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Universidade catálica de moҫambique

FACULDADE DE CIÊNCIAS DE SAÚDE

CADEIRA DE FARMÁCIA GALÉNICA

DOCENTE: TERESA PINTO NÃO SABIA

AULA Nº25 E 26

TEMA 4:criterios de classificacao de medicamentos,


 Sumário: Número de substâncias activas, Tipo de administraҫão, Sistema
terapêutico subjacente.
 Modo de preparaҫão, conservaҫão e naturesa de AIM.

 Objectivos: conhecer aspectos sobre; Número de substâncias activas, Tipo


de administraҫão,Modo de preparaҫão, conservaҫão e naturesa de AIM dos
medicamentos.
 Classificação dos medicamentos
 Os medicamentos podem ser classificados em simples ou
compostos, de uso externo ou interno. Se atendermos ao
número de substâncias activas podemos classificar de simples
os medicamentos que têm apenas uma substância activa e de
compostos os que tem mais que uma substância activa.
 Quanto ao tipo de administração podem-se classificar em
interno e externo (tem que ser bem assinalados aparecendo
nas embalagens) o “uso externo”; podem ser apenas usados
no meio externo, ou seja, pele ou mucosas acessíveis do
exterior.
 quanto ao sistema terapêutico subjacente
 Existem duas vertentes de medicamentos:
 medicamentos alopáticos - são os o medicamentos usuais estudados
no âmbito da farmacologia; a substância activa vai ter uma acção que
contraria o estado fisiopatológico;
 medicamentos homeopáticos - São medicamentos com alguma
tradição dependendo do país, não havendo hoje ainda muitos
prescritores para este grupo de medicamentos; a área da homeopatia
é uma área científica considerada no âmbito da Farmacopeia
portuguesa; é uma matéria com base científica mas contém também
parte que não assenta em bases científicas. O objectivo desta corrente
é provocar uma acção semelhante ao estado fisiopatológico.
 com que objectivo? Para estimular o organismo através
do seu sistema himunitário proporcionando uma auto-
cura; os glóbulos brancos são células envolvidas nas
nossas capacidades de defesa e são mobilizadas por
este tipo de terapia. Apesar disso não é eficaz para
todos os casos: em síndromes gripais não se obtém
bons resultados; uma forma de perceber o modo de
actuação da homeopatia é fazendo analogia com a
base científica assente na das vacinas.
 Deve-se ter em conta dois pontos de vista desta
corrente:

 todo o medicamento activo provoca uma "doença";

 deve imitar-se a natureza; cura-se uma doença com


outra doença (contra-doença), ou seja, numa doença
que se pretende curar usa-se o medicamento que
consegue causar uma doença artificial semelhante;
 A homeopatia obedece ao princípio da dinamização:
dilui-se as substâncias activas com substâncias inertes
várias vezes de modo a modular a doença; tem-se
assim muito pouca quantidade de substância activa
para que a contra-doença não seja prejudicial.

 Princípios da homeopatia:

 similitude: no indivíduo saudável, o preparado homeopático


causa doença que é semelhante em sintomas à doença que o
indivíduo doente tem;

 totalidade: tratamento como um todo e não como uma doença


determinada;
 infinitesimalidade: o uso de inúmeras diluições; diluições do
tipo decimal e de tipo centasimal; usa-se a agitação forte para
promover a transferência da energia da substância activa para
as substâncias inertes;
 Algumas diluições são superiores ao número de
Avogadro e já não contêm qualquer substância activa.
 As farmacopeias abarcam as preparações
homeopáticas. Por exemplo a farmacopeia francesa
tem partes de monografias dedicadas à homeopatia.
Classificações dos medicamentos quanto à sua dispensa
 Medicamentos não sujeitos a receita médica(MNSRM)- São
aqueles em que o farmacêutico tem um papel activo no
aconselhamento e é o técnico de saúde que controla a sua
dispensa;
 Medicamentos sujeitos a receita médica(MSRM)- existem
vários tipos de situações.
 Os medicamentos sujeitos a receita médica estão
regulamentados por decretos de lei. Legalmente não existem
ainda receitas médicas renováveis. É o artigo 3.º que refere as
situações em que deve haver prescrição.
 Devem ser prescritos medicamentos que podem constituir risco
e portanto estão sujeitos ao controlo de dois profissionais de
saúde: o farmacêutico e o médico;
 Medicamentos com outras finalidades que não sejam o
uso terapêutico devem também ser controladas, assim
como medicamentos com efeitos secundários ainda
não bem esclarecidos. Todos os injectáveis são sujeitos
a receita médica. Existem casos em que as receitas
médicas renováveis fazem sentido como é o caso de
doenças com tratamentos prolongados sem
intervenção do médico (tratamentos crónicos e que
necessitam regularmente de terapêutica).

