Você está na página 1de 45

Universidade Pitágoras Unopar Anhanguera

Curso de Farmácia

FORMAS
FARMACÊUTICAS

André Alves
Formas farmacêuticas
• É a forma física de apresentação de um
medicamento, ou seja, se ele foi produzido
na forma sólida (comprimidos, cápsulas,
pós), forma líquida (soluções, elixir, xarope),
semi-sólida (pasta, pomada, gel, creme)...

• PÓ (Anvisa): forma farmacêutica sólida
contendo um ou mais princípios ativos secos e
com tamanho de partícula reduzido, com ou
sem excipientes.
GRANULADOS
• GRANULADOS (Anvisa): forma farmacêutica
sólida contendo uma dose única de um ou
mais princípios ativos, com ou sem
excipientes. Consiste de agregados sólidos e
secos de volumes uniformes de partículas de
pó resistentes ao manuseio.
Pó x Granulado
Pó (“mais fino”)

Granulado (“mais grosso”)


COMPRIMIDOS
• COMPRIMIDOS (Anvisa): forma farmacêutica
sólida contendo uma dose única de um ou
mais princípios ativos, com ou sem
excipientes, obtida pela compressão de
volumes uniformes de partículas. Pode ser de
uma ampla variedade de tamanhos e
formatos, apresentar marcações na superfície
e ser revestido ou não.
COMPRIMIDOS
• (sem revestimento)
COMPRIMIDOS
• Revestidos
COMPRIMIDOS
• Dispersíveis
COMPRIMIDOS
• Liberação prolongada ou liberação retardada
COMPRIMIDOS
• Efervescentes
COMPRIMIDOS
• Sublinguais
COMPRIMIDOS
• Mastigáveis
DRÁGEAS
• DRÁGEAS: são Formas farmacêuticas
recobertas por diversas camadas de açúcar,
ceras e outros adjuvantes, que conferem
proteção e resistência às agressões do ácido
gástrico.
QUANTO AO USO DE
COMPRIMIDOS, DRÁGEAS

• Jamais quebrar ou partir qualquer tipo de


comprimidos e drágea;
• Não mastigar (com exceção dos mastigáveis);
• Tomar com água (usar com outras bebidas,
converse antes com o farmacêutico);
• Os comprimidos devem ser tomados sem
sofrer mudança física.
CÁPSULAS
• CÁPSULAS (ANVISA): forma farmacêutica
sólida na qual o(s) princípio(s) ativo(s) e/ou os
excipientes estão contidos em invólucro
solúvel duro ou mole, de formatos e
tamanhos variados, usualmente contendo
uma dose única do princípio ativo.
Normalmente é formada de gelatina, mas
pode também ser de amido ou de outras
substâncias.
• Cápsula

O conteúdo interno de uma cápsula pode ser


um pó, grânulos, pellets e até mesmo líquido.
Quanto à utilização de
Cápsulas.

• Não devemos abrir afim de dissolver o


conteúdo da cápsula em um líquido;
O invólucro de gelatina da cápsula irá
garantir a proteção do princípio ativo,
presente na fórmula, da agressão do ácido
clorídrico produzido pelo estômago.
SUPOSITÓRIO
• SUPOSITÓRIO (ANVISA): forma farmacêutica
sólida de vários tamanhos e formatos,
adaptada para introdução no orifício retal,
vaginal ou uretral do corpo humano,
contendo um ou mais princípios ativos
dissolvidos ou dispersos numa base adequada.
Os supositórios fundem-se, derretem ou
dissolvem na temperatura do corpo.
• SUPOSITÓRIO
ÓVULO
• ÓVULO (ANVISA): forma farmacêutica sólida
de dose única que pode ter vários formatos,
mas que é usualmente ovóide. Contém um ou
mais princípios ativos dispersos ou dissolvidos
em uma base adequada. Adaptado para
introdução no orifício vaginal, fundem-se,
derretem ou dissolvem na temperatura do
corpo.
• Óvulo
VIA DE ADMINISTRAÇÃO
Extraído de: ANVISA, 2010. O que devemos saber sobre medicamentos.
Sólidos - Vias de administração
Sólidos –
Principais Vias de Administração
Via oral

• Via Oral: é a via em que toda administração de


medicamentos acontece através da deglutição ou
da sua colocação diretamente no estômago, por
meio de sondas. A absorção acontece na boca,
estômago e intestino delgado.
Via oral
• Vantagens
• Facilidade de Administração
• Via de administração mais comum
• Distribuição do fármaco é lenta, evita-se a ocorrência de
níveis sanguíneos elevados de uma forma rápida.
• Menor probabilidade de efeitos adversos
• Possibilidade do uso de lavagem gástrica, em caso de
intoxicação.
Via oral
• Desvantagens
• Variação da taxa de absorção
– motilidade gastrointestinal
– fluxo sanguíneo esplênico
– tamanho das partículas e formulação
– fatores físico-químicos
• Efeito de primeira passagem
• Irritação da mucosa gástrica

