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Licenciatura em Ensino

Primário
Teoria e Prática Testes em
Psicologia
SUMÁRIO:
CONSIDERAÇÕES BREVES E APRESENTAÇÃO
DA CADEIRA

Prof. Josué
Psicólogo Clínico Estevão
| Quadro do MINSA | Membro do Colegial de Dept. de Saúde Mental do Hospital
Provincial de Cuanza Norte, Dr. António Agostinho Neto | Chefe de Dept. Pós-graduação e Investigação do Hospital
Escola, Hospital Provincial de Cuanza Norte, Dr. António Agostinho Neto | Pesquisador do Instituto de Pesquisa e
Estudos Avançados (IPEA).
PAI

FILHA, 5 ANOS
TIO

MÃE
ALUNO, 7
ANOS MÃE PAI IRMÃ, 10 ANOS
Cada pintura, desenho e até os rabiscos revelam as projecções das crianças. As análises infantis demonstram sempre
que, por trás do desenho, da pintura e da fotografia, esconde-se uma actividade inconsciente muito mais profunda.
Infelizmente, a maior parte dos adultos tem o desenho como algo sem valor, sem necessidade, uma perda de tempo.
Contudo, o desenho é, portanto, um recurso técnico capaz de auxiliar estudiosos e clínicos, devido ao seu valor
expressivo, projectivo, narrativo e prático. Faça a interpretação minunciosa do presente desenho feito por um
rapaz (criança) de 9 anos de idade.
Uma menina de 10 anos de idade, com
histórico de bom desempenho académico e
boas relações com os colegas, foi conotada
pela sua professora de que, ao presente ano
lectivo, vem demostrando afastamento dos
demais colegas, com distração e baixo
redimento escolar.

Sempre questionada sobre se passa-se


alguma coisa, triste, aluna apresenta
mutismo selectivo. Numa das actividades
escolares, a professora solicita que os alunos
façam um desenho a seu critério, a sua
supresa, eis o desenho da aluna.
Os país notam sua filha a fugir do
tio de 19 anos de idade que veio
morar em casa. Quando está o vê,
chora, esconde-se muitas vezes
nos cantos de casa e nalgumas
vezes por baixo da cama.

Para “ajudar” sanar a situação


PA
devessem passar mais tempos
I juntos e “habituarem-se”, os pais
decidem que seu tio, perto da hora
15h:00 devesse passar para pegar-
la na creche devido a
impossibilidade dos país que
chegam do serviço perto da hora
FILHA, 5 ANOS
TI 20h:00 (um dos motivo pelo qual
O vivem juntos há 18 meses).

Ao final do seu ciclo pré-escolar,


na creche, a menina de 5 anos de
idade, que reside com os seus pais
MÃE
e o tio, entrega à sua Educadora
Infantil o desenho ao lado. Faça a
Terminado o tempo de aulas,
começou a cair chuvas fortes e com
relâmpagos que durou 1h:20 min,
mas para gerir o tempo enquanto
caia a chuva e para entreter os
alunos, um renomado professor do
Ensino Primário solicita aos seus
educandos que façam Desenho de
suas Famílias.

Chamando-o atenção um estudante


tímido, de 7 anos que pouco fala
entrega 20 minutos depois o
presente desenho. Tendo dúvidas e
querendo compreender a estrutura e
funcionamento da família desse
aluno, leva para seus colegas da
Universidade do Ensino Primário,
de forma minunciosa fazerem a ALUNO, 7
ANOS PAI IRMÃ, 10 ANOS
interpretação. MÃE
Licenciatura em Ensino
Primário
Teoria e Prática Testes em
Psicologia
SUMÁRIO:
CONSIDERAÇÕES BREVES E APRESENTAÇÃO
DA CADEIRA

Prof. Josué
Psicólogo Clínico Estevão
| Quadro do MINSA | Membro do Colegial de Dept. de Saúde Mental do Hospital
Provincial de Cuanza Norte, Dr. António Agostinho Neto | Chefe de Dept. Pós-graduação e Investigação do Hospital
Escola, Hospital Provincial de Cuanza Norte, Dr. António Agostinho Neto | Pesquisador do Instituto de Pesquisa e
Estudos Avançados (IPEA).
1. Competências
Ao concluir com sucesso a disciplina de Técnicas e Prática de Testes em Psicologia, os
estudantes serão capazes de:

• Fundamentar bases sólidas de conhecimentos em relação as diferenças


existentes, quanto a determinada característica, entre diversos sujeitos, ou então o
comportamento do mesmo indivíduo em diferentes ocasiões – diferença inter e
intra – individual, respectivamente.

