O objeto sempre deverá obedecer as normas técnicas que são as prescrições científicas que
colimam o aperfeiçoamento estrutural, funcional e estético da construção e sua econômica
execução.

Projetos
Dentre as disposições especificas para a contratação de obras e serviços a lei cuida do projeto
básico e do projeto executivo.

O Projeto Básico é o conjunto de elementos necessários e suficientes, com o nível de precisão


adequado, para caracterizar a obra, ou serviços ou complexo de obras ou serviços objeto de
licitação, elaborado com base nas indicações dos estudos técnicos preliminares, que assegurem a
viabilidade técnica e o adequado tratamento do impacto ambiental do empreendimento , e que
possibilite a avaliação do custo da obra e a definição de métodos e do prazo de execução.

O Projeto Executivo é o conjunto de elementos necessários e suficientes à execução completa da


obra.

42
Modalidade de Licitação

Conforme artigo 22 da Lei 8.666/93 prevê cinco modalidades de licitação:concorrência, tomada de


preços, convite, concurso e leilão. O Decreto 3.555/2000 criou mais uma modalidade licitatória, o
pregão.Além das modalidades de licitação, a lei fala tambem em tipos de licitação:menor preço,
melhor técnica, melhor técnica e menor preço e maior oferta.

CONCORRÊNCIA
É a modalidade de licitação própria para contratos de grande valor, em que se admite a participação
de quaisquer interessados, registrados ou não, que satisfaçam as condições do edital, convocados
com antecedência mínima de 30 a 45 dias.
Valores: I- para obras e serviços de engenharia: acima de R$ 1.500.000,00
II-para compras e serviços: acima de R$ 650.000,00

A concorrência obedece a princípios próprios, dentre eles temos:

Universalidade da concorrência: é a possibilidade que se oferece à participação de quaisquer


interessados.

Ampla Publicidade: publicação do edital no Diário Oficial da União, do Estado ou Município e


em jornal de grande circulação.

Prazos para Apresentação das Propostas: Prazos mínimos exigidos pela lei 30 a 45 dias
podendo ser ampliados.

Habilitação Preliminar: destina-se a comprovar a plena qualificação dos interessados para a


execução de seu objeto, de acordo com as condições especificadas no edital.

Idoneidade dos Concorrentes : deverá ser apreciada e decidida necessariamente antes da abertura
das propostas.

Comissão de Julgamento: a habilitação preliminar e o julgamento da concorrência são feitos


obrigatoriamente por Comissão de, no mínimo, três membros.Pode ser instituída de forma
permanente ou especial.

43
TOMADA DE PREÇOS

É a modalidade de licitação para contratos de valor estimado imediatamente inferior ao


estabelecido para a concorrência, realizada entre interessados devidamente cadastrados ou que
atenderem a todas a condições exigidas para o cadastramento até o terceiro dia anterior à data do
recebimento das propostas, observada a necessária qualificação.
Valor : I- para obras e serviços de engenharia: entre R$ 150.000,00 e
R$ 1.500.000,00
II- para compras e serviços:entre R$ 80.000 e R$ 650.000.

A lei 8.666/93 também exige a publicação de aviso da tomada de preços na


imprensa nos mesmos moldes da concorrência, permitindo a participação
de todos aqueles que estejam em condições de obter o cadastramento, desde
apresentem a documentação até o terceiro dia anterior à data do recebimento das propostas.

O que caracteriza a tomada de preços e a distingue da concorrência é a existência de habilitação


prévia dos licitantes através dos registros cadastrais e os valores.

CONVITE

É a modalidade de licitação mais simples, destinadas as contratações de pequeno valor,


consistem na solicitação escrita pelo menos três interessados do ramo, registrados ou não, para
que apresentem suas propostas, no prazo máximo de cinco dias úteis.
Valores : I – para obras e serviços de engenharia:entre R$ 15.000,00 e R$ 150.000,00
II- para compras e serviços :entre R$ 8.000,00 e R$ 80.000,00.

Convoca-se através de carta-convite no no mínimo três interessados.

Os não convidados podem participar, desde que se manifestem seu interesse ate 24 horas, antes
da data da apresentação das propostas.

Deve-se fixar copias do regulamento.

O julgamento é feito por comissão um por um servidor designado pela autoridade competente.

44
CONCURSO.

É a modalidade de licitação destinada à escolha de trabalho técnico, cientifico ou artístico,


predominantemente de criação intelectual. É usado comumente na seleção de projetos, onde se
busca a melhor técnica , e não o menor preço.

