Este documento apresenta a Lei no 8.080/1990, que dispõe sobre as condições para a promoção, proteção e recuperação da saúde no Brasil. A lei define que saúde é um direito fundamental e dever do Estado, e estabelece o Sistema Único de Saúde (SUS) como o conjunto de ações e serviços de saúde prestados por órgãos públicos. Também define os objetivos e atribuições do SUS, incluindo a identificação dos fatores de saúde, formulação de políticas e assistência
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Título original
LEI Nº 8080 Comentada e Anotada Por Katia Persovisan PARTE I
Este documento apresenta a Lei no 8.080/1990, que dispõe sobre as condições para a promoção, proteção e recuperação da saúde no Brasil. A lei define que saúde é um direito fundamental e dever do Estado, e estabelece o Sistema Único de Saúde (SUS) como o conjunto de ações e serviços de saúde prestados por órgãos públicos. Também define os objetivos e atribuições do SUS, incluindo a identificação dos fatores de saúde, formulação de políticas e assistência
Este documento apresenta a Lei no 8.080/1990, que dispõe sobre as condições para a promoção, proteção e recuperação da saúde no Brasil. A lei define que saúde é um direito fundamental e dever do Estado, e estabelece o Sistema Único de Saúde (SUS) como o conjunto de ações e serviços de saúde prestados por órgãos públicos. Também define os objetivos e atribuições do SUS, incluindo a identificação dos fatores de saúde, formulação de políticas e assistência
Dispe sobre as condies para a promoo, proteo e recuperao da sade, a organizao e o funcionamento dos servios correspondentes e d outras providncias.
O PRESIDENTE DA REPBLICA, fao saber que o Congresso Nacional decreta e eu sanciono a seguinte lei:
DISPOSIO PRELIMINAR
Art. 1 Esta lei regula, em todo o territrio nacional, as aes e servios de sade, executados isolada ou conjuntamente, em carter permanente ou eventual, por pessoas naturais ou jurdicas de direito Pblico ou privado.
TTULO I
DAS DISPOSIES GERAIS
Art. 2 A sade um direito fundamental do ser humano, devendo o Estado prover as condies indispensveis ao seu pleno exerccio. ESTE ARTIGO PRIMEIRO EST EM SINTONIA COM O QUE DISPE DIVERSOS ARTIGOS DA CF SOBRE O ASSUNTO. EM ANEXO, SEPAREI TODOS O MATERIAL DA CONSTITUIO QUE TRATA DE SADE 2
1 O dever do Estado de garantir a sade consiste: 1) na formulao e execuo de polticas econmicas e sociais que visem: A) reduo de riscos de doenas e de outros agravos; B) e no estabelecimento de condies que assegurem acesso universal e igualitrio s aes e aos servios para a sua promoo, proteo e recuperao. Ou seja, dever do Estado promover a sade, atravs de cuidados especficos; proteg-la (atravs, por exemplo da Vigilncia Sanitria) e recuper-la (atravs da rede de sade: hospitais, clncias, etc). Percebam que de um lado o Estado tem que trabalhar para reduzir riscos de doenas e de outro, dotar os cidados de condies para prevernir-se, evitar e se recuperarem de doenas.