• Fomentar as competências necessárias para o aperfeiçoamento da


prática de diagnóstico e avaliação psicológica.
2. Objectivos de Cadeira

1
Sensibilizar os alunos para a importância da
Psicometria como uma área de interesse
que é transversal às diferentes áreas da
2 3
Psicologia e dotá-los de conhecimentos Promover o desenvolvimento de Proporcionar algum contacto com
para a validação de escalas e testes. competências relativas ao processo de testes de diferentes tipos e seu
elaboração, validação e aferição dos processo de cotação e correcção.
testes.
3. Conteúdos Programáticos

UNIDADE I - CONCEITOS GERAIS

** Psicometria: definição
** O campo de referência da Psicometria
** A relação da Psicometria com as diferentes áreas da
Psicologia
UNIDADE II - OS TESTES PSICOLÓGICOS
** Aspectos históricos relativos ao aparecimento dos testes
** Definição de teste como instrumento padronizado de medida
** Vantagens do uso de instrumentos padronizados de medida.

** Vantagens dos testes em relação a outros processos


de avaliação.
** Classificação dos testes.
Testes de máxima performance, testes de resposta típica
e provas projectivas
** Outras classificações possíveis

Diferentes tipos de testes


** Testes de personalidade: questionários
unidimensionais, multidimensionais e inventários

** Questionários de interesses e valores

** Testes sensoriais e psicomotores


Considerando sobre os
testes
** Noção de standartização e aferição
** Questões éticas e deontológicas colocadas ao uso dos testes
** Regras de administração de testes
** Estudo psicométrico de uma escala
** Consulta e análise crítica ao manual dum teste
3. Sistema Específico de
Avaliação
3. Sistema Específico de
Avaliação
A avaliação dos resultados obtidos do estudante é calculada pelas
fórmulas subsequentes: MP= (P1 + P2)/2

P1: Primeira Prova Parcelar.


P2: Segunda Prova Parcelar
MP: Média Parcelar.

NF = MP*40% + Exame *60%


Exame: Exame Final
NF: Nota Final
3. Sistema Específico de
Avaliação

1.º É considerado 2.º Fica reprovado na 3.º Fica dispensado na


aprovado o estudante disciplina o estudante 4.º O estudante reprova
que obtenha o mínimo disciplina o estudante
que não obtiver o na disciplina com nota
de 10 (dez) valores mínimo de 10 (dez) que obtiver o valor igual
conforme a fórmula a inferior a 7 (sete) valores.
valores. ou superior a 14 valores.
cima indicado.
6. Bibliografia Base
ABERASTURY, A. (1992). Psicanálise da criança. Teoria e técnica. 8. ed. Porto Alegre: Artes
Médicas,. 287 p. Estratégias de diagnóstico e avaliação psicológica 139 Psicologia: Teoria e Prática
– 2007, 9(2):126-141

AFFONSO, R. M. L. A. (2005) Importância da epistemologia no ensino da avaliação psicológica


no processo psicodiagnóstico. Avaliação Psicológica, v. 4, n. 2, p. 183-193,.

ALCHIERI, J. C.; BANDEIRA, D. R. (2002). Ensino da avaliação psicológica no Brasil. In:


PRIMI, R. (Org.). Temas em avaliação psicológica. Campinas: Impressão Digital do Brasil, p. 35-
39.
7. Bibliografia
Complementar:
ALVES, I. C.; ALCHIERI, J. C.; MARQUES, K. (1984) Contexto geral do diagnóstico
psicológico. In: TRINCA, W. et al. Diagnóstico psicológico. A prática clínica. São Paulo: EPU, p.
1-13.

______. Psicodiagnóstico: processo de intervenção? In: ANCONA-LOPEZ, M. (Org.)


Psicodiagnóstico: processo interventivo. São Paulo: Cortez 1995. p. 65-114.

______. Panorama geral do ensino das técnicas de exame psicológico no Brasil. In: I Congresso
de Psicologia Clínica. 2001, São Paulo. Anais... São Paulo: Universidade Presbiteriana
Mackenzie, 2001. p. 10-11.

______. As técnicas de exame psicológico ensinadas nos cursos de graduação


de acordo com os professores. Psico-UFS, v. 7, n. 1, p. 77-88, 2002.
ANCONA-LOPEZ, M.(Org.). Psicodiagnóstico: processo interventivo. São
Paulo: Cortez, 1995.
______. Características da clientela de clínicas escola de psicologia em São
Paulo. In : MACEDO, R. M. (Org.). Psicologia e instituição: novas formas de
atendimento. São Paulo: Cortez, 1984, p. 24-46.
7. Bibliografia
Complementar:
ANDRIOLA, W. B. (1996). Avaliação psicológica no Brasil: considerações a respeito da formação
dos psicólogos e dos instrumentos utilizados. Psique, v. 6, n. 8, p. 98-108.
ARZENO, M. E. G. (2003) Psicodiagnóstico clínico. 2. ed. Porto Alegre: Artes Médicas, 151 p.
CAPITÃO, C. G.; SCORTEGAGNA, S. A.; BAPTISTA, M. N. A (2005) importância da avaliação
psicológica na saúde. Avaliação Psicológica, v. 4, n. 1, p. 75-82,.
COMTE, A. Curso de filosofia positiva. São Paulo: Abril, 1973. v. XXXIII (Coleção Os
Pensadores).