Deve ser anunciado através de edital, com ampla divulgação pela imprensa oficial e particular,
com antecedência mínima de 45 dias.

LEILÃO

É a modalidade de licitação utilizável para a venda de bens imóveis inservíveis para a


Administração, produtos legalmente apreendidos ou penhorados e também para os bens imóveis
cuja aquisição haja derivado de procedimento judicial ou de dação em pagamento.

Os bens a serem vendidos em leilão, devem ser previamente avaliados, para que conste do edital
o preço mínimo a partir do qual serão consideradas as ofertas.

No leilão não se torna necessária qualquer habilitação prévia dos licitantes, pois a venda é feita à
vista ou a curto prazo.

PREGÃO

A Medida Provisória editada em 04/04/200, sob o nº 2.026, renovada com outros números,
institui, no âmbito da União, modalidade denominada Pregão, entre quaisquer interessados,
destinada à aquisição de bens e serviços comuns, sem limite de valor, em que a disputa é feita
por meio de propostas e lances em sessão pública. Isto significa que estados e municípios que
desejarem aplicar este novo procedimento deverão aprovar sua própria lei sobre a matéria.

Nos termos desta lei, bens e serviços comuns dizem respeito àqueles cujos padrões de
desempenho e qualidade podem ser objetivamente definidos pelo edital, por meio de
especificações usuais de mercado.

O Decreto 3.555, de 08-08-2000, fixou o regulamento do pregão.

Não se pode aplicar o Pregão nas contratações de obras e serviços de engenharia, bem como às
locações imobiliárias e alienações em geral.

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O pregoeiro, responsável pela licitação, designado por autoridade competente do órgão, tem as
seguintes atribuições: o recebimento das propostas e lances; a análise de sua aceitabilidade e
classificação; a habilitação e a adjudicação.

A convocação dos interessados efetua-se mediante publicação de aviso no Diário Oficial da


União, em jornais de grande circulação e, por meios eletrônicos.

Do aviso de licitação deverão constar a definição do objeto e a indicação do local, dias e horários
em que poderá ser lida ou obtida a íntegra do edital e recebida as propostas.
Esse prazo não pode ser inferior a oito dias úteis.

Será realizada em sessão pública, única, que será conduzida pelo pregoeiro, com o auxílio da
equipe de apoio, para recebimento das propostas, devendo o interessado ou seu representante
identificar-se e comprovar poderes para a formulação das propostas e para a prática dos demais
atos do certame.

Os envelopes com a indicação do objeto e do preço são abertos na sessão.O autor da oferta de
valor mais baixo e os licitantes com preços até 10% superiores àquela podem fazer novos lances
verbais e sucessivos, até a proclamação do vencedor.

O critério de julgamento é o de menor preço, atendidos os prazos para fornecimento e demais


requisitos.Encerrada a fase competitiva e classificadas as propostas, o pregoeiro abrirá o
envelope dos documentos de habilitação do licitante que apresentou a melhor proposta.

COMISSÃO DE LICITAÇÃO

A comissão de licitação é integrada, no mínimo, por três membros, sendo pelo menos dois deles
servidores permanentes do órgão da Administração responsável pela licitação (art.51)
A Administração poderá adotar o sistema de comissões permanentes ou de comissões especiais.

Os membros da comissão de licitação respondem solidariamente por todos os atos praticados


pela comissão.

TIPOS DE LICITAÇÃO

a) Menor Preço
Na licitação de menor preço o que a Administração procura é simplesmente a vantagem
econômica na obtenção da obra, do serviço ou da compra, uma vez que seu objeto é de

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rotina, a técnica é uniforme e a qualidade é conhecida e padronizada.

b) Melhor Técnica
É aquela em que a administração procura a obra, o serviço ou o material mais perfeito e
adequado, independente da consideração do preço.Nesse tipo de licitação o edital há de
especificar minuciosamente o objeto pretendido, indicando suas finalidades e fixando o
limite máximo de preço dentro do qual será escolhida a proposta tecnicamente mais
vantajosa. Para tanto, a Administração deverá indicar o fator ou fatores preponderantes no
julgamento, pedindo separadamente a documentação (envelope1), a proposta técnica
(envelope 2) e o preço (envelope 3).

A licitação melhor técnica justifica-se para as obras, serviços e fornecimentos de alta


complexidade, em que há diversificação de sistemas, de operação de material, como são os
centros de computação, as usinas atômicas, etc.

c) Melhor Técnica e Menor Preço

É aquela em se combinam técnica e preço.


