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Qualidade de

colheita Mecanizada

Safra 2016/2017
Segurança
Qualidade
Produdividade
02
11
Tipos de perdas
Tipos de perdas de cana
• As perdas de cana durante a colheita podem
ser classificadas em visíveis e invisíveis. As
perdas visíveis são aquelas que podem ser
detectadas no campo e ocorrem na forma de
cana inteira, toco, tolete , pedaço, colmo,
colmo agregado, agregado ao ponteiro,
estilhaço e lascas de cana e são facilmente
identificadas e coletadas no campo
Tipos de perdas de cana
• Outra parcela de cana é perdida na colheita
mecanizada, chamada de perdas invisíveis
• que ocorrem na forma de caldo, serragem e
pequenos estilhaços, durante o
processamento interno da matéria-prima na
colhedora, devido aos impactos mecânicos
dos sistemas de corte, picagem, transporte e
limpeza.
Perdas visíveis
• As perdas visíveis estão associadas à operação da
colheita que envolve treinamento dos profissionais,
velocidade da colhedora compatível com o estado do
canavial e em sincronismo com o trator transbordo,
situação dos equipamentos da colhedora,
principalmente facas de corte de base e dos facões
do rolo picador, rotação do extrator primário da
colhedora, altura da carga, altura de corte de base,
manutenção do equipamento, desponte, horário da
colheita, a variedade da cana, altura de carga, etc.
Metodologia de amostragem
• Na área demarcada, as sobras de cana são
coletadas e os componentes são
• separados e pesados da seguinte forma: cana
inteira, pedaços de cana, lascas,
• toletes, toco e cana ponta (cana agregada ao
ponteiro).
Aspecto visual da área após a coleta do
material
Perdas visíveis
-Toco: Parte do colmo agregado na touceira
entre 3 a 30 cm.
- Agregado na touceira: Toda parte do colmo
presa na touceira. Até 3 cm é aceitável e não se
caracteriza perda. Acima de 3 cm de toco
caracteriza perda.
Perdas visíveis
Toco
Causas
• Copiador de solo inoperante ou desregulado
• Desuso do copiador
• Faltas de facas ou facas muito gastas no corte
de base
• Nivelamento da superfície do solo inadequada
com depressão na fileira
• Excesso de velocidade
• Centralização inadequada da colhedora de cana
na fileira da cultura.
Perdas visíveis
• -Pedaço: Toda parte de colmo solto menor
que 1,50 metro.
causas
• Excesso de velocidade;
• Falta de facas ou facas excessivamente gastas no
corte de base;
• Nivelamento da superfície do solo inadequada;
• Divisor de fileiras atuando muito alto;
• Falta de sapata flutuante, ou regulada muito alta;
• Falta de chapa defletora;
• Falta de aletas ou aletas excessivamente gastas no
corte de base
Perdas visíveis
-Colmo: Toda parte de colmo solto maior que
1,50 metro.
causas
• Nivelamento da superfície do solo inadequado com depressão;
• Falta de paralelismo da linha da cultura;
• Divisor de fileiras atuando muito alto;
• Centralização inadequada da colhedora na fileira de cana;
• Falta de sapata flutuante, ou regulada muito alta;
• Falta de chapa defletora;
• Falta de aletas no corte de base;
• Falta de facas ou facas excessivamente desgastadas no corte de base;
• Corte de base operando excessivamente alto;
• Ângulo de ataque do corte de base muito pequeno;
• Desuso do cortador lateral no caso de canas de alta produtividade;
• Falta de fileteamento ou fileteamento gasto do disco de corte de base;
• Rolo levantador bloqueado por terra, palha ou plantas daninhas;
• Excesso de velocidade.
Perdas visíveis
- Agregado no ponteiro: Pedaços de colmo agregado ao
ponteiro. Para separar cana ponta do ponteiro, deve-se romper
o colmo no ponto de quebra, desprezando então o ponteiro na
quantificação.
causas
• Regulagem inadequada da altura do
despontador.
• Excesso de velocidade
Perdas visíveis
-Rebolo (tolete): Toda parte do colmo que foi cortado
nos dois extremos pelos facões dos rolos picadores.
causas
• Rebolos isolados encontrados nas duas fileiras atrás da que
está sendo colhida (entre a fileira que está sendo colhida e a
do transbordo):
• Excesso de palha, que acarreta queda de rebolo durante seu
transporte na esteira do elevador;
• Tensionamento inadequado da corrente do elevador que
com folga excessiva, arrasta rebolo entre a talisca e o fundo
do elevador e o derruba na parte inferior do elevador;