CUNHA, J. A. (2000) Psicodiagnóstico – V. 5. ed. Porto Alegre: Artes


Médicas, 677 p.
CUPERTINO, C. M. B. (1995) O psicodiagnóstico fenomenológico e os
desencontros possíveis. In: ANCONA-LOPEZ, M. (Org.). Psicodiagnóstico:
processo interventivo. São Paulo: Cortez, p. 135-178.
CUSTÓDIO, E. M. O (1995). Ensino das técnicas de exame psicológico.
Boletim de Psicologia, v. XLV, n. 102, p. 27-34,.
7. Bibliografia
Complementar:
FÉRES-CARNEIRO, T.; LO BIANCO, A. C. (2005). Psicologia clínica: uma
identidade em permanente construção. In: YAMAMOTO, O. H.; GOUVEIA,
V. V. (Org.). Construindo a psicologia brasileira: desafios da ciência e prática
psicológica. São Paulo: Casa do Psicólogo,. p. 99-119.
FIGUEIREDO, L. C. (2004.) Revisitando as psicologias. Da epistemologia à
ética das práticas e discursos psicológicos. 3. ed. Petrópolis: Vozes,. 183 p.
FREITAS, F. A; NORONHA, A. P. P. (2006) Inteligência emocional e
avaliação de alunos e supervisores: evidências de validade. Psicologia: Teoria
e Prática, São Paulo, v. 8, n. 1, p. 77-93,.
Thank you! Muito
Licenciatura em Ensino
Primário
Teoria e Prática de Testes em
Psicologia
SUMÁRIO: UNIDADE I - CONCEITOS GERAIS
** PSICOMETRIA: DEFINIÇÃO E SUA HISTÓRIA
** O CAMPO DE REFERÊNCIA DA
PSICOMETRIA
Prof. Josué
Psicólogo Clínico Estevão
| Quadro do MINSA | Membro do Colegial de Dept. de Saúde Mental do Hospital
Provincial de Cuanza Norte, Dr. António Agostinho Neto | Chefe de Dept. Pós-graduação e Investigação do Hospital
Escola, Hospital Provincial de Cuanza Norte, Dr. António Agostinho Neto | Pesquisador do Instituto de Pesquisa e
Estudos Avançados (IPEA).
Psicometria: Definição e História
Psicometria (do grego psyké, alma e metron, medida, medição) é uma área da Psicologia que faz vínculo
entre as ciências exactas, principalmente a matemática aplicada com foco específico na Estatística, dessa
forma assumindo o modelo quantitativista em Psicologia.

Sua definição consiste no conjunto de técnicas utilizadas para mensurar, de forma adequada e
comprovada experimentalmente, um conjunto ou uma gama de comportamentos, ou construtos
(também chamados de variáveis latentes) que não podem ser observados diretamente, com o
intuito de obter informações sobre o funcionamento de um determinado sujeito.

Exemplos desses construtos seriam inteligência, personalidade, atenção, satisfação com o


trabalho e etc.
O início da medida em Psicologia
A evolução da pesquisa científica baseada no cálculo em Psicologia é pouco
incerto em sentido estrito, porém sabe-se que (sir) Francis Galton (1822-
1911) - Primo de Charles Darwin - foi o fundador do primeiro laboratório
voltado às medições antropométricas, em Londres, no ano de 1884. "Ele
entendia que a discriminação sensorial era a base do desempenho
intelectual, e que medidas adequadas, neste sentido, seriam capazes de
indicar diferenças entre os mais e os menos capazes"

Entre as pesquisas que Galton fez, constam na lista: altura, peso, envergadura do
palmo, capacidade respiratória, força, rapidez de reação, agudeza sensorial da vista
e do ouvido, além de chegar a mensurar a quantidade de bocejos emitidos
durante uma orquestra para relacionar ao tédio do público.
Hermann Ebbinghaus (1850-1909), no ano de 1885, começa os primeiros estudos
experimentais sobre a memória. Ao final de seu experimento, Ebbinghaus tinha formulado
coeficientes sobre como se dá a aquisição de memória a partir de um conjunto de letras
ordenadas de forma não-lógica.

No Reino Unido, Galton conheceu James McKeen Cattell (1860-1944) e, juntos,


formularam, pela primeira vez, provas que consistiam em medidas de discriminação
sensorial, de tempo e de reacção. Estas provas, para Cattell, proporcionaria conhecer a
inteligência de quem a fizesse.
O primeiro teste de inteligência para diferenciar crianças retardadas e crianças normais em seus
mais variados graus, teriam surgido com o francês Alfred Binet (1857-1911) e seu parceiro
Théodore Simon desenvolveram, a pedido da comissão francesa para a investigação dos interesses
da educação.

Esta escala de classificação tem sua data de origem em 1905 e, desde


então, sofreu diversas modificações na sua origem e no seu nome.
Atualmente, apesar das variações (L-M, por exemplo), ele é conhecido
como Teste Stanford-Binet de Inteligência.
Thank you! Muito

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