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Plano de Aula

CULTURA BÍBLICA
Slides de apoio

GESIEL ANACLETO
DOCENTE
TEMAS POR UNIDADE DE ESTUDO

o Unidade 2 – O MUNDO E A CULTURA DO ANTIGO TESTAMENTO

● TEMA 4 – A VIDA CULTURAL DOS HEBREUS


● TEMA 5 - A VIDA RELIGIOSA DOS HEBREUS
● TEMA 6 - A VIDA POLÍTICA DOS HEBREUS
2º Encontro
2° ENCONTRO – UNIDADE 1

- Esclarecimento de dúvidas da Unidade 1


- Orientações gerais sobre a Unidade 2
2° ENCONTRO – UNIDADE 2

o Oriente os acadêmicos a realizarem as Autoatividades que são


apresentadas ao final de cada tópico de estudo.
o Apresentação do vídeo da Unidade 2
TEMA 04

A VIDA CULTURAL DOS HEBREUS


METAS DESTE TEMA:

• identificar os valores, as crenças e os


princípios do modo de vida hebraico;
• identificar as principais características da
cosmovisão hebraica;
• entender os aspectos políticos do modo de
vida hebraico;
• entender os aspectos do parentesco;
O MODO DE VIDA HEBRAICO

Existem duas principais divisões no modo de vida: o


modo de vida agrário rural e o citadino urbano.

Os primeiros cinco séculos da vida dos hebreus, desde


a saída do Egito até a formação da nação de Israel
são caracterizados pelo modo vida agrário.

Uma característica em comum encontrada na maioria


dos povos agrários, dos povos sem escrita, são
coincidências normativas produzidas pelas pressões
do ambiente e sua relação umbilical com a religião.

https://teorizado.wordpress.com/2020/04/28/nas-arterias-do-crescente-fertil-parte-4-caminhando-com-os-hebreus/
O MODO DE VIDA HEBRAICO

A seca era o principal inimigo camponês, do


agricultor cananeu. Em qualquer lugar onde
há escassez de água, esta adquiri
importância significativa para seus
habitantes. A falta d’agua é um problema
estrutural na Palestina.

Outro problema grave relacionado aos


períodos de seca e escassez d’agua é que eles
provocavam a escravidão por dívidas, prática
muito comum em Canaã. Por isso, uma das
principais características da vida campesina,
se não a mais importante, é a solidariedade.

http://irmaoteinho.blogspot.com/2013/01/a-longa-seca-sobre-israel.html
O MODO DE PRODUÇÃO

Os servos tinham que produzir para sua


própria subsistência, entregar parte de sua
produção para o Estado e trabalhar
compulsoriamente nas obras públicas, o que
era chamado de corveia. Os hebreus
provavelmente foram submetidos a esse
regime no Egito, antes da saída dos hicsos e na
Babilônia de Nabucodonosor (BARBOSA,
2009).

Os hebreus praticavam uma agricultura de


subsistência conectada à criação de gado
doméstico. Cultivavam em campos e terraços e
mantinham pequenas hortas próximas as suas
moradias

https://bibliotecadopregador.com.br/agricultura-tempos-biblicos/
O MODO DE PRODUÇÃO
Os hebreus praticavam o
shemitá – o ano sabático. Uma
espécie de pousio que era Durante o período pré-
ordenado pela Torá. O pousio estatal os povoados
consiste na prática de hebreus eram compostos
“descansar” o solo das por casas simples, que A afirmação de
atividades agrícolas, como apresentavam a mesma que no período
forma de devolver a vitalidade grandeza, não havendo pré-estatal havia
da terra e evitar queda na assim, grandes uma estrutura
produtividade. desigualdades, indicando social machista
uma configuração social que excluía as
mais igualitária. Esse mulheres de
aspecto igualitário inclui atividades sociais
até mesmo as relações de importantes, não
gênero. As mulheres encontra
trabalhavam em atividades ressonância nos
que, posteriormente serão textos bíblicos.
atividades exclusivas para
os homens.
O SURGIMENTO DA MONARQUIA EM ISRAEL

A narrativa bíblica condensa toda a conjunção de fatores


que conduziram à formação do Estado em Israel,
estabelecendo uma distinção crítica entre o modo de
vida tribal simples e o modo de vida complexo da
monarquia.