A licitação de tipo melhor técnica e menor preço podem ser exclusivamente utilizados para
serviços de natureza predominantemente intelectual (projetos, cálculos, fiscalização,
gerenciamento e outros ligados à engenharia consultiva em geral).

d) Maior Lance ou Oferta

Esta é utilizada nos casos de alienação de bens ou concessão de direito real de uso.(art.45,§
1º, IV).

PROCEDIMENTO DA LICITAÇÃO

Fase Interna
O procedimento da licitação inicia-se na repartição interessada com a abertura do processo no
qual a autoridade competente autoriza ou determina sua realização, descreve seu objeto e indica
os recursos hábeis para a despesa ( dotação orçamentária).

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Fase Externa
A fase externa da licitação desenvolve-se através dos seguintes atos:
a) Audiência Publica

O art. 39 da lei 8.666/93 determina a realização de uma audiência pública no início do


procedimento licitatório sempre que o valor estimado para a licitação for superior a cem vezes o
quantum previsto para a concorrência relativa a obras e serviços de engenharia (art. 23,I ,
“c”).Este valor atualmente, é de R$ 150.000.000,00.

A audiência publica destina-se a dar conhecimento ao público das pretensões da Administração


referentes às obras e projetos que pretende realizar.

b) Edital ou Convite

O edital é o instrumento através do qual a Administração leva ao conhecimento público a


abertura as concorrências ou tomada de preços, fixa as condições de sua realização e convoca
os interessados para a apresentação de suas propostas.

O prazo mínimo para a convocação dos licitantes á apresentarem sua documentação e


propostas está assim estabelecido: Concorrência (45 dias quando o tipo for de melhor técnica
e preço e empreitada integral e 30 nos demais casos);Tomada de Preços ( 30 dias quando o
tipo for de melhor técnica ou técnica e preço e 15 nos demais casos); Convite ( 5 dias úteis );
Concurso ( 45 dias); Leilão (15 dias); e, Pregão (8 dias úteis). Esses prazos constituem o
mínimo, não sendo admissível qualquer redução.

O edital deve conter como elementos essenciais: as condições para participar da licitação; o
objeto da licitação; os prazos e condições; as garantias; as condições de pagamento; e de
reajustamento de preços; o recebimento do objeto da licitação; o critério de julgamento; os
recursos admissíveis ; as informações sobre a licitação; e, outras indicações.

A carta-convite , é uma forma simplificada de edital sem a publicidade deste, e só admitida


nas licitações de pequeno valor previstos para a modalidade licitatória denominada convite.

c) Recebimento da Documentação e Propostas

A documentação é o conjunto de comprovantes da capacidade jurídica, da regularidade fiscal, da


capacidade técnica e da idoneidade financeira (art.27) que se exigem dos interessados para se
habilitarem na licitação.

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A documentação deve ser apresentada em envelope fechado e rubricado, distinto dos das
propostas, até o último momento fixado no edital para seu recebimento. A abertura desse
envelope é feita em ato público, no dia, hora e local indicados no edital.

Propostas são ofertas feitas pelos licitantes para a execução do objeto da licitação, tudo de
acordo com o edital.

O proponente não pode modificar sua proposta desde que entregue à Administração, mas pode
retira-la se não houver ultrapassado a fase da habilitação.Após essa fase a Lei 8.666/93 só
autoriza a desistência por motivo justo, decorrente de fato superveniente e aceito pela comissão
(art.43,§ 6º). Após o julgamento, sendo o licitante vencedor, responde por eventuais perdas e
danos e pode sofrer sanções previstas no instrumento convocatório.

Os proponentes ficam obrigados a manter suas propostas até 60 dias após sua abertura (art. 64 §
3º), se outro prazo não for fixado no edital.

d) Habilitação dos Licitantes

Habilitação ou qualificação do proponente é o reconhecimento dos requisitos legais para licitar,


feito, em regra, por comissão, que, no caso de convite, pode ser substituída por servidor
designado por autoridade competente para o procedimento licitatorio (art.51,§ 1º),
caracterizando como ato prévio do julgamento das propostas ( art. 43, I e II, e § 5º).

Na concorrência a habilitação ocorre na fase preliminar ao julgamento das propostas; na tomada


de preços é anterior à abertura da licitação e é genérica; no convite é a priori para cada caso ; no
concurso é facultativa; no leilão é desnecessária ; no pregão é invertida.

Na habilitação consistirá na verificação e reconhecimento da capacidade jurídica, técnica,


econômico-financeira e fiscal dos licitantes.

