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Universidade catálica de moҫambique

Faculdade de ciências de saúde

Cadeira de farmácia galénica

Docente: Teresa Pinto Não Sabia

Aula nº31 e 32

Tema5: Administraҫão e acҫão dos medicamento.


 Formas farmacêuticas. Vantagens, incovenientes, riscos

 Objectivos: conhecer os conceitos ligados a Administraҫão e acҫão


dos medicamento.
• Formas farmacêuticas
• Formas farmacêuticas líquidas: soluções, suspensões e emulsões Formas
farmacêuticas sólidas: comprimidos, cápsulas e drágeas.
• Comprimidos – discóides e obtidos pela compressão de substâncias
ativas, excipientes e outros adjuvantes;
• Comprimidos efervescentes não fazem parte deste grupo, pois são
dissolvidos antes da ingestão;
• Drágeas: tipo de comprimido revestido (mascarar odor ou gosto
desagradável ou proteger fármacos sensíveis);
• Cápsulas: invólucro alongado, geralmente de gelatina que contém a
substância ativa na forma de pó, granulado ou solução.
• Comprimido matrix: a substância ativa se encontra impregnada em
uma matriz de forma a ser liberar lentamente para o meio.
• Nas formas líquidas a substância ativa começa a ser absorvida no
estômago.
• As formas sólidas exigem a desagregação do comprimido ou abertura
da cápsula – desintegração antes da dissolução da substância ativa
para que possa ocorrer passagem pela mucosa gastrintestinal e
absorção na corrente sangüínea;
• Comprimidos revestidos: desintegração e dissolução ocorre no
duodeno.
• A liberação da substância ativa, o local e a velocidade de absorção é
determinada pela escolha correta da forma farmacêutica pelo
fabricante.
• As Formas Farmacêuticas Líquidas
• Soluções: aquosas ou alcoólicas – embasadas em frascos especiais
que permitem a dosificação exata pelo número de gotas. Permite
ajuste de doses individuais.
• Suspensões: presença de pequenas partículas da substância ativa,
insolúveis no líquido. Risco de sedimentação no armazenamento.
• Emulsões: separação de pequenas gotas de uma substância ativa
líquida em outro líquido, óleo em água. Risco de “quebrar” no
armazenamento.
• Formas farmacêuticas para uso parenteral
• Solução injetável: injeção intravenosa, intramuscular ou subcutânea;
• Suspensão de cristais: via intramuscular, subcutânea e intraarticular;
• Aerossóis: (nebulização de substâncias ativas sobre mucosas
acessíveis externamente- como o trato respiratório). Um aerossol
compreende a dispersão de partículas sólidas ou líquidas em um gás.
• Supositórios ou óvulos: aplicação de substância ativa sobre a mucosa
do reto (ação sistêmica) ou vaginal (ação local).
• Pós, pomadas e pastas: podem ou não conter substâncias ativas.
Ação local e mais raramente pode ter efeito sistêmico.
• VIAS DE ADMINISTRAÇÃO ENTERAIS E PARENTERAIS
• Enterais: Vias sublingual, bucal, oral e retal
• Parenterais: Diretas: intravenosa, intramuscular, subcutânea...
Indiretas: cutânea, respiratória, conjuntival, audetivo...
• Métodos de administração: injeção, instilação, deglutição, fricção...
• Formas farmacêuticas: comprimidos, cápsulas, drágeas, soluções,
xaropes, cremes pomadas...
• Efeitos: Sistêmicos e Locais
• PRINCIPAIS VIAS DE ADMINISTRAÇÃO DE FÁRMACOS
• ENTERAIS: Oral ou Bucal, sublingual e retal
• PARENTERAIS: DIRETAS e INDIRETAS
• Diretas: Intravenosa, Intramuscular, Subcutânea, Intradérmica, Intra-arterial,
Intracardíaca, Intratecal, Peridural e Intra-articular
• Indiretas: Cutânea, Respiratória, Conjuntival Retal, Geniturinária e Intracanal
• VIAS ENTERAIS
• Vantagens:
• 1. Comodidade de aplicação
• 2. Menor custo de preparação
• 3. [ ] plasmáticas atingidas gradualmente, minimizando efeitos adversos
• Desvantagens: Fármacos que se absorvem mal pela digestiva:
• inativados pelo sucos digestivos;
• formam complexos insolúveis com alimentos;
• sofrem metabolismo de primeira passagem;
• são muito irritantes a mucosa digestiva;
• Não deve ser usado quando há êmese ou dificuldade de deglutição;
• Sabor e odor desagradável dificultam a deglutição.
• 2. VIA BUCAL: Administração de fármacos de efeito local.
• Formas farmacêuticas: Soluções, géis, colutórios, orobases, dentifrícios, vernizes
e dispositivos de ação lenta.
• Métodos de administração: Aplicação, fricção, instilação, irrigação, aerossol e
bochecho.
• 3. VIA SUB-LINGUAL
• Vantagens
• Retenção do fármaco por tempo maior;
• Absorção rápida de pequenas doses devido a rico suprimento sanguíneo e à
pouca espessura da mucosa absortiva;
• O fármaco absorvido passa diretamente à corrente circulatória.
• 4. VIA RETAL
• Utilizada em pacientes com vômitos, inconsciente ou que não sabem deglutir.
• Vantagens
• Protege fármacos suscetíveis das inativações gastrintestinais e hepáticas, pois
50% do fluxo venoso retal têm acesso à circulação porta.
• Desvantagens
• Incomodidade de administração
• Possibilidade de irritação na mucosa e absorção errática Formas farmacêuticas:
soluções, suspensões e supositórios.
• Métodos de administração: aplicações e enemas
• VIAS PARENTERAIS
• VIAS DIRETAS
• Riscos
• Efeitos adversos: respiração irregular, queda de pressão sangüínea e arritmias
cardíacas.
• Risco de introdução acidental de material particulado ou de ar na veia
(embolização)
• Menos segura, só deve ser usada em situações específicas.