As transformações sociais e no modo de vida vão


acontecendo gradativamente. Aos poucos, a figura do rei
vai adquirindo importância, assumindo parte da
responsabilidade e o lugar da estrutura patriarcal, sendo
responsável pelo bem-estar do povo, sua defesa e pelo
acesso às dádivas divinas e da natureza.

https://www.bibliadeestudo.org/samuel-anoints-saul-as-king.html
A COSMOVISÃO HEBRAICA
Nas ciências sociais,
em particular na Com relação aos povos da
antropologia, antiguidade, não está claro para os
cosmovisão é um antropólogos, sociólogos e filósofos
conjunto de crenças da religião, quais os limites, as
gerais a partir do qual diferenças e a natureza da relação
se desenvolve uma entre a cosmovisão de um grupo e sua
visão de mundo religião.
sustentada por valores
fundantes. Esse A genealogia e a historiografia dos
conjunto de crenças e hebreus é a história de como Yahweh
valores dão origem e é, como Ele se relaciona com os seres
sustentam todas as humanos e como Ele intervém na
ideias e conceitos história humana. De modo que não há
acerca da realidade e como pensar em hebreus, em Israel
da vida. ou em judeus sem levar em
consideração sua relação constitutiva
com Yahweh.
A MITOLOGIA HEBRAICA

O termo mito é costumeiramente utilizado


de forma equivocada. Quando utilizado pelo
senso comum e pela sabedoria popular, o
termo tem o significado de fábulas ou
lendas sobre façanhas de deuses,
semideuses, heróis e figuras folclóricas.
Também é comum a utilização do termo
mito para se referir a personagens
históricos e pessoas. No que tange ao
ambiente acadêmico, o termo mito é
utilizado de forma correta para expressar
uma variedade de coisas, dado os múltiplos
significados que o termo adquiriu ao longo
da história dos estudos culturais
(MARQUES, 2015).
O conceito de mito aqui apresentado se
orienta pelas formulações desenvolvidas
por Croatto (2001), Eliade (1989) e
Detienne (1998).

De acordo com esses “mitólogos”, o mito


pertence à ordem das narrativas, da
oralidade ou escrita. O mito se
O CONCEITO DE MITO caracteriza pela narrativa histórica ligada
a uma tradição, que lida com entidades que
têm como atributo não serem meros
humanos; acerca de fatos passados em
tempos primordiais. É uma explicação
etiológica dos fatos do cotidiano. Sua
matéria se aproxima da verdade que não
pode ser alcançada pela mente humana,
mas que pode ser vagamente intuída. Por
último, para se compreender uma narrativa
mitológica é preciso entender que sentido
está no todo e não nas partes (MARQUES,
2015).
TIPOS DE MITO
Quanto aos tipos, os mitos são: teogônicos,
cosmogônicos e parenéticos. Os mitos
teogônicos tratam da origem, genealogia e
filiação dos deuses. Os mitos cosmogônicos
descrevem a origem da criação do mundo, do
cosmos. E os mitos parenéticos trazem
exortações de caráter moral. Os mitos
teogônicos são típicos das culturas politeístas.
Entre os hebreus não existem mitos teogônicos,
apenas mitos cosmogônicos e parenéticos.
A CRIAÇÃO
A cosmogonia hebraica está no capítulo um do
livro de Gênesis, chamado bereshit. A narrativa
traz uma visão teológica da criação do universo,
portanto, não tem a intenção de ser um relato ou
descrição minuciosa da origem do universo.
Apenas traduz em termos de linguagem, de
imagens e de estrutura simbólica a afirmação
radicular de que tudo o que existe é obra de
Yahweh, que tudo criou pelo poder de sua palavra,
sem utilizar matéria pré-existente alguma.