A Capacidade Jurídica é a aptidão efetiva para exercer direitos e contrair obrigações, com
responsabilidade absoluta ou relativa por seus atos.É provada através do CPF, CNPJ, estatutos e
outros.

A Capacidade Fiscal é o atendimento das exigências do Fisco, ou seja , a quitação ou discussão


dos tributos pelo contribuinte.

A Capacidade Técnica ou Qualificação Técnica é o conjunto de requisitos profissionais que o


licitante apresenta para executar o objeto da licitação.

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A Capacidade Econômico Financeira é a capacidade para satisfazer os encargos econômicos
decorrentes do contrato, aferida, em princípio , pela boa situação financeira da empresa e pela
inexistência de ações que possam afetar o seu patrimônio.

Se habilitado, o licitante prosseguirá na licitação; se inabilitado, será excluído do certame,


recebendo de volta os documentos e a proposta intacta, sem apreciação de seu conteúdo.

A habilitação é, pois, o reconhecimento de que o licitante tem todos os requisitos para aquela
licitação e a inabilitação é a verificação de inexistência ou carência de requisitos exigidos para
aquela licitação.

e) Julgamento das Propostas

É o ato pela qual se confrontam as ofertas, classificam-se os proponentes e escolhe-se o


vencedor, a que deverá ser adjudicado o objeto da licitação, para o subseqüente contrato com a
Administração. Esse julgamento deverá atender todos os requisitos indicados no edital e ou no
convite. É o que denomina julgamento objetivo ( art.3º e 45).

Desclassificação, é a eliminação da proposta pela desconformidade com o pedido no edital ou no


convite.

A proposta mais vantajosa é aquela que melhor atende ao interesse do serviço público, dentro do
critério de julgamento preestabelecido no instrumento convocatório.

f) Homologação e Adjudicação

A comissão de licitação, após o julgamento das propostas, deve enviar o resultado à autoridade
superior, para homologação e adjudicação do objeto da licitação ao vencedor, convocando-o para
assinar contrato.

Adjudicação é o ato pelo qual se atribui ao vencedor o objeto da licitação, para subseqüente
efetivação do contrato administrativo.

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Marque com um “X “ a alternativa correta:

1) São princípios básicos da licitação:

a) ( ) legalidade e julgamento objetivo.


b) ( ) impessoalidade e vinculação ao instrumento convocatório (edital).
c) ( ) moralidade e probidade administrativa.
d) ( ) igualdade e publicidade.
e) ( ) Todas as alternativas anteriores.

2) São modalidades de licitação :

a) ( ) convite, tomada de preços, concorrência, concurso e leilão.


b) ( ) convite, tomada de preços, concurso e leilão.
c) ( ) tomada de preços , concorrência, concurso e leilão.
d) ( ) convite, tomada de preços e leilão.
e) ( ) convite, tomada de preços, concorrência e concurso.

3) Relacionar o termo com o seu conceito. Posteriormente, assinale a alternativa correta:

1) Convite ( ) A) Utilizado na alienação de bens. É a modalidade de


licitação entre quaisquer interessados para a venda de
bens moveis inservíveis para a administração ou de
produtos legalmente apreendidos ou penhorados, ou
para alienação de bens imóveis, a quem oferecer um
lance maior, igual ou superior ao valor da avaliação.

2) Tomada de Preços ( ) B) Utilizado para aquisições especificas. Ocorre entre quais-


quer interessados para escolha de trabalho técnico, cien-
tifico, ou artístico, mediante a instituição de prêmios ou
remuneração aos vencedores, conforme critérios cons-
tantes de edital publicado na imprensa oficial com ante-
cedência mínima de 45 dias.

3) Concorrência ( ) C) Para aquisições de grande vulto. É a modalidade que


ocorre entre quaisquer interessados que, na fase inicial
de habilitação preliminar, comprovem possuir os requi-
sitos mínimos de qualificação exigidos no edital para a
execução de seu objeto.

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4) Concurso ( ) D) Para aquisições intermediarias.É a modalidade de lici-
tação entre interessados devidamente cadastrados ou
que atenderam a todas as condições exigidas para cadas-
tramento até o terceiro dia anterior `a data do recebimen-
to das propostas, observada a necessária qualificação.