2 O dever do Estado no exclui o das pessoas, da famlia, das empresas e da sociedade.
Art. 3 A sade tem como fatores determinantes e condicionantes, entre outros, a alimentao, a moradia, o saneamento bsico, o meio ambiente, o trabalho, a renda, a educao, o transporte, o lazer e o acesso aos bens e servios essenciais; os nveis de sade da populao expressam a organizao social e econmica do Pas. CONCEITO! Este artigo muito importante, pois volta e meia vamos nos deparar na lei com esta expresso: fatores determinantes e condicionantes. Como a leitura do prprio artigo j diz, so a alimentao, o trabalho, a renda...ou seja, fatores que podem nos proporcionar uma boa qualidade de vida. Pargrafo nico. Dizem respeito tambm sade as aes que, por fora do disposto no artigo anterior, se destinam a garantir s pessoas e coletividade condies de bem-estar fsico, mental e social. Ou seja, mesmo que no estejam propriamente relacionadas sade em si, mas aes como por exemplo, que evitem a 3
poluio sonora, dizem respeito ao bem-estar fsico, mental e social. TTULO II
DO SISTEMA NICO DE SADE
DISPOSIO PRELIMINAR MUITO, MUITO IMPORTANTE: CONCEITO DE SUS Art. 4 O conjunto de aes e servios de sade, prestados por rgos e instituies pblicas federais, estaduais e municipais, da Administrao direta e indireta e das fundaes mantidas pelo Poder Pblico, constitui o Sistema nico de Sade (SUS). Vejam: o sistema composto de vrios rgos MANTIDOS PELO PODER PBLICO e executa aes e servios de sade. Se voc gravar s isso, j tem possibilidade de acertar muita coisa. 1 Esto includas no disposto neste artigo as instituies pblicas federais, estaduais e municipais de controle de qualidade, pesquisa e produo de insumos, medicamentos, inclusive de sangue e hemoderivados, e de equipamentos para sade. Ou seja: o Hemomar, por exemplo, est includo no SUS; instituies que fabricam medicamentos; que trabalham na rea de pesquisa e confeco de equipamentos de sade. 2 A iniciativa privada poder participar do Sistema nico de Sade (SUS), em carter complementar. NO ESQUEAM: O SUS UM SISTEMA PBLICO. SE CAIR NUMA PROVA QUE A INICIATIVA PRIVADA FAZ PARTE DO SUS, VEJAM BEM SE A QUESTO EST DIZENDO QUE EM CARTER COMPLEMENTAR. SE NO DISSER, NO FAZ!
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CAPTULO I
Dos Objetivos e Atribuies Veja bem: uma coisa objetivo: aquilo que eu espero alcanar, conquistar com um trabalho, um estudo; e atribuio o que eu fao para alcanar um objetivo. Por exemplo, qual meu objetivo: passar num concurso. Minha atribuio: estudar; ter foco; dedicao. Explicado isso, vamos l para os objetivos e atribuies do SUS. Art. 5 So objetivos do Sistema nico de Sade SUS: I - a identificao e divulgao dos fatores condicionantes e determinantes da sade; (lembra do que eu falei no artigo terceiro? Volte l e leia). II - a formulao de poltica de sade destinada a promover, nos campos econmico e social, a observncia do disposto no 1 do art. 2 desta lei; ( 1 O dever do Estado de garantir a sade consiste: 1) na formulao e execuo de polticas econmicas e sociais que visem: A) reduo de riscos de doenas e de outros agravos; B) e no estabelecimento de condies que assegurem acesso universal e igualitrio s aes e aos servios para a sua promoo, proteo e recuperao.)
III - a assistncia s pessoas por intermdio de aes de promoo, proteo e recuperao da sade, com a realizao integrada das aes assistenciais e das atividades preventivas. Lembra que eu falei que o Estado deve promover, proteger e recuperar a sade? Este inciso trs est dizendo como isso deve ser feito: com aes assistenciais e das atividades preventivas. VIRAM? OS OBJETIVOS DO SUS SO APENAS TRS... VAMOS GRAVAR EM NOSSA MENTE: primeiro, identifica e divulga fatores determinantes e condicionantes; segundo, formula polticas; e terceiro, realiza aes e atividades para assistir as pessoas no intuito de proteger e recuperar a sade delas. Se voc gravar essa sequncia, nunca mais vai esquecer os objetivos do SUS! 5
