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A CONDIÇÃO DA MULHER NA SOCIEDADE BRASILEIRA – LINHA DO TEMPO

PERÍODO COLONIAL BRASILEIRO (XVI E XIX): DE 1530 A


1822 - a educação da mulher era realizada em casa e tudo o
que elas precisavam aprender era como ser uma boa
esposa, uma boa mãe e a cuidar do lar.

1823: manifesto assinado por 120 mulheres em apoio ao


processo de independência e também reivindicando um
lugar nesse novo Brasil que se formava.

NO SEGUNDO REINADO (1831-1889) ocorreu o início da


educação feminina no país – inauguração do Colégio
Florence, em Campinas - Currículo escolar feminino:
incluía basicamente aulas de afazeres doméstico, costura,
português e artes manuais - Matérias como cálculo, eram
autorizadas apenas para os meninos.

Florescimento da literatura nacional brasileira e a formação


de uma imprensa feminina, editada, escrita e dirigida por e
para as mulheres, como parte dos efeitos das
transformações sociais e culturais que estavam ocorrendo
no país.
•Século XIX: intensificação das discussões sobre o
papel das mulheres na sociedade: a busca por
igualdade começam a ganhar força, e muitas mulheres
passam a escrever e publicar artigos e livros na
Europa e na América.

•No Brasil, essas mudanças acontecem lentamente,


como relata Norma Telles, no artigo “Escritoras,
escritas, escrituras” (“História das Mulheres no Brasil”,
ed. Contexto/Unesp, 1997).

•1875 (início da profissionalização das mulheres) “na


carreira do magistério. O ensino superior ainda era um
direito exclusivo dos homens.

•1961, “Lei de Diretrizes e Bases da Educação


Nacional” LDB/61: garantiu a equivalência de todos os
cursos de grau médio, abrindo a possibilidade para as
mulheres que faziam magistério de disputar os
vestibulares.
RACISMO INSTITUCIONAL E APROPRIAÇÃO CULTURAL

o racismo é institucionalizado quando faz parte das


medidas do estado, de uma empresa ou outros tipos de
organização.
EXEMPLOS: o regime nazista na Alemanha, que
resultou no assassinato de milhões de judeus pelo
estado (holocausto), e a segregação racial nos Estados
Unidos e na África do Sul (apartheid).

Apropriação cultural é um conceito antropológico,


segundo o qual características simbólicas da cultura
minoritária são utilizadas pela cultura dominante. A
apropriação cultural por parte da cultura dominante
não faz referência às práticas rituais e as lutas dos
povos, muitas vezes banalizando e estereotipando os
usos e costumes da cultura minoritária.

EXEMPLO: O Blackface
DESIGUALDADE ECONOMICA E SOCIAL O acesso também foi menor para as crianças
que vivem em áreas rurais. Em meados de
A questão social atravessa a história da 2021, o envolvimento em atividades escolares
formação da sociedade brasileira como fruto ainda era afetado de forma desigual pela
das desigualdades econômicas, políticas e pandemia.
culturais, cujas expressões mais latentes são a
questão de classe, a questão racial e as Metade das crianças que viviam em um domicílio
desigualdades regionais. entre os 20% mais pobres da população
estava envolvida (presencialmente ou
A pandemia gerou um alto custo para a virtualmente) em atividades escolares durante
acumulação de capital humano a longo prazo e toda a semana, enquanto esse era o caso de
ampliou a lacuna de desigualdade. três em cada quatro crianças nas famílias
mais ricas.
NORTE E NORDESTE DO BRASIL

Em novembro de 2020, 27,8% das crianças das


regiões Norte e Nordeste, as mais pobres do
país, não estavam matriculadas ou não tinham
acesso às atividades escolares. 
A tribo não possui um rei, mas um chefe que não é chefe de Estado. O que significa isso? Simplesmente
que o chefe não dispõe de nenhuma autoridade, de nenhum poder de coerção, de nenhum meio de dar
uma ordem. O chefe não é um comandante, as pessoas da tribo não têm nenhum dever de obediência. O
espaço da chefia não é o lugar do poder. Essencialmente encarregado de eliminar conflitos que podem
surgir entre indivíduos, famílias e linhagens, o chefe só dispõe, para restabelecer a ordem e a
concórdia, do prestígio que lhe reconhece a sociedade. Mas evidentemente prestígio não significa
poder, e os meios que o chefe detém para realizar sua tarefa de pacificador limitam-se ao uso
exclusivo da palavra.
CLASTRES, P. A sociedade contra o Estado. Rio de Janeiro. Francisco Alves, 1982 (adaptado).
07. O povo Kambeba é o povo das águas. Os mais velhos costumam contar
que o povo nasceu de uma gota - d’água que caiu do céu em uma grande
chuva. Nessa gota estavam duas gotículas: o homem e a mulher. “Por essa
narrativa e cosmologia indígena de que nós somos o povo das águas é que o
rio nos tem fundamental importância”, diz Márcia Wayna Kambeba, mestre em
Geografia e escritora. Todos os dias, ela ia com o pai observar o rio. Ia em
silêncio e, antes que tomasse para si a palavra, era interrompida. “Ouça o rio”,
o pai dizia. Depois de cerca de duas horas a ouvir as águas do Solimões, ela
mergulhava. “Confie no rio e aprenda com ele”. “Fui entender mais tarde, com
meus estudos e vivências, que meu pai estava me apresentando à sabedoria
milenar do rio”. Rios amazônicos influenciam no agro e em reservatórios do
Sudeste.
 Disponível em: www.uol.com.br. Acesso em: 14 out. 2021.
 
A história do Primeiro de Maio de 1890 — na França
e na Europa, o primeiro de todos os Primeiros de
Maio — é, sob vários aspectos, exemplar. Resultante
de um ato político deliberado, essa manifestação
ilustra o lado voluntário da construção de uma classe
— a classe operária — à qual os socialistas tentam
dar uma unidade política e cultural através daquela
pedagogia da festa cujo princípio, eficácia e limites há
muito tempo tinham sido experimentados pela
Revolução Francesa.
PERROT, M. Os excluídos da história: operários, mulheres e
prisioneiros. Rio de Janeiro: Paz e Terra, 1988.

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