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Rodolfo Gracioli
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(Prof. Rodolfo Gracioli) “O Índice de Desenvolvimento Humano (IDH) do
Brasil cresceu de 2021 para 2022, ao passar de 0,756 para 0,760, segundo
dados divulgados nesta quinta-feira (13) pelo Programa das Nações Unidas
para o Desenvolvimento (Pnud)”. (Fonte: Agência Brasil, março de 2023).
a) 56º
b) 69º
c) 74º
d) 89º
e) 95º
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"Todos estamos matriculados na escola da vida, onde o mestre é o tempo"
(Cora Coralina)
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CURSO COMPLETO DE
ATUALIDADES
Atualidades / Discursiva
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No dia da votação, o prefeito de Seine-Port, Vincent Paul-Petit, favorável à
proposta, disse ao jornal francês Le Parisien que esperava uma aprovação maior
por parte da população. “As pessoas sentem que estamos nos intrometendo
em suas vidas. Eu não quero isso! Mas há um problema de saúde pública e
temos que ajudá-los.” O prefeito afirmou ao jornal britânico The Guardian que a
medida serve para preservar a vida social. “Não se trata de proibir todos os
telefones, trata-se de propor que as pessoas se abstenham de utilizar os seus
smartphones para navegar nas redes sociais, jogar um jogo ou ver vídeos em
locais públicos.”
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Em 1º de março, Petit publicou um decreto confirmando o resultado e
obrigando os lojistas a colocarem adesivos com os dizeres “espaço sem
smartphone”, para lembrar a população sobre a limitação de uso. A votação
acirrada (146 “sim” contra 126 “não”) demonstra, no entanto, que a cidade está
praticamente dividida em relação à aplicabilidade do referendo. Os favoráveis
entendem que essa é uma medida necessária para ampliar a percepção sobre o
impacto dos celulares. Os contrários, por sua vez, dizem que essa é uma medida
que deve ser decidida por cada um e que a cidade de Seine-Port não fornece
entretenimento.
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Em conjunto com a proibição simbólica, também foi aprovada uma cartilha que
aborda o uso saudável de telas para crianças, tanto dentro como fora de casa.
O documento indica que os mais novos não devem ter contato com telas de
qualquer tipo, sejam celulares, televisões, computadores ou videogames, no
período da manhã e antes de dormir.
A proposta também incentiva o não uso durante as refeições e que não haja
telas nos quartos. A preocupação em relação ao bem estar infantil e o tempo
de telas tem se tornado latente na política francesa. Em janeiro, o presidente
Emmanuel Macron afirmou em coletiva de imprensa que consultou especialistas
para determinar a melhor recomendação de tempo de tela para crianças.
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A OMS (Organização Mundial da Saúde) indica diferenças entre o tempo de
tela indicado para crianças de acordo com a sua faixa etária. Existe uma tabela
da instituição que faz essas recomendações:
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O Programa Celular Seguro já recebeu 30 mil alertas de bloqueios de celulares
por perda, roubo ou furto desde dezembro do ano passado, quando foi criado
pelo Ministério da Justiça e Segurança Pública. O número foi divulgado pela
pasta nesta terça-feira (12).
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"A ação garante o bloqueio ágil do aparelho, mas, por questões de segurança,
não permite a reversão do processo. Caso o usuário emita um alerta de perda,
furto ou roubo, mas recupere o telefone em seguida, deverá solicitar os
acessos através do contato com a operadora, bancos e outros. Cada empresa
segue um rito diferente para a recuperação dos aparelhos e das contas em
aplicativos. Os detalhes estão descritos nos termos de uso do Celular Seguro",
explica o ministério.
O usuário pode ainda indicar uma pessoa de confiança, que fica autorizada a
solicitar o bloqueio do aparelho. A própria vítima pode fazer o bloqueio
também acessando o site por um computador.
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A psicologia descobriu recentemente um novo medo: a “nomofobia”, em que
se fica apavorado, com ansiedade e pânico ao pensar em ficar sem seu
smartphone. Para medir a gravidade desta fobia e o impacto dela na vida
cotidiana, pesquisadores desenvolveram um teste para avaliar e diagnosticar a
nomofobia.
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Nomofobia é o medo de se desligar da conectividade do smartphone. Embora
ainda não seja considerada um transtorno mental legítimo como outras fobias
específicas – como medo de animais, tempestades, altura etc. -, a conceituação
da nomofobia é baseada nas definições do Manual Diagnóstico de Transtornos
Mentais.
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De acordo com um estudo, aproximadamente 21% da população adulta sofre
de nomofobia grave e cerca de 71% têm nomofobia moderada. Os
pesquisadores revelaram que os estudantes universitários parecem ser os mais
afetados pelo transtorno, apresentando uma prevalência alarmante de 25%.