Art. 6 Esto includas ainda no campo de atuao do Sistema nico de Sade (SUS): Ou seja, alm da sade propriamente dita, essas outras aes, que diretamente, dizem respeito a ela: I - a execuo de aes: PRESTEM ATENO NESSA SEQUNCIA, ELA VAI SE REPETIR VRIAS VEZES AO LONGO DESTA LEI. SE VOCS OBSERVAREM COM ATENO, H UMA LGICA NESSAS AES, QUE VISAM PROTEGER E FISCALIZAR AGRESSES AO MEIO AMBIENTE; AO PRPRIO TRABALHADOR; MANEIRA COMO OS MEDICAMENTOS SO PRODUZIDOS; AO ALIMENTO E GUA QUE CONSUMIMOS E AT MANEIRA COMO OS BANCOS DE SANGUE TRABALHAM. TUDO ISSO PRA QU? PRA PROTEGER, PRESERVAR E RECUPERAR A SADE! LEIAM: a) de vigilncia sanitria; b) de vigilncia epidemiolgica; c) de sade do trabalhador; e d) de assistncia teraputica integral, inclusive farmacutica; (ESSA ASSISTNCIA FARMACUTICA EST TODA DETALHADA NO ARTIGO 19-M) II - a participao na formulao da poltica e na execuo de aes de saneamento bsico; III - a ordenao da formao de recursos humanos na rea de sade; IV - a vigilncia nutricional e a orientao alimentar; V - a colaborao na proteo do meio ambiente, nele compreendido o do trabalho; VI - a formulao da poltica de medicamentos, equipamentos, imunobiolgicos e outros insumos de interesse para a sade e a participao na sua produo; VII - o controle e a fiscalizao de servios, produtos e substncias de interesse para a sade; 6
VIII - a fiscalizao e a inspeo de alimentos, gua e bebidas para consumo humano; IX - a participao no controle e na fiscalizao da produo, transporte, guarda e utilizao de substncias e produtos psicoativos, txicos e radioativos; X - o incremento, em sua rea de atuao, do desenvolvimento cientfico e tecnolgico; XI - a formulao e execuo da poltica de sangue e seus derivados.
MUITO IMPORTANTE: CONCEITO DE VIGILNCIA SANITRIA 1 Entende-se por vigilncia sanitria um conjunto de aes capaz de eliminar, diminuir ou prevenir riscos sade e de intervir nos problemas sanitrios decorrentes do meio ambiente, da produo e circulao de bens e da prestao de servios de interesse da sade, abrangendo: ANTES DE LER OS INCISOS ABAIXO, VOU DAR DUAS EXPRESSES QUE VO AJUDAR VOCS A MEMORIZAREM O QUE VIGILNCIA SANITRIA: DIZ RESPEITO 1) PROBLEMAS SANITRIOS E 2) DECORRENTES DO MEIO AMBIENTE, BENS E SERVIOS RELACIONADOS SADE. DITO ISSO, O RESTO FCIL AGORA. VEJAM: I - o controle de bens de consumo que, direta ou indiretamente, se relacionem com a sade, compreendidas todas as etapas e processos, da produo ao consumo; e II - o controle da prestao de servios que se relacionam direta ou indiretamente com a sade. CONCEITO DE VIGILNCIA EPIDEMIOLGICA 2 Entende-se por vigilncia epidemiolgica um conjunto de aes que proporcionam o conhecimento, a deteco ou preveno de qualquer mudana nos fatores determinantes e condicionantes de sade individual ou coletiva, com a finalidade de recomendar e adotar as medidas de preveno e controle das doenas ou agravos. (Lembram do que eu falei do artigo terceiro? Olha aqui ele de novo! Uma forma de memorizar a vigilncia epidemiolgica lembrar que ela est relacionada 7
aos fatores determinantes e condicionantes de sade individual e coletiva). Outra diferena: enquanto vigilncia sanitria diz respeito a bens e servios que envolvam a sade, a vigilncia epidemiolgica fala de doenas e agravos! Mas, a vigilncia epidemiolgica faz o qu mesmo? PREVINE E CONTROLA!
