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CONTEXTOHISTÓRICO–FILOSÓFICO

DAEDUCAÇÃO
Profa. Esp. Nívia Carvalho
OBJETIVODADISCIPLINA

Esta disciplina visa articular o conhecimento de dois


campos de investigação educacional, a história da
educação e a filosofia da educação.

Com isto, compreendemos que o papel social de educar e


aprender apresenta diferentes características e que sofre
alterações conforme o contexto histórico, filosófico, político
e social de cada sociedade com que se está lidando.
PLANOS DE ESTUDO- UNIDADE 1
TÓPICO1-AEDUCAÇÃONASSOCIEDADESÁGRAFASEOSURGIMENTODAESCRITANAANTIGUIDADETÓPICO2- OMUNDOGRECO-
ROMANO:UMADASBASESEDUCACIONAISDASOCIEDADEOCIDENTAL TÓPICO3- IDADEMÉDIA:PATRÍSTICA, ESCOLÁSTICAE
NOMINALISMO

PLANOS DE ESTUDO- UNIDADE 2


TÓPICO1–DECLÍNIODOPENSAMENTOCRISTÃOEOFORTALECIMENTODOHUMANISMOMODERNO
TÓPICO2–AFORMAÇÃODOSISTEMALAICODEENSINONOOCIDENTECONTEMPORÂNEO
TÓPICO3–OSDESAFIOSEDUCACIONAISNOCONTEXTODAPÓS-MODERNIDADE

PLANOS DE ESTUDO- UNIDADE 3

TÓPICO1–CONTEXTOHISTÓRICO-FILOSÓFICOEDUCACIONALNOPERÍODOCOLONIALEIMPERIAL
TÓPICO2– CONTEXTOHISTÓRICO-FILOSÓFICOEDUCACIONALAPARTIRDAPROCLAMAÇÃODAREPÚBLICAENOSPRIMEIROSANOSDO
SÉCULOXX
TÓPICO3–CONTEXTOHISTÓRICOEINTELECTUALDASEGUNDAMETADEDOSÉCULOXX
UNIDADE 1
DAS SOCIEDADES ÁGRAFAS À
FUNDAÇÃODAS UNIVERSIDADES

» Ter elementos para a compreensãodo processo


de formação da educação nas sociedades sem
escrita;
» Relacionar a tradição greco-romana como uma das
raízes da educação ocidental;
» Compreender o processo de formação do sistema
ocidental cristão de educação;
» Avaliar diferentes formas de educação antes da
invenção da imprensa.
» Comunidades humanas que não possuem formas de escrita, uma visão linear
classifica que o homem “entra na história” deixando a pré-história após o
desenvolvimento da capacidade de escrita. Porém, não é pela ausência da
SOCIEDADES ÁGRAFAS

escrita que as sociedades teriam uma ausência de funções sociais.


Quando se trata do estudo das sociedades sem escrita que já desapareceram há
milhares de anos, o estudo fica a cargo de arqueólogos (profissionais que estudam os
vestígios fósseis de civilizações pré-históricas ou de civilizações perdidas há milhares de
anos) e paleontólogos (profissionais que estudam os fósseis da vida na Terra, não
obrigatoriamente vinculados aos seres humanos). Quando se trata do estudo de
sociedades contemporâneas, fica a cargo dos antropólogos, sociólogos
e historiadores. Antropólogos realizam o denominado trabalho de campo, passam
meses em uma tribo, buscando compreender sua língua e seu modo de funcionamento,
realizam o relato etnográfico, no qual apontam as características da população por eles
analisada.

» As sociedades ágrafas mais próximas aos brasileiros são as comunidades


indígenas, o termo índio provém do eurocentrismo dos primeiros navegadores
europeus que atingiram as costas litorâneas do continente americano e
denominaram os nativos índios por acreditarem estar pisando nas Índias (Ásia).
» Características: as trocas econômicas são naturais, não possuem as moedas como
SOCIEDADES ÁGRAFAS
símbolo econômico, há ausência de uma divisão de classes.

»As tarefas cotidianas são destinadas aos homens, e outras destinadas às mulheres.