Deformação ou buraco no assoalho do elevador;


Talisca excessivamente gasta;
Ângulo da chapa defletora inadequado
causas
• Rebolos em montes:
• Queda do compartimento de carga do
transbordo por excesso de carga;
• Rebolos em fileiras:
• Falta de sincronismo entre transbordo e
colhedora;
• Distância inadequada entre transbordo e
elevador da colhedora.
causas
• Rebolos isolados encontrados na fileira que
está sendo colhida:
• Falta de borracha lançadora, borracha
lançadora rasgada/gasta
• Rolo lançador impregnado de terra
• Borracha defletora do cesto danificada
Perdas visíveis
- Estilhaço (lascas): toda parte do colmo estilhaçado pela pá dos extratores
(desfibrados)
• Pedaços lascados: Todos os pedaços de colmo que foram estilhaçados e
não passaram pelo extrator primário
causas
• Estilhaço:
• Excesso de rotação no extrator primário;
• Rolo levantador bloqueado;
• Falta de aletas ou aletas desgastadas;
• Facões dos rolos picadores com desgaste excessivo ou
com dano no gume de corte que não conseguem picar
a folhas;
• Regulagem inadequada da chapa defletora;
• Comprimento do rebolo inadequado (cana de reduzido
diâmetro deve ter rebolo mais longo).
Perdas visíveis
• Cisalhamento irregular:
• Falta de sincronismo entre os facões dos rolos
picadores;
• Facões excessivamente gastos, com dentes ou
quebrados.
Perdas invisíveis:
• A denominação “perdas invisíveis” se deve ao fato
destas serem difíceis de serem identificadas e
principalmente quantificadas no campo. A magnitude
das perdas invisíveis é função de vários parâmetros,
dentre os quais merecem maior destaque: estado das
facas dos discos de corte de base e facão picador; tipo
de lâmina do corte de base ou modelo de facão picador
(síncrono ou rotativo); velocidade de rotação dos
extratores; tamanho do tolete; variedade de cana
(propriedades físicas); tipo de colheita (com ou sem
queima), e modelo de colhedora.
Perdas invisíveis
Caldo Serragem

Estilhaço
Pisoteio das fileiras da cultura
• Principais evidências de pisoteio nas fileiras
da cultura
• A – Existência de rastro de pneus ou colmos
agregados na touceira amassados pelos
pneus nas fileiras avaliadas e

• B – Trator ou transbordo trafegando sobre a


fileira da cultura.
Principais causas que se responsabilizam
pelo pisoteio
• A – Desalinhamento dos pneus do trator de reboque com
o transbordo (deve estar alinhado em pelo menos um dos
lados);

• B – Distância externa das rodas do trator ou do


transbordo incompatível com o espaçamento das fileiras
da cultura e

• C – Falta de espelhos retrovisores dos dois lados do trator


devidamente regulados para se enxergar os dois lados do
transbordo.
pisoteio

Colheita mecanizada e manual


Erradicação de rizomas ou touceiras
• Principais evidências da erradicação de rizomas
ou touceiras:
• Local da avaliação:
• No solo, nos passos percorridos nas fileiras avaliadas;
• Na carga;
• Na saída da cana no elevador.
• A – Presença de raízes, rizomas ou touceiras na
superfície do solo na área colhida e
• B – Presença de rizomas ou touceiras na carga.
Principais causas que se responsabilizam pela erradicação de
rizomas ou touceiras
• A – Controle automático do corte de base inoperante, ou desregulado;

• B – Desuso do controle automático do corte de base/vazamento interno dos


cilindros de suspenção.

• C – Nivelamento inadequado da superfície do solo com depressão na rua da


cultura;

• D – Excesso de velocidade e falta da regua do corte de base.

