Sumário: Noҫões sobre estabilidade de medicamentos; Prezo de validade
Farmacopeias e fomulários
Objectivos: conhecer a estabilidade dos medicamentos seu prazo de
validade; Conhecer a farmacopeia e o formulario de medicamento e sua diferenca – Farmacopeias e formularios – O termo farmacopeia (do grego Pharmakon, droga, fármaco; poeio, faço) apareceu pela primeira vez como um título distinto num trabalho publicado em Basileia, Suíça, em 1561 pelo Dr. A. Foes11,12. Todavia, não entrou em uso geral até ao início do século XVII11.
– As Farmacopeias- são livros oficiais com valor legal que acompanham a
evolução científica e tecnológica dos conhecimentos ligados aos medicamentos, garantindo a atualização da qualidade dos mesmos e salvaguardando assim, a Saúde Pública. – . Presentemente, a nível mundial, existem 49 farmacopeias, sendo 46 farmacopeias nacionais, 2 farmacopeias regionais e 1 farmacopeia internacional. A Farmacopeia Europeia (intergovernamental), – A OMS define uma farmacopeia como uma coletânea legalmente vinculativa, elaborada por uma autoridade nacional ou regional, de normas e especificações de qualidade para medicamentos usados num país ou região(11). Segundo Prista et al, uma farmacopeia constitui um livro oficial, elaborado por uma comissão, o qual estabelece normas farmacêuticas destinadas a assegurar, num espaço político-geográfico determinado, a uniformidade da natureza, da qualidade, da composição e da concentração dos medicamentos aprovados ou tolerados, sendo essas normas obrigatórias e estabelecidas pelas entidades competentes e a elas se deve cingir o farmacêutico – .Uma farmacopeia é essencialmente constituída por um conjunto de5: monografias de matérias-primas utilizadas no fabrico de medicamentos, quer como substâncias ativas quer como excipientes; monografias específicas de produto acabado, quer se trate de medicamentos quer de diversos produtos sanitários; textos informativos; textos que visam padronizar técnicas (de índole física ou química) descritas nas diferentes monografias; textos respeitantes a alguns materiais de embalagem; e breves referências aos materiais utilizados como reagentes na execução dos diferentes ensaios. – a Farmacopeia dos Estados Unidos da América (independente do governo) e a Farmacopeia Japonesa (governamental) são as principais farmacopeias para o delineamento de uma política global da qualidade do medicamento. Em Portugal, ao longo do tempo, existiram farmacopeias não oficiais e oficiais. – A primeira farmacopeia oficial data de 1794 e atualmente está em vigor a Farmacopeia Portuguesa 9. O – O Grupo de Discussão das Farmacopeias, a Conferência Internacional de Harmonização e a Cooperação Internacional sobre a Harmonização Veterinária desempenham uma função muito importante na harmonização internacional. – . As “Boas Práticas Farmacopeicas” visam favorecer e facilitar a colaboração, a partilha de trabalho e a harmonização entre as farmacopeias. – “A Farmacopeia é o farol orientador dos farmacêuticos, e, concomitantemente, é o guardião do público consumidor de medicamentos – Atualmente, a nível mundial, existem 49 farmacopeias, das quais 46 são nacionais (Alemanha, Argentina, Áustria, Bélgica, Bielorrússia, Brasil, Cazaquistão, China, Coreia, Croácia, Dinamarca, Egipto, Eslováquia, Eslovénia, Espanha, Estados Unidos da América, Federação da Rússia, Filipinas, Finlândia, França, Grécia, Hungria, Índia, Indonésia, Irão, Irlanda, Islândia, Itália, Japão, Lituânia, México, Montenegro, Noruega, Paquistão, Polónia, Portugal, Reino Unido, República Checa, Roménia, Sérvia, Suécia, Suíça, Tailândia, Turquia, Ucrânia, e Vietname), 2 são regionais ou sub-regionais (Farmacopeia Europeia (Ph. Eur.) e Farmacopeia Africana), e 1 é internacional (Farmacopeia Internacional publicada pela OMS) – Entre as diversas farmacopeias subsistem diferenças significativas, mas também existem semelhanças importantes, tais como a sua finalidade e conteúdo das suas publicações. – O Formulário Nacional de Medicamentos, é uma publicaҫão de Ministerio de Saùde, cujo proceso de elaboracҫão é coordenado pela Divisão General de medicamentos e artigos Médicos, na qual tem contado com a assistencia técnica e financeira de MISAU, num Programa Global para Assegurar a circulaҫão dos medicamentos e artigos médicos, estabelecidos no país e que tem reconhecimento e aprovaҫão a nível internacional. – Pouco tempo após a proclamação da Independência Nacional a República de Moçambique adoptou um Formulário Nacional de Medicamentos que contribuiu para que a aquisição, a distribuição e sobretudo a prescrição e o uso de medicamentos fosse feita tomando em consideração primordialmente aspectos médico-científicos e critérios de equilíbrio entre o custo e o benefício, libertando tanto quanto possível, o uso de medicamentos da influência das práticas comerciais – Na elaboração da presente edição do Formulário, procurou-se congregar as diferentes sensibilidades conceptuais e técnicas dos potenciais intervenientes e especialistas, de forma a traduzir o conhecimento actual e o desenvolvimento da ciência médica. Procurou-se também responder não só aos desafios, às necessidades e aos anseios resultantes do desenvolvimento do sector privado de prestação de cuidados de saúde (praticamente inexistentes na altura da elaboração das edições anteriores do FNM), como se tomou em consideração a evolução entretanto verificada na área farmacêutica no País, nomeadamente com a entrada em vigor do Sistema de Registo de Medicamentos. Esperamos ter conseguido, como resultado, um Formulário Nacional – Na selecção dos medicamentos constantes deste Formulário nem sempre foi possível optar por fármacos que representam o último avanço da ciência. Tal se deveu fundamentalmente às restrições impostas pela limitada disponibilidade de recursos financeiros. – O Formulário deve ser um instrumento de trabalho e de apoio à prescrição de fármacos e à orientação da terapêutica a instituir pelos médicos e outros profissionais de saúde autorizados a prescrever. Tendo em consideração a grande variedade de Escolas e de níveis de competências, a presente edição procurou apresentar, com maior detalhe possível, os aspectos relacionados com as Indicações, Regime Posológico, Contra-Indicações, Efeitos Secundários e, sobretudo através de algumas Notas e Precauções, outros aspectos a ter em conta na prescrição de cada fármaco, em particular os de uso mais corrente. – Ao ser definido para cada fármaco, o seu número de código e o seu nível de prescrição, pretendeu-se continuar a dar um contributo para a melhoria da gestão do sistema de aprovisionamento de medicamentos do Serviço Nacional de Saúde.