•Contra-indicação:
• náuseas e vômitos
• diarreias
• pacientes com dificuldades para engolir
Via oral
Via oral
• Medicamentos que devem ser tomados com o
estômago vazio:
– Necessitam do ambiente mais ácido do estômago para
poderem ser absorvidos
– Norfloxacino, Captopril, Omeprazol, Cefalexina,
Cefadroxila, Azitromicina, Doxiciclina, Loratadina, Sulfato
ferroso, Rifampicina, Ciprofloxacino (pode ser tomado
com refeições leves, desde que não contenham leite e
derivados)
– Estômago vazio é considerado quando se está em jejum,
ou 1 hora antes ou 2 depois das refeições.
Via oral
• Medicamentos que devem ser tomados com
alimentos (estômago cheio):
– Cetoconazol, Itraconazol, Hidralazina, Pentoxifilina,
Predinisona, Valproato de sódio, Carbamazepina
• Medicamentos que podem ser tomados com o
estômago cheio ou vazio:
– Alopurinol, Amoxicilina, Amiodarona, Diclofenaco
Via Retal
• Via Retal: É a via na qual a introdução de
medicamentos é realizada através do ânus, sob a
forma de supositório, pomada ou creme e/ou clister
medicamentoso (é a introdução de pequena
quantidade de líquidos via retal, até 150ml, sendo
que acima desta quantidade é chamado de
enteroclisma ou lavagem intestinal).
Via retal
• Empregada para administração de ação local ou
sistêmica
• O revestimento fino do reto e a irrigação sanguínea
abundante permitem uma absorção rápida do fármaco.
• 50% do fluxo venoso retal tem acesso à circulação porta.
• Vantagens:
• Pode ser usada quando o paciente não podem ingerir
medicamento
• Boa opção para uso pediátirco
• Parte do medicamento não sofre efeito de primeira passagem
• Não produz irritação gástrica
Via retal
• Vantagens:
• Pode ser usada quando o paciente não podem ingerir
medicamento
• Boa opção para uso pediátrico
• Parte do medicamento não sofre efeito de primeira passagem
• Não produz irritação gástrica

• Desvantagens:
• Absorção errática e irregular
• Pode irritar a mucosa anal
• Pode desencadear o reflexo de defecação
• Muitos pacientes tem aversão por esta via
Via Sublingual

• Via Sublingual: Na via sublingual os medicamentos são


colocados sob a língua e a absorção se dá nos vasos
sanguíneos existentes neste local.
• Esta via é muitas vezes utilizada para administrar
medicamentos em situações urgentes, principalmente
para o tratamento de problemas cardíacos.
Vantagens
• Permite a absorção de medicamentos de forma
muito rápida;
• Impede que alguns medicamentos sejam inativados
pelo suco gástrico;
• Facilita o tratamento no caso de pessoas com
dificuldade para engolir comprimidos, como
crianças, idosos ou pessoas com problemas
psiquiátricos/neurológicos;
• Rápida dissolução do remédio, sem que seja
necessário água.
Desvantagens
• Interfere com bebidas, alimentos ou fala;
• Tem uma duração de ação curta;
• Não pode ser usado quando a pessoa está
inconsciente ou não cooperante;
• Permite apenas a administração de pequenas
doses;
• Difícil de usar com substâncias ativas com
sabor desagradável.
Exemplos...
• nitroglicerina, para casos de infarto, em que é
necessário atuar com urgência para evitar
sequelas;
• o zolmitriptano, que é um remédio indicado
para a enxaqueca; ou a buprenorfina, que é
indicada para dores muito fortes e/ou
crônicas
Via Vaginal
• Alguns medicamentos podem ser
administrados via vaginal na forma de
solução, comprimido, creme, gel, supositório
ou anel. O medicamento é lentamente
absorvido pela parede vaginal. Esta via é
usada com frequência para administrar
estrogênio a mulheres durante a menopausa
para aliviar sintomas vaginais, como secura,
dor e vermelhidão.
Vantagens
• Ação local;

Desvantagens
• Adesão ao paciente;
• Absorção sistêmica;
• Irritações ou reações alérgicas;
• Necessidade de orientação para uso.
Formas farmacêuticas x Vias de
administração

• Via Oral
– Comprimidos , Cápsulas, Pós, Granulados
(efervescentes).

• Via Sublingual
– Comprimidos, Pastilhas
Vias de administração x Formas
farmacêuticas

• Retal
–Supositórios, Cápsulas Retais.

• Via Vaginal
–Óvulos, Comprimidos vaginais, Cápsulas vaginais.
Conclusão...
Podem existir várias formas farmacêuticas de
um determinado princípio ativo. Os motivos são:
• Facilitar a administração;
• Garantir a precisão da dose;
• Proteger a substância durante o percurso pelo
organismo;
• Garantir a presença no local de ação;
• Facilitar a ingestão da substância ativa.

Você também pode gostar