Lidar com a nomofobia pode ser extremamente desafiador, dado o papel que
os smartphones desempenham na vida moderna. Esta fobia não só causa
sofrimento emocional imediato, mas também pode contribuir para efeitos
psicológicos a longo prazo que podem afetar o bem-estar geral.
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Como saber se você tem “nomofobia”
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● Eu me sentiria desconfortável sem acesso constante às informações através do
meu smartphone.
● Eu ficaria chateado se não pudesse procurar informações no meu smartphone
quando quisesse.
● Não conseguir receber notícias (por exemplo, acontecimentos, previsão do
tempo etc.) no meu smartphone me deixaria nervoso.
● Eu ficaria chateado se não pudesse usar meu smartphone e/ou seus recursos
quando quisesse.
● Ficar sem bateria no meu smartphone me assustaria.
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● Se eu ficasse sem créditos ou atingisse meu limite mensal de dados, entraria
em pânico.
● Se eu não tivesse sinal de dados ou não conseguisse me conectar ao Wi-Fi,
verificaria constantemente se tinha sinal ou se conseguiria encontrar uma rede
Wi-Fi.
● Se eu não pudesse usar meu smartphone, teria medo de ficar preso em algum
lugar.
● Se eu não pudesse checar meu smartphone por um tempo, sentiria vontade de
verificá-lo.
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Se eu não tivesse meu smartphone comigo:
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● Eu ficaria ansioso porque minha conexão constante com minha família e
amigos seria quebrada.
● Eu ficaria nervoso porque estaria desconectado da minha identidade online.
● Eu ficaria desconfortável porque não conseguiria me manter atualizado com
as mídias sociais e as redes online.
● Eu me sentiria estranho porque não poderia verificar minhas notificações em
busca de atualizações de minhas conexões e redes online.
● Eu ficaria ansioso porque não conseguiria verificar minhas mensagens de e-
mail.
● Eu me sentiria estranho porque não saberia o que fazer.
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O questionário cobre quatro diferentes fatores de medo da nomofobia:
incapacidade de comunicação, perda de conexão, inacessibilidade à
informação e desistência da conveniência. Reconhecer estes padrões dentro de
si pode ser o primeiro passo para uma relação mais saudável com a tecnologia
e uma melhor compreensão dos próprios hábitos digitais.
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O TikTok está na mira dos políticos dos Estados Unidos, onde avança
um projeto de lei que pode banir a rede social no país.
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O atual presidente-executivo rede social é Shou Zi Chew, um ex-banqueiro de
41 anos que também trabalhou como diretor financeiro da fabricante de
celulares Xiaomi (leia mais sobre Chew).
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O atual presidente, Joe Biden, já afirmou ser a favor do projeto de lei. Na
última semana, no entanto, ele passou a ter um perfil verificado no TikTok de
sua campanha à reeleição.
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Quanto vale o TikTok?
Ainda segundo o "Financial Times", o TikTok ainda não registrou lucro por conta
dos investimentos em sua expansão global, mas o grupo que controla a
plataforma teria tido um ganho de US$ 28 bilhões (R$ 140 bilhões) em 2023.
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Quem são os donos do TikTok?
A ByteDance, por sua vez, afirma que é repartida entre três grupos de
proprietários: investidores (60%), fundadores (20%) e funcionários (20%). A
empresa diz que "não pertence nem é controlada por nenhuma entidade
governamental ou estatal".
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Quem é o chefão do TikTok?
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Onde ficam os dados de usuários do TikTok?
A rede social afirma ainda que o conteúdo é protegidas por "fortes controles
de segurança físicos e lógicos, incluindo pontos de entrada fechados, firewalls e
tecnologias de detecção de intrusões".
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A plataforma da ByteDance disse que o trabalho contra fake news já
acelerou no ano passado, quando Grécia, Holanda, Polónia, Eslováquia e
Espanha foram às urnas.
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Em setembro de 2023, a Flórida implementou uma restrição rígida contra o uso
de celulares nas salas de aula. O estado norte-americano, com
aproximadamente 22,2 milhões de habitantes, não é o primeiro a legislar sobre
o acesso de crianças e adolescentes ao dispositivo em ambientes estudantis.
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A geração Z, que é geralmente definida como o grupo de nascidos entre os
anos de 1995 e 2010, têm sofrido na hora de ingressar no mercado de
trabalho. Um estudo da revista online Intelligent, que ouviu 800 gestores de
empresas americanas, mostrou que 4 em cada 10 têm evitado contratar jovens
recém-formados.
A pesquisa mostrou ainda que 50% dos jovens usam roupas inadequadas no
ambiente de trabalho e 20% levaram um dos pais para a entrevista. A lista
ainda aponta as dificuldades em cumprir horários e de lidar com a rotina
estabelecida.
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Embora quase 50% dos filhos disseram que seus pais já se distraíram com o
celular enquanto conversavam com eles, apenas 31% dos pais admitiram que
isso aconteceu.
