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“Você vive hoje uma vida que gostaria de viver por toda a eternidade?”
(Friedrich Nietzsche)
LETALIDADE E VITIMIZAÇÃO
POLICIAL EM PAUTA
As polícias do Brasil mataram um total de 6.430 pessoas durante o serviço ou em
horário de folga em 2022. O número representa 17 vítimas de policiais por dia. Os
dados são do Anuário do Fórum Brasileiro de Segurança Pública, divulgado nesta
quinta-feira (20) e que tem como base as estatísticas oficiais registradas pelas
secretarias de segurança pública dos 26 estados e do Distrito Federal.
Com base no levantamento, policiais civis e militares foram responsáveis por 6.430
mortes decorrentes de intervenção policial -- nome técnico para quando se
envolvem em ações com mortes.
A estatística indica tendência de estabilidade ao ser comparada com os registros
feitos em 2021, quando agentes de segurança pública mataram 6.524 pessoas -
redução de 1,4% em 12 meses.
Juntos, Bahia e Rio de Janeiro (com 1.330 mortes) representam 43% de todas
as
mortes provocadas pelas polícias no Brasil.
Dados da 17ª Edição do Anuário de Segurança Pública referentes às mortes
de policiais civis e militares em 2022 disponibilizados pelas secretarias estaduais
de segurança pública mostra um cenário já observado nos anos anteriores:
policiais morrendo mais em confronto ou por lesão não natural na folga
(homicídios, latrocínios e/ou lesão corporal seguida de morte), depois por suicídio
e, por último, em confronto em serviço.
"É uma dor institucional quando nós perdemos uma vida. Qualquer que seja o
fato gerador dessa perda. Quando vem de um equívoco nosso, logicamente, ela
ainda é maior", disse Oliveira em uma entrevista coletiva em Brasília.
"Nós estamos fazendo não só um curso de reciclagem. Nós estamos fazendo um
estudo para mudança da doutrina de atuação da Polícia Rodoviária Federal.
Inclusive, já marcada para o próximo mês, uma audiência pública. Porque nós
queremos escutar a sociedade também, no redesenho dessa doutrina",
completou.
O diretor-geral ressaltou que a corregedoria da PRF investiga a conduta de
agentes que estiveram no hospital em que Heloisa ficou internada por seis dias
antes de morrer.
Ainda de acordo com o documento, a tia de Heloísa relatou que um dos policiais
que não participou do ocorrido apontou-lhe um projétil, e disse que aquele
projétil teria atingido o veículo deles.
O pai da criança disse que percebeu estar sendo seguido por uma viatura da
PRF e, quando estava quase parando o carro de maneira voluntária, os policiais
teriam começado uma série de disparos que atingiram Heloísa na cabeça.
A comissão será composta por 30 integrantes da PRF e deverá ser presidida pelo
diretor da Universidade da PRF, Fabrício Colombo.
O Ministério dos Direitos Humanos e o Ministério Público Federal também serão
convidados para participar do grupo de trabalho. Há ainda a previsão da
realização de uma audiência pública para receber sugestões da sociedade.
A Polícia Rodoviária Federal (PRF) concluiu o relatório disciplinar que apurava a
morte de Genivaldo de Jesus Santos, asfixiado por fumaça em uma viatura no
Sergipe, e recomendou a demissão dos policiais envolvidos no caso.
Ele foi abordado pelos agentes William de Barros Noia, Kleber Nascimento
Freitas e Paulo Rodolpho Lima Nascimento por não usar capacete enquanto
dirigia uma motocicleta.
Horas após dois policiais militares serem assassinados em um tiroteio em
Camaragibe, no Grande Recife, cinco pessoas de uma mesma família foram
mortas: o suspeito do crime, a mãe, a esposa e três irmãos dele
O Ministério Público de Pernambuco (MPPE) anunciou que vai apurar como se
deram os assassinatos dos dois policiais militares e de outras seis pessoas, todas da
mesma família, em Camaragibe, no Grande Recife, e Paudalho, na Zona da Mata.
Uma das vítimas transmitiu a própria morte ao vivo pelas redes sociais, enquanto
homens encapuzados atiravam nela e em dois irmãos.
