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Universidade catálica de moҫambique

FACULDADE DE CIÊNCIAS DE SAÚDE

CADEIRA DE FARMÁCIA GALÉNICA

DOCENTE: TERESA PINTO NÃO SABIA

AULA Nº13 E 14

TEMA 1: INTRODUҪÃO E CONCEITOS,


 Sumário: Noҫões sobre estabilidade de medicamentos; Prezo de
validade

 Farmacopeias e fomulários

Objectivos: conhecer a estabilidade dos medicamentos seu prazo de


validade;
Conhecer a farmacopeia e o formulario de medicamento e sua
diferenca
– Farmacopeias e formularios
– O termo farmacopeia (do grego Pharmakon, droga, fármaco; poeio, faço)
apareceu pela primeira vez como um título distinto num trabalho publicado
em Basileia, Suíça, em 1561 pelo Dr. A. Foes11,12. Todavia, não entrou em uso
geral até ao início do século XVII11.

– As Farmacopeias- são livros oficiais com valor legal que acompanham a


evolução científica e tecnológica dos conhecimentos ligados aos
medicamentos, garantindo a atualização da qualidade dos mesmos e
salvaguardando assim, a Saúde Pública.
– . Presentemente, a nível mundial, existem 49 farmacopeias, sendo 46
farmacopeias nacionais, 2 farmacopeias regionais e 1 farmacopeia
internacional. A Farmacopeia Europeia (intergovernamental),
– A OMS define uma farmacopeia como uma coletânea legalmente
vinculativa, elaborada por uma autoridade nacional ou regional,
de normas e especificações de qualidade para medicamentos
usados num país ou região(11). Segundo Prista et al, uma
farmacopeia constitui um livro oficial, elaborado por uma
comissão, o qual estabelece normas farmacêuticas destinadas a
assegurar, num espaço político-geográfico determinado, a
uniformidade da natureza, da qualidade, da composição e da
concentração dos medicamentos aprovados ou tolerados, sendo
essas normas obrigatórias e estabelecidas pelas entidades
competentes e a elas se deve cingir o farmacêutico
– .Uma farmacopeia é essencialmente constituída por um
conjunto de5: monografias de matérias-primas utilizadas no
fabrico de medicamentos, quer como substâncias ativas quer
como excipientes; monografias específicas de produto
acabado, quer se trate de medicamentos quer de diversos
produtos sanitários; textos informativos; textos que visam
padronizar técnicas (de índole física ou química) descritas
nas diferentes monografias; textos respeitantes a alguns
materiais de embalagem; e breves referências aos materiais
utilizados como reagentes na execução dos diferentes
ensaios.
– a Farmacopeia dos Estados Unidos da América
(independente do governo) e a Farmacopeia Japonesa
(governamental) são as principais farmacopeias para o
delineamento de uma política global da qualidade do
medicamento. Em Portugal, ao longo do tempo, existiram
farmacopeias não oficiais e oficiais.
– A primeira farmacopeia oficial data de 1794 e atualmente
está em vigor a Farmacopeia Portuguesa 9. O
– O Grupo de Discussão das Farmacopeias, a
Conferência Internacional de Harmonização e a
Cooperação Internacional sobre a Harmonização
Veterinária desempenham uma função muito
importante na harmonização internacional.
– . As “Boas Práticas Farmacopeicas” visam favorecer e
facilitar a colaboração, a partilha de trabalho e a
harmonização entre as farmacopeias.
– “A Farmacopeia é o farol orientador dos
farmacêuticos, e, concomitantemente, é o guardião
do público consumidor de medicamentos
– Atualmente, a nível mundial, existem 49 farmacopeias, das quais
46 são nacionais (Alemanha, Argentina, Áustria, Bélgica,
Bielorrússia, Brasil, Cazaquistão, China, Coreia, Croácia, Dinamarca,
Egipto, Eslováquia, Eslovénia, Espanha, Estados Unidos da
América, Federação da Rússia, Filipinas, Finlândia, França, Grécia,
Hungria, Índia, Indonésia, Irão, Irlanda, Islândia, Itália, Japão,
Lituânia, México, Montenegro, Noruega, Paquistão, Polónia,
Portugal, Reino Unido, República Checa, Roménia, Sérvia, Suécia,
Suíça, Tailândia, Turquia, Ucrânia, e Vietname), 2 são regionais ou
sub-regionais (Farmacopeia Europeia (Ph. Eur.) e Farmacopeia
Africana), e 1 é internacional (Farmacopeia Internacional publicada
pela OMS)
– Entre as diversas farmacopeias subsistem diferenças
significativas, mas também existem semelhanças
importantes, tais como a sua finalidade e conteúdo
das suas publicações.
– O Formulário Nacional de Medicamentos, é uma
publicaҫão de Ministerio de Saùde, cujo proceso de
elaboracҫão é coordenado pela Divisão General de
medicamentos e artigos Médicos, na qual tem
contado com a assistencia técnica e financeira de
MISAU, num Programa Global para Assegurar a
circulaҫão dos medicamentos e artigos médicos,
estabelecidos no país e que tem reconhecimento e
aprovaҫão a nível internacional.
– Pouco tempo após a proclamação da Independência
Nacional a República de Moçambique adoptou um
Formulário Nacional de Medicamentos que
contribuiu para que a aquisição, a distribuição e
sobretudo a prescrição e o uso de medicamentos
fosse feita tomando em consideração
primordialmente aspectos médico-científicos e
critérios de equilíbrio entre o custo e o benefício,
libertando tanto quanto possível, o uso de
medicamentos da influência das práticas comerciais
– Na elaboração da presente edição do Formulário, procurou-se
congregar as diferentes sensibilidades conceptuais e técnicas dos
potenciais intervenientes e especialistas, de forma a traduzir o
conhecimento actual e o desenvolvimento da ciência médica.
Procurou-se também responder não só aos desafios, às
necessidades e aos anseios resultantes do desenvolvimento do
sector privado de prestação de cuidados de saúde (praticamente
inexistentes na altura da elaboração das edições anteriores do
FNM), como se tomou em consideração a evolução entretanto
verificada na área farmacêutica no País, nomeadamente com a
entrada em vigor do Sistema de Registo de Medicamentos.
Esperamos ter conseguido, como resultado, um Formulário Nacional
– Na selecção dos medicamentos constantes deste
Formulário nem sempre foi possível optar por
fármacos que representam o último avanço da
ciência. Tal se deveu fundamentalmente às restrições
impostas pela limitada disponibilidade de recursos
financeiros.
– O Formulário deve ser um instrumento de trabalho e de apoio
à prescrição de fármacos e à orientação da terapêutica a
instituir pelos médicos e outros profissionais de saúde
autorizados a prescrever. Tendo em consideração a grande
variedade de Escolas e de níveis de competências, a presente
edição procurou apresentar, com maior detalhe possível, os
aspectos relacionados com as Indicações, Regime Posológico,
Contra-Indicações, Efeitos Secundários e, sobretudo através de
algumas Notas e Precauções, outros aspectos a ter em conta
na prescrição de cada fármaco, em particular os de uso mais
corrente.
– Ao ser definido para cada fármaco, o seu número de
código e o seu nível de prescrição, pretendeu-se
continuar a dar um contributo para a melhoria da
gestão do sistema de aprovisionamento de
medicamentos do Serviço Nacional de Saúde.

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