Sim, temos muitos adultos que nem percebem que fazem isso.
Cerca de metade dos pais (47%) admitiram que passam muito tempo no
smartphone.
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• Embora quase 50% dos filhos disseram que seus pais já se distraíram com o
celular enquanto conversavam com eles, apenas 31% dos pais admitiram
que isso aconteceu.
• Sim, temos muitos adultos que nem percebem que fazem isso…
• Cerca de metade dos pais (47%) admitiram que passam muito tempo no
smartphone.
• Apenas 5% acham que gastam pouco tempo nisso.
• E outros 45% acreditam que passam a quantidade certa de tempo ao
telefone (alô, workaholics!).
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• Incríveis 95% dos adolescentes têm acesso a um smartphone e cerca de
seis em cada dez afirmam usar TikTok, Snapchat ou Instagram.
• 51% afirmam que passam tempo suficiente à frente da tela.
• Outros 38% admitiram que passam tempo demais e apenas 5% acham que
passam tempo de menos.
• O instituto também indagou aos jovens como eles se sentiam quando
estavam longe dos aparelhos.
• 74% disseram ficar “felizes”; 72% “tranquilos”; 44% “ansiosos”; 40%
“chateados”; e 39% “solitários”.
• Apesar de se sentirem felizes quando longe dos celulares, a grande
maioria (70%) acredita que os smartphones trazem mais benefícios do que
malefícios à vida deles.
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IDH
Atualidades / Discursiva
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O Brasil ocupa o número 89 no ranking do Índice de Desenvolvimento Humano
(IDH) da Organização das Nações Unidas (ONU), de acordo com novo relatório
divulgado pela Organização nesta quarta-feira (13). A lista tem 193 países. No
topo do ranking estão Suíça, Noruega e Islândia. República Centro-Africana,
Sudão do Sul e Somália, todos no continente africano, ocupam as três últimas
posições.
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O mesmo ocorre com Israel, que ocupa a 25ª posição, com um IDH de 0,915
em meio ao conflito que trava contra o grupo extremista Hamas desde outubro
de 2023.
As guerras costumam gerar impactos diretos na economia e,
consequentemente, nos índices de diversas maneiras.
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No evento de apresentação do relatório, o secretário-geral da ONU, Antônio
Guterrez, declarou que o mundo vive uma era de polarização. “Entre as
comunidades e através das regiões, as pessoas estão sendo afastadas umas das
outras pelo aumento da desigualdade, a escalada de conflitos e as catástrofes
climáticas. A desinformação e a quebra da confiança estão esgarçando o tecido
social e reduzindo o espaço para o debate público propositivo”.
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O relatório destaca ainda que a desglobalização não é viável nem realista no
mundo atual e que a interdependência econômica continua elevada. Segundo
os autores, nenhuma região do mundo está próxima da autossuficiência e
todas dependem de importações de outros locais.
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Anualmente, o programa divulga o IDH das nações em um ranking dividido em
quatro faixas. Elas categorizam, conforme o grau de desenvolvimento, o bem-
estar e a qualidade de vida de um país. São elas: muito alto (igual ou acima de
0,800), alto (de 0,700 a 0,799), médio (de 0,555 a 0,699) e baixo
desenvolvimento (abaixo de 0,555). Veja que, com 0,760, o Brasil está na faixa
considerada alta.
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O crescimento do índice em relação a 2021 se dá principalmente pela
recuperação após a pandemia. A expectativa de vida passou de 72,8 para 73,4
anos, em 2022.
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O único setor que, na contramão, apresentou retrocesso foi a educação.
Ainda abalada pela crise da pandemia e os altos índices de evasão escolar, viu
seu índice de expectativa de escolaridade cair de 15,59 para 15,58. A média
calcula a estimativa de anos de estudos que a geração atual terá ao completar
a vida escolar.
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O IDH é um coeficiente que mede o desenvolvimento humano de um país por
meio de três componentes: educação, saúde e renda. O índice varia de 0 a 1.
Quanto mais perto do 1, maior é o bem-estar e a qualidade de vida no país.
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POLÊMICA DAS COTAS E A
QUESTÃO RACIAL NO BRASIL
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Em 2022, 35,7% dos pardos e 48,0% dos brancos do país estavam no Sudeste.
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LEI Nº 12.288, DE 20 DE JULHO DE 2010.
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Um estudante aprovado em Medicina na Universidade de São Paulo (USP) teve
a sua matrícula negada após a comissão de heteroidentificação da instituição
de ensino não aceitar a autodeclaração racial do jovem que se identificou
como pardo. O documento é solicitado para candidatos que se autodeclaram
negros, de cor preta ou parda, ou indígenas. Enquanto participava da
recepção com os calouros no dia 26 de fevereiro, ele recebeu um email sobre a
negativa.