https://www.todamateria.com.br/a-criacao-de-adao-michelangelo/
AS CONCEPÇÕES JUDAICAS ACERCA DA
CRIAÇÃO
No capítulo um do livro de Gênesis
(1, 26-27), há a afirmação de que o O uso metafórico da expressão “imagem e
ser humano foi criado à imagem e semelhança” também denota a natureza da
semelhança divina. As principais relação estabelecida entre criatura e criador.
tradições judaicas interpretam a
declaração sobre a criação humana
ser imagem e semelhança, como
sendo uma analogia à capacidade
criativa. Essa interpretação é
corroborada pelo contexto
imediato seguinte (Gênesis 1:28),
informando que o ser humano
participa de algum modo da
atividade criadora, ocupando o topo
da pirâmide criacional.

https://www.todamateria.com.br/a-criacao-de-adao-michelangelo/
AS CONCEPÇÕES JUDAICAS ACERCA DA
CRIAÇÃO

Como não existe na língua hebraica o termo para


A história do povo hebreu é sofrimento no sentido amplo e abstrato, como por
um dos capítulos da exemplo, o conceito moderno de “sofrimento
história universal em que é existencial”, é típico do pensamento e da literatura
possível verificar a judaica usar o sofrimento e enfermidades físicas e
presença constante e aguda dores específicas nos órgãos internos como
do sofrimento humano. metáforas do sofrimento generalizado, que atinge
toda a interioridade e exterioridade do ser
humano.

A questão do sofrimento também se relaciona com o


sistema de sacrifícios judaicos. O conjunto de
prescrições ritualísticas da lei mosaica acabou por
estabelecer uma relação com o sagrado mediada
pelo ciclo de dádivas e bençãos. Quanto mais se
oferece sacrifícios e ofertas mais se atrai o favor
divido. Quanto menos ou nada se oferece, menos
chance de se atrair a atenção divina. https://www.todamateria.com.br/a-criacao-de-adao-michelangelo/
O PARENTESCO
O parentesco é a primeira forma de organização
da vida em coletividade. É um sistema que
consiste em definir os limites da família, em
atribuir estatutos e papéis aos indivíduos e
subgrupos, em regular a atividade sexual do
grupo, em exprimir relações econômicas segundo
a idade, o sexo e o lugar dos indivíduos no grupo.
Parentesco se define pelo conjunto das relações
que unem geneticamente, ou seja, por filiação e
descendência, ou voluntariamente, por meio da
aliança, do pacto de fidelidade de um certo
número de indivíduos (LÉVI-STRAUSS, 1982).
Uma concepção tipicamente hebreia ou judaica
diz respeito à sacralidade da família,
principalmente dos pais.
O patriarca conduzia seu clã como uma
expressão de sua devoção a Yahweh.

https://estudodedeus.com.br/como-eram-as-familias-nos-tempos-biblicos /
O PARENTESCO
O sistema de
descendência, era
patrilinear, passava Na atualidade, os
de pai para filho, judeus estão divididos
mas também era quanto à questão da
androlinear, passava descendência. A
somente do pai para maioria dos judeus
o filho macho. acreditam na
matrilinearidade. O
que significa que a
descendência étnica é
herdada através da
mãe, ou seja, é judeu A crença na matrilinearidade surgiu
aquele que tem mãe posteriormente no judaísmo a partir de
judia. uma interpretação da corte de Esdras –
o Sinédrio, em hebraico sanhedrîn. Essa
interpretação da matrilinearidade está
fundamentada no fato de que
circunstancialmente é sempre possível
determinar a mãe de uma criança.
https://estudodedeus.com.br/como-eram-as-familias-nos-tempos-biblicos /
O MATRIMÔNIO E A SEXUALIDADE