• Vantagens: Efeito imediato e níveis plasmáticos previsíveis.


• 100% de biodisponibilidade
• Indicação em emergências médicas e em presença de baixo fluxo sangüíneo
periférico (choque)
• Infusão de substâncias irritantes por outras vias ou de grandes volumes
• Desvantagens:
• Necessidade de assepsia e pessoa treinada
• Incomodidade para o paciente
• Menor segurança, efeitos agudos e intensos podem ser adversos
• Maior custo de preparação
• efeitos locais indesejáveis (flebite, infecção, trombose)
• VIAS DIRETAS
• Formas farmacêuticas: Soluções aquosas, oleosas e suspensões
• Métodos de administração: Injeção profunda, para que ultrapasse a pele e o
tecido subcutâneo.
• Usar agulha de bisel longo. Não ultrapassar 10 mL.
• Vantagens
• É mais segura que a intravenosa
• A absorção depende do fluxo sanguíneo local e o grupo muscular utilizado.
• Administração de formulações de absorção sustentada (suspensões, compostos
tipo ester ou associações com compostos orgânicos viscosos).
• Alguns fármacos fazem depósito no músculo promovendo [ ] plasmáticas
terapêuticas prolongadas. ex. Penicilina G benzatina (3 a 4 semanas).
• Desvantagens:
• Efeitos adversos locais: dor, desconforto, dano celular, hematoma, abscessos
estéreis ou sépticos e reações alérgicas.
• 3. VIAS SUBCUTÂNEA E SUBMUCOSA
• Emprego de pequenas quantidades de fármaco Propicia início de efeito mais
lento.
• Métodos de administração: Usar agulha de bisel curto. Injetar de 0,5 a 2 mL.
• Desvatagens: Efeitos adversos Dor local, abscessos estéreis, infecções e
fibroses.
• 5. VIA INTRATECAL: Espaço subaracnóidea e ventrículos cerebrais.
• Utilizada para fármacos que não atravessam a barreira hematoencefálica.
• Via subaracnoidiana é empregada em raquianestesia.
• Requer técnica especializada, não é isenta de riscos.
• VIAS INDIRETAS
• 1.VIA CUTÂNEA
• Efeitos tópicos.
• Desvantagem: Pode produzir efeitos sistêmicos, terapêuticos ou tóxicos.
• A absorção depende de área de exposição, difusão do fármaco na derme (alta
lipossolubilidade), temperatura e estado de hidratação da pele.
• Formas farmacêuticas: soluções, cremes, pomadas, óleos, loções, unguentos,
geléias e adesivos sólidos (absorção transcutânea e efeitos sistêmicos).
• Métodos de administração: aplicação, fricção e banhos
• 2.VIA MUCOSA: Ricamente vascularizada, fácil absorção de princípios ativos.
Têm ação local e quando captados pela corrente sanguínea, sistêmica.
• Métodos de administração Aplicação, irrigação, instilação e aerossol
• 3.VIA RESPIRATÓRIA: Desde a mucosa nasal até os alvéolos.
• Vantagem: Pode ser usada para efeitos locais ou sistêmicos (anestésicos
inalatórios).
• Administração de pequenas doses com rápida, ação e poucos efeitos
adversos sistêmicos.
• Desvaneagens: Pode levar a irritação da mucosa.
• Pode ocorrer perda de efeito por deposição de partículas inaladas na via
aérea superior ou impedimento da progressão ao trato respiratório inferior
devido à secreções.
• Outras utilizações sistêmicas, ex. insulina para diabete melito e midazolam
para sedação pré-operatória infantil
• Métodos de administração
• Inalação, sob a forma de gás ou em pequenas partículas líquidas ou sólidas,
geradas por nebulização ou aerossóis. Os gases são absorvidos nos alvéolos e
os demais se depositam ao longo da via.
• 4.VIA CONJUNTIVAL E GENITURINÁRIA
• Utilizada para efeitos locais. Formas farmacêuticas Cremes, pomadas, geléias,
soluções, comprimidos, óvulos vaginais. Métodos de administração Aplicação,
instilação
• 5. VIA INTRACANAL
• Uso exclusivo em odontologia. Canal radicular dentário e zona pulpar. Efeito
local.

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