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Quais os critérios usados pela banca de heteroidentificação para aprovar ou
negar uma autodeclaração
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Os alunos indeferidos têm direito a recurso?
As fotografias passam por duas bancas. Depois o candidato passa por uma
oitiva. Se, mesmo assim, o pedido for indeferido, ele pode apresentar um
recurso que é analisado por uma terceira banca recursal, também formada por
cinco professores da universidade.
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A Justiça de São Paulo concedeu nesta segunda-feira, 11, liminar que determina
a matrícula de mais um estudante autodeclarado pardo na Universidade de São
Paulo (USP). Ele se inscreveu no vestibular pela reserva de vagas PPI (Preto,
Pardo, Indígena), e foi aprovado para o curso de Engenharia de Produção. Sua
entrada, porém, foi negada pela comissão de heteroidentificação da USP, que
não o reconheceu como pardo.
A nova decisão é provisória e foi assinada pelo juiz Marcio Ferraz Nunes, da 16ª
Vara da Fazenda Pública de São Paulo. Ele cita que o jovem foi impedido de
seguir no vestibular da Fuvest porque a maioria dos membros do Conselho de
Inclusão e Pertencimento decidiu que o rapaz não cumpria os requisitos
necessários para “usufruir o direito à vaga reservada ao grupo PP (Pretos e
Pardos)”.
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A defesa do rapaz apresentou à Justiça a certidão de nascimento do pai do
estudante, que em 1957 foi registrado como alguém de cor parda. O
documento foi usado pelo magistrado para justificar a liminar em favor da
defesa do vestibulando.
“Posto isso, defiro a liminar para, até decisão final nestes autos, determinar
que a parte requerida (a USP) proceda a reativação da matrícula da parte
autora”, escreveu o juiz.
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Segundo os critérios da USP, a análise não é feita com base na ascendência do
candidato, mas pelo seu fenótipo (características físicas). O Supremo Tribunal
Federal (STF), em 2017, definiu que os aspectos de pretos e pardos a serem
consideradas pelas bancas em concursos e processos seletivos são:
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Em 2018, Bruno entrou pelo sistema de cotas, baixa renda e PPI (pretos,
pardos e indígenas). No edital de 2018 da Ufes, consta que existem três etapas
para utilizar o sistema de cota racial:
O estudante começou a cursar o curso, mas seu sonho sempre foi fazer
medicina. Então em 2021 ele voltou a estudar para tentar seguir com o desejo.
E conseguiu ao passar no curso no Enem de 2023.
Mas, Bruno se surpreendeu ao ver que passou pelo mesmo processo, realizou a
entrevista mas negaram a matrícula. Em 2024, a própria universidade atestou
que o estudante seguia na universidade em farmácia, como cotista
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A equipe da Pró-Reitoria de Graduação (Prograd) da Ufes disse que,
enquanto o processo do Sisu 2024 estiver em andamento, não vai se
manifestar sobre este ou qualquer outro caso específico do processo seletivo.
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Atualmente, a avaliação étnica-racial para candidatos pretos e pardos é
realizada de maneira presencial pela Comissão de Verificação de
Autodeclaração, considerando única e exclusivamente o fenótipo negro (preto
ou pardo): predominantemente a cor da pele, a textura do cabelo e os
aspectos faciais que, combinados ou não, permitem validar ou invalidar a
autodeclaração.
Esse processo visa a coibir eventual destinação de vagas reservadas para quem
não é alvo da política social, considerando possíveis fraudes, bem como
declarações equivocadas devido a ausência de compreensão das questões
raciais.
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O mês de março assistiu à reemergência da controvérsia em torno das
comissões de heteroclassificação racial. O motivo foi o cancelamento da
matrícula no curso de medicina da USP (Universidade de São Paulo) de Alison
dos Santos Rodrigues, candidato autodeclarado pardo e classificado dentro
das cotas raciais recém-adotadas pela universidade, porém, impugnado pela
comissão de heteroclassificação racial da instituição.
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Infelizmente, esses não são os primeiros casos do tipo. Pioneira na criação
dessas comissões, a UnB (Universidade de Brasília) estampou a capa dos
jornais em 2007 por ter recusado a inscrição como cotista de Alex Teixeira da
Cunha, mas aceito a de Alan Teixeira da Cunha, seu irmão gêmeo e idêntico.
Motivo de discórdia dentro e fora dos movimentos pró-ação afirmativa, as
comissões de heteroclassificação racial suscitam polêmica desde que
começaram a ser adotadas.
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A nova Lei de Cotas foi sancionada pelo presidente da República, Luiz Inácio
Lula da Silva, nesta segunda-feira (13), durante solenidade no Palácio do
Planalto, em Brasília (DF). Entre as atualizações, os quilombolas foram incluídos
como beneficiários das cotas e haverá o monitoramento anual da Lei, além de
avaliação a cada 10 anos. Pretos, pardos, indígenas, pessoas com deficiência,
estudantes de baixa renda e oriundos de escolas públicas também são
beneficiados com a política de ação afirmativa. Presente no evento, o ministro
dos Direitos Humanos e da Cidadania (MDHC), Silvio Almeida, celebrou o novo
momento no ensino superior brasileiro.