E agora, CONCEITO DE SADE DO TRABALHADOR, QUE ENVOLVE AS DUAS VIGILNCIAS: 3 Entende-se por sade do trabalhador, para fins desta lei, um conjunto de atividades que se destina, atravs das aes de vigilncia epidemiolgica e vigilncia sanitria, promoo e proteo da sade dos trabalhadores, assim como visa recuperao e reabilitao da sade dos trabalhadores submetidos aos riscos e agravos advindos das condies de trabalho, abrangendo: QUEREM UMA DICA PARA ESTES INCISOS? COM EXCEO DO INCISO IV, QUE FALA DOS MALES QUE A TECNOLOGIA PODE CAUSAR, TODOS FALAM DE TRABALHO OU TRABALHADOR! VEJAM: I - assistncia ao trabalhador vtima de acidentes de trabalho ou portador de doena profissional e do trabalho; II - participao, no mbito de competncia do Sistema nico de Sade (SUS), em estudos, pesquisas, avaliao e controle dos riscos e agravos potenciais sade existentes no processo de trabalho; III - participao, no mbito de competncia do Sistema nico de Sade (SUS), da normatizao, fiscalizao e controle das condies de produo, extrao, armazenamento, transporte, distribuio e manuseio de substncias, de produtos, de mquinas e de equipamentos que apresentam riscos sade do trabalhador; IV - avaliao do impacto que as tecnologias provocam sade; no fala de trabalhador, mas est indiretamente ligado a este. V - informao ao trabalhador e sua respectiva entidade sindical e s empresas sobre os riscos de acidentes de trabalho, doena profissional e do trabalho, bem como os resultados de fiscalizaes, 8
avaliaes ambientais e exames de sade, de admisso, peridicos e de demisso, respeitados os preceitos da tica profissional; VI - participao na normatizao, fiscalizao e controle dos servios de sade do trabalhador nas instituies e empresas pblicas e privadas; VII - reviso peridica da listagem oficial de doenas originadas no processo de trabalho, tendo na sua elaborao a colaborao das entidades sindicais; e VIII - a garantia ao sindicato dos trabalhadores de requerer ao rgo competente a interdio de mquina, de setor de servio ou de todo ambiente de trabalho, quando houver exposio a risco iminente para a vida ou sade dos trabalhadores. PERCEBERAM? LEIAM COM ATENO O CONCEITO DO QUE SADE DO TRABALHADOR E OS INCISOS FICAM MUITO FCEIS DE SEREM LEMBRADOS! CAPTULO II Dos Princpios e Diretrizes PRINCPIOS SO NORMAS QUE REGEM UMA LEI, QUE ORIENTAM, QUE DIRECIONAM; E DIRETRIZES SO NORMAS QUE SEGUEM A ORIENTAO DOS PRINCPIOS ESTABELECIDOS. No caso especfico do SUS, tomo emprestado o conceito da UNASUS SP: As diretrizes do SUS so, portanto, o conjunto de recomendaes tcnicas e organizacionais voltadas para problemas especficos, produzidas pelo Ministrio da Sade, com o concurso de especialistas de reconhecido saber na rea de atuao, de abrangncia nacional, e que funcionam como orientadores da configurao geral do sistema em todo o territrio nacional, respeitadas as especificidades de cada unidade federativa e de cada municpio
Art. 7 As aes e servios pblicos de sade e os servios privados contratados ou conveniados que integram o Sistema nico de Sade (SUS), so desenvolvidos de acordo com as diretrizes previstas no art. 198 da Constituio Federal, obedecendo ainda aos seguintes princpios: 9
VEJAM O QUE DIZ O ARTIGO 198 Art. 198. As aes e servios pblicos de sade integram uma rede regionalizada e hierarquizada e constituem um sistema nico, organizado de acordo com as seguintes diretrizes: I - descentralizao, com direo nica em cada esfera de governo; II - atendimento integral, com prioridade para as atividades preventivas, sem prejuzo dos servios assistenciais; III - participao da comunidade. 1 O sistema nico de sade ser financiado, nos termos do art. 195, com recursos do oramento da seguridade social, da Unio, dos Estados, do Distrito Federal e dos Municpios, alm de outras fontes. I - no caso da Unio, na forma definida nos termos da lei complementar prevista no 3; 2 A Unio, os Estados, o Distrito Federal e os Municpios aplicaro, anualmente, em aes e servios pblicos de sade recursos mnimos derivados da aplicao de percentuais calculados sobre: II - no caso dos Estados e do Distrito Federal, o produto da arrecadao dos impostos a que se refere o art. 155 e dos recursos de que tratam os arts. 157 e 159, inciso I, alnea a, e inciso II, deduzidas as parcelas que forem transferidas aos respectivos Municpios; III - no caso dos Municpios e do Distrito Federal, o produto da arrecadao dos impostos a que se refere o art. 156 e dos recursos de que tratam os arts. 158 e 159, inciso I, alnea b e 3. 