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Por que feminismo negro?
O que querem as mulheres?
Falta de espaço político;
Espaços secundarizados no movimento negro;
Centenário da abolição em 88;
Algumas considerações
Fruto do encontro do movimento negro e do movimento
feminista.
Generificação da raça e racialização do gênero
Por que feminismo negro?
O movimento feminista negro faz surgir um sujeito
histórico e objeto de teórico (aquele que produz
conhecimento);
Algumas considerações
Essa prática teórica será também será uma prática política:
descontrução do corpo da mulher negra como espaço
público, abjeto, destituído de mente e desejos = o corpo
que pode ser violado.
Crenshaw (1991): opressões múltiplas – violência sexual, mercado
de trabalho;
Discurso liberal: homogeneização das diferenças;
Identidade como empoderamento social;
Opressão e Importância de incorporar às identidades as diferenças grupais;
Angela Davis
Por outro lado, também revela um distanciamento da realidade vivida pela
mulher negra ao negar toda uma história feita de resistências e de lutas, em que
essa mulher tem sido protagonista graças à dinâmica de uma memória cultural
ancestral – que nada tem a ver com o eurocentrismo desse tipo de feminismo”
O conceito da divisão sexual e racial do trabalho subsidia a análise sobre a
exploração e dominação das mulheres na sociedade capitalista. Historicamente,
as mulheres têm-se dedicado às “práticas invisíveis” (SOUZA-LOBO et al.,
1986) da história, ao trabalho cotidiano, feito longe das esferas de poder,
representado pela política e pelo Estado, e inseridas de forma contraditória e
Raça, classe e e gênero: subalterna no mercado de trabalho, contudo, esse trabalho invisibilizado é
indissociáveis
também essencial para a produção e reprodução objetivas dessa sociedade e,
portanto, sua marca está inscrita na história e na memória de grupos e
indivíduos, ainda que não nas versões oficiais. (DELGADO, 2017)
Não haverá libertação das mulheres em um modelo de sociedade que se
apropria do trabalho não pago, que coloca a vida acima do lucro, e que lucra
Raça, classe e e gênero: com o sangue e suor da classe trabalhadora, sobretudo das mulheres negras e
indissociáveis
periféricas e que expropria bens comuns e coletivos, retirando o direito à
dignidade humana, à terra para plantar e viver, à educação para construir
possibilidades de transformação da realidade, à cultura e à memória, que fazem
parte da nossa história de lutas e resistências
o reconhecimento das diferenças intragênero;
•o reconhecimento do racismo e da discriminação racial como fatores de
produção e reprodução das desigualdades sociais experimentadas pelas
mulheres no Brasil;
o reconhecimento dos privilégios que essa ideologia produz para as mulheres
A ação política das
do grupo racial hegemônico;
mulheres negras vem
o reconhecimento da necessidade de políticas específicas para as mulheres
promovendo:
negras para a equalização das oportunidades sociais;
o reconhecimento da dimensão racial que a pobreza tem no Brasil e,
consequentemente, a necessidade do corte racial na problemática da
feminização da pobreza;
o reconhecimento da violência simbólica e a opressão que a brancura, como
padrão estético privilegiado e hegemônico, exerce sobre as mulheres não
brancas.