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Entre os aprimoramentos da nova Lei de Cotas, consta também a prioridade
para os cotistas no recebimento do auxílio estudantil e a extensão das políticas
afirmativas para a pós-graduação. As novas regras já valem para a próxima
edição do processo seletivo do Sistema de Seleção Unificada (Sisu), previsto
para janeiro de 2024. As mudanças foram celebradas por frases como “As
cotas abrem portas”, que integrou as celebrações coletivas ecoadas pelo Salão
Oeste do Palácio do Planalto na solenidade que marca um novo tempo das
cotas nas universidades públicas.
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Chamada de "Enem dos concursos", a seleção vai preencher 6.640 vagas em
21 órgãos federais, divididas em oito blocos temáticos (áreas de atuação). As
cotas serão distribuídas da seguinte maneira:
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O critério adotado no "Enem dos concursos" para confirmar a autodeclaração
racial daqueles que concorrerem às cotas será o uso das bancas de
heteroidentificação.
Essas bancas já são adotadas por universidades federais no país. Elas levam em
conta as características físicas dos candidatos como tom de pele, cabelo e
traços, por exemplo — o chamado fenótipo.
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Os candidatos que forem reprovados na avaliação da banca disputarão a vaga
na ampla concorrência, ou seja, com pessoas que não fazem parte das cotas,
caso obtenham nota para tal. Em caso de informações falsas, o candidato será
eliminado e responderá legalmente.
O reitor explica que a medida, "com bastante certeza, vai evitar a ocorrência
das fraudes raciais".
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A Universidade de Brasília (UnB) adota cotas de 2003 (para ingresso em 2004) e
as filmagens das bancas já eram realidade naquela época.
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Cotas para indígenas
Serão analisados até três dos documentos abaixo, que devem ser enviados
pelo candidato no momento da inscrição:
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Documento de comunidade indígena ou de instituição ou organização
representativa do povo ou grupo indígena que reconheça o pertencimento
étnico do candidato, assinada por, no mínimo, três integrantes indígenas da
respectiva etnia;
• Identificação civil, expedida por órgão público com a indicação de
pertencimento étnico;
• Comprovantes de habitação em comunidades indígenas;
• Documentos expedidos por escolas indígenas;
• Documentos expedidos por órgãos de saúde indígena;
• Documentos expedidos pela Fundação Nacional dos Povos Indígenas
(Funai) ou pelo Ministério dos Povos Indígenas;
• Documentos expedidos por órgão de assistência social;
• Documentos constantes no Cadastro Único para Programas Sociais do
Governo Federal - CadÚnico;
• Documentos de natureza previdenciária.
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Os documentos enviados serão avaliados por uma Comissão de Verificação
Documental Complementar constituída por cinco pessoas. Ao menos três
delas são indígenas.
Quem não for aprovado pela comissão disputará a vaga na ampla concorrência
e, em caso de informações falsas, o candidato será eliminado e responderá
legalmente.
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Cota para pessoas com deficiência
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Pesquisadores afirmam que esse cenário é diferente do que acontece na esfera
criminal, onde as condenações por racismo e injúria racial costumam ser raras
no País. Alguns casos sem condenação na Justiça penal tiveram resultado
oposto na Justiça cível, levando ao pagamento de indenizações. “É até certo
ponto surpreendente perceber que mais de 60% das ações são julgadas
procedentes. Na esfera criminal, os números não são tão expressivos”, afirma o
pesquisador Luã Ferreira, do Núcleo de Justiça Racial de Direito da FGV.
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A Secretária Municipal de Educação de Porto Alegre (Smed) recebeu críticas
nas redes sociais após oferecer curso para recepção de novos professores, no
qual conceitua o termo “racismo reverso“.
O órgão, porém, afirmou que o objetivo era somente debater o tema e evitar o
uso da expressão. A Associação dos Trabalhadores/as em Educação do
Município de Porto Alegre publicou uma nota de repúdio contra o que chamou
de “desinformação” e “falácias”.
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“Um conceito [racismo reverso] que além de não existir, criminaliza e
relativiza a luta das pessoas negras e indígenas de nossa cidade. É absurdo
que dentro da plataforma de educação da prefeitura de Porto Alegre, o
EducaPOA, se trabalhe conceitos insistentes que levam à desinformação e
criam estigmas na nossa sociedade”, escreve a Associação.
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O trainee para negros do Magalu foi uma ação afirmativa com a intenção de
alcançar uma parcela da população que é historicamente discriminada, e a
jurisprudência predominante autoriza a adoção desse tipo de política por parte
de empresas privadas.