3 Lei complementar, que ser reavaliada pelo menos a cada cinco anos, estabelecer: I - os percentuais de que trata o 2; II - os critrios de rateio dos recursos da Unio vinculados sade destinados aos Estados, ao Distrito Federal e aos Municpios, e dos Estados destinados a seus respectivos Municpios, objetivando a progressiva reduo das disparidades regionais; III - as normas de fiscalizao, avaliao e controle das despesas com sade nas esferas federal, estadual, distrital e municipal; IV - as normas de clculo do montante a ser aplicado pela Unio. 4 Os gestores locais do sistema nico de sade podero admitir agentes comunitrios de sade e agentes de combate s endemias por meio de processo seletivo pblico, de acordo com a natureza e complexidade de suas atribuies e requisitos especficos para sua atuao. .(Includo pela Emenda Constitucional n 51, de 2006) 5 Lei federal dispor sobre o regime jurdico e a regulamentao das atividades de agente comunitrio de sade e agente de combate s endemias. (Includo pela Emenda Constitucional n 51, de 2006) 6 Alm das hipteses previstas no 1 do art. 41 e no 4 do art. 169 da Constituio Federal, o servidor que exera funes equivalentes s de agente comunitrio de sade ou de agente de combate s endemias poder perder o cargo em caso de descumprimento dos requisitos especficos, fixados em lei, para o seu exerccio. (Includo pela Emenda Constitucional n 51, de 2006)
I - universalidade de acesso aos servios de sade em todos os nveis de assistncia; UNIVERSALIDADE: TODOS TEM O DIREITO DE SEREM ATENDIDOS PELO SUS 10
II - integralidade de assistncia, entendida como conjunto articulado e contnuo das aes e servios preventivos e curativos, individuais e coletivos, exigidos para cada caso em todos os nveis de complexidade do sistema; Tenho TRS comentrios para este inciso, vejam: a) ELE TRAZ, LITERALMENTE, O CONCEITO DE INTEGRALIDADE DE ASSISTNCIA. OU SEJA, NAS OUTRAS VEZES QUE A LEI FALAR DESSE TERMO, VOCS DEVEM LEMBRAR DO QUE DISPE O INCISO II DO ARTIGO STIMO. NO ESQUEAM, VOU DIZER PALAVRAS-CHAVES: AES, SERVIOS, PREVENO, CURA, TODOS OS NVEIS. B) INTEGRALIDADE DE ASSISTNCIA: TODOS OS SERVIOS DEVEM ESTAR INTERLIGADOS, COMO EXEMPLO, ATENDIMENTO MDICO, FARMACUTICO, EXAMES, ETC. O CIDADO DEVE TER SUA DISPOSIO O CONJUNTO DE SERVIOS NECESSRIOS PARA RESOLVER SEU PROBLEMA A PARTIR DE UMA URGNCIA, EMERGNCIA, OU CONSULTA DE ROTINA AT UMA SITUAO MAIS GRAVE, COMO EXEMPLO, UM TRANSPLANTE. c) O MINISTRIO PBLICO DO PARAN J SE POSICIONOU DESTA FORMA: Ao usurio do SUS garantida a assistncia teraputica integral, inclusive farmacutica, o que significa que, durante todo e qualquer atendimento pelo SUS inclusive consultas e exames, todos os materiais, medicamentos, exames e procedimentos de qualquer natureza devem-lhe se ser fornecidos e ministrados sem cobrana a qualquer ttulo;
III - preservao da autonomia das pessoas na defesa de sua integridade fsica e moral; Cada cidado ou cidad deve ser atendido conforme suas especificidades, seu histrico, sua situao de gravidade, intolerncia remdios, etc. IV - igualdade da assistncia sade, sem preconceitos ou privilgios de qualquer espcie; 11
Est em consonncia com o artigo quinto da CF, que estabelece que todos so iguais perante lei; mas claro que h situaes especficas que no ferem este inciso, como o de idosos, grvidas e crianas que possuem preferncia no atendimento. Lembrem: esta preferncia no fere o requisito da igualdade: o tratamento destinado a todos igual, sem preconceito ou privilgio de qualquer espcie, mas a ordem de atendimento, respeitadas a condio de idoso, grvidas e crianas diferente.