5) Leilão ( ) E) Para aquisição de pequeno vulto.È a modalidade de lici-


tação entre interessados do ramo pertinente ao seu ob-
jeto, cadastrados ou não, escolhidos e convidados em
número mínimo de três pela unidade administrativa , a
qual afixará , em local apropriado, copia do instrumen-
to convocatório aos demais cadastrados na correspon-
dente especialidade que manifestarem seu interesse com
antecedência de até 24 horas da apresentação das pro-
postas,

a) ( ) 1E, 2A, 3B, 4C e 5E


b) ( ) 1E, 2D, 3C, 4B e 5A
c) ( ) 1E, 2B, 3C, 4D e 5A
d) ( ) 1A, 2D, 3C, 4B e 5E
e) ( ) Nenhuma das anteriores.

LEI COMPLEMENTAR Nº 101.DE 04/05/2000


A LEI DE RESPONSABILIDADE FISCAL

Conceito

A Lei de Responsabilidade Fiscal é um marco em matéria de finanças públicas no Brasil.


Ela veio para provocar o inicio de uma mudança cultural na administração dos recursos públicos
brasileiros.O administrador publico acostumado com os desmando e irresponsabilidades sem
punibilidade passa a ter um instrumento que vem disciplinar as normas de finanças públicas
voltadas para a responsabilidade na gestão fiscal, aplicada a todas as esferas de governo.

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Apresentação por capítulos:

• CAPITULO I - Disposições Preliminares – define os entes da federação, o


objetivo da lei e estabelece conceitos básicos;
• CAPITULO II - Do Planejamento- estabelece os instrumentos de Planejamento
como sendo o Plano Plurianual, a Lei de Diretrizes Orçamentárias e a Lei
Orçamentária Anual e inclui novos anexos a esses instrumentos.;
• CAPITULO III – Da Receita Pública – mostra os controles e acompanhamentos
da receita pública, enfocando sua previsão, arrecadação, programação financeira e
condições de renúncia;
• CAPITULO IV – Da Despesa Pública- estabelece procedimentos para a geração
de despesa e define os limites para as despesas com pessoal;
• CAPITULO V – Das Transferências Voluntárias – apresenta o conceito das
transferências voluntárias e as condições para que possam ocorrer;
• CAPITULO VI - Da Destinação de Recursos para o Setor Privado –estabelece
regras para a transferências de recursos públicos para o setor privado;
• CAPITULO VII – Da Divida e do Endividamento- define os procedimentos para
o endividamento, inclusive estabelecendo seus limites e condições para a
contratação do ARO;
• CAPITULO VIII- Da Gestão Patrimonial – estabelece normas da Gestão
Patrimonial, inclusive regras para a aplicação dos recursos oriundo da alienação
de ativos;
• CAPITULO IX- Da Transparência na Gestão Fiscal – define os procedimentos
para a transparência na gestão fiscal, inclusive a definição dos relatórios que
devem ser divulgados;
• CAPITULO X – Disposições Finais e Transitórias- determina a criação de uma
Conselho de Gestão Fiscal para acompanhar e avaliar os entes da federação com
relação à aplicação da Lei; define limites para aumentos de pessoal, serviços de
terceiros e cria o Fundo de Regime Geral de Previdência Social.

Breve comentário dos capítulos:

CAPITULO I - Disposições Preliminares

Objetivos

- ação planejada e transparentes, em que se previnem riscos e corrigem desvios capazes de afetar
o equilíbrio das contas públicas;
- cumprimento de metas e resultados entre receitas e despesas;
- obediências a limites;
- compatibilidade entre os instrumentos de planejamento:PPA,LDO e LOA.

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Entes da federação

Para efeitos da lei, entende-se como ente da federação: a União , os Estados, o Distrito Federal e
cada Município.

CAPITULO II - Do Planejamento-

A Lei de Responsabilidade Fiscal consolida e apirmora os três pilares do planejamento do setor


público brasileiro, a saber: o Plano Plurianual (PPA), a Lei de Diretrizes Orçamentárias (LDO) e
a Lei Orçamentária Anual (LOA).

A lei define como instrumento de planejamento o Plano Plurianual (PPA), a Lei de Diretrizes
Orçamentarias (LDO), e a Lei Orçamentária Anual (LOA) e incorpora novos demonstrativos que
deverão ser anexados a esses instrumentos, tais como: ( Anexo de Metas Fiscais; Anexo de
Riscos Fiscais; equilíbrio entre receitas e despesas; critérios e formas de limitação de empenhos
etc. ).
A gestão fiscal compreende as Receitas e Despesas Públicas e, nesse sentido, o ponto de partida
para o entendimento do espírito da Lei deve, como já afirmado, necessariamente, ser o
planejamento.