O primeiro crime ocorreu por volta das 21h da quinta-feira (14). Segundo a
Secretaria de Defesa Social (SDS), a Polícia Militar recebeu um chamado do
disque-denúncia de que haveria pessoas armadas em cima de uma laje, no
bairro de Tabatinga, em Camaragibe.
Após chegar no local, dois policiais foram baleados na cabeça e morreram:
Às 11h do mesmo dia, Alex foi localizado em Tabatinga pela Polícia Militar. Ele
trocou tiros com o efetivo e foi morto. Dois policiais ficaram feridos, um no
pescoço e o outro, no braço.
O operação começou na sexta-feira (15), na região de Valéria, também na
capital, quando o policial federal Lucas Caribé e quatro suspeitos morreram em
confronto. Outros dois agentes (um da Polícia Federal e outro da Civil) ficaram
feridos.
O policial Lucas Caribé chegou a ser socorrido com os outros dois agentes
para o Hospital Geraldo Estado (HGE), na capital baiana, mas chegou à unidade
sem vida. Um dos policiais feridos passou por cirurgia no olho.
O porto natural protegido a baía de Aratu torna a cidade uma importante via de
escoamento de produção das indústrias locais. Simões Filho é cortada pela BR-
324 e BA-093, além de margeada pelas rodovias baianas BA-526 e BA-535.
Além de ser uma cidade industrial, Camaçari abriga famosas praias do Litoral
Norte da Bahia como Guarajuba, Arembepe, Jauá e Itacimirim, locais que
possuem casas de veraneio, mas também contam com fortalecimento do turismo
e redes hoteleiras.
Em maio, uma reportagem do jornal Folha de S.Paulo mostrou que uma facção
regional, a Bonde do Maluco (BDM), estava aliada ao Primeiro Comando da
Capital (PCC) e havia transformado uma ilha na Baía de Todos os Santos em um
ponto de logística de transporte, fornecimento e exportação de drogas e armas.
A empresa que ficaria responsável pelas câmeras do fardamento dos policiais da
Bahia foi desclassificada pela Secretaria de Segurança Pública do estado (SSP-
BA). A informação foi divulgada nesta terça-feira (12).
O crime que levou o trabalhador à prisão foi cometido em 2012, por outra pessoa.
O verdadeiro criminoso foi preso em flagrante e usou o nome do vigilante e as
próprias digitais para se identificar. Este homem foi solto em 2013, e depois
condenado a cinco anos e quatro meses de prisão.
Com isso, um mandado de prisão foi inserido no sistema, com o nome do
trabalhador. Na época em que o vigilante foi preso, a SSP-BA disse que as
câmeras constataram 95% de similaridade entre ele e a pessoa que deveria ser
presa.
A secretaria nunca explicou como a imagem dele foi parar no banco de dados
do
reconhecimento facial, já que o vigilante nunca havia cometido um crime.
O vigilante foi preso na frente do filho e da esposa. A Defensoria Pública da
Bahia (DPE-BA), que atuou no caso, destacou a falta de identificação pessoal do
homem preso em 2012, o que gerou a prisão injusta por meio do
reconhecimento facial, e a violação dos direitos do trabalhador.
A advogada destaca ainda que uma cidade como Salvador, que é a capital
brasileira com a maior população negra, pode ter um percentual de erro ainda
maior, e acentua que a falta de transparência e divulgação destes números.
As ações policiais nas favelas do Rio de Janeiro causam um prejuízo de pelo menos
R$ 14 milhões por ano aos moradores dessas comunidades. Eles relatam que, com
as ações, ficam muitas vezes impedidos de ir ao trabalho ou precisam fechar os
comércios locais, além de terem os estabelecimentos e produtos danificados em
trocas de tiros e interrupções de fornecimento de serviços essenciais como
eletricidade e água.
Já a Polícia Civil do Rio de Janeiro informou, via LAI, que todo ano são
promovidas duas ações educacionais sobre racismo e direitos humanos e que os
agentes recebem 12 horas de aulas sobre práticas antirracistas e em defesa dos
direitos humanos.