O matrimônio judaico não é uma mera


relação entre um homem e uma mulher. É,
na verdade, um pacto fundamentado em
uma tríplice díade, sendo primeiro a que
vincula o homem e a mulher com a
instituição da conjugalidade, nas
obrigações de cuidado, manutenção,
responsabilidade, fidelidade e
indissolubilidade; a que vincula o casal com
a sociedade, na fidelidade para com a
manutenção linhagem endogâmica; e por
último, a que vincula o casal com Yahweh,
sendo este o pacto precípuo, expressão
máxima de fidelidade do qual os demais
vínculos são apenas analogias, são apenas
resultado do pacto sagrado com Yahweh.

https://bibliotecadopregador.com.br/casamento-na-biblia-costumes/
O PAPEL DA MULHER

O papel da mulher nos primórdios de Israel deve ser


analisado à luz do modo de vida nômade, seminômade e
campesino. Em todos esses contextos dificilmente há
assimetrias de gênero e estrutura hierárquica social
rigorosa. Todos os membros do grupo são de
fundamental importância para a manutenção e
sobrevivência do grupo. Por isso as relações são
simétricas.

https://bibliotecadopregador.com.br/casamento-na-biblia-costumes/
O PAPEL DA MULHER

A afirmação de que a mulher recebia


tratamento inferior no período patriarcal,
não encontra respaldo nos escritos da Torá.
Uma leitura atenta e criteriosa irá perceber
que há sim um tratamento igualitário e
simétrico, que posteriormente vai se
modificando nos períodos seguintes da
historiografia de Israel.
O LEVIRATO

O levirato também está


relacionado a outro preceito
muito importante para as
questões de descendência de
O levirato é um terno de natureza jurídica linhagens, herança e
que deriva do latim levir – “irmão do marido”. sobrevivência das famílias.
O levirato é uma instituição que tem como Trata-se da figura do go’el, “o
função resolver o problema da falta de protetor”. O go’el é o
descendência nos grupos clânicos de resgatador de bens para que
linhagem segmentária. Quando o homem uma família ao perder o seu
morria sem deixar descendentes, esperava- mantenedor ou as condições de
se que seu irmão solteiro esposasse a viúva manutenção, não fique na
para prover descendentes ao seu irmão miséria.
falecido.
https://hispanophone.ca/2022/03/17/el-matrimonio-leviratico-ayer-y-hoy/
DOCENTE
TEMA 05

A VIDA RELIGIOSA DOS HEBREUS


METAS DESTE TEMA:

• entender os aspectos religiosos do modo de vida


hebraico;
• conhecer fatores da transição do mundo hebraico para
o judaísmo;
• distinguir os diferentes modos de vida por trás do
texto bíblico;
AS FESTIVIDADES RELIGIOSAS

Dentre os múltiplos sentidos atribuídos às celebrações


estão: o agradecimento, o colhimento ao chegante, a
celebração de momentos da vida familiar, a celebração
da colheita, os rituais tradicionais, a memória, os ritos
de passagem, a solidariedade, a generosidade, a
gratuidade, a devoção, a diversão e a penitência.
Na antiguidade os povos tinham que conviver
constantemente com longos períodos de seca e escassez
de alimentos. Ter o que comer acaba adquirindo um
significado sagrado, indicando o favorecimento divino.
Todo alimento é compreendido como sendo uma dádiva
divina.
Entre os hebreus, não há maior gesto de união do que
participar de uma refeição com outra pessoa. Sentar-se
juntos à mesa e compartilhar o alimento é um sinal de
amizade, de união, de estima, de confiança e de apreço.

https://bibliotecadopregador.com.br/festas-judaicas/
O HABURAH

O haburah é uma refeição comunitária de múltiplos


formatos. Nesta, o formato não é importante, apenas o
sentido. Pode ser qualquer ocasião para celebração dos
laços fraternos, para promover a união, para apagar as
diferenças, fortalecer a mutualidade. Principalmente em
tempos adversos, tempos que em Israel somam-se muitos.
O haburah pode ser a celebração de um casamento, uma
aliança, um acordo de negócio, uma circuncisão e outros
momentos especiais. Carmo Filho (2003) nos informa que
haburah, provavelmente tenha-se originado do termo
heber, mesmo nome do patriarca, que significa “amigo”
(CARMO FILHO, 2003).

https://logosapologetica.com/da-pascoa-judaica-a-eucaristia-crista-a-historia-da-todah/
O QUIDDUS

O termo quiddus ou kidush em hebraico significa “benção”.