CAPITULO III – Da Receita Pública

Da Previsão e da Arrecadação

Art.11- Constituem requisitos essenciais da responsabilidade na gestão fiscal a instituição,


previsão e efetiva arrecadação de todos os tributos da competência constitucional do ente da
federação. É bom lembrar a competência de instituir impostos pela União, Estados e
Municípios.

A intenção do legislador, neste artigo,foi exigir dos entes da federação o exercício de suas
competências tributárias constitucionais, de forma que não permaneçam dependentes apenas
dos recursos transferidos de outras esferas de governo.

CAPITULO IV – Da Despesa Pública

A classificação Funcional Programática determina o alicerce sobre o qual se assenta toda a base
da programação para a elaboração do orçamento público, o qual, desde a promulgação da Lei nº
4320/64, constitui instrumento fundamental de gestão pública.

No presente capitulo são apresentadas as normas determinadas pela Lei Complementar nº


101/2000, que tem por finalidade evitar a geração de despesas sem fonte de recursos previamente
definida

Art. 15 - São consideradas não autorizadas, irregulares e lesivas ao patrimônio público a geração
de despesa ou assunção de obrigação que não atendam as condições dispostas nos artigos 16 e 17
da Lei de Responsabilidade Fiscal.

Dos limites de pessoal

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Os limites da despesa com pessoal em relação a receita corrente liquida, estabelecidos na lei, são:
I – União: 50% (cinqüenta por cento);
II - Estados e o Distrito Federal: 60% ( sessenta por cento);
III – Municípios: 60% ( sessenta por cento).

CAPITULO V – Das Transferências Voluntárias

O descumprimento de vários dispositivos presentes nesta Lei determinará que o infrator seja
apenado com o impedimento de receber transferências voluntárias de outro ente da federação.

Art. 25 - Entende-se pos transferência voluntária a entrega de recursos correntes ou de capital a


outro ente da Federação, a titulo de cooperação, auxilio ou assistência financeira, que não
decorra de determinação constitucional, legal ou os destinados ao SUS.

CAPITULO VI - Da Destinação de Recursos para o Setor Privado

Art. 26 - A destinação dos recursos para, direta ou indiretamente, cobrir necessidades de pessoas
físicas ou déficits de pessoas jurídicas deverá ser autorizada por lei especifica, atender às
condições estabelecidas na Lei de Diretrizes Orçamentárias e estar prevista no orçamento ou em
seus créditos adicionais.

CAPITULO VII – Da Divida e do Endividamento

O presente capitulo versa sobre a temática “divida e endividamento públicos”, presentes nos
artigos 29 a 42 da Lei de Responsabilidade Fiscal.

Art. 29
I - Divida Consolidada ou Fundada- Montante total, apurado sem duplicidade, das obrigações
financeiras do ente da Federação, assumidas em virtude de leis, contratos, convênios ou tratados
e da realização de operações de créditos, para amortização em prazo superior a doze meses.
Dos Restos a Pagar
Art. 42 – É vedado ao titular de Poder ou órgão referido no art.20, nos últimos dois
quadrimestres do seu mandato , contrair obrigação de despesa que não possa ser cumprida
integralmente dentro dele, ou que tenha parcelas a serem pagas no exercício seguinte sem que
haja suficiente disponibilidade de caixa para este efeito.

CAPITULO VIII- Da Gestão Patrimonial

As disponibilidades de caixa serão depositadas na rede bancária oficial.


As disponibilidades de caixa da Previdência social serão depositadas em contas separadas das
demais.

CAPITULO IX- Da Transparência na Gestão Fiscal

São instrumentos de transparência da gestão fiscal, aos quais será dada ampla divulgação,
inclusive por meios eletrônicos de acesso publico: os planos, orçamentos, Leis de Diretrizes
Orçamentárias, as prestações de contas, os pareceres prévios, relatório resumido da execução
orçamentária e o relatório da gestão fiscal.

CAPITULO X – Disposições Finais e Transitórias

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FUNDO MUNICIPAL DE PREVIDENCIA SOCIAL

BOLETIM INFORMATIVO 01/2005.

O PREVILUCAS - Fundo Municipal de Previdência Social de Lucas do Rio Verde foi


criado em 04 de Dezembro 1990, através de Lei 109/90 e Reestruturado de acordo com a
legislação Federal através da Lei municipal nº 906/2002 e 908/2002, tem personalidade jurídica
própria (é uma Autarquia Municipal).

