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PIRATARIA

ISPS
Siem Marataízes
Diferença entre Pirataria e Roubo
Armado Contra Navios

 Ordinariamente, utiliza-se o termo pirataria de


forma genérica, para todos os tipos de roubos e
pilhagens realizados contra navios ou
embarcações perpetrados no mar. Entretanto o
termo pirataria no Direito Internacional possui
características que o distinguem e o
diferenciam do roubo armado contra navios.
PIRATARIA
 Constituem pirataria quaisquer dos seguintes atos:
 a) Todo ato ilícito de violência ou de detenção ou todo ato
de depredação cometidos, para fins privados, pela
tripulação ou pelos passageiros de um navio ou de uma
aeronave privados, e dirigidos contra:
 i) um navio ou uma aeronave em alto mar ou pessoas ou
bens a bordo dos mesmos;
 ii) um navio ou uma aeronave, pessoas ou bens em lugar
não submetido à jurisdição de algum Estado;
 b) todo ato de participação voluntária na utilização de um
navio ou de uma aeronave, quando aquele que o pratica
tenha conhecimento de fatos que dêem a esse navio ou a
essa aeronave o caráter de navio ou aeronave pirata.
Roubo Armado Contra Navios
 Roubo armado contra navios significa qualquer
dos seguintes atos: 1. qualquer ato ilegal de
violência ou de detenção ou qualquer ato de
depredação, ou ameaça, que não seja um ato de
pirataria, para fins privados, e dirigidos contra
um navio ou contra pessoas ou bens a bordo
desses navios, dentro de águas interiores de
um Estado, águas arquipelágicas e no mar
territorial.
Ataques na Somália despertam temor de que a ameaça pirata tenha voltado
Os piratas voltaram?

 Depois de anos de tranquilidade nos mares,


viagens sem interrupções e ausência de ataques
graves, piratas somalis capturaram quatro navios
no mês passado, o que desperta o temor de que a
ameaça da pirataria esteja de volta ao Oceano
Índico.
 Um navio de carga de bandeira paquistanesa, que
transporta alimentos, foi tomado ao largo da costa
central da Somália, anunciaram as autoridades
somalis na terça-feira, apenas alguns dias depois
que piratas capturaram um cargueiro indiano e o
conduziram um infame covil.
ISPS - PIRATARIA
 Os piratas atacam praticamente qualquer coisa que flutue –
iates, navios de carga, dhows [navios a vela tradicionais
árabes], veleiros, superpetroleiros e até mesmo um navio da
marinha de guerra dos Estados Unidos.
 Analistas dizem que diversos fatores vêm favorecendo o
ressurgimento da pirataria, entre os quais seca, fome,
corrupção, uma alta no contrabando de armas e a influência
do Estado Islâmico.
 Todos os ataques recentes, entre os quais a tomada de um
petroleiro no mês passado, parecem ter sido executados por
bucaneiros do centro da Somália ou de Puntland, uma
região semiautônoma no nordeste somali.
ISPS - PIRATARIA
 "Em muitas cidades costeiras, não há presença do
governo", "Você pode fazer o que bem quiser. Piratas e
quadrilhas de criminosos têm espaço, agora".

 De 2008 a 2012, aconteceram centenas de ataques, e os


piratas e aqueles que os financiam ganharam fortunas
com os resgates obtidos, ainda que. numerosos piratas
tenham morrido afogados. Havia até uma organização de
piratas chamada The Corporation, que teria supostamente
publicado um guia delineando um código de conduta
para os piratas.
 Com o tempo, as companhias de navegação aprenderam a
enfrentar a ameaça. Investiram na contratação de
seguranças pesadamente armados, que não hesitavam em
destruir os botes de fibra de vidro usados pelos piratas.
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 Ao mesmo tempo, uma coalizão de marinhas de guerra


estrangeiras reforçou as patrulhas na região,
ocasionalmente queimando US$ 1 milhão em
combustível a cada dia de navegação ao largo da
tortuosa costa somali, que se estende por três mil
quilômetros e é a mais longa da África continental.

 Organizações assistenciais também se envolveram na


questão, oferecendo alternativas aos milhares de jovens
que haviam se tornado piratas. Projetos de pesca foram
iniciados, e campanhas de educação profissional.
PIRATA ARMADO
próximo a navio taiwanês, em 2012
As autoridades somalis informaram que o cargueiro
indiano capturado na semana passada estava atracado à
espera do pagamento de um resgate, na região de El Hur,
na costa de Puntland, um conhecido covil de piratas. O
navio paquistanês carregado de comida também estava a
caminho da costa somali, ainda que seu destino não esteja
claro.

Em março, os piratas sequestraram um petroleiro e


detiveram temporariamente sua tripulação, do Sri Lanka,
antes de liberar o navio e os tripulantes sem impor
condições, informaram as autoridades somalis no
momento do incidente. Ainda naquele mês, piratas
atacaram um grande barco pesqueiro, com o plano de
usá-lo como base para sequestrar navios ainda maiores.
Depois de diversas temporadas de pouca chuva, a Somália está
à beira de uma onda de fome, e centenas de milhares de
pessoas estão perto de esgotar suas reservas de comida. "A
fome está levando as pessoas ao crime", disse Mubarak. "Está
fazendo com que muita gente saia à procura de alguma coisa".

Outros analistas disseram que mais e mais barcos pesqueiros


Internacionais não licenciados estavam operando nas águas da
Somália, atrapalhando os pescadores locais e possivelmente
levando alguns deles a recorrer à violência.

Os analistas dizem que a pirataria somali é, acima de tudo,


uma decisão de negócios. Mercadores ricos no centro do país e
em Puntland devem ter decidido que, depois de anos de
prejuízo, a pirataria em alto mar voltou a ser um negócio que
oferece a chance de enriquecer.
Mapa de Ataques - 2009

Mapa mostra ataques de piratas ocorridos (vermelho), tentaivas de ataques


(amarelo) e casos suspeitos (roxo) (Foto: Reprodução/IMB-ICC)
FIM

 GRATO PELA ATENÇÃO

 CMT JESUS
 SSO

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