É a benção ou prece proferida a princípio para anunciar o
início do shabat, “dia de descanso”, ou em dias de festas.
Está relacionado à prescrição: “lembra do dia de sábado
para santificá-lo”. O anfitrião ou o chefe da família segura
o cálice e ora santificando-o (CARMO FILHO, 2003).

https://depositphotos.com/br/photos/shabat-shalom.html
A FESTA DA PÁSCOA O termo páscoa, pessach em
hebraico, tem o significado de
“passar por cima”, de “poupar”. É
comemorada no mês de abib, na
tradição hebraica, ou mês de nissan,
segundo a tradição babilônica. É o
primeiro mês do calendário judaico,
início da primavera. Corresponde aos
meses de março e abril no calendário
gregoriano.

A Páscoa é provavelmente a
celebração mais antiga entre os
hebreus.

https://guiame.com.br/gospel/mundo-cristao/e-possivel-celebrar-juntamente-pascoa-do-novo-
e-antigo-testamento.html
A FESTA DOS PÃES ÁZIMOS

A celebração dos pães ázimos, matzah em


hebraico, era comemorada com a chegada
da colheita da cevada, no início da
primavera. Uma oferenda das primícias da
colheita. A finalidade da celebração era o
aumento dos rebanhos e fecundidade dos
campos. Carmo Filho apresenta uma
interpretação teológica do significado dos
pães ázimos em diálogo com a teologia
paulina, em que se utilizam antigas
superstições judaicas, atribuindo um novo
sentido moral ao invés de metafísico.

https://www.esbocandoideias.com/2017/04/festa-dos-paes-asmos-
significado.html
A ARTE JUDAICA

De modo geral, não é possível estabelecer


uma distinção clara entre a arte hebreia
ou judaica e a dos demais povos em
períodos anteriores à dominação grega,
quando de fato se tem uma arte com
matizes e características próprias do
judaísmo. Sabe-se que a maioria dos
ofícios e das artes práticas pelos povos
do Oriente Próximo também eram
praticadas pelos hebreus. Entre elas
conta-se a xilogravura em metais e joias,
bordados e olaria (WISEMAN, 2006).

https://br.pinterest.com/pin/569916527820582302/
O ANICONISMO DAS RELIGIÕES ABRAÂMICAS

O aniconismo é a oposição ao uso


de representações do mundo
natural e sobrenatural nas
culturas e religiões abraâmicas
monoteístas.

Na lei mosaica encontra-se uma


clara proibição a respeito da
feitura de imagens, como se
encontra no livro do Êxodo (20,
4).
PRINCIPAIS CÓDIGOS LEGAIS DO PERÍODO PATRIARCAL

Ao invés dos pactos de vassalagem, a lei mosaica


mantém estreita vinculação com os principais códigos
civis, morais e religiosos da antiguidade. Por se tratar
de sociedades semelhantes, as questões enfrentadas
por elas também são semelhantes. Por isso há
semelhanças na linguagem, no princípio moral e na
filosofia jurídica. Além disso, é possível perceber
certo refinamento de senso moral e proporcionalidade
dos códigos mais antigos para os códigos mais novos.

https://docplayer.com.br/107973758-A-era-dos-patriarcas.html
DOCENTE
TEMA 06

A VIDA POLÍTICA DOS HEBREUS


METAS DESTE TEMA:

• entender os aspectos políticos do modo de


vida hebraico;

• compreender de que forma o ethos judaico


influenciou o texto bíblico.
A ORGANIZAÇÃO POLÍTICA NO PERÍODO TRIBAL
A ORGANIZAÇÃO POLÍTICA NO PERÍODO TRIBAL

Eram os chefes de clãs mais velhos que atuavam


ocasionalmente para dirimir os conflitos que
surgiam e também para liderar as tribos de Israel
contra os tiranos cananeus.