OBJETIVOS DO PREVILUCAS
Assegurar aos servidores EFETIVOS do Município de Lucas do Rio Verde (Prefeitura e SAAE)
e a seus Dependentes prestação de natureza PREVIDENCIÁRIA nos casos em que interrompam,
depreciem ou façam cessar seus meios de subsistência.

SEGURADOS
Todos os Servidores Concursados (os demais são assegurados do INSS)

DEPENDENTES
O esposo ou esposa, o companheiro ou companheira, os filhos não emancipados menor de 21
anos, os filhos inválidos de qualquer idade e o filho menor sob tutela.

OS BENEFICIOS GARANTIDOS AOS SEGURADOS SÃO:

APOSENTADORIAS:
a) Aposentadoria Por Invalidez Permanente – a invalidez será apurada mediante
exames médicos realizados segundo instruções emanadas do PREVILUVAS, sendo os proventos
proporcionais ao tempo de contribuição, exceto decorrente de acidente de serviço, moléstia
profissional ou doença grave, contagiosa ou incurável, especificadas no art. 13 da lei 906/2002.
b) Compulsoriamente – aos setenta anos de idade, com proventos proporcionais ao
tempo de contribuição.
c) Voluntariamente – desde que cumprido o tempo mínimo de dez anos de efetivo
exercício no serviço público e cinco anos no cargo efetivo em que se dará a aposentadoria,
observadas as seguintes condições: sessenta anos de idade e trinta e cinco de contribuição, se
homem, e cinqüenta e cinco anos de idade e trinta de contribuição, se mulher; sessenta e cinco
anos de idade, se homem, e sessenta anos de idade, se mulher, com proventos proporcionais ao
tempo de contribuição. Os requisitos de idade e tempo de contribuição serão reduzidos em cinco
anos, em
d) relação ao disposto no art. 12 III “a” da lei 906/2002, para o professor que comprove
exclusivamente tempo de efetivo exercício das funções de magistério na educação infantil, no
ensino fundamental e médio.

AUXILIO DOENÇA - será devido ao segurado que ficar incapacitado para o exercício da sua
função em gozo de licença para tratamento de saúde, por mais de 30 (trinta) dias consecutivos e
quando a incapacidade ultrapassar 60 (sessenta) dias consecutivos, o segurado será submetido à
perícia médica do PREVILUCAS. Lembrando que o inicio do afastamento do trabalho do
segurado será determinado com base em atestado médico.

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SALARIO FAMILIA - será pago ao segurados com salário mensal de até R$ 623,44, para
auxiliar sustento dos filhos de 14 anos incompletos ou inválidos. (Observação: São equiparados
aos filhos, os enteados e os tutelados que não possuem bens suficientes para o próprio sustendo).
De acordo com a Medida Provisória nº. 182, de 29/09/2004, o valor do salário-família será de R$
21,27, por filho de até 14 anos incompletos ou invalido, para quem ganhar até RS 414,78. Para o
trabalhador que receber de R$ 414,79 até 623,44 o valor do salário-família por filho de até 14
anos incompletos ou inválidos, será de R$ 14,99.

SALARIO MATERNIDADE - Será concedido á segurada gestante, durante cento e vinte dias
consecutivos, com inicio vinte e oito dias antes e término noventa e um dias depois do parto.

BENEFICIOS GARANTIDOS ASO DEPENDENTES:


a) Pensão Por Morte – será concedido ao conjunto dos dependentes a partir do dia do
óbito, decisão judicial, no caso de declaração de ausência ou ocorrência do desaparecimento do
segurado por motivo de acidente, desastre ou catástrofe, mediante provas, que será igual ao valor
dos proventos do servidor falecido, observado o disposto no § 1º, do art 12 da lei 906/2002.
b) Auxilio Reclusão - consistirá numa importância mensal concedida aos dependentes
do segurado recolhido `a prisão.

O TEMPO ANTERIOR AO DE CONCURSO SERA SOMADO PARA


APOSENTADORIA
Desde que comprovado, com certidão de tempo de contribuição. Os comprovantes deverão ser
entregues na secretaria do PREVILUCAS, no prédio da Prefeitura Municipal.

RECURSOS

OS RECURSOS FINANCEIROS DO PREVILUCAS SÃO APLICADOS EM BANCOS,


DE ACORDO COM A LEGISLAÇAO VIGENTE.