V - direito informao, s pessoas assistidas, sobre sua sade; Os profissionais da sade no podem se negar a prestar informaes ao paciente, um direito dele. Est at na Constituio, vejam: artigo 5: "Todos so iguais perante a lei, sem distino de qualquer natureza, garantindo-se aos brasileiros e aos estrangeiros residentes no Pas a inviolabilidade do direito vida, liberdade, igualdade, segurana e propriedade, nos termos seguintes: XIV - assegurado a todos o acesso informao e resguardado o sigilo da fonte, quando necessrio ao exerccio profissional." VI - divulgao de informaes quanto ao potencial dos servios de sade e a sua utilizao pelo usurio; EST RELACIONADO AO DIREITO DE INFORMAO DOS CIDADOS, J FALADO VII - utilizao da epidemiologia para o estabelecimento de prioridades, a alocao de recursos e a orientao programtica; A epidemiologia serve para orientar os servios oferecidos pelo SUS, como vemos no recorte disponvel neste endereo: http://bvsms.saude.gov.br/bvs/periodicos/rev_epi_vol18_n2.pdf. Vejam: Distingue-se e aceita-se, desde a dcada de 1980, ao menos quatro grandes reas de aplicao e uso da epidemiologia nos servios de sade: 1) vigilncia em Sade Pblica (ou epidemiolgica); 2) anlise da situao de sade; 3) identificao de perfis e fatores de risco; e 4) avaliao epidemiolgica de servios.1 12
Desenvolver a epidemiologia nos servios de sade significa, primeiramente, organizar estratgias para que os profissionais apliquem os diversos mtodos epidemiolgicos nessas quatro grandes reas, contribuindo tambm para o desenvolvimento da sade coletiva. VIII - participao da comunidade; um direito e um dever da sociedade participar das gestes pblicas em geral e da sade pblica em particular, dever do Poder Pblico garantir as condies para essa participao, assegurando a gesto comunitria do SUS. ESTES LTIMOS INCISOS AGORA (abaixo) DIZEM RESPEITO AO TRABALHO DESCENTRALIZADO:
IX - descentralizao poltico-administrativa, com direo nica em cada esfera de governo: a) nfase na descentralizao dos servios para os municpios; b) regionalizao e hierarquizao da rede de servios de sade; X - integrao em nvel executivo das aes de sade, meio ambiente e saneamento bsico; Vejam uma explicao interessante sobre descentralizao: o processo de transferncia de responsabilidades de gesto para os municpios, atendendo s determinaes constituies e legais que embasam o SUS, definidor de atribuies comuns e competncias especficas Unio, aos estados, ao Distrito Federal e aos municpios (...)ou seja, o poder de deciso deve ser daqueles que so responsveis pela execuo das aes,pois quanto mais perto do problema,mais chances se tem de acertar sobre sua soluo; Deve ser racional ou seja, o SUS deve se organizar de maneira que sejam oferecidas aes e servios de acordo com a necessidade da populao (fonte: http://www.ebah.com.br/content/ABAAAAnG0AH/aula-sus)
ESTES TRS LTIMOS INCISOS DIZEM RESPEITO A BASICAMENTE A MESMA COISA: UNIO DE ESFOROS ENTRE UNIO, ESTADOS E MUNICPIOS: 13
XI - conjugao dos recursos financeiros, tecnolgicos, materiais e humanos da Unio, dos Estados, do Distrito Federal e dos Municpios na prestao de servios de assistncia sade da populao; XII - capacidade de resoluo dos servios em todos os nveis de assistncia; e XIII - organizao dos servios pblicos de modo a evitar duplicidade de meios para fins idnticos.