MASCULINAS: questões ligadas à caça e


pesca de animais para a alimentação,
assim como a guerra.
FEMININAS: o preparo do alimento, assim
como a coleta de frutos e grãos –
agricultura.
CRIANÇAS: eram estimuladas a auxiliar os
adultos nas tarefas da tribo, divididas
conforme o sexo.
» Classificações das sociedades ágrafas:
SOCIEDADES ÁGRAFAS

SOCIEDADES NÔMADES se caracterizam pela


ausência de agricultura, sobrevivendo da coleta
de frutos e raízes. Eles utilizavam dos recursos
naturais como água e alimentos de um local e,
quando acabava, mudavam para outra região.

SOCIEDADES SEDENTÁRIAS possuem grande


produção agrícola e a existência de excedente,
permitia, como consequência, a fixação de
residência em um local determinado, por não
existir a necessidade de se migrar para a busca de
alimentação.

»Os indígenas brasileiros têm como principal característica o seminomadismo.


» Uma das principais classificações sobre a pré-história é a divisão:
PALEOLÍTICO período mais antigo, se caracteriza pelo período no qual os homens eram
SOCIEDADES ÁGRAFAS
nômades - Período anterior ao domínio do fogo.
MESOLÍTICO é um período intermediário - Período no qual o homem conseguiu
dominar o fogo.
NEOLÍTICO que tem como principal característica o processo de sedentarização - Período
da Revolução Agrícola (principal revolução tecnológica vivida durante a pré-história).
» Uma das principais transformações sociais que a sedentarização vivenciou foi o
surgimento do excedente, este gerado pela agricultura teve como um dos efeitos o
aumento da rivalidade entre as tribos, pois uma disputa pelas terras que apresentavam
melhores condições de plantio se tornou uma das principais ambições dos grupos
humanos. O excedente estimulou, nas diferentes sociedades, uma incipiente divisão do
trabalho. Todavia, a divisão era regida pela forma de organização social, em que se
pesava a faixa etária, a hereditariedade e o gênero.

» Funções: o líder político (entre os indígenas, denominamos cacique) e os xamãs, os


chefes espirituais das tribos (entre os indígenas, denominados pajés).
» O poder nas sociedades ágrafas era difuso, não se apresenta da forma racional e
hierarquizada como na sociedade ocidental, a educação era igualmente difusa
(aprender imitando);
EDUCAÇÃO NAS SOCIEDADES ÁGRAFAS

» Uma das principais características das sociedades ágrafas é a ausência de


instituições formais, no âmbito das instituições educacionais, estão ausentes creches,
escolas, colégios, universidades e faculdades.

» Os mitos possuem uma função pedagógica fundamental para a compreensão das


sociedades tribais, são uma forma de se passar o conhecimento dos antepassados,
dos ancestrais, para as populações contemporâneas. A mitologia tinha uma relação
clara com o processo educacional.

MITOS tinham a função de estabelecer uma


explicação sobre o surgimento dos seres
humanos, sobre a natureza, a contagem do
tempo e as condutas individuais - função
explicativa.
CHEFE TRIBAL função educacional com os mais jovens, sendo o líder, era exemplo de
coragem, carisma e astúcia com relação à superação das dificuldades cotidianas, que
poderiam ser causadas tanto pela ação da natureza, como secas e estiagens, assim
como cheias dos rios ou excesso de chuva, ao mesmo tempo que poderiam ser
ocasionadas pelas ações belicosas de tribos rivais. Assim, ao observar a postura do
PAPEL EDUCACIONAL

chefe tribal, que liderava as ações de caça e guerra, os meninos iam aprendendo sobre a
importância das habilidades com arco, flechas e pedras para a manutenção da tribo
enquanto organização social.

MÃE E PAI Em nossa sociedade, cabe a estas figuras o papel de primeiro educador, porém, nas
sociedades tribais, o principal papel da mãe, o de amamentar, poderia ser compartilhado com
outras mulheres em processo de lactação. Por vezes, o papel que caberia ao pai, de ser um
exemplo de masculinidade para a prole, era desempenhado pelo líder tribal.

