ABISSAL: COMO UM SABER ECOLÓGICO Eunice Dias Rodrigues Bacharel em Ciências Humanas Pensamento pós-abissal – Ecologia dos Saberes:
■ Parte da ideia que a diversidade do mundo é totalmente
inesgotável e essa diversidade precisa de uma epistemologia adequada. ■ É um modelo que apresenta uma ruptura com os modelos ocidentais , tendo como condição de existência a copresença radical, sendo que esta abando a concepção linear da História, nos levando a uma nova forma de compreensão, ressaltando sobretudo, que conteporaneidade é simultaneidade, ou seja, agentes e ações são contemporâneos e iguais. Pensamento pós-abissal
■ Ruptura com as formas de pensamento e ação ocidentais:
pensamento não derivado do pensamento abissal; ■ Pensamento formado pela perspectiva “do outro lado da linha” – aprender com o Sul usando epistemologia do Sul. ■ Condições para o pensamento pós abissal: A) Co- presença radical: simultaneidade e contemporaneidade – abandono da concepção linear de tempo e, B) Abolição da guerra; PENSAMENTO PÓS-ABISSAL:
MONOCULTURA DA ECOLOGIA DOS
CIÊNCIA MODERNA SABERES ■ Conhecimento científico ■ Reconhecimento da pluralidade de conhecimentos heterogêneos Ecologia dos saberes e pensamento pós-abissal : ideia inesgotável de diversidade epistemológica do mundo.
Não existe uma unidade de conhecimento, como também não existe
uma unidade de ignorância. A ignorância não é apenas um ponto de partida, mas pode ser um ponto de chegada.
Nenhum conhecimento pode responder todas as questões possíveis no
mundo, todas as formas de conhecimento são incompletas. Não há conhecimento sem práticas e atores sociais, assim como diferentes tipos de relações originam diferentes epistemologias.
Portanto, a ecologia dos saberes abarca igualmente, as relações entre o
conhecimento científico e o não-científico, o qu amplia a intersubjetividade como conhecimento e vice-versa.
É próprio da natureza da ecologia de saberes constituir-se mediante
perguntas constantes e respostas incompletas. Aí reside sua característica de conhecimento prudente. A ecologia de saberes nos capacita a uma visão mais abrangente tanto daquilo que conhecemos como daquilo que desconhecemos, e também nos previne de que aquilo que não sabemos é ignorância nossa e não ignorância em geral. “A ecologia de saberes não concebe os conhecimentos em abstrato, mas como práticas de conhecimento que possibilitam ou impedem certas intervenções no mundo real. (...) A ecologia de saberes assenta na idéia pragmática de que é necessária uma reavaliação das intervenções e relações concretas na sociedade e na natureza que os diferentes conhecimentos proporcionam. Centra-se pois nas relações entre saberes, nas hierarquias que se geram entre eles, uma vez que nenhuma prática concreta seria possível sem essas hierarquias.”