• E – facas do corte de base excessivamente gastas.

•Falta de facas ou facas excessivamente gastas no corte de base;


Impurezas mineral e vegetal

Excesso de palha no elevador


Impurezas mineral e vegetal
• A carga resultante da colheita mecanizada
deveria ser composta apenas de cana. No
entanto, ela apresenta também outros materiais
• indesejados, denominados impurezas que podem
ser de duas origens: mineral e vegetal. A presença
desse material na carga causa interferência no
processo de fabricação de açúcar e álcool,
causando desgastes em equipamentos e
interferindo na qualidade do produto final.
Impurezas mineral
• A impureza mineral é composta por terra e
pedriscos e a vegetal compõe-se de
• palha e ponteiros vindos da matéria prima. A
impureza mineral é extremamente danosa à
indústria. Causa desgaste excessivo
• em inúmeros equipamentos industriais por abrasão,
aumenta a perda de sacarose,
• aumenta as paradas da usina pelo desgaste, quebras
de equipamentos e exige
• mudanças no processo.
Impurezas vegetal
• A impureza vegetal resulta em menor peso
de carga no transporte e menor eficiência de
extração de caldo por parte da indústria.

Palha na carga Areia


Matéria estranha mineral na matéria
prima
• Mobilização do solo na fileira da cultura;
• Cordão de terra na fileira da cultura;
Matéria estranha mineral
• Terra impregnada nas laterais do elevador;
Matéria estranha mineral
• Terra na parte interna da cúpula dos
extratores primário e secundário;
Matéria estranha mineral
• Terra nos rolos picadores
Matéria estranha mineral
• Terra no rolo lançador e na saída da caixa dos rolos;
• Sulco provocado pelo divisor de fileiras;
• Terra no rolo levantador;
• Divisor de fileira impregnado de terra.
Principais causas que se responsabilizam por elevados
teores de matéria estranha mineral na matéria-prima:

• CACB ou CICB inoperante, ou desregulado;


• Desuso do controle automático do corte de base;
• Nivelamento inadequado da superfície do solo com cordão de
terra ou torrões na fileira da cultura;
• Rolo levantador impregnado de terra;
• Sapata flutuante operando excessivamente baixa;
• Velocidade inadequada do extrator primário (baixa);
• Divisor de fileira operando excessivamente baixo;
• Excesso de velocidade.
Impurezas vegetal
• Na saída da cana do elevador;
• No elevador da colhedora
• Na saída do extrator secundário
Principais evidências de excesso de matéria
estranha vegetal
• Presença de palha ou cana (cana linguiça) parcialmente picadas presa no elevador;
• Visualização de palha saindo junto com os rebolos no elevador da colhedora;
• Visualização de excesso de palha na carga do transbordo, semirreboque e
reboque canavieiro (não se observa com facilidade os rebolos);
• Visualização de grande quantidade de palha sendo removida pelo extrator
secundário;
• Visualização de excesso de palha durante o transbordamento;
Principais causas que se responsabilizam por elevados teores de
matéria estranha vegetal na matéria-prima:

• Baixa rotação do extrator primário;


• Desgaste excessivo das pás dos extratores primário e secundário;
• Falta de sincronismo dos facões dos rolos picadores;
• Desgaste excessivo ou danos nos gumes de corte dos facões dos rolos
picadores
• Comprimento inadequado do rebolo (quanto menor picar mais limpa);
• Excesso de velocidade;
• Corte de base operando excessivamente baixo (palha impregnada de terra é
mais difícil de ser removida).
Facões e Pá do segundário gastos
Impactos em equipamentos indústrias
Desgaste em tubos de caldeira

Desgaste de Bombas
Impactos em equipamentos indústrias

• Desgaste em Válvula Acúmulo de terra


Impactos em equipamentos indústrias

• Desgaste na mesa alimentadora BUCHA NA MOEGA


Impactos em equipamentos indústrias
• Desgaste dos martelos do picador Desgaste dos rolos de moenda
Falta de Manutenção
Falha Operacional
Analise da área colhida
Analise da área colhida
Analise da área colhida
Perdas em Excesso
Analise da área colhida

Perdas controladas
Obrigado

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