XAMÃ uma das principais figuras educacionais era desempenhada pelo líder religioso. Isto porque
os líderes religiosos tinham função de grande destaque nas tribos. Em especial, por serem os
principais guardiões do conhecimento tribal com relação ao universo mítico, como também com
relação à utilização medicinal dos elementos da natureza. Os xamãs, por sua vez, educavam seu
sucessor, escolhido em geral dentre os meninos mais habilidosos da tribo.
HOMENS MAIS VELHOS No lugar do pai, um dos principais vetores de educação entre
as sociedades ágrafas eram os anciãos e as anciãs. As mulheres e os homens mais
velhos possuem uma grande importância para a tribo, pois a experiência no contato com
a natureza permitia a eles uma grande vantagem na luta cotidiana pela sobrevivência.
AS SOCIEDADES DO ANTIGO ORIENTE

SOCIEDADE EGÍPCIA

Característica: as pirâmides, as múmias (corpos


dos antigos membros da nobreza, que
passavam por este processo de manutenção
física, relacionado à religião). Como se tratava
de uma sociedade politeísta (crença em vários
deuses), tinham uma organização teocrática,
na qual o faraó, líder político daquela
civilização, tinha também responsabilidades
religiosas, sendo adorado como um deus.
AS SOCIEDADES DO ANTIGO ORIENTE
SOCIEDADE MESOPOTÂMICA quer dizer
“Terra entre Rios” (rios Tigre e Eufrates) a
constituição desta sociedade é marcada pela
presença dos povos sumérios, babilônicos e
caldeus. Possuíam uma religião
politeísta, marcada também pela
compreensão mítica das cheias dos rios e do
poder civil. Assim como a egípcia, era
marcada pela desigualdade social, sendo as
relações de trabalho vinculadas pela servidão.

SOCIEDADE ISRAELITA grupo fundado pelo patriarca Abraão, que fora chamada
por Deus, na cidade mesopotâmica de Ur, habitada pelo povo caldeu, para formar
um povo escolhido. Os israelitas tinham como principal diferença com relação às
demais sociedades do antigo Oriente o monoteísmo, isto é, a crença em um único
Deus.
AS SOCIEDADES DO ANTIGO ORIENTE SOCIEDADE FENÍCIA importante para a
compreensão da dinâmica socioeconômica d
mundo da antiguidade, grupo humano que o
caracterizou pelo comércio marítimo. Possuíam umase
forma de organização política na qual a presença
forte das cidades, com autonomia, era a principal
característica. Religião politeísta, na qual alguns
deuses possuíam grande destaque no panteão
(templo sagrado).

IMPÉRIO PERSA um dos primeiros impérios surgidos,


teve como seus mais célebres líderes Sargão e Ciro, o
Grande. Uma das principais conquistas foi o domínio
sobre o antigo Império Babilônico. A sociedade persa
viveu grande apogeu cultural, sendo desenvolvida
pelo povo persa uma das primeiras
religiões monoteístas do mundo, o zoroastrismo. O
modelo de sociedade persa entrou em rivalidade com
o mundo grego, sendo um dos mais importantes
eventos da história grega as denominadas
Guerras Médicas.
ASINSTITUIÇÕES E OPENSAMENTOEDUCACIONAL

» Os mesopotâmicos inventaram o primeiro


sistema de escrita da história, a denominada
escrita cuneiforme (cunha - ferramenta de
metal ou madeira). A invenção da escrita
possibilitou um grande desenvolvimento social,
econômico, político, como também nas
questões de inteligência e sentimentos portados
pelos homens.
» O desenvolvimento da escrita possibilitou aos
homens o desenvolvimento de normas escritas
de conduta, como o Código de Hamurábi, na
Mesopotâmia, os Dez Mandamentos, as tábuas
da lei de Moisés, presente entre os hebreus, tais
leis alteraram a forma de organização das
sociedades;
» Ampliação da possibilidade da realização de
cálculos numéricos;
» Os fenícios, foram os inventores do alfabeto.
Asociedade grega era dividida emcidades-estado, sendo as duas mais importantes Atenas e Esparta.
OPROCESSODEFORMAÇÃO HISTÓRICADA
SOCIEDADE GRECO-ROMANA

EliteAteniense
ESPARTANOS
Homens livres a Melhores terras
disposição do exército ATENIENSES
Grandes comerciantes
Direitos políticos

Homens livres “Estrangeiros”


PERIECOS Comerciantes e artesões METECOS Homens livres
Comerciantes e artesões

Homens presos a
terras, Dívida ou Guerra
HILOTAS ESCRAVOS
sustentavamos
espartanos

ESPARTA seguia um modelo autocrático de SOCIEDADE ATENIENSE tinha como principal


relações sociais, um exemplo de característica o desenvolvimento cultural.
sociedade militarizada e profundamente
hierarquizada - expansionismo militar.
» MITOLOGIA importante elemento cultural da Grécia;
» Por serem politeístas, os gregos acreditavam em vários deuses, estes, possuíam características
HISTÓRICA DA SOCIEDADE

antropomórficas (formas humanas), eram dotados dos mesmos sentimentos que os homens,
como: amor, ciúmes, inveja, raiva;
O PROCESSO DE FORMAÇÃO