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Consta dos autos que a empresa criou um programa para trainees, com 12
meses de duração, voltado exclusivamente para pessoas negras, após detectar
que em seu quadro de trabalhadores 53% eram pessoas pretas e pardas, mas
apenas 16% ocupavam cargos de liderança.
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Em seu voto, o magistrado apontou que, ao contrário do que é defendido pela
DPU em recurso ordinário, a iniciativa da Magazine Luiza não afronta o
Estatuto da Igualdade Racial (Lei 12.288/2010), a qual determina que a
participação da população negra será promovida, entre outros, por meio de
adoção de medidas, programas e políticas de ação afirmativa (art. 4º, inciso II).
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QUESTÃO AMBIENTAL NO
BRASIL
Enquanto 523 km² haviam sido desmatados nos dois primeiros meses de 2023,
esse número caiu para 196 km² entre janeiro e fevereiro deste ano. Ou seja,
houve uma redução de 63%.
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A Amazônia Legal corresponde a 59% do território brasileiro, e engloba nove
estados do país. São eles: Acre, Amapá, Amazonas, Maranhão, Mato Grosso,
Pará, Rondônia, Roraima e Tocantins.
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A análise do Inpe constata ainda que, ao longo desses anos, a proporção entre o
que foi destruído e o que vem se regenerando tem ficado cada vez menor.
📈 Em 2018, por exemplo, essa taxa era de 24%. Nos anos seguintes, o número
vem caindo: em 2021 a taxa era de 23,5% e em 2022 foi de 22%. Os
especialistas explicam que esse índice vem caindo, principalmente, por causa da
alta do desmatamento entre 2020 e 2021.
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Até esta segunda-feira (18), o Brasil contabilizava mais de 1,8 milhão de casos
de dengue, segundo o Painel de Monitoramento de Arboviroses do Ministério
da Saúde. Assim, os três primeiros meses de 2024 já superaram o total de
casos de 2023 inteiro.
O ano também caminha para bater o recorde histórico de 2015, quando o país
contabilizou mais de 1,688 milhão de casos de dengue. Nesse cenário, lugares
onde antes a doença não era tão comum estão tendo alta incidência de casos.
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Para compreender o novo padrão de disseminação dos casos de dengue no
Brasil, os pesquisadores da Fiocruz utilizaram a técnica de mineração de dados.
Eles analisaram tanto indicadores climáticos quanto registros demográficos das
regiões Sul e Centro-Oeste do Brasil, que sofreram aumento no número de
casos entre 2014 e 2020.
Dessa forma, concluíram que a incidência cada vez maior da doença está
relacionada ao aumento da frequência de ondas de calor. Isso, por sua vez, é
uma consequência das mudanças climáticas, que levam a eventos extremos
como secas e inundações.
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De acordo com Christovam Barcellos, pesquisador da Fiocruz e autor do
estudo, as temperaturas acima do normal já se tornaram uma constante.
Mesmo em lugares onde não era comum.
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Além disso, o estudo também aponta o papel do desmatamento no avanço
dos casos de dengue. Em geral, as áreas cuja cobertura vegetal foi retirada
costumam ser ocupadas por pessoas. Nesses locais, a urbanização e o
aumento da circulação de pessoas favorece o aquecimento global, além de
facilitar a transmissão.
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Um dos 15 grupos de trabalho do G20 sob presidência do Brasil é o GT de
Sustentabilidade Ambiental e Climática, coordenado pelos ministérios do
Meio Ambiente e Mudança do Clima e das Relações Exteriores (MRE). Há
também uma iniciativa de bioeconomia e uma inédita Força-Tarefa para a
Mobilização Global contra a Mudança do Clima.
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O garimpo ilegal invadiu uma área equivalente a quatro campos de futebol
por dia ao longo de todo o anos de 2023 nas terras indígenas Yanomami,
Kayapó e Munduruku. Os dados são do Greenpeace Brasil e foram
divulgados nesta segunda-feira (11).
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O garimpo é uma das principais ameaças à vida indígena no país. O governo
federal anunciou no início de 2023 uma ofensiva contra os garimpeiros,
principalmente na Terra Yanomami, mas as áreas seguem vulneráveis.
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Kayapó
O pior cenário está na terra indígena Kayapó, que fica no Pará. No território,
foram devastados mil hectares no último ano.
Com isso, a área desmatada para a atividade ilegal chegou a 15,4 mil
hectares. Segundo o Greenpeace, o garimpo está concentrado em uma área
onde estão quatro aldeias.
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Yanomami
O território, que fica em Roraima, vem sendo alvo do garimpo ilegal há anos. O
governo federal mobilizou vários ministérios e prometeu ações permanentes,
mas representantes indígenas e entidades dizem que os Yanomami ainda são
vítimas da atividade e o garimpo seguiu avançando. O relatório mostra que em
fevereiro de 2023, depois do anúncio do governo federal, houve uma queda
drástica na mineração. No entanto, a atividade voltou a crescer em março.