Os israelitas começam a abandonar o modo de


vida tribal, no processo da conquista de
territórios na terra de Canaã. Situação que
demanda uma nova organização política e social. É
neste contexto que surgem os juízes.

https://editoramentecrista.com/a-organizacao-de-israel-a-teocracia/
A ORGANIZAÇÃO POLÍTICA NA MONARQUIA

Não havia uma clara distinção entre poder


político e poder religioso entre os israelitas.
Em última instância, o poder político está
subordinado à religião.

A grande importância que os israelitas dão a esfera


religiosa é o elemento norteador da vida política, social
e econômica. Em termos de relevância e influência, a
esfera religiosa e a relação com Yahweh passou por
vários momentos de recrudescimento e arrefecimento,
que vão deste o nomadismo idólatra, o estabelecimento
em Canaã e formação de ethos religioso mosaico, o
descumprimento dos preceitos divinos, o sofrimento e
arrependimento exílico até o ciclo interminável de
dominações e diásporas.
https://arquisp.org.br/regiaosantana/reflexao/formacao/os-primeiros-passos-da-
monarquia-com-saul-davi-e-salomao
A GEOPOLÍTICA JUDAICA

No que tange à sua política externa, os hebreus sempre estiveram à


sombra das grandes potências do mundo antigo.

Com a formação do Estado monárquico surge o problema sobre como


deveria ser a organização política nesse novo contexto. Há na lei
mosaica uma riqueza de informações, detalhes e minúcias sobre o
comportamento coletivo, individual, sobre os sacerdotes, lugar,
posição e medidas especificas do tempo, mas não diz nada a
respeito de palácio ou corte.
AS TRANSFORMAÇÕES SOCIAIS E CULTURAIS NO PERÍODO
MONÁRQUICO

Dentro da estrutura monárquica, os anciãos que eram os sábios que


cumpriam funções esporádicas no contexto tribal, passam a fazer
parte da estrutura administrativa burocrática. E os homens que
eram convocados apenas em tempos de guerra são substituídos por
um exército profissional e por milícias de mercenários (KESSLER,
2009).
Com o reino dividido entre Judá ao sul e Israel ao norte, as
transformações na estrutura social atingem os dois reinos, porém,
mantendo certas especificidades em cada local.
AS TRANSFORMAÇÕES SOCIAIS E CULTURAIS PROVOCADAS PELO
EXÍLIO

No exílio os israelitas se
mostraram o povo de fácil
As invasões das potências do Oriente adaptação. Uma relativa coesão
Próximo nos reinos de Judá e Israel e uma habilidade de serem
foram responsáveis por longos “bons cidadãos” na terra de
processos de exílio sucedidos por seus algozes. Nesse sentido,
várias ondas de deportação. eles absorvem profundamente
o estilo de vida da sociedade
em que vivem. E, ao mesmo
tempo, mantêm sua
religiosidade e tradições
ancestrais.
EXÍLIO

É importante esclarecer que nem todos os


israelitas foram exilados nas diversas invasões
sofridas por Israel. Como forma de desestabilizar
a estrutura política e econômica das nações
invadidas, as elites dessas nações eram
preferencialmente expatriadas, deixando sempre
um remanescente, política e economicamente
acéfalo na terra devastada. Em Israel permaneceu
um remanescente de posse de uma terra
depauperada, porém, este terá fundamental
importância na manutenção de elementos da
religiosidade primitiva, como também na
estruturação do judaísmo veterotestamentário.

https://jus.com.br/artigos/79130/marcas-indeleveis-consideracoes-sobre-o-cativeiro-judeu-na-babilonia-a-luz-das-ciencias-da-religiao-historia-politica-e-direito
DOCENTE
FIM!

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