» Monte Olimpo, morada dos deuses local onde eram cultuados, Um dos principais
festivais realizados pelos gregos eram as Olimpíadas, quando eram cultuados os deuses
em competições esportivas;
GRECO-ROMANA

» Também faziam parte do universo cultural grego algumas belas artes, com destaque para
o teatro e as esculturas. O Teatro de Dionísio (cultuado como o deus do vinho) foi uma
das principais casas de espetáculo, na qual se destacavam as tragédias e comédias;
» A cultura grega influenciou a sociedade romana;
» MITOLOGIA o principal mito romano é o da fundação da cidade imperial. Segundo uma antiga
lenda, dois irmãos, Rômulo e Remo, eram ainda bebês e foram criados por uma loba, que os
amamentou. Posteriormente, os dois foram os fundadores da principal cidade do mundo;
» Com relação à proximidade com os gregos, a mitologia romana também possuía seus deuses
específicos para as distintas atividades humanas, uma versão latinizada dos antigos deuses
gregos. Baco (versão latina de Dionísio) era o deus do vinho; Marte (versão latina de Ares), era o
deus da guerra;
» A sociedade greco-romana também teve em comum um mesmo sistema produtivo, marcado pelo
expansionismo militar e pela escravidão.
A FILOSOFIA GREGA E O PENSAMENTO » Apesar da grande popularidade e da presença da mitologia, a Grécia foi um
dos primeiros locais do mundo no qual se desenvolveu um modo não mitológico
de estruturar o pensamento sobre a natureza e a sociedade – filosofia grega.
» A palavra filosofia tem sua raiz etimológica (isto é, sua origem) em duas
palavras gregas, Filos e Sofia, que juntas podem ser traduzidas como “amante
da sabedoria”.
» A filosofia grega antiga é dividida em dois períodos: socrático e pré-socrático.
» SÓCRATES foi um cidadão ateniense amante do saber, e dono de uma
profunda capacidade de compreender a natureza humana e suas contradições.
Filho de uma parteira, desenvolveu um método denominado maiêutica -
possibilitar aos seres humanos “dar luz a novas ideias!”

» PLATÃO suas ideias são consideradas relevantes para o desenvolvimento


ROMANO

da filosofia até os dias atuais. No livro A República faz uma crítica à ação
dos demagogos, na Ágora. Por demagogos podem ser considerados os políticos
que possuem bela retórica, porém, são construtores de um discurso vazio, sem
ação prática nas palavras que dizem. Por isso, Platão defendia a ideia de que
apenas os sábios deveriam ter cargos políticos. Uma de suas principais formulações
é o denominado mito da caverna;
» O modelo de EDUCAÇÃO ESPARTANAestá em grande parte vinculado à possibilidade do Estado
em reger a vida dos indivíduos, por volta dos seis anos de idade, o menino espartano era
retirado de sua família, para que pudesse se transformar, na vida adulta, em um soldado que
CLÁSSICA: A CRIAÇÃO DE
A EDUCAÇÃO NAANTIGUIDADE

servisseaosinteressesdo Estadoespartano
»AsmulherestambémrecebiamumaeducaçãoemEsparta,noentanto,opoderpolíticoeomaior
investimento eram realizados em função dos rapazes, pois os futuros homens teriam destaque
social, ao liderar a polis espartana. Havia uma certa valorização da figura feminina, pois como
INSTITUIÇÕES

poderiamdaràluza novosguerreiros,as mulheres eramvalorizadaspelo corposocial.