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Mundukuru
O povo Munduruku é o mais populoso do Pará, com mais de 9,2 mil pessoas. No
território, foram 152 hectares de áreas invadidas pelo garimpo.
Eles são também o território com a maior área acumulada de garimpo: até
dezembro de 2023, somava 7 mil hectares, sendo que 5,6 mil hectares foram
destruídos nos últimos cinco anos (entre 2019 e 2023).
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Segundo o relatório "O estado do clima em 2023", nunca antes o mundo viveu
uma situação com tantos extremos e recordes:
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O aquecimento global é causado pelos gases de efeito estufa que retêm o
calor do nosso Sol na atmosfera. Esses gases, como o CO2 (gás carbônico),
são liberados quando queimamos combustíveis fósseis, como carvão e
petróleo, algo que não fazíamos antes da Revolução Industrial, pelo menos
em larga escala.
Com isso, o ritmo de elevação do nível médio global do mar nos últimos dez
anos (2014–2023) é mais do que o dobro do ritmo observado na primeira
década do registro por satélite (1993–2002).
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Localizado próximo aos polos, o permafrost é uma camada de solo que
permanece congelada por longos períodos – de onde vem seu nome, que
significa “congelado permanentemente”. Mas, nos últimos anos, diferente do
que o nome indica, o gelo do permafrost está desaparecendo. E isso pode
trazer perigos que nós não conhecemos ainda.
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Formado ao longo de milênios, o solo do permafrost comprime dezenas de
milhares de anos de formas de vida que foram se decompondo e sendo
misturadas às camadas de solo congelado. O gelo por sua parte cumpre dois
papéis importantes.
À medida que o solo aquece, a matéria orgânica que estava congelada por
milhares de anos volta a se decompor em ritmo acelerado. Esse processo
libera gases de efeito estufa na atmosfera, o que piora o ritmo do
aquecimento global. Criando um ciclo perigoso para o controle das
temperaturas do planeta.
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Nesse contexto o metano representa o maior perigo. Apesar de ser
relativamente menos falado do que o dióxido de carbono, o metano é resultado
principalmente da decomposição da matéria orgânica e possui uma maior
eficiência na captura de calor, o que no contexto do efeito estufa não é nem um
pouco interessante para o planeta.
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Comunidades que dependem do permafrost sólido para suportar estruturas e
estão particularmente ameaçadas. Casas, escolas e outras instalações
construídas sobre o permafrost podem sofrer danos irreversíveis à medida
que o solo descongela e se torna mais instável.
Além disso, a temperatura média global nos últimos doze meses (março de
2023 - fevereiro de 2024) é a mais alta já registrada, 0,68°C acima da média de
1991-2020 e 1,56°C acima da média pré-industrial de 1850-1900.
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Nos mares, a situação também é preocupante. Também segundo o
observatório europeu, a temperatura média da superfície do mar global para
fevereiro atingiu 21,06°C, um recorde quando comparado com qualquer mês
do conjunto de dados do Copernicus.
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A temperatura média global dos oceanos em 2023 foi 0,25 °C mais quente do
que no ano anterior, disse Gregory C. Johnson, oceanógrafo da NOAA. Esse
aumento é “o mesmo que duas duas décadas de aquecimento em um único
ano”, disse ele à CNN. “O resultado é bastante significativo e um pouco
surpreendente.”
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O desenvolvimento da fruta vai depender de alguns fatores, como a saúde da
planta, pragas e, principalmente, do clima. As plantações de laranja
em Tanguá, no interior do Rio, viram a produção cair 40% na safra passada.
Menos produtos, preços mais altos. Lá foi o clima que interferiu na produção.
A instabilidade do clima, com temperaturas altas, também explica a queda na
produção nos maiores laranjais de São Paulo, principal polo produtor. As
últimas quatro safras tiveram resultados ruins. Em fevereiro, o preço da caixa
de 40 kg chegou perto de R$ 90, maior valor em 30 anos, mesmo
descontando a inflação.
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Os laranjais ainda enfrentam uma praga, o greening, que destruiu lavouras
em São Paulo e no Paraná. O impacto de tudo isso vai além da mesa do
consumidor. O Brasil é o maior exportador de suco de laranja do mundo,
abastecendo 75% do mercado internacional.
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🍓O que aconteceu no campo? O preço da muda subiu muito para o produtor
rural e, com isso, muitos agricultores tiveram que repassar esse custo para o
consumidor. Por causa deste aumento, inclusive, muitos produtores de São
Paulo e Minas Gerais – principais estados que cultivam a fruta – resolveram
reduzir o plantio. Com a diminuição da oferta, o valor no supermercado subiu.