 Medicamentos sujeitos a receita médica especial - são
medicamentos cujas receitas são diferentes das outras;
o formato e os procedimentos de dispensa são também
diferentes; estupefacientes e psicotrópicos são
legislados por outro decreto de lei.
 É registado na dispensa o nome do o prescritor e o do
doente; há todo um processo de controlo desde a
produção até à dispensa mesmo a nível mundial para
controlar o tráfico a nível farmacêutico.

 Medicamentos de utilização anormal (abortivos por exemplo) e
medicamentos sujeitos a abuso são também controlados por
receita médica. Medicamentos muito recentes também devem
ser sujeitos a prescrição. Medicamentos de prescrição restrita
são aqueles que se usam em casos especializados geralmente
diagnosticados a nível hospitalar; podem também ser usados a
nível de tratamento ambulatório mas com umas reacções
adversas muito graves.
 Modo de preparação/ conservação/ natureza da AIM

 Já sabíamos que os manipulados não têm AIM; fórmulas


magistrais e preparados oficinais são destinados a um doente
específico. No que respeita à conservação, a estabilidade de um
medicamento é descrita nas farmacopeias e formulários.
No entanto, a maioria das fórmulas não é estudada
quanto às condições de conservação; nestes casos o
prazo de utilização é baseado em regras gerais e na
experiência do profissional.
 sãos os que necessitam de AIM, têm uma produção
autorizada e o prazo de validade é alargado. Falamos
das especialidades farmacêuticas, dos medicamentos
essencialmente similares (cópias) e dos genéricos. Os
medicamentos essencialmente similares são
especialidades farmacêuticas sobre a mesma forma
farmacêutica, com a mesma substância activa e a
mesma dosagem de outros medicamentos; são
designadas de cópias e surgem quando as patentes de
determinados medicamentos caem.
 Se a patente sobre um determinado
fármaco estiver nas mãos de um fabricante
só ele pode produzir aquele medicamento
mediante o AIM que tem; produzem um
medicamento com uma marca comercial
determinada; após 15 ou 20 anos essa
patente cai e outras indústrias podem
produzir medicamentos com a mesma
substância activa.
 Cada um destes novos medicamentos com nome
comercial necessitam de AIM e são
essencialmente similares; no caso do genéricos
estes tomam apenas a DCI(declaraҫão da substâ
ncia activa) da substância(s) activa(s). O
produto de referência no qual se baseia o
genérico é o primeiro a chegar ao mercado com
aquela substância activa; para que este tipo de
fármacos seja produzido é necessário que sejam
bioequivalentes ao medicamento de referência.
 É assim necessária a realização de um estudo:
administração a uma pessoa e verificam-se os níveis
plasmáticos. a área sob a curva é o parâmetro que
podemos avaliar para saber se os medicamentos são
bioequivalentes. O estudo deve ser feito num conjunto
de voluntários saudáveis obtendo-se assim resultados
médios; depois de testar a especialidade farmacêutica
testa-se de seguida o genérico.
 Se tiverem parâmetros semelhantes são considerados
bioequivalentes. O genérico não pode reivindicar
outras indicações terapêuticas além das que tenha a
especialidade farmacêutica de referência; tem de ser é
mais barato. Os estudos clínicos de genéricos podem
suportar-se no medicamento de referência.

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