» EDUCAÇÃO ATENIENSE (formar um cidadão) tinha comoprincipal função educar o membroda
polis, quevivia em um regime democrático,capacitar osindivíduosa assumir funçõespúblicas,
desenvolvidas napraçapública, naÁgora,olocal dasprincipais disputas políticas;
» A educação greco-romana teve aspectos distintos, extremamente evoluídos, ao possibilitar o
desenvolvimento intelectual da humanidade, e ao mesmo tempo restritos, ao excluir a maior
parte da população,queera compostapor escravos,assimcomoasmulheresque também não
eram educadas emsuamaioria.
A EDUCAÇÃO NA IDADE MÉDIA OCIDENTAL

» Na Idade Média existiam três grandes grupos sociais:


SERVOS: trabalhavam nas terras de um senhor, Para estes a educação ocorria no interior
das famílias, onde aprendiam a duras lidas lavrar a terra, realizar as orações e acompanhar
as missas. Tratava-se de uma camada que não possuía acesso à educação
institucionalizada. Em geral eram analfabetos, tendo um duro cotidiano de trabalho rural.
NOBREZA: eram proprietários rurais. Os jovens ingressavam na cavalaria e possuíam
uma educação para a guerra. Outros filhos da nobreza possuíam um “professor
particular”, o preceptor. No fim do período medieval surgiram as universidades.
SACERDOTES: a Igreja foi a principal instituição educacional da Idade Média. Para os
membros das ordens religiosas, a educação servia para a elevação do espírito.
PRECEPTORIA: A EDUCAÇÃO DA NOBREZA NA

» Enquanto os servos possuíam sua educação com a família, aprendendo as lidas da terra,
e parte da nobreza se dedicava à cavalaria, existiu um tipo específico de educação, a
preceptoria, uma espécie de ensino particular, em que um professor se dedicava a
ensinar os filhos de uma família rica. O preceptor era um tipo específico de professor
IDADE MÉDIA E NA IDADE MODERNA

particular, pois morava na mesma casa que o seu educando. Em geral, não era apenas um
professor que deveria ter predisposição para ensinar os rudimentos das chamadas sete
artes liberais, como também ser uma espécie de exemplo, na vida cotidiana, para seus
pupilos.
» As sete artes liberais eram conhecidas como Trivium e o Quadrivium:

TRIVIUM disciplinas de gramática, retórica e dialética;

QUADRIVIUM disciplinas de geometria, aritmética, astronomia e música .


» A principal característica da educação com base na preceptoria é a ausência de uma
institucionalização da educação primária. Ao invés de as crianças passarem a frequentar
um ambiente distinto do seu cotidiano e extrafamiliar para aprender a ler e escrever, o
sistema de preceptoria possibilitava que a educação ocorresse sem a necessidade de ser
mediado por outra organização que não a família. Os preceptores eram, em geral, homens
que tiveram uma formação sacerdotal.
» PATRÍSTICA teologia cristã surgida após a morte dos apóstolos e
findada com o desenvolvimento da Escolástica, no Ocidente, por
volta do século XI. Os teólogos e demais líderes cristãos na época
da perseguição do Império Romano foram chamados Pais da Igreja
ou Pais da Fé, por isso a denominação Patrística.
» A Patrística, enquanto movimento intelectual, foi favorável aos
sábios que buscaram aliar o conhecimento com a filosofia grega de
Platão.
» O principal nome da Patrística no Ocidente foi um discípulo de Santo
A PATRÍSTICA

Ambrósio:Agostinho de Hipona ou SantoAgostinho.


» A principal obra de Agostinho de Hipona sobre a Educação foi o De
Magistrum, em uma tradução literal, O mestre. Trata-se de um
diálogo de Agostinho com um discípulo, no qual o autor aponta sua
visão de educação, onde havia a necessidade de uma iluminação
divina para que o processo educativo pudesse ser desencadeado. A
ideia de um mestre ensinando discípulos, e em especial a obra De
Magistrum, revelam o quanto o cristianismo foi a base da educação
no Ocidente durante vários séculos.
MOVIMENTO CENOBITA E AS ORDENS MENDICANTES.
» As ordens religiosas compreendem o chamado clero regular, no qual os sacerdotes católicos passam as
suas vidas emcontemplação e dedicação exclusiva à instituição religiosa à qual pertencem.
OS MOSTEIROS E A EDUCAÇÃO MEDIEVAL:

» O clero secular é aquele formado por padres diocesanos, isto é, sacerdotes que vivem em contato direto com o
povo cristão, nas paróquias que estão sob a jurisdição de umbispo de umaregião determinada.
» As ordens religiosas foram fundadas em um período histórico de êxodo urbano no Império Romano do Ocidente.
Muitos dos moradores das cidades romanas abandonavam a cidade buscando uma vida mais tranquila em
pequenas cidades rurais. Assim, cristãos também faziam parte desta tendência migratória interna ao Império.
Todavia, no caso cristão, ao invés de serem movidos apenas por uma busca de vida melhor longe dos
conglomerados urbanos, os mesmos possuíam um ideal místico de salvação das almas. Este movimento cristão
de formação de comunidades de fé foi denominadomovimentocenobita.
» Na formação de ordens religiosas, a sociedade europeia passou por profundas transformações sociais, como as
Cruzadas e as formações de cidades, estas transformações se refletiram nas sensibilidades religiosas, surgindo
as chamadas ordens mendicantes: franciscanos e dominicanos. As ordens mendicantes recebem este nome
pela forma como os irmãos de fé se comprometem antes de entrar nelas, ter uma vida de pobreza, obediência e
castidade.
» Omovimento cenobita e as ordens mendicantes estruturaram os mosteiros e o modode ensino medieval.
» Escolástica se refere à teologia cristã formulada
a partir do século XI no Ocidente (cristandade latina).
A origem etimológica latina é scolarum (escola).
AESCOLÁSTICAEONOMINALISMO

Isto porque os principais intelectuais


escolásticos trabalhavam em instituições de ensino;
» Buscava conciliar a fé e a razão;
» São Tomás de Aquino foi o principal formulador
das teses escolásticas;
» Nominalismo baseava-se na ideia dos
universais, considerados como os conceitos que os
homens utilizam para pensar. Os universais passavam
a ser o ponto principal das reflexões filosóficas e
teológicas, não mais sendo a tentativa de junção
entre a fé e a razão, como na Escolástica;
» O Nominalismo foi uma corrente teológica do final
da Idade Média e teve como principais nomes
os teólogos Guilherme de Okham e Duns Scotto.
A Igreja foi uma fomentadora, porém, diversas outras instituições sociais e estratos da
população apoiavam a criação destas instituições de ensino. Entre os diversos fatores,
podemos citar o fomento à economia das cidades nas quais elas se encontravam, pois
uma grande gama de pessoas migrou para algumas cidades, como Coimbra, Salamanca
ou Paris, tornando-se um mercado consumidor para os produtos produzidos
pelas corporações de ofício e revendidos pelos comerciantes locais;
» Outra camada social que estimulou a criação de universidades foi o Estado Nacional em
processo de criação na Europa da Baixa Idade Média. Das universidades saíram os
AS UNIVERSIDADES

principais administradores da burocracia dos governos dos distintos países;


» Por vezes, o título de bacharel ou “letrado” era assemelhado (se não equivalente) a um
título nobiliárquico. Esta equiparação de status servia como um incentivo para jovens que
buscavam ascensão social. As universidades foram instituições surgidas com o apoio do
clero e que visavam o ensino de jovens para profissões liberais, como o direito e a
medicina. Estas profissões passaram a ter um forte status social, sendo também
buscadas por filhos da nobreza.
» Durante a Idade Média, o curso superior de maior prestígio era o de Teologia. Ele
formava o quadro dirigente da Igreja, principal instituição medieval. A Teologia era
reconhecida como a Rainha das Ciências;
» No decorrer dos séculos, as universidades conseguiram se afirmar como a principal
instituição do sistema de ensino, ao serem as formuladoras das reformas educacionais e
propositoras de novas ideias científicas.
DESAFIO
» MITO DAS CAVERNAS: o mito afirma que existia uma comunidade formada por
pessoas que viviam acorrentadas no interior de uma caverna e que enxergavam a
realidade através das sombras que uma parca iluminação projetava sobre uma
parede da caverna. Próximo à caverna existiam algumas estátuas, que formavam as
principais sombras. Assim, as pessoas acorrentadas foram nomeando as
sombras observadas. Todavia, caso alguém conseguisse se desamarrar e sair do
interior da caverna, veria que a realidade não era aquela que havia sido ensinada.
No entanto, ao voltar para a caverna, a probabilidade de as pessoas acreditarem no
que foi dito pelo homem que saiu da caverna era muito pequena, sendo
mais provável que os colegas ridicularizassem as afirmações do primeiro homem a
sair da caverna. Neste sentido, podemos pensar que estamos por vezes
acorrentados em uma caverna marcada pelas convenções que aprendemos. Uma
tarefa importante é tentarmos sair da caverna e nos libertar das amarras
que prendem nosso intelecto.
Lembre-se que no próximo encontro será liberada a Avaliação I
(Questões objetivas referente a Unidade 1)

BONS ESTUDOS!!

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