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O aquecimento global pode custar ao mundo até US$ 24 trilhões (R$ 119
trilhões, na cotação atual) nos próximos 36 anos, alerta um novo estudo
liderado pelo professor Dabo Guan, da University College London, de Londres,
na Inglaterra.
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Os efeitos climáticos das emissões de gases com efeito de estufa incluem
secas, incêndios florestais, subida do nível do mar, ondas de calor mais
intensas e fenômenos meteorológicos extremos, como tempestades
tropicais.
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As ondas de calor que tornam demasiado quente para o cultivo das culturas
custarão milhares de milhões à indústria, enquanto as inundações causadas
pela subida do nível do mar exigirão a construção de novas infraestruturas
dispendiosas.
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Mas, no temido pior cenário, os seres humanos vivem num mundo de
“crescimento rápido e irrestrito na produção económica e na utilização de
energia” e as temperaturas globais sobem uns robustos 7°C (12,6°F).
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Para evitar um aumento da temperatura acima de 1,5ºC na média global,
o petróleo na Foz do Rio Amazonas não deverá ser extraído, calcula estudo
publicado na revista Nature. A área é alvo de interesse da Petrobras para
prospecção do combustível fóssil. O Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e
dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama) é contrário à tentativa da empresa de
explorar o local.
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O estudo também considerou como áreas de máxima prioridade na não-
exploração do recurso regiões da Amazônia Oriental e de influência do Rio
Amazonas.
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O estudo considera que, para chegar à meta estipulada, cerca de 67% do
petróleo extraível deve permanecer intacto. Os pesquisadores partem de
critérios sociais e biológicos para estabelecer quais regiões não poderiam ser
exploradas. A pesquisa vincula a extração de petróleo com o aumento da
emissão de gás carbônico (CO²). Por isso, se as áreas não forem exploradas,
haverá menos disponibilidade de recursos para produção de combustíveis
fósseis.
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Algumas regiões internacionais consideradas de alta prioridade são as ilhas
do Caribe, o Chifre da África (áreas de Somália, Etiópia, Eritreia e Djibouti) e
os Andes Tropicais. As zonas de exclusão juntas somam quase 40% do total
das reservas de petróleo extraíveis.
Como apenas as zonas de exclusão são insuficientes para preservar 67% dos
poços de petróleo, os pesquisadores também classificaram outras áreas do
globo como adicionais para proteção. Nesse caso, os pesquisadores
observaram, por exemplo, se a região contém alto grau de diversidade de
espécies e áreas consideradas protegidas.
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A bacia da Foz do Amazonas é uma prioridade para a Petrobras. A região é
chamada de “novo pré-sal” e há a expectativa de reservatórios gigantes
como os encontrados pelos vizinhos Guiana e Suriname. A estatal busca
autorização para perfurar uma área localizado a 179 quilômetros da costa do
município de Oiapoque, no Amapá.
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O presidente do Ibama, Rodrigo Agostinho, por sua vez, disse em novembro
do ano passado que teria resposta sobre os pedidos da Petrobras no início
de 2024. Em maio de 2023, o órgão ambiental negou a licença para
exploração da área. Na época, a equipe técnica destacou a “notória
sensibilidade socioambiental da área de influência e da área sujeita ao risco”.
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Cerca de 2,7 bilhões de pessoas no mundo não têm coleta de lixo. Os resíduos
pioram a chamada tripla crise planetária, composta por mudanças climáticas,
perda de biodiversidade e poluição. De 400 mil a 1 milhão de pessoas morrem
todos os anos por doenças relacionadas à má gestão de resíduos, entre elas
diarreia, malária, doenças cardíacas e câncer.
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No Brasil, a produção deve crescer mais de 50% e poderá alcançar 120
milhões de toneladas/ano até 2050. Uma a cada 11 pessoas não dispõe de
coleta de lixo e mais de 5 milhões de toneladas de RSU deixam de ser
coletadas anualmente, sendo descartadas no meio ambiente, contaminando
solo, rios e ar. Os dados estão no relatório Global Waste Management
Outlook 2024 (PDF – 7MB), lançado na 6ª sessão da Assembleia das Nações
Unidas para o Ambiente, que foi realizada em Nairobi, Quênia, de 26 de
fevereiro a 1º de março.
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O relatório foi desenvolvido pela ISWA (International Solid Waste Association) e
pelo Pnuma (Programa das Nações Unidas para o Meio Ambiente).
Levantamento e análise de dados foram feitos por pesquisadores brasileiros
contratados pela ONU, no projeto que começou em 2019.
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Pela 1ª vez, em um relatório internacional desse calibre, houve a quantificação
dos custos globais dos resíduos, que somam a gestão direta e as
externalidades negativas da má gestão e de onde se subtraem os recursos
obtidos com a reciclagem. “Em 2020, o total de custos globais dos resíduos e
de sua má gestão para a sociedade chegaram a US$ 361 bilhões”, diz o texto.
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