SALDO DISPONIVEL EM 31/09/2005:


- Em 31.09.2005, valor disponível R$ 8.778.433,80, sendo:
R$ 3.342.811,91 na Caixa Econômica Federal (Sinop MT)
R$ 2.718.197,80 no Banco do Brasil
R$ 2.717.424,09 no Sicrediverde
Os valores acima estão aplicados em Renda Fixa e Fundos de Investimentos.

ORIGEM DO SALDO:

De acordo com art. 42 da lei 906/2002 e suas alterações, de modo a garantir o equilíbrio
financeiro e atuarial, na seguinte forma:

a) de uma contribuição mensal dos segurados efetivos, inativos e pensionistas definida na


avaliação atuarial igual a 11% (onze por cento) calculada sobre a remuneração de contribuição;

b) de uma contribuição mensal do Município, incluídas suas autarquias e fundações relativo


aos segurados efetivos, definida na avaliação atuarial igual a 11 % ( onze por cento) calculada
sobre a remuneração de contribuição dos segurados ativos;

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c) de uma contribuição mensal dos órgãos municipais sujeitos a regime de orçamento próprio,
igual à fixada para o Município, calculada sobre a remuneração de contribuição dos segurados
obrigatórios;

d) de uma contribuição mensal dos segurados que usarem da faculdade prevista no art. 6º,
correspondente a sua própria contribuição, acrescida da contribuição correspondente à do
Município;

e) pela renda resultante da aplicação das reservas;

f) pelas doações, legados e rendas eventuais;

g) por aluguéis de imóveis, estabelecidos em Lei;

h) - dos valores recebidos a título de compensação financeira, em razão do § 9º do art. 201 da


Constituição Federal.

ESTRUTURA ADMINISTRATIVA PREVILUCAS EM 2005:

01 Diretor Executivo
10 Membros do Conselho Curador (c/ mandato de dois anos)
05 Membros do Conselho Fiscal, sendo 02 suplentes (c/ mandato de dois anos).

Diretor Executivo: Rudimar Paulo Rubin

Conselho Curador:
Aparecido Vilson Koval (nomeado pelo prefeito)
Maria Aparecida Marin Rossato (nomeado pelo prefeito)
Jiloir Augusto Pelicioli (nomeado pela câmara)
Pedro Fernandes de Góes (nomeado pela câmara)
José Dário Munhak (eleito)
Antônio João Vianna da Silva (eleito)
Ronaldo Aparecido Barbosa (eleito)
Lucélia Regina Rodrigues (eleita)
Alexandre Lomba de Oliveira (eleito)
Joni César Bobato (eleito)

Conselho Fiscal: (todos eleitos)


Sandra Maria Tombetta Pedraça
Elizangela Gonçalves da Costa
Elizabete Teixeira dos Santos Oka
Maria alice Aguirre Azambuja
Carlos Antunes Rodrigues

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CONTROLE INTERNO

HISTÓRIA DO CONTROLE INTERNO E SUA ADOÇAO PELOS


MUNICÍPIOS

Segundo alguns pesquisadores concluíram que a palavra controle deriva


da expressão contrôle e provém da França, quando, no século XVII, já significava
o poder ou o ato de controlar, averiguar, verificar etc.
Lopes de Sá, ao tratar desse tema assim se expressa.

BIBLIOGRAFIA:

CONSTITUIÇÃO FEDERAL de 5 de outubro de 1988 – Câmara dos Deputados.

LRF fácil – Guia Contábil da Lei de Responsabilidade Fiscal – CFC- Conselho Federal de
Contabilidade.

MACHADO JR.-J. Teixeira e Heraldo da Costa Reis – A Lei 4.320- comentada – Ed. IBAM.

MEIRELLES, Hely Lopes. Direito Administrativo Brasileiro 26ª Ed. São


Paulo:Malheiros,2002.

MEIRELLES, Hely Lopes. Licitação e Contrato Administrativo. 13ª Ed. São


Paulo:Malheiros,2002.

ARAÚJO, Inaldo; ARRUDA, Daniel. Contabilidade Pública:Da Teoria À Prática. São


Paulo:Saraiva.2004

PIRES, João Batista Fortes de Souza. Contabilidade pública. 7.ed. Brasília : Franco & Fortes,
2002.

CRUZ, F.da; GLOK,J.O.Controle Interno nos Municípios.2ª ed. São Paulo: Atlas, 2006.

FONTES DE PESQUISA NA INTERNET

Educação Fiscal/PNEF http://www.educaçaofiscal.gov.br

Ministério da Fazenda –Tesouro Nacional http://www.tesouro.fazenda.gov.br

Secretaria da Receita Federal http://www.